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O enredo é constituído por a história de uma geração de mulheres que vivem uma vida de
prostituição a beira do rio que cortava a cidade de Parnaíba.
O narrador da obra é o narrador-personagem, pois é Luíza que narra sua própria vida.
A narrativa é ao mesmo tempo complicada e fácil de entender, pois o escritor usou uma
maneira de retalhar os fatos. Em certos momentos não sabemos se a história se passa no
presente ou se esta sendo narrada no passado.
A prostituição é vista como uma maldição que esta presente no seio familiar de Luíza, no
entanto, esse fato representa uma consequência provocada pelo sistema da época que diminuía
o papel da mulher frente a sociedade, uma vez que, há classes diferentes e opostas como
exemplo a burguesia de uma lado e a pobreza de outro. Nas primeiras páginas do livro
percebe-se o fato citado quando um homem zomba do esforço conquistado por Cremilda.
É importante ressaltar que mesmo dando voz a uma mulher na narrativa a autoria era de um
homem branco e de classe média. Assis Brasil escreve sua obra usando do tema prostituição
como viés para criticar uma sociedade conservadora e moralista que não importava-se com as
classes baixas da população.
Todo o percurso narrativo criado por Assis Brasil passa pelo conceito de memória dos fatos.