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História da Teologia Bíblica

O Surgimento da Teologia
Bíblica: Caminho
percorrido pela Teologia
Protestante;
A Atual Situação de Crise
e de Renovação;
Três impulsos da Teologia
Protestante que
colocaram a Teologia
Bíblica em estado de
tensão
Teologia Bíblica

Reforma Pietismo Iluminismo


HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA
A Idade Média
 A Bíblia subordinada ao Dogma Eclesiástico

A Reforma
 Reação contra a sujeição das Escrituras ao Dogma da Igreja.
 A Teologia deve ser Fundamentada na Escrituras ( sola
scriptura).
 Reação contra a Tradição da Igreja.
 Resultado: desenvolvimento subseqüente da teologia bíblica
através de sua conclamação à livre interpretação das
Escrituras (sui ipsius interpres).
HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA

Contribuições da Reforma para Teologia Bíblica

 O estudo das línguas originais (Fruto do Renascença)


 Interpretação Literal e não Alegórica.
 A Hermenêutica de Lutero
 O princípio do “was Christum treibet”(O Que
Impulsiona a Cristo)
 Dualismo “letra-espírito” o impediram de desenvolver
uma teologia bíblica.
 O. Glait e Andréas Ficher,
 Representantes da Reforma Radical, desenvolveram,
nos primórdios de 1530, um método que prefigurava
o da futura teologia bíblica.
HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA

Escolasticismo Ortodoxo

 Utilização das Escrituras numa


perspectiva crítica e histórica;
 Utilização das Escrituras para apoiar à
doutrina ortodoxa.
 Reação do Pietismo e sua contribuição para a
T.B.
HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA

 A Era do Iluminismo. Uma concepção completamente nova do estudo da


Bíblia desenvolveu-se sob diversas influências na era do Iluminismo.
 A Reação Racionalista
 Reação contra qualquer forma de sobrenaturalismo.
 A razão humana tornou-se o padrão definitivo e a fonte principal de
conhecimento
 A autoridade da Bíblia como registro infalível de revelação divina fora rejeitada.
 Uma Nova Hermenêutica:
 O Método Histórico Crítico
 Atualmente no liberalismo e em movimentos subseqüentes.
 O Surgimento da Crítica Literária
 A Bíblia foi submetida a crítica literária radical.
 Resultado
 A Bíblia é vista como um livro de História da Religião
 Distinção estabelecida por Johann Phillip Gabler
HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA

O Surgimento da Filosofia da Religião

 Filosofia Dialética de G. F. Hegel (1770


– 1831)
 Sua Influência em F. C. Bauer (1792-
1860)
 Surgimento da Escola de Tübingen
HISTÓRICO DA TEOLOGIA BÍBLICA

