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Graciliano Ramos
BIOGRAFIA
1892-1953
CONTEXTO HISTÓRICO
PERÍODO LITERÁRIO
QUANDO?
Angústia, lançado no período em que Graciliano Ramos estava preso
– de março de 1936 a janeiro de 1937 –, é uma narrativa escrita em
um momento de Estado de exceção no Brasil, diz Alves.
COMO?
O Estado Novo começa em 1937, mas a perseguição à esquerda e a
qualquer pessoa considerada subversiva começa em abril de 1935,
com a Lei de Segurança Nacional”, lembra o professor. “Portanto, é
uma narrativa que vem no fluxo dessa perseguição.
RESUMO DA OBRA
Narrado por Luís da Silva, um funcionário
público e escritor frustrado, Angústia é um
romance caracterizado pela autoanálise e pelo
encadeamento narrativo centrado na
interioridade do protagonista.
ANÁLISE DA OBRA
1ª QUESTÃO
(FUVEST) — Posso furar os olhos do povo?
Esta frase besta foi repetida muitas vezes e, em falta de coisa melhor, aceitei-a. Sem dúvida. As
mulheres hoje não vivem como antigamente, escondidas, evitando os homens. Tudo é descoberto, cara
a cara. Uma pessoa topa outra. Se gostou, gostou; se não gostou, até logo. E eu de fato não tinha visto
nada. As aparências mentem. A terra não é redonda?
Em termos críticos, esse fragmento permite observar que, no plano maior do romance Angústia, o
ponto de vista
2ª QUESTÃO
(UFAM PSC) Assinale a afirmativa INCORRETA sobre o enredo de Angústia:
A - A história do romance é contada por seu protagonista, Luís da Silva, último filho de uma família rural
decadente.
B - O narrador é um homem atormentado pelas lembranças do tratamento rude recebido na infância,
pelas figuras do avô e do cangaceiro José Bahia, migra para a cidade, passa também ali por misérias e
humilhações, mas termina conseguindo um emprego como jornalista.
C -O narrador é um homem culto, funcionário público e jornalista, de vida urbana, mas de origem rural,
de modo que o romance é narrado com brutalidade da linguagem e, em alguns momentos, em linguagem
erótica.
D - O narrador é um homem atormentado que tem as visões do seu passado recobradas na memória.
Angústia é, portanto, a história contada após o abalo nervoso que o assassinato lhe provocara.
E - Luís da Silva, o narrador de Angústia, ao fim da vida, busca na memória os eventos que possam
esclarecer as causas da sua infelicidade, do noivado com sua vizinha, Marina, até a morte de Julião, em
uma narrativa linear do passado para o presente.