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TURMAS 3ª SÉRIES A B C D
SLIDES 1,2,3,4 e 5
DISCIPLINA LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR WERLY SANTOS
20/02/2024 – 22/03/2024
Romance é um gênero textual que consiste em uma narrativa longa, escrita em prosa. Seu
surgimento e popularidade remete ao século XVIII, quando ele tomou o lugar das epopeias (longas
narrativas em verso).
Por tratar-se de uma narrativa, o romance possui uma ação, lugar onde ela ocorre, tempo em que
ela acontece, personagens que a realizam, uma trama e um ponto de vista, isto é, a perspectiva
do narrador.
Fechado - caracteriza-se por uma diegese com princípio, meio e fim. O narrador vai
apresentando gradualmente as personagens, os meios em que se inserem e conta de
um modo progressivo uma história desde o seu início até ao epílogo.
Aberto - é aquele que se apresenta como um texto passível a várias leituras e formas
de interpretação, pois deixa de ser objetivo e delimitado.
linear ou progressivo - é caracterizado pela descrição linear dos fatos, de modo que
o leitor acompanha a história sempre atento ao passo a passo percorrido pelos
personagens.
vertical ou analítico - a ação leva a uma reflexão, como podemos observar no livro
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis (1839-1908):
Literatura é uma modalidade artística que tem como matéria-prima a palavra, usada na
construção de histórias ou na expressão de emoções e ideias. O texto literário, diferentemente do
texto não literário, possui caráter subjetivo e conotativo.
A Literatura é a arte da palavra. Podemos dizer que a literatura, assim como a língua que ela
utiliza, é um instrumento de comunicação e de interação social, ela cumpre o papel de transmitir
os conhecimentos e a cultura de uma comunidade.
O Realismo é um movimento artístico que buscou objetividade e olhar crítico sobre a sociedade
do final do século XIX. Ilustração do próprio autor, Gustave Flaubert, para o livro Madame Bovary,
umas das obras-primas do Realismo.
O que caracteriza o Realismo?
Caracterizado por opor-se às ideias românticas, os artistas desse período buscavam retratar a
sociedade de maneira mais real, sem idealizações e subjetividade. Por isso, as obras
desenvolvidas nesse período descrevem objetivamente e de maneira mais fiel possível a realidade
e as personagens que a compõem.
OBRA: Dom Casmurro de MACHADO DE ASSIS
Dom Casmurro, a obra mais conhecida do escritor Machado de Assis, conta a história de Bentinho
e Capitu, que, apaixonados na adolescência, têm que enfrentar um obstáculo à realização de seus
anseios amorosos, pois a mãe de Bentinho, D. Glória, fez uma promessa de que seu filho seria
padre.
O livro, de 1899, é um romance psicológico do realismo brasileiro, com narrador em primeira
pessoa. A trama atinge seu ponto alto quando, finalmente casado com Capitu, Bentinho começa
a suspeitar que ela teve um relacionamento extraconjugal com Escobar. Desse modo, a obra,
de caráter antirromântico, apresenta, de forma irônica, uma crítica à burguesia carioca do século
XIX, de forma a mostrar a vida como ela é, sem retoques.
A obra começa com o narrador já velho, em um trem da Central. Ali, ele conhece um jovem
poeta, que acaba recitando alguns versos. Mas pelo fato de o narrador fechar os olhos “três ou
quatro vezes”, o rapaz se ofende e lhe dá o apelido de Dom Casmurro. O narrador, então, decide
dar esse título (a princípio, provisório) para o seu livro:
Narrado em primeira pessoa, o protagonista Bento revela sua história de amor e o drama de sua
vida ao se apaixonar por sua vizinha: Capitu.
O romance tem esse nome, pois o narrador recebe o apelido de “Dom Casmurro”, criado por um
jovem poeta.
Nota-se, em muitas passagens, a ironia do autor e a crítica à sociedade brasileira da época. Temas
como o amor, o ciúme, o caráter e a traição são destacados na obra de Machado.
A verdade é que, ao ler a obra o leitor fica na dúvida, pois em nenhum momento Capitu declara
seu envolvimento com o amigo de Bentinho, Escobar.
Como Dom Casmurro é o protagonista e narrador da obra, não sabemos a que ponto a história foi
manipula aos olhos dele.
Ou seja, a dúvida que paira é saber se a história relatada por ele trata-se de um verdadeiro
adultério ou de um ciúme doentio por parte de Bento.
Machado de Assis conseguiu com grande maestria escrever um drama, unindo a uma história de
amor e decepções.
Além disso, ele pretendeu abordar a questão de diferenças de classes sociais, uma vez que a
família de Bento era abastada e a de Capitu era pobre.