A Reação Conservadora
 A Resistência nos Círculos Ortodoxos:
 Contra os que negavam a validade histórica;
 Contra os que combinavam o Método Histórico
com uma fé firmemente apoiada na revelação.
 A perspectiva de J. C. Hofmann
 Defesa da Autoridade e Inspiração da Bíblia por
meios históricos;
 A Heilsgeschichte (História da Salvação)
A Perspectiva Histórica Liberal Na
Teologia do Novo Testamento
 Para Bultmann a verdade absoluta não pode
está presente na relatividade da história.
 A personalidade é um poder que forma a
história.
 O Cristianismo é uma religião puramente ético-
espiritual.
 O Reino de Deus é o bem supremo. O ideal
ético.
 O Centro ou coração da religião é a comunhão
pessoal com Deus como pai.
A Vitória da Religião Sobre a Teologia
 Juntamente com o liberalismo
desenvolveu-se a escola do estudo
desenvolvimento da religião.
 O liberalismo encontrou nos ensinos éticos
simples de Jesus o elemento distintivo na
teologia bíblica.
 Este novo método de estudo teve centros de
interesse distintos:
H. Weinel - Bibilsche Theologie das NT. Não
demonstrou interesse no valor ou verdade do
Cristianismo, mas somente em sua natureza estudada
comparativamente com outras religiões. Ele estabeleceu
tipos de religiões contra as quais o Cristianismo deveria
ser compreendido como uma religião ética de caráter
redentor.
 J. Weiss - The Preaching of Jesus About the Kingdom of God .
Interpretou a mensagem de Jesus sobre o Reino em termos do
milieu do apocalipticiscmo judaico. Esta perspectiva tornou-se
famosa pela obra de Albert Schweitzer, The Quest of the
Historical Jesus (1906), que oferece um quadro minucioso das
posições sobre a interpretação da pessoa de Jesus e, depois,
interpreta a Jesus em termos de uma Escatologia Consistente
como um apocalípto judaico que pertence ao Judaísmo do
primeiro século e tendo pouca relevância para o homem
moderno.
Paulo foi interpretado em termos do Judaísmo helenístico ou
do culto e religiões de Mistério característicos do helenismo.
 Brückiner - Argumentou que Paulo encontrou uma
doutrina pré-fabricada de um homem celestial no
Judaísmo, a qual ele aplicou à pessoa de Jesus.
 Günkel - Afirmou que havia se desenvolvido uma
religião sincretista no Oriente, de caráter gnóstico, cuja
doutrina central era a fé na ressurreição. Este
Gnosticismo pré-cristão havia penetrado no Judaísmo, e,
através deste, influenciou o Cristianismo, mesmo numa
época anterior ao apóstolo Paulo.
 W. Bousset - O Gnosticismo, um fenômeno pré-cristão, mais
Oriental que Grego, e de caráter mais místico e religioso do
que filosófico. Em sua obra Kyrios Christos, Bousset deliniou a
história da fé em Jesus na igreja primitiva, e fez uma forte e
nítida diferenciação entre a consciência religiosa de Jesus, a fé
professada pelo cristianismo primitivo, que afirmava ser Jesus
o Filho do Homem transcendental do apocalipticismo judaico, e
a concepção da igreja helenística e de Paulo, que afirmavam a
divindade de Jesus, tal como nas formas encontradas nos
cultos da religião grega.
A teologia mais importante que incorporou esta perspectiva é
a de Rudolf Butmann.
O Retorno Contemporâneo à
Teologia Bíblica
 Durante a década de 1920 um novo ponto de vista
começou a fazer-se sentir. Três fatores contribuíram
para que isso acontecesse:
1) Perda de confiança no naturalismo
evolucionista;
2) uma reação contra o método puramente
histórico que reivindicara uma objetividade
completa e acreditara que os simples fatos eram
adequados para revelar a verdade contida na
história;
3) a redescoberta da idéia da revelação.
 W. Wrede - The Messianic Secret in the Gospels (1901) -
Procurou explicar historicamente de que modo o Jesus histórico
não-messiânico veio a tornar-se o Cristo messiânico dos
Evangelhos.
 A Crítica da Forma - Voltou-se para o estudo do estágio oral
