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Atividade Semântica

1- A construção da nossa fala é baseada na nossa intenção ao comunicarmo-nos com o outro.


A escolha das palavras, por sua vez, necessita da referência física presente no mundo que faz
a mediação entre sentido e fala. Entretanto, não falamos somente sobre coisas físicas, aquelas
que podemos ver e tocar, falamos também sobre conceitos abstratos, ideias que são
estabelecidas em conjunto no meio social, mas também pode ter atribuições significativas
individuais como os conceitos de amor e sofrimento. A partir da leitura do seguinte poema,
responda destacando as sentenças às quais os sentidos possuam significados literais.

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver


É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É nunca contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
Amor é fogo que arde sem se ver
É um andar-se estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata lealdade
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Amor é fogo que arde sem se ver
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Amor é fogo que arde sem se ver
Luís de Camões
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2- Identifique e destaque a polissemia e ambiguidade presente nos textos abaixo.

Texto 1

Fonte: https://images.app.goo.gl/q51z4wDwAiKeHEAQ6

Texto 2

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/willian-bonner-reconhece-assaltante-de-sua-casa-na-
barra-9mfh4hb0corq26lmganwzpzke/amp/
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3- Leia o poema a seguir e marque a alternativa que corresponde às seguintes palavras:


solidão, companhia, nada e tudo.
Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
Fonte: https://www.pensador.com/poemas_de_clarice_lispector/

a) Paráfrase
b) Antônimos
c) Hiperônimos
d) Hipônimos
e) Homônimo

4- Escreva os antônimos presentes no poema abaixo:

Ser feliz é uma responsabilidade muito grande. Pouca gente tem coragem. Tenho coragem
mas com um pouco de medo. Pessoa feliz é quem aceitou a morte. Quando estou feliz
demais, sinto uma angústia amordaçante: assusto-me. Sou tão medrosa. Tenho medo de estar
viva porque quem tem vida um dia morre. E o mundo me violenta.
Fonte: https://www.pensador.com/poemas_de_clarice_lispector/

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5- Analise os seguintes hipônimos e, a partir disso escreva seus respectivos hiperônimos:


a)Carro ____________________________
b)Gato _____________________________
c)Rosa _____________________________
d)Morango _________________________
e)Médico __________________________

6. Leia a crônica "Notícia de Jornal" de Fernando Sabino e identifique nos enunciados as


informações implícitas.

Notícia de jornal - Fernando Sabino

Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta
anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da
cidade, permanecendo deitado na calçada durante setenta e duas horas, para finalmente
morrer de fome. Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos de comerciantes, uma
ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem
prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome. Um homem que morreu de fome.
O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era alçada da
Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem
morreu de fome.

O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Médico Legal sem ser
identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome. Um homem morre de fome em
plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um
vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um
bicho, uma coisa – não é homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes,
que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que
morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem
olhar nenhum, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os
homens, sem socorro e sem perdão. Não é de alçada do comissário, nem do hospital, nem
da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso?
Deixa o homem morrer de fome. E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis.
Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes,
que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada
mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse,
para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que
morresse de fome. E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição em plena rua, no
centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, um homem morreu de fome.
NOTÍCIA DE JORNAL SABINO, Fernando. A mulher do vizinho. 17 ed. Rio de Janeiro: Record, 1997. (Adaptado
para fins didáticos)

a) “um homem morreu de fome”

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b) “regressaram sem prestar auxílio ao homem”

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7. Na charge abaixo o enunciado “ muito mais econômico” expressa qual significado?

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