Úrsula narra uma história de amor entre o mancebo Tancredo e a donzela Úrsula, filha de Luíza
B. O enredo inicia-se com o jovem Tancredo viajando sem rumo e com decidida tristeza por causa
de um amor não correspondido. Perdido nas suas amarguras de vida, Tancredo cai de seu cavalo
e fere-se gravemente.
A obra literária Úrsula foi escrita em 1859, pela autora maranhense Maria Firmina dos Reis. O
enredo da obra representa contextos sociais do Brasil Império e trata, em linhas gerais, dos
profundos quadros de miséria e exploração humana que compõem uma realidade escravagista.
É preciso destacar que o enredo segue um tom melodramático folhetinesco e apresenta elementos
estéticos próprios do realismo literário.
A obra de Maria Firmina dos Reis ressalta como o homem branco ocupava uma posição
hierárquica privilegiada dentro da lógica escravista brasileira e usava esse poder para exercer
desmandos sobre os seus agregados, cônjuges, filhas e escravos. Essa compreensão embasa a
construção do personagem Fernando P., que representa, em termos simbólicos, a elite senhorial
do Império. Elite essa que enxergava o mundo e os outros como realizadores das suas vontades
contando, inclusive, com legitimidade até da esfera religiosa.
As personagens femininas destacadas pelo realismo romântico da autora Maria Firmina foram
inspiradas na observação de distintas camadas sociais do Brasil Império. A mulher branca e pobre
ou negra e escrava, por exemplo. Dando destaque as vozes dessas mulheres, Firmina construiu
uma importante reflexão sobre como a condição feminina, em sua época, era alvo constante de
controle masculino. A sociedade brasileira, fatidicamente, estava organizada dentro de uma
autoritária e racista lógica senhorial.
As personagens Luiza B. e Úrsula dão a entender como a mulher estava presa a tutela masculina,
passando do pai para o marido. Dentro da ordem social figurada pelo romance, mulher respeitável
era aquela que estivesse sempre sob a égide de uma figura masculina. Havia uma inferiorização
social da mulher que era agravada ainda mais dependendo da sua classe social e cor da pele. A
escrava idosa Susana, por exemplo, é portadora de memórias sobre os horrores do tráfico de
escravos. Narra, no romance, etapas da brutal viagem marítima que fez da costa africana até
chegar ao Brasil. Firmina, por meio de Susana, endossa um projeto artístico que agrega arte e
abolicionismo antes mesmo do célebre poema “O navio negreiro”, publicado em 1870, de Castro
Alves.
Em uma sociedade na qual os escravos eram tratados como propriedade, a autora trata do
aspecto humano, negado pela ordem dominante, do negro. O personagem Tulio, jovem escravo,
condensa essa denúncia. Na trama, Tulio consegue a liberdade depois de um ato heroico que
consistiu em salvar um rapaz rico e branco da morte. Como gratidão, o mesmo compra sua alforria.
Mesmo vivenciando uma rotina de injustiças e misérias causadas pelas mazelas da escravidão, o
jovem escravo permaneceu nobre e humano. O que, sem dúvidas, imbui essa obra literária de
uma refinada crítica social.
A Obra Úrsula está fortemente inserida em uma estética realista. O Brasil estava procurando sua
própria identidade literária, na qual a descrição do cotidiano e a evocação de paisagens bucólicas
era comum entre escritores de diversas regiões. O romancese destaca, nesses termos, tanto
enquanto testemunho lúcido sobre a escravidão, bem como por representar, em tom de denúncia,
quadros de opressão social relativos a condição feminina no século XIX. Nesse sentido, a leitura
e debate sobre as lúcidas denúncias sociais de Maria Firmina dos Reis, em ambientes de ensino
básico e superior, são indispensáveis para uma melhor compreensão das profundas raízes
históricas que a desigualdade e exploração social possuem no Brasil.
►►► IMPORTANTE SABER: Maria Firmina dos Reis foi uma escritora brasileira. É considerada a
primeira romancista negra do Brasil. Ela publicou em 1859 o livro Úrsula, considerado o primeiro
romance abolicionista do Brasil.
Fatos são informações reais, verdadeiras, enquanto opiniões são pessoais e variam de pessoa
para pessoa.
O fato é um acontecimento, uma ocorrência, aquilo que acontece em decorrência de eventos
exteriores.
Veja o exemplo: A médica prescreveu um remédio ao paciente.
Escrever uma manchete é muitas vezes a última coisa a fazer para terminar um artigo. Em um
esforço para concluir o processo, é tentador escrever rapidamente a primeira coisa que vem à
mente. No entanto, as manchetes são uma parte fundamental de qualquer artigo, determinando
se um leitor vai ler ou não sua matéria.
O que caracteriza uma manchete?
Informações sobre o gênero: Uma manchete é um título de uma notícia de um jornal ou revista,
escrita em letras grandes, e tem o objetivo de chamar a atenção do leitor.