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25/10/23

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QUARTA

EXEGESE.
cronológica dos profetas.

Exame da localização.
Localização exata,

 Como a passagem se encaixa na seçã o, no livro, na divisã o, no


Testamento, na bíblia — nessa ordem?
 O que você é capaz de descobrir sobre seu estilo, tipo, propó sito, nível
de integraçã o literá ria (nível em que a passagem é ligada ou
"entrelaçada" com o restante do livro), funçã o literá ria etc.?
 O texto é um dos muitos textos semelhantes no mesmo livro, ou talvez
no A.T. como um todo?
 Em que sentido sua natureza é ú nica em relaçã o ao material
circundante, e/ou sua posiçã o no material é singular?
3.3 - Análise de detalhes.
 Quã o abrangente é a passagem? Se for histó rica, até que ponto é
seletiva? Em que ela concentra a atençã o e o que ela nã o menciona?
 Registra os acontecimentos a partir de uma perspectiva especial? Se
Crônicas.

for assim, o que ela lhe diz sobre o propó sito especial da passagem?
 De que forma essa perspectiva se relaciona com o contexto mais
amplo?
 Algum detalhe o ajuda a determinar sua composiçã o com base numa
situaçã o cultural ou histó rica específica?
 Os detalhes fornecem alguma ideia sobre as intençõ es do autor?
3.4 - Análise da autoria.
 O autor da passagem é identificado, ou identificável? Gn, Êx, Lv...
 Se o autor for identificado, quã o segura é sua identificaçã o? Jó.
 O material originalmente escrito por outro autor pode ter sido
reutilizado, adaptado, ou incorporado mais tarde numa estrutura
maior por um “autor” ou "editor" inspirado? O “pseudo” Isaías.
 Isso lhe diz alguma coisa em termos da teologia? Qual a fonte de
informação que o autor se valeu, para escrever Gênesis?
 Será que isso o ajuda a melhor acompanhar a ló gica da passagem?
 Se o autor é conhecido, seja explícita ou implicitamente, isso o ajuda a
relacionar a passagem, inclusive seus temas, estilo, vocabulá rio etc.,
com outras porçõ es das Escrituras produzidas pelo mesmo autor?
Hebreus quem escreveu?
 É isso, de alguma forma, instrutivo para a interpretaçã o da passagem?
Não saber o autor de Hebreus, compromete a nossa
compreensão?
 O autor revela aqui alguma característica peculiar (estilisticamente,
por exemplo), ou essa passagem é típica de seu modo de escrever em
outros lugares?
CONTEXTO BÍBLICO – Do perigo de nos prendermos à s características
individuais de uma passagem, e da necessidade de uma visã o do todo, a
considerar: A mensagem do texto, liçã o principal, características essenciais...
Fazendo assim, teremos nossa atençã o focada no significado bíblico e
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teoló gico da passagem. Os três procedimentos.

1-Análise do uso da passagem em outras partes da bíblia.


 A passagem, ou parte dela, é citada, ou aludida, em outro lugar na
bíblia? Como? Por quê? At 16 – Onde Paulo trata deste assunto
novamente?
 Se aparece mais de uma vez, como e por que isso ocorre, e quais sã o
as diferenças? O anjo com a espada desembainhada.
 O que a “referência” da passagem em outro lugar indica sobre o modo
como ela era interpretada? Referência verbal?
 Se ela é aludida, como essa alusã o lança luz sobre como ela era
entendida no contexto onde a alusã o é encontrada? Ez 1 – Ele entende
de pronto a visã o? Onde o encontramos dizendo isso? Ez 10. 20 para
onde a referência nos manda? O lugar nas Escrituras pode dizer
muito sobre seu pretendido impacto, sua singularidade, sua natureza
teologicamente fundamental ou coisa parecida.
1.1-Análise da relação entre esta passagem e o restante da bíblia.
 A passagem tem alguma relaçã o especial com algum escrito apó crifo
ou pseudepigrá fico? (texto antigo, ao qual é atribuída falsa autoria) Tt
1. 12 Epimênides de Cnossos, foi um sábio grego, do século VI A .C
., que alguns consideravam um poeta, e outros um profeta.
Também havia quem o reputasse um reformador religioso. Foi
um dos sete homens mais sábios da cultura grega.
 Como a passagem, ou seus elementos, compara-se com outros textos
que versam sobre os mesmos tipos de assunto? At 17. 28 ↔ Tt 1. 12 –
Paulo faz uso dos mesmos assuntos. I Co 15. 33 é uma citação de um
verso de Thais de Menandro → Isso prova que Paulo tinha
familiaridade com este tipo de literatura.
1.2-Análise da relevância da passagem para a compreensão da bíblia.
 Que outros elementos nas Escrituras ajudam a torná -la
compreensível? Por quê? Como?
 A passagem se refere a questõ es tratadas da mesma maneira — ou de
modo distinto — em outros lugares na bíblia? At 16. O caso do
carcereiro e família relacionado ao que Paulo escreve em I Co 7. 16.
 A passagem existe primariamente para reforçar o que já se sabe de
outras partes da Escritura, ou ela faz uma contribuiçã o especial?
 Suponha que a passagem nã o estivesse na bíblia. O que estaria
perdido ou em que proporçã o a mensagem da bíblia estaria menos
completa se a passagem nã o existisse? Cl 4. 16 uma carta perdida,
não se trata da carta aos Efésios!

A APLICAÇÃO DA EXEGESE.
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A exegese é um estudo analítico completo de uma passagem bíblica feito de
modo a chegar a uma interpretaçã o ú til da passagem. É uma tarefa teoló gica.
Das regras e padrões básicos → Os resultados podem variar na aparência
porque as pró prias passagens bíblicas variam muito.
Exegese do A.T. → Significa envolvimento com as funçõ es e significados das
palavras (linguística); a aná lise da literatura e do discurso (filologia);
teologia; histó ria; a transmissã o dos escritos bíblicos (crítica textual);
estilística, gramá tica e aná lise de vocabulá rio; e a á rea vagamente definida,
mas inevitavelmente importante, da sociologia.
Habilidades intuitivas naturais sã o ú teis, mas nã o substituem o trabalho
á rduo de uma pesquisa cuidadosa em primeira mã o.
A exegese como processo - Pode ser bastante enfadonha. Felizmente, seus
resultados costumam ser empolgantes. Emocionantes ou nã o, os resultados
devem sempre ter, pelo menos, valor prático genuíno para o crente
(aplicação); se nã o, algo está errado com a exegese.

Confirmando o limite das passagens - Tente ter certeza de que a passagem


que você escolheu para a exegese é uma unidade genuína e independente (à s
vezes chamada de perícope). Evite cortar um poema no meio de uma estrofe
ou uma narrativa no meio de um pará grafo (das escolhas de temas) - a
menos que essa seja a tarefa para a qual você está trabalhando, ou a menos
que você explique claramente ao seu leitor porque você escolheu exegetar
uma seçã o de uma passagem completa (quando da explicação em uma
pregação). Seu principal aliado é o bom senso. A sua passagem tem começo
e fim reconhecíveis? (Sl 72). Tem algum tipo de conteú do coeso e
significativo que você possa observar? Verifique sua decisã o em relaçã o ao
texto hebraico e à s traduçõ es modernas. Não confie nas divisões de
versículos e capítulos do AT, que se originaram nos tempos medievais.
Eles não são originais e costumam ser completamente enganosos.

Comparando as versões - Tantos quantos você puder ler das versõ es grega,
siríaca, aramaica, latina e Qumran da passagem, isole quaisquer palavras ou
frases que nã o pareçam