da tradição dos evangelhos (formgeschichte) numa tentativa
de descobrir as leis controladoras da tradição que poderiam
explicar a transformação do Jesus histórico no Cristo
Kerygmático.
 H. Hoskyns e Noel Davey- Na obra The Riddle of the NT
(1931), mostram que toda a evidência do Novo Testamento
converge para um único ponto: que, na pessoa de Jesus, Deus
revelou-se a si mesmo, objetivando a salvação do homem.
 C. H.Dodd: Principais Obras: A Pregação Apostólica, As
Parábolas do Reino e Interpretação do Quarto Evangelho . Sua
teologia fundamenta-se na Escatologia Realizada
 F. V. Filson - One Lord, One Faith (1943) defende a unidade
da mensagem neotestamentária, e no livro Jesus Christ the
Risen Lord (1956) argumenta que a teologia do NT deve
compreender a história do NT sob um ponto de vista teológico,
ou seja, do Deus vivo que age na história, cujo evento mais
notável encontra-se na ressurreição de Cristo. Interpreta a
teologia do Novo Testamento como um todo à luz do evento da
Ressurreição.
 A. M. Hunter - Expõe a unidade do NT em termos de Um
Senhor, Uma Igreja, Uma Salvação (The Unity of the NT, 1944,
publicado na América sob o título The Message of the NT) .
 Oscar Cullmann - Segue a interpretação da Heilsgeschichte -
História da salvação - Suas principais obras: Crist and time -
argumentou que o NT encontra a sua unidade em uma
concepção comum do tempo e da história, e não tanto em
idéias de essência, natureza, verdade eterna ou existencial. A
teologia é o significado do elemento histórico no tempo.
 Alan Richardson - em seu livro Introdução à Teologia do NT
(Aste 1967) assume a concepção Kerygmática por aceitar a
hipótese de que a brilhante interpretação do esquema de
salvação do Velho Testamento encontrada nas páginas do NT é
derivada do próprio Jesus, e não foi produto da comunidade da
fé.
 G. Kümmel - Sua obra The Theology of the New Testament
According to Its Major Witnesses bem pode ser caracterizada
dentro da perspectiva da escola da Heilsgeschichte.
 A Escola Bultmanniana
 Rejeição da continuidade do Cristo do Kerygma com o Jesus
Histórico.
O Cenário Americano
A erudição americana não tem se
destacado por uma contribuição crítica ao
campo da teologia do NT.
 O texto de George Barker Stevens, The
Theology of the NT (1906).
Cenário Americano Atual
 Teologia Bíblica, História e Revelação
 Teologia Bíblica, Revelação e História
 A Teologia Bíblica e a Natureza da
História
 História e Revelação
 A Teologia Bíblica e o Cânon
A Natureza e o Método da T.B
 O que é Teologia Bíblica?
 1. George Ladd apresenta a seguinte definição:
“A teologia bíblica é a disciplina que estrutura a mensagem dos livros
da bíblia em seu ambiente formativo histórico. A teologia bíblica é
primariamente uma disciplina descritiva. Ela não está inicialmente
preocupada com o significado último dos ensinos da Bíblia ou com
a sua relevância para os dias atuais. Esta é a tarefa da teologia
sistemática. A tarefa da teologia bíblica é de expor a teologia
encontrada na Bíblia em seu próprio contexto histórico, com seus
principais termos, categorias e formas de pensamentos. O propósito
da Bíblia é contar uma estória sobre Deus e seus atos na história.”
A Natureza e o Método da T.B
2. Grant Osborne define a Teologia Bíblica
como “o braço da pesquisa teológica que
se preocupa em encontrar temas através
das diversas seções da Bíblia e então
procurar os temas unificadores da Bíblia.”
A Natureza e Met. da TB
3. Alberto Fernando Roldán “A TB se
propõe a expor o conteúdo da revelação
de Deus em seu desenvolvimento
histórico. Ela confere importância decisiva
ao trabalho exegético, já que forma uma
espécie de elo entre a exegese e a
teologia sistemática”. O esquema seria o
seguinte:
A Natureza e o Método da T.B

 Teologia Sistemática
 Teologia Bíblica
 Exegese do Texto
A Natureza e a Met. da TB
4. Geerhadus Vos
“A teologia Bíblica é o braço da teologia
exegética que estuda o processo da auto-
revelação de Deus depositada na Bíblia”.
A Natureza e a Metodologia da T.B
5. Walter A. Eewell “Ramo das disciplinas que
segue determinados temas através de todos os
autores do NT, e que depois funde esses quadros
individuais num só conjunto abrangente. Estuda,
portanto, a revelação progressiva de Deus em
termos da situação vivencial na ocasião da escrita,
e depois delineia o fio subjacente que une todos
os dados. Essa disciplina enfoca o significado mais
do que a aplicação, i.e., a mensagem do
mensagem do texto para seus próprios dias mais
do que para as necessidades modernas...”
A Natureza e a Met. da T.B
6. “Investiga a verdade de Deus e o Seu universo
no seu desenvolvimento divinamente ordenado e
no seu ambiente histórico conforme
apresentados nos diversos livros da Bíblia. A
teologia bíblica é a exposição do conteúdo
doutrinário e ético da Bíblia, conforme
originalmente revelada. A teologia bíblica extrai
o seu material exclusivamente da Bíblia.”
A Natureza e a Met. da T.B
 Wilson C. Ferreira
“Teologia Bíblica é o ramo da Teologia
Exegética que busca descobrir, conhecer e
explicar a revelação de Deus ao homem,
conforme se entende das Escrituras
Sagradas do Velho e Novo Testamento – A
Bíblia Sagrada.”
A Natureza e a Met. da TB
 D. A. Carson
7. “TB, ramo da teologia cuja preocupação é
estudar cada segmento das Escrituras
individualmente, especialmente quanto ao
seu lugar na história da revelação
progressiva de Deus. A Ênfase de tal
estudo recai sobre a história e o segmento
específico”.
A Relação da TB e outras
disciplinas
 a. A hermenêutica nos fornece as regras pelas
quais devemos abordar o texto bíblico.b.
 A exegese nos fornece os instrumentos de
precisão, incluindo as línguas originais, para
obter o sentido exato de um texto.c.
 A TB trás a exegese ao contexto do todo e
fornece o material base para a sistematização,
que por sua vez é usada para a boa pregação da
Palavra de Deus.
A Relação da T.B com outras
Disciplinas.
 Teologia Bíblica e Exegese
 Teologia Bíblica e Teologia
Sistemática
 Teologia Bíblica e Teologia Histórica
 Teologia Bíblica e Teologia
Homilética
Implicações Práticas
 A disciplina que colhe diretamente e
organiza os primeiros frutos da exegese
propriamente dita.
 Dá o primeiro passo na direção da
contextualização maior dos textos
individuais, assim como de livros e seções
da Bíblia.
Implicações Práticas
 Como fonte primária para o trabalho da
teologia sistemática evita que o dogma se
torne imutável diante da própria Escritura
(o que acontece na Igreja Católica
Romana).
 Facilita a leitura das Escrituras mostrando
a unidade e progresso da revelação de
Deus a seu povo.
Método da Teologia Bíblica
 O Método Sintético – Segue os temas
teológicos básicos por todas as partes das
Escrituras a fim de notar seu
desenvolvimento através do período
bíblico. Sua fortaleza é a ênfase que dá à
unidade das Escrituras. Sua fraqueza é
tendência para a subjetividade.
Métodos da Teologia Bíblica

 O Método Analítico – Estuda a teologia


distintiva de seções individuais e nota a
mensagem específica de cada uma delas.
Sua virtude é a ênfase no significado do
autor individual. Sua fraqueza é a
diversidade radical, que resulta numa
colagem de quadros, sem coesão.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método Histórico – Estuda o
desenvolvimento de idéias religiosas na
vida do povo de Deus. Sua ênfase está
tentativa de entender a comunidade dos
crentes por trás da Bíblia. Seu problema é
a subjetividade da maioria das
reconstruções, nas quais os textos bíblico
está à mercê do pesquisador.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método Cristológico – Faz de Cristo a chave
hermenêutica dos dois testamentos. Sua virtude
é a ênfase que se dá a pessoa de Cristo. Sua
fraqueza é a sua tendência de espiritualizar
passagens e forçar interpretações que lhes são
estranhas, especialmente em termos da
experiência veterotestamentária de Israel. Não
se deve considerar que tudo no AT ou no NT
seja um tipo de Cristo.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método do Corte Transversal – Segue um
só tema unificador (Aliança, promessa, etc) e o
estuda historicamente por meio de cortes
transversais ou amostragens do registro
canônico. Sua virtude é a compreensão dos
temas principais que ele oferece. Seu perigo é a
seleção arbitrária de um tema. Se alguém
selecionar o tema central errado, outros temas
podem ser forçados a se harmonizarem com ele.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método Multíplice – Começa com a análise
gramatical e histórica do texto, e procura desvendar o
significado de vários textos dentro dos seus contextos
vivenciais. Também faz-se uma análise social, posto que
estuda aqueles contextos vivenciais em termos da matriz
social das comunidades da fé. À medida que os dados
são coletados por meio da tarefa exegética, são
organizados pelos padrões básicos de cada livro
individual e depois, pelos de cada autor. Já nessa etapa,
o intérprete delineou as ênfases ou as forças que
entrelaçam as partes.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método Dogmático-Didático. É o método
tradicional de organizar a teologia do Antigo
Testamento com cantegorias sistemáticas:
teologia, antropologia e soteorologia. Old
Testament Theology de Ludwig Köhler é um
bom exemplo do uso desse método.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método Confessional – Considera a
Bíblia como uma série de declarações de
fé que estão além do alcance da história.
Seu valor é seu reconhecimento dos
credos e da adoração do NT. Seu perigo é
sua separação radical entre a fé e a
história.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método Genético-Progressivo.
Apresenta o desenholar da revelação de
Deus conforme a Bíblia o apresenta. As
obras de Geerhardus Vos e Chester K.
Lehman empregam esse método.
Métodos da Teologia Bíblica
 O método Transversal. É uma tentativa de
combinar as abordagens temática e diacrônica.
Walther Eichrodt foi o principal exemplo dessa
abordagem. Ele tomou a idéia da aliança e
tratou suas ocorrências em todo o Antigo
Testamento enquanto falava acerca do Deus
da aliança, do povo da aliança e das
instituições da aliança.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método Tópico. Emprega tópicos
extraídos do Antigo Testamento para
organizar uma discussão de sua teologia.
Old Testament Theology de John
mckenzie é o melhor exemplo desse
método.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método Diacrônico. Depende do método
histórico-tradicional de interpretação
desenvolvido na década de 1930 por Von Rad
e seus companheiros. Trata-se de uma
narração do qurigma, “os atos salvíficos de
Deus”, conforme dispostos nas confissões de
israel. Ele penetra nas sucessivas camadas de
tradições recitadas e reconstitui o crescimento
da fé israelita de período em período. Von Rad
foi o único autor de uma teologia diacrônica do
Antigo Testamento totalmente desenvolvida.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método Temático-Dialético. É representado por
três proeminentes estudiosos do Antigo Testamentos:
Samuel Terrien, Claus Westermann e Paul Hanson.
Esses três estudiosos têm apresentado uma dialética
predominante da “ética\estética” (Terrien),
“livramento\bênção” (Westermann) e
“teológica\cósmica” (Hanson). Esse método tem sido
útil ao permitir que o leitor veja como ênfases opostas
podem relacionar-se para expandir o entendimento de
um problema maior.
Métodos da Teologia Bíblica
 Método Críticos Recentes de
Teologia do Antigo Testamento. Essa
é mais nova categoria de Hasel. Esse
método é de estudiosos como James
Barr e John J. Collins, que não
escreveram uma telogia do Antigo
Testamento e têm sérias dúvidas quanto
ao futuro da disciplina.
Métodos da Teologia Bíblica
 O Método da Nova Teologia Bíblica. Esse
método lida com o problema da relação entre o
Antigo e o Novo Testamento. Brevard Childs crê
que é possível fazer uma teologia do Antigo
Testamento e uma teologia do Novo Testamento
separadamente, juntando-as depois. Ele fez uma
teologia do Antigo Testamento e uma teologia
bíblica separada. Childs insiste que só a forma
final do texto bíblico no cãnon que temos agora
é Escritura autorizada.
Métodos da Teologia Bíblica
 Teologia Canônica Múltipla do Antigo
Testamento. É um resumo da concepção de teologia
do Antigo Testamento adotada por Hasel. Primeiro, ele
entende que a teologia do Antigo Testamento deve
estar ligada á forma canônica final do Antigo
Testamento. Isso exclui as abordagens da história da
religião e da história das tradições. Segundo, uma
teologia do Antigo Testamento deve ser temática, em
vez de lidar com um conceito central ou chave.
Terceiro, a estrutura deve ser múltipla, o que evita as
armadilhas dos métodos transversal, genético e tópico.
Quarto, o objetivo final de uma teologia do Antigo
Testamento é penetrar nas várias teologias de cada
livro e grupos de escritos chegando a unidade dinâmica
que liga todas as teologias e temas.
Temas unificadores
 Cinco critérios são necessários para a
procura de um tema central que envolvia
as ênfases individuais e as diversas
doutrinas do NT:

 1) O tema básico deve expressar a


natureza e o caráter de Deus;

 2) deve-se descrever o povo de Deus no


seu relacionamento com ele;
Temas Unificadores: Critérios
 3) deve expressar o mundo dos homens como objeto da
atividade redentora de Deus;

 4) deve explicar o relacionamento dialético entre os


testamentos;

 5) deve levar em conta os outros possíveis temas


unificadores e deve realmente unir as ênfases teológicos
do NT. Muitos temas propostos encaixam-se a uma ou
outra das partes do AT e do NT. Abaixo colocamos
alguns dos temas que têm sido propostos pelos
estudiosos contemporâneos:
Temas Unificadores
 A Aliança – (Eichrodt, Ridderbos) – Tem
sido usada para expressar o
relacionamento obrigatório entre Deus e
seu povo. Inclui tanto o contrato jurídico
como a esperança escatológica que daí
resulta, tanto a dimensão universal do
Deus cósmico que cria e sustem, como a
comunhão específica que dela provém.
Temas Unificadores
 Deus e Cristo – (Hasel) Têm sido muito ressaltados em
tempos recentes, notando-se o caráter teocêntrico do
AT e o caráter cristocêntrico do NT.

 A Realidade ou Comunhão Existencial – Os


proponentes desse tema argumentam que ele liga os
demais temas e expressa a obra dinâmica de Deus entre
o seu povo.

 A Esperança Escatológica (Kaiser) – É ressaltada


freqüentemente, tanto no sentido da promessa como da
esperança.
Temas Unificadores
 A História da Salvação – (Von Rad,
Cullmann, Ladd) enfatiza a atividade
redentora de Deus/Cristo na história em
favor de seu povo.
Abordagem conhecida como
História da Salvação
 Definição: Heinrich Fries:

 Para a inteligência teológica a história da


salvação consiste no conjunto dos fatos
históricos, tendo uma relação positiva ou
negativa com a salvação definitiva do homem.

 A expressão história da salvação designa tudo


o que contribui para a salvação (ou para
perdição), em toda a história da humanidade;
designa a história de todas as experiências da
humanidade concernentes à salvação.
História da salvação
 História da Salvação (em alemão
Heilgeschichte) é um termo que se refere a
uma série de acontecimentos históricos
que a fé cristã interpreta como os atos
específicos de Deus com o fim de salvar o
seu povo.
História da Salvação
 Hoekema assim define a história da Salvação:
 A história é um desenvolvimento dos propósitos de
Deus. Deus revela seus propósitos na história. Isto é
verdadeiramente no que é geralmente denominado
“história sacra” ou “história santa”. Com história sacra,
queremos dizer história da redenção, redenção que
Deus faz de seu povo através de Jesus Cristo. Esta
redenção tem suas raízes nas promessas, tipos e
cerimônias do Velho Testamento; chega a seu
cumprimento na vida, morte e ressurreição de Jesus
Cristo; e alcançará sua consumação nos novos céus e
nova terra, que ainda são futuros.

História da Salvação
 Heilsgeschichte - Um termo alemão que significa a
“história da salvação”, encarando a Bíblia
essencialmente como uma história assim. embora
a Bíblia diga muitas coisas a respeito de outras
questões, elas são meramente incidentais em seu
único propósito de desdobrar a história da
redenção. Na história e na doutrina é traçado o
desenvolvimento do propósito divino na salvação
dos homens. Considera uma abordagem um pouco
diferente do método dos “textos prova”, que utiliza
a Bíblia como matéria prima para formar uma
teologia sistemática, a heilsgeschichte, ressalta
uma abordagem mais orgânica.
História da Salvação
 Dois Grandes Representantes

 Oscar Cullmann.
 Georg E. Ladd
Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
Diferentes Perspectivas da História:

 A visão dos Gregos.

 A visão do Existencialismo ateísta


Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
 A Visão Cristã da História e Suas
Principais Características:

 A História é um desenvolvimento dos


propósitos de Deus.
Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
 Deus é o Senhor da História. Veja o Salmo
103.19; 2 Cron 20.6; Prov. 21.1-2; Ef. 1.11; Atos
17.26.Gn 50.20; Atos 4.27-28.
 A queda de Samaria sob os Assírios, no oitavo
século a.C. (Is. 10.5, 12, 24-27).
 Siro, o soberano da Pérsia é chamado pelo
Senhor de seu pastor e seu ungido (Is. 44.28;
45.1).
 Romanos 2.5.
 Romanos 8.28.
Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
 Cristo é o Centro da História.
A analogia de Cullmann do “dia D” e do
“dia V”, sendo o a primeira vinda de Cristo
o “dia D”, no qual aconteceu a batalha
decisiva da guerra, garantindo a derrota
final do inimigo. A segunda vinda será o
“Dia V”, no qual o inimigo finalmente
depõe suas armas e se rende. O crente
neotestamentário vive, por assim dizer,
entre o “dia D” e o “dia V”.
Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
 A Nova Era já foi inaugurada.

 Tudo na História se move em direção


a um alvo: os novos céus e a nova
terra(veja Gn 3.17-18; Rom 8.19-
23) .
Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
 a redenção do pecado deve igualmente envolver
a totalidade da criação de Deus. Os textos
abaixo falam da dimensão cósmica da redenção:

 Efésios 1.9-10. “desvendando-nos o mistério da


sua vontade, segundo o seu beneplácito que
propusera em Cristo, 10 de fazer convergir
nele, na dispensação da plenitude dos tempos,
todas as coisas, tanto as do céu como as da
terra; “
Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
 Colossenses 1.19-20 “porque aprouve a
Deus que, nele, residisse toda a plenitude
20 e que, havendo feito a paz pelo sangue
da sua cruz, por meio dele, reconciliasse
consigo mesmo todas as coisas, quer sobre
a terra, quer nos céus.”
Uma Abordagem Bíblica Acerca
da História da Salvação
 Conclusão:

 Essas são as principais características da


interpretação cristã da história. Deus
revelou-se na história e por atos históricos
salvifícos, e tem a história como
instrumento para levar adiante seus
propósitos previamente estabelecidos.
O Reino de Deus nos Ensinos de
Jesus
 A erudição moderna tem afirmado que o Reino
de Deus é o tema central da pregação e dos
ensinos de Jesus nos evangelhos (Cf. Mr 1.15;
Lc 4.21; Mt 12.28; Lc 11.20; Mt 11.11, etc).
Tendo em vista que tal assunto recebeu alta
importância nos ensinos de Jesus, faremos uma
breve abordagem sobre o mesmo destacando
sua definição e seus aspectos temporais.
O Reino de Deus nos Ensinos de
Jesus

I. ABORDAGENS CONTEMPORÂNEAS
DIVERGENTES QUANTO AO
ASPECTO TEMPORAL DO REINO
DE DEUS NOS ENSINOS DE JESUS.
O Reino de Deus nos Ensinos de
Jesus
A ANTIGA PERSPECTIVA LIBERAL QUANTO AO
REINO DE DEUS NOS ENSINOS DE JESUS
 O REINO DE DEUS: O REINO É DE CARÁTER
ÉTICO E PRESENTE

 Albert Ritschl - O Reino: Uma Tarefa Humana

 Adolf Harnack - O Reino de Deus: Um Governo


Presente nos Corações dos Homens
O Reino de Deus nos Ensinos de
Jesus
II. O SURGIMENTO DO ESQUEMA
TEOLÓGICO CONHECIDO COMO
ESCATOLOGIA CONSISTENTE OURADICAL:
O REINO DE DEUS É FUTURO

 Johannes Weiss – O Reino é Futuro


 Albert Schweitzer - O Reino é Futuro
O Reino de Deus nos Ensinos de Jesus

 Escatologia Realizada de C. H. Dodd

 Joachim Jeremias - O Reino está em


Processo de Realização
O Reino de Deus nos Ensinos de
Jesus
EVIDÊNCIAS DO DUPLO ASPECTO DO
REINO DE DEUS NOS ENSINOS DE
JESUS

 Jesus e a Proclamação do Reino de


Deus
O Reino de Deus nos Ensinos de
Jesus
O ASPECTO PRESENTE DO REINO DE
DEUS NOS ENSINOS DE JESUS

OS SINAIS DA PRESENÇA DO REINO:


 A Expulsão de Demônios
 A Queda de Satanás
O ASPECTO PRESENTE DO
REINO DE DEUS NOS ENSINOS
DE JESUS

 A Realização de Milagres
 A Pregação do Evangelho
 A Dádiva do Perdão
O ASPECTO PRESENTE DO REINO DE DEUS
NOS ENSINOS DE JESUS

ALGUMAS PARÁBOLAS QUE INDICAM


QUE O REINO DE DEUS ESTÁ
PRESENTE
 A Parábola do Semeador e o Mistério
do Reino: Mt 13.1-23
 Os Quatro Tipos de Solo
ALGUMAS PARÁBOLAS QUE INDICAM QUE
O REINO DE DEUS ESTÁ PRESENTE

 A Parábola do Joio: Mateus 13.24-30


e 36-43
 A parábola do Grão de Mostarda:
Mateus 13.31-32
 A Parábola do Fermento: Mateus
13.33
 A parábola do Tesouro Escondido:
Mateus 13.44.
ALGUMAS PARÁBOLAS QUE INDICAM QUE
O REINO DE DEUS ESTÁ PRESENTE

 A Parábola da Pérola: Mateus 13.45-


46
 A Parábola da Rede: Mateus 13.47-
50
 A Parábola da Semente: Marcos 4.26-
30
 Implicações Teológicas
O ASPECTO FUTURO DO REINO DE DEUS
NOS ENSINOS DE JESUS
TERMOS USADOS POR JESUS PARA
EXPRESSAR O ASPECTO FUTURO DO
REINO DE DEUS
 “Aquele dia”
 A vinda próxima
O TEMPO DA VINDA DO REINO
 Iminência
 Demora
 Incerteza do tempo
ALGUMAS PARÁBOLAS QUE IMPLICAM QUE
O REINO DE DEUS É AINDA FUTURO
 A parábola da Grande Ceia: Lucas
14.15-14
 A parábola do Joio e sua explicação:
Mateus 13.24-30 e 36-43
 A Parábola da Rede: Mateus 13.47-
50
 A Parábola das Dez Virgens Mateus
25.1-13
ALGUMAS PARÁBOLAS QUE IMPLICAM QUE
O REINO DE DEUS É AINDA FUTURO

 A parábola dos Talentos Mateus


25.14-30
 Sumário
 Conclusão

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