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RESUMO – O padre Manoel da Nóbrega foi uma das figuras mais influentes da relação
Brasil-Portugal durante o século XVI. Foi o primeiro organizador da missão jesuítica na
América Portuguesa, além de ter desempenhado um papel político ativo junto ao governo
geral da nova colônia ultramarina. Logo, dada relevância deste personagem histórico singular,
há certo número de pesquisas a seu respeito dentro da historiografia, sobretudo por parte de
historiadores ligados à Companhia de Jesus. Serafim Leite viveu de 1890 à 1969, era o
historiador oficial da Companhia de Jesus e, como tal, teve acesso ao vasto acervo de
documentos e cartas que foram produzidos pelos jesuítas no Brasil. Em 1955, Serafim Leite
publica a obra Breve Itinerário para uma Biografia do Padre Manuel da Nóbrega: Fundador da
Província de do Brasil e da Cidade de São Paulo. Assim, o artigo pretenderá responder a
seguinte pergunta: como é feita a construção da memória do Padre Manual da Nóbrega na
obra de Serafim Leite?
ABSTRACT - Father Manoel da Nóbrega was one of the most influential figures in the
Brazil-Portugal relationship during the 16th century. He was the first organizer of the Jesuit
mission in Portuguese America, and played an active political role with the general
government of the new overseas colony. Thus, given the relevance of this unique historical
character, there is a certain amount of research about it within historiography, especially by
historians linked to the Society of Jesus. Serafim Leite lived from 1890 to 1969, was the
official historian of the Society of Jesus and, as such, had access to the vast collection of
documents and letters that were produced by the Jesuits in Brazil. In 1955 Serafim Leite
publishes the Brief Itinerary for a Biography of Father Manuel da Nóbrega: Founder of the
Province of Brazil and the City of São Paulo. Thus, the article intends to answer the following
question: how is the construction of the memory of Father Manual da Nobrega made in the
work of Serafim Leite?
1 INTRODUÇÃO
1
Graduado em Direito e em História. Mestre em Direito da Infância e Juventude pela Universidade Bandeirante
de São Paulo e Mestrando em História Ibérica pela Universidade Federal de Alfenas MG.
1
Ao discorrer sobre os tipos de cartas escritas pelos Jesuítas, o Padre Juan Polanco,
secretário de Inácio de Loyola, dividia as cartas em dois estilos distintos; haviam as cartas de
“letras mostrable” e de “letras de aparte”. Em suma, algumas cartas se dedicavam à difusão
de informações gerais, para pessoas dentro e fora da Companhia de Jesus, outras cartas, por
sua vez, tinham informações que deveriam se limitar exclusivamente aos membros da
Companhia de Jesus.
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Assim, distingue muito bem os dois gêneros de carta a serem escritas: as “letras
mostrables”, que “como a otros por curiosidad se scriven muy particulares
informaciones, así se scrivan a nuestro Padre, porque mejor sepa cómo se ha de
proveer” 50, e as “letras de aparte”, em que se trocariam as demais informações de
interesse apenas dos particulares, destinatário e missivista. Portanto, a
correspondência dos jesuítas do século XVI cumpre a determinação do envio de
relatórios, aplicando os dois gêneros de carta definidos na instituição da preceptiva
epistolar: negocial (oficial, com matéria argumentativa séria) e familiar
(“particular”, breve e clara) (CERELLO, 2007, p 32)
Serafim Leite viveu de 1890 à 1969, era português e padre da Companhia de Jesus.
Foi um importante historiador português, considerado um referencial nos estudos sobre a
história da Companhia de Jesus no Brasil. Era o historiador oficial da Companhia de Jesus e,
como tal, teve acesso ao vasto acervo de documentos e cartas que foram produzidos pelos
jesuítas no Brasil. No ano de 1954, no IV Centenário de São Paulo, publicou uma famosa
coletânea de cartas jesuíticas escritas no Sec. XVI, em três volumes, que ainda hoje consistem
em importante fonte para pesquisas sobre o assunto. Também é de autoria do Padre Serafim
Leite a obra Historia da Companhia de Jesus no Brasil, obra extremamente extensa e densa,
composta por dez volumes, cujo objetivo foi resgatar a memória da Companhia de Jesus no
Brasil.
Hoje em dia o trabalho de Serafim Leite tem sido bastante analisado. Suas obras
possuem um caráter ufanista, de modo que os missionários são representados de maneira
heroica, como santos e desbravadores do Brasil do Sec. XVI. Serafim objetiva construir uma
memória positiva sobre a atuação dos Jesuítas e, para isso, personagens como Manuel da
Nóbrega e José de Anchieta são sempre adjetivados de forma prosaica, dando-se bastante
relevo aos seus grandes feitos e façanhas.
