O surgimento do livro e a leitura no Brasil Colônia;
Os primeiros livros surgiram no Egito Antigo e eram escritos em
papiro ( tipo de planta que produzia uma folha a qual usavam para escrever) pelos escribas. Anos depois desenvolvida pelo alemão Jhannes Gutenberg, a prensa móvel impulsionou a produção de livros surgindo, assim, as primeiras obras. No Brasil, nos anos iniciais da colonização portuguesa, os livros eram coisas raras. Os primeiros livros encontrados aqui eram de cunho religioso trazidos pelos Jesuítas. No entanto, a população fazia leituras de outras obras como: A Diana de Jorge Montemor e Metamorfose de Ovídio. Contudo, no século XVI essas obras eram consideradas proibidas, visto que, a igreja delimitava a leitura da população que tinha que ser predominantemente de cunho religioso e devocionais. No século seguinte ainda não se via avanço nas posses de livros e as bibliotecas eram poucas. As bibliotecas no Brasil surgiram na metade do século XVI com a instalação do Governo Geral. Os primeiros acervos contaram com colaboração da companhia de Jesus Biblioteca pública da Bahia- 13 de maio de 1811. Os acervos mais frequentes nas bibliotecas eram de livros devocionais, o catecismo, resumo de histórias santas, exercícios espirituais, livros de novenas e até mesmo bíblias. A partir do século XVIII entraram para o acervo outras obras que não eram voltadas a religião. Com o tempo o crescimento das bibliotecas foi se relacionando com o crescimento da população em sua maioria urbana e por a criação de setores de serviços ( comércio de livros). Contudo, a distribuição da posse desses livros levava em conta a categoria profissional e a posição de cargos ( proprietários, funcionários públicos e letrados). No Brasil oitocentista a presença do livro era o retrato do contexto social da época onde restrições as desigualdades e os privilégios ditavam as regras do acesso e da posse de obras literárias. Estavam em torno, principalmente, dos livros proibidos. No Brasil colonial poucos eram os letrados, apenas os portugueses que aqui chegaram senhores de engenho e seus filhos e homens do clero. O restante da população era excluída do universo das letras. Mudanças trazidas pelo livro; leitura oral (incluía os analfabetos) e leitura privada (cultivada pela elite intelectual).