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Novo Testamento
Ementa
Conceito de gênero.
Conteúdo Narrativa histórica.
programático
Evangelhos
Cartas.
Apocalíptica.
Tríade hermenêutica
Teologia
Tríade
Hermenêutica
Estudo lexical
Análise do discurso Cronologia
Gênero literário Estudo Cultural
Figura de
linguagem. Linguagem História
Aplicação
Proclamação
TEOLOGIA
A tríade hermenêutica
HISTÓRIA LITERATURA
Cânon
Gênero
Linguagem
Análise dos pressupostos Preparação
Espiral hermenêutica
TEOLOGIA EXEGÉTICA
Geral Particular
3 estudo gramatical
4 estudo semântico
Particular Geral
5 estudo sintático
Lei
Poético
Sabedoria
Gêneros Profético
Evangelhos
Epístolas
Apocalíptica
• Boa parte das Escrituras é registrada em
forma de narrativa. Todas as narrativas, por
sua vez, tem um enredo, uma trama, e
personagens (seja divinas, humanas, animais,
vegetais, etc).
• Uma narrativa não é uma asserção. Narrar uma história não é o mesmo que corroborá-
la. Narra-se o que aconteceu; não necessariamente o que deveria ter acontecido. O
mérito moral muitas vezes é incidental.
• Todas as narrativas são incompletas e seletivas. O que está sendo colocado é o que o
autor entendeu ser importante.
• ALTER destaca o contraste de personagens como um dos dispositivos preferidos da
narrativa hebraica (e.g., Caim e Abel).
• Deus é o herói de todas as histórias.
Interpretando a narrativa
Materialismo histórico.
Correntes
historiográficas • Alvo principal: forma de produção da vida material.
• Corrente mais utilizada (escravistas, feudal...).
• Determinismo histórico.
• Uma das grandes falácias interpretativas na lida com material narrativo vem do
contraste das perspectivas historiográficas do mundo moderno (presentes na
mente de muitos cristão – incluindo aqueles que abertamente lutam contra o
método crítico) e do mundo bíblico.
• O apelo à literalidade nas narrativas muitas vezes não somente revela a
ignorância da historiografia bíblica; é a manifestação da presença tácita da
historiografia moderna.
Evangelhos
• Menos literárias,
Contrastes com outras • Menos formais e
literaturas • Menos artísticas.
(KLEIN,
BLOMBERG,
HUBBARD Correspondências pessoais:
2017:673-4).
• Mais longas,
• Estrutura mais cuidadosa e
• Mais ditáticas.
Modelo em 2 Macabeus 1.1-2.18
Saudação.
Ação de graça.
Relato da situação.
Encorajamento.
Conclusão devota.
Diatribe
• A maioria dos estudiosos (STERLING 2002:322; 153) reconhece a diatribe como um recurso
retórico ligado às escolas de instrução filosófica (e.g., cínicos [Tales], estoicos [Sêneca],
epicureus [Filodemo] e plantonistas [Plutarco]); mas também encontrada entre os profetas do
Antigo Testamento e em documentos judaicos (e.g., Sabedoria de Salomão).
• Segundo STERLING (2007:153 – itálico nosso): “As marcas da diatribe são o uso de um
oponente e a antecipação de falsas conclusões.” A diatribe “prever objeções a uma
argumentação” (KÖSTENBERGER, Patterson, 2015:447 – itálico nosso). Além disso,
KÖSTENBERGER e PATTERSON (ibid.) nos lembram que se trata de uma técnica “usada
somente com um público que tem uma relação mais do que apenas superficial [...] visto que
ela visa constranger o ouvinte a examinar a verdade.” Trata-se de um método ou estilo (não
gênero) que visa a persuasão e censura (AUNE 1989:200).
Dificuldades
• A importância:
• John COLLINS (2010:365- 6 – itálico nosso): “Tanto os Evangelhos sinóticos quanto Paulo […] são
matizados em um grau significativo numa visão de mundo apocalíptica”.
• Em outras palavras, qualquer que seja o problema subjacente, ele é percebido a partir de uma perspectiva
distintamente apocalíptica. […] A função da literatura apocalíptica é moldar a percepção imaginativa da
situação de alguém e, assim, colocar fundamentos para qualquer curso de ação ao qual ela exorte.
• A linguagem de ameaça é comum na literatura apocalíptica. Segundo NONGBRI, (273) “um dos
propósitos principais da linguagem apocalíptica é instilar temor na audiência”. Nongbri (266) entende que
esse é o mesmo propósito do autor de Hebreus – “evocar temor” aos seus leitores.
Apocalipse e seus gêneros.
“Uma designação mais acurada de gênero [...] ocorre em
Apocalipse 1.3 e 22.7, 10, 10-19 (cf. 11.16; 19.10) onde João
claramente identifica o livro como uma prophētia (‘profecia’).
Também contém muitas características das epístolas no prólogo
(1.5-8) e epílogo (22.6-21) além das ‘sete cartas’ para igrejas (2.1-
3.22), mas o gênero de Apocalipse é uma profecia com aspectos
apocalípticos. Portanto, Apocalipse constitui um gênero
misturado.” (BANDY 2015:215)
Gordon Fee
A substância apocalíptica incluiu vários
dispositivos literários reconhecíveis.
Em primeiro lugar, em relação à sua forma, os
apocalípticos registravam visões e sonhos. Em
segundo lugar, sua linguagem, especialmente
suas imagens, era deliberadamente
enigmática e simbólica. Terceiro, os
apocalipses tendem a ser formalmente
estilizados, o que muitas vezes inclui o uso
simbólico de números. Tempo e os eventos
são divididos em pacotes numéricos
organizados, como no Apocalipse de João,
onde as três seções principais (caps. 6–7, 8-11,
15-16) são todos conjuntos de 4-2-1, com um
interlúdio duplo entre os dois últimos (sexto e
sétimo) em cada caso.
Gordon Fee
• “Deve-se sempre estar ciente de que João faz o
que outros apocalípticos fizeram: ele
reinterpretou imagens anteriores para que eles
têm um novo significado, precisamente porque
no caso de João ele também está falando como
um profeta cristão.”
• “[…] o tema mais dominante através de todo o
livro é o da Guerra santa [...] O papel do povo de
Deus é se envolver na Guerra Santa. E aí está o
cerne do livro, porque a sua sorte na guerra será
de sofrimento, que para eles já é presente e
iminente.”
Orientações interpretativas
• “É especialmente importante neste ponto instar
o leitor a ver as visões como um todo, e não
alegoricamente para pressionar todos os
detalhes para ter um significado especial.”
• “Em segundo lugar, esse tipo de esquematização
pertence à forma apocalíptica de escrita e,
portanto, não deve ser considerado um
desdobramento passo a passo do futuro.”