Em 1955 Serafim Leite publica a obra Breve Itinerário para uma Biografia do Padre
Manuel da Nóbrega: Fundador da Província de do Brasil e da Cidade de São Paulo. O título
do livro, por si só, já dá indícios sobre a maneira como Nóbrega será representado nesta
interessante obra.
Assim, o artigo pretenderá responder a seguinte pergunta: como é feita a construção da
memória do Padre Manual da Nóbrega na obra de Serafim Leite?
A fonte primária será a obra Breve Itinerário para uma Biografia do Padre Manuel da
Nóbrega: Fundador da Província de do Brasil e da Cidade de São Paulo, publicada em 1955.
Serão também usadas as cartas jesuíticas escritas por Manual da Nóbrega. Analisar-se-á
àquelas escritas entre 1549 a 1560, interstício em que Manuel da Nóbrega fora provincial da
Companhia de Jesus no Brasil.
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2 MEMÓRIA
Na realidade, dos primeiros podemos dizer que estão dentro do domínio comum, no
sentido em que o que nos é assim familiar, ou facilmente acessível, o é igualmente
aos outros. Assim, os fatos e as noções que temos mais facilidade em lembrar são do
domínio comum, pelo menos para um ou alguns meios. (HALBWACHS, 1990, p.
49)
Para que uma determinada memória possa se tornar coletiva é preciso que ela tenha
vários pontos de contato com a individualidade de cada membro. Uma memoria apenas se
torna coletiva quando há identificação. Os membros do grupo tem uma identidade comum,
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Assim, nesse caso, de um lado, os depoimentos dos outros serão impotentes para
reconstituir nossa lembrança apagada: de outro, nós nos lembraremos, em aparência,
sem o apoio dos demais, de impressões que não comunicamos a ninguém. Para que
nossa memória se auxilie com a dos outros, não basta que eles nos tragam seus
depoimentos: é necessário ainda que ela não tenha cessado de concordar com suas
memórias e que haja bastante pontos de contato entre uma e as outras para que a
lembrança que nos recordam possa ser reconstruída sobre um fundamento comum.
(HALBWACHS, 1990, p. 35)
Há memoras que o individuo adquire por si mesmo, são provenientes das experiências
e vivências do sujeito. Porém, a ideia que o individuo faz do antigo, remoto, anterior a sua
existência, também é um tipo de memória; não uma memória vivenciada, mas sim que lhe
fora trazida de alguma forma e, assim, existe dentro do sujeito.
O conhecimento histórico é, neste sentido, uma forma de memória também. A obra
Breve Itinerário para uma Biografia do Padre Manuel da Nóbrega: Fundador da Província de
do Brasil e da Cidade de São Paulo, de Serafim Leite, consiste em uma pesquisa
historiográfica fulcrada em fontes primárias sobre Nóbrega é, neste viés, uma forma de
memória científica, como diz Le Goff (2013, p. 535) “a memoria coletiva e a sua forma
científica, a história, aplicam-se a dois tipos de materiais: os documentos e os monumentos”.
Poderíamos dizer, também: é preciso que desde esse momento não tenhamos
perdido o hábito nem o poder de pensar e de nos lembrar como membro do grupo do
qual essa testemunha e nós mesmos fazíamos parte, isto é, colocando-se no seu
ponto de vista, e usando todas as noções que são comuns a seus membros.
(HALBWACHS, 1990, p. 28)
Serafim Leite (1955, p. 23) diz que Nóbrega “nasceu a 18 de outubro de 1517, em
Portugal. Reinava D. Manuel I o Venturoso e era ano em que os portugueses chegaram ao
Cantão na China”. Contudo, sobre sua origem “não ficou em memoria qual fosse do nosso
Portugal o logar, villa, cidade ou província em que nasceu E’ descuido mais de notar”.
(FRANCO, 1988, p. 21)
Pouco se sabe sobe a família de Nóbrega, entretanto, há registros de que se tratava de
uma família abastada, já que seu pai, Balthazar de Nóbrega, fora desembargador do Reino.
Ademais, Franco (1988) relata que Nóbrega chegou a ter um tio que atuou como Chanceler-
mór do rei Don João III.
Naquela época o Rei Don João III, na esperança de modernizar o Reino, exercia um
poderoso mecenato estudantil. Muitos jovens eram enviados às principais instituições de
ensino da Europa sob os auspícios da Coroa Portuguesa. Nóbrega tinha a pretensão de estudar
cânones e, usando da influência de sua família junto à Coroa, conseguiu uma bolsa para
estudar em Salamanca:
Não se sabe ao certo os motivos, mas, após quatro anos de estudo em Salamanca “veiu
continuar este seu estudo a Coimbra, onde teve por mestre o insigne Doutor Navarro”
(FRANCO, 1988, p. 22). Nos registros de Coimbra, consta que Nóbrega se matriculou em
cânones a 07 de Novembro de 1538.
Ao concluir sua graduação, Nóbrega tentou, sem sucesso, prestar concurso para ser
lente na Universidade de Coimbra. Segundo Antônio Franco (1988, p. 22), a causa da
reprovação foi que os membros da banca examinadora “tiveram mais conta com a boa prática
do outro que com o saber do padre Nóbrega, por ser gago, e deram sentença contra elle”.
Porém, Serafim Leite, para não deslustrar Nóbrega, aponta como causa da reprovação a
parcialidade do reitor da universidade em prol de outro candidato: “fez um concurso na
Universidade e bem um nem outro dá outra razão, de não ter conseguido a vacatura, senão o
empenho do Reitor em favorecer outros candidatos, protegido seu” (LEITE, 1955, p.27).
Na sequencia, Serafim Leite enaltece Nóbrega, colocando sua reprovação no concurso
como uma obra da providência divina, posto que, no seu sentir, mais honroso que ser
professor universitário em Coimbra seria ser professor da universidade das almas:
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O que houve com certeza foi um destes rasgos da Providência, que só mais tarde se
avaliam bem. Se ficasse em primeiro lugar seria professor universitário, posição
honrada sem dúvida, pouco todavia, se não servisse de degrau para subir mais alto.
Seria em todo caso vocação frustrada, porque à Nóbrega esperava-o o outro mais
alto magistério, a imensa Universidade das Almas. (LEITE, 1955, p.29)
pregava muito. No começo, ou ouvintes, antes de o conhecerem, faziam pouco dele: no fim
não se riam, afeiçoavam-se e não o queriam largar” (LEITE, 1955, p. 37).
Durante sua narrativa linear, os dons e virtudes de Manuel da Nóbrega são
constantemente destacados. Serafim faz questão de colocar a autoridade de Nóbrega sobre o
diabo, chegando a relatar um caso de exorcismo:
Em uma vez apresentou-se-lhe uma triste mulher que lhe disse ter um demônio
familiar. Fora culpada porque muito tempo antes, sendo moça e casada, desejou
conhecer um desses homens que andam pelo mundo e saber a arte mágica [...] e
representou-se-lhe que via o demônio e que já podia absolver a pobre mulher
quando voltasse a confessar-se. E assim a absolveu. (LEITE, 1955, p. 39)
.
Ainda em Portugal, dentro da Companhia de Jesus, Nóbrega exerceu também a função
de Procurador dos Pobres 2, tendo sido o primeiro a ocupar tal ofício. Para Serafim Leite,
Nóbrega o fez com tamanha correção que, para os ocupantes vindouros do cargo, acabou se
tornando uma espécie de paradigma:
Nóbrega foi o primeiro procurador dos Pobres, e constitui-se molde a todos os que
depois serviam [...] se espelha o caráter de Nóbrega, uma consciência robusta de
jurisconsulto, que estabelece a Justiça acima das inclinações do amor, e é todo um
programa de ética e de governo. (LEITE, 1955, p.47)
Já haviam missionários jesuítas nas Índias, porém, Dom João III, queria também
missionários na América Portuguesa para trabalhar com os nativos e os colonos. A missão
seria chefiada pelo padre Simão Rodrigues, que deveria embarcar para o Brasil e permanecer
em missão por três anos, porém, o “andamento interno das coisas da província portuguesa da
Companhia de Jesus aconselhou o provincial a permanecer e a nomear quem fosse não por
três anos, mas para toda vida” (LEITE, 1955, p.51). Desta forma foi escolhido em substituição
o padre Nóbrega “que em junho de 1548 ainda residia nas margens do Minho (Sanfins) foi
avisado tarde e quando chegou á Lisboa já Tomé de Sousa ia de vela, ficando à sua espera a
nau do Provedor-mor, donde pouco depois, passou para o governador geral” (LEITE, 1955,
p.51).
Aportou na Bahia, junto com a expedição de Governador Geral Tomé de Sousa, em 29
de março de 1549. A missão jesuítica chefiada por Nóbrega era inicialmente pequena, era
composta por mais três padres: Leonardo Nunes, João Azpicueta Navarro e Antônio Pires; e
dois irmãos: Vicente Rodrigues e Diogo Jácome.
2
Oficio de confiança. Quem o exercia deveria possuir caridade e conhecimento de Direito para defender a
eficácia causa dos pobres, viúvas, órfãos, enfermos, desamparados e presos da cadeia, contra possíveis injustiças,
por falta de meios para contratarem advogados próprios. (LEITE, 1955, p.45)
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No início Nóbrega não tinha qualquer tipo de autonomia, a colônia estava submetida à
Província Jesuítica de Portugal, cujo provincial era Simão Rodrigues. É por esta razão que a
maioria de suas primeiras cartas são a ele endereçadas. Porém, “no seguinte ano de 1550, lhe
chegou do Reino novo socorro de operários mandados por ordem do Santo Patriarcha, que
fazia ao Padre Nóbrega Provincial do Brasil” (FRANCO, 1988, p. 36). Nóbrega é o primeiro
provincial jesuítico do Brasil, cargo que exerceu até 1559 quando, por motivos de saúde, é
substituído:
Pelos fins do ano de 1559 chegou a patete de nosso Padre Geral Diogo Laynes, em
que fazia provincial dos nossos o padre Luiz da Grã. Achava-se mui enfermo o
padre Nóbrega e lançava sangue pela boca. Ficou alegre por se ver livre do governo,
mas nem por isso se desobrigou de trabalhar (FRANCO, 1988, p. 42)
Conheceu a hora de sua morte: e dois dias antes de S. Lucas se despediu pela cidade
de muitas pessoas, dizendo-lhes adeus. E perguntando-se lhe, para onde iam porque
no por não estava navio, respondia: a minha ida, meus irmãos, é para o céu –
apontando-o com os olhos (LEITE, 1955, p. 206)
E estando em seu perfeito juízo, dia de S. Lucas, pediu sem demora a Santa Unção,
fazendo a cada coisa a sua oração palavras devotas, que todos provocavam a
lagrimas; e, depois de responder ladainha com muita devoção e espírito, deu graças
a Deus, dizendo: louvado sejais para sempre, que tendes por bem me levar neste
dia! E, com lágrima disse: Bendito sejais para sempre, que morro na Companhia. E,
lançando um pouco de sangue, com muita quietação deu seu espírito ao Criador no
ano de 1570. (LEITE, 1955, p. 207)
A obra de Serafim Leite sobre Manuel da Nóbrega é toda intencional. Não se encontra
no decorrer do livro nenhuma passagem que macule o missionário. As passagens são
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enriquecidas de adjetivos que tem o objetivo de dar relevo às virtudes. Ao analisar a obra de
Serafim Leite, Hansen (201) conclui que:
Embora diga que vai manter-se neutro, afirmando que o material tem “valor próprio,
independente de teorias e tendências”, nunca o é efetivamente, supondo-se que
alguma vez a neutralidade seja possível. Sua interpretação das matérias tratadas nos
textos é feita pela perspectiva do catolicismo como apologia da ação de Nóbrega e
de outros jesuítas. Principalmente quando trata das polêmicas e conflitos que
envolvem os jesuítas, índios, colonos, governadores e outros religiosos do século
XVI, hipervaloriza a ação dos padres portugueses, em detrimento de jesuítas de
outras nacionalidades, como o canarino Anchieta. (HANSEN, 2010, p. 48)
O objetivo de Serafim Leite foi colocar Nóbrega como um herói missionário modelar
da Companhia na América Portuguesa, assim, sua descrição do missionário é toda permeada e
maculada por este objetivo. Talvez não seja possível, a partir das fontes que existem hoje,
reconstruir de maneira fidedigna Manuel da Nóbrega, mas certamente, o descrito por Serafim
Leite é apenas um arquétipo heroico oficial da Companhia de Jesus.
4 CONCLUSÃO
5 REFERÊNCIAS
BURKE, Peter. O que é história cultural? Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
CERELLO, Adriana Gabriel. O livro nos textos jesuíticos do século XVI, edição, produção e
circulação de livros nas cartas dos jesuítas na América Portuguesa. Dissertação. Mestrado em
Letras. Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia.
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2007.
FRANCO, Antônio. Vida do Padre Manuel da Nóbrega. In: Cartas do Brasil: Manoel da
Nóbrega. São Paulo: Itatiaia e Universidade de São Paulo, 1988.
LEITE, Serafim. Breve Itinerário para uma Biografia do Padre Manuel da Nóbrega:
Fundador da Província de do Brasil e da Cidade de São Paulo. Brotelha: Portugal, 1955.
REIS, José Carlos. As Identidade do Brasil I: De Varnhagen a FHC. 9º ed. São Paulo:
FGV, 2015.
SOUZA, Marina Jantsch. A memória como matéria prima para uma identidade:
apontamentos teóricos acerca das noções de memória e identidade. In: Revista Graphos,
n. 1, v. 16, p. 91-117. 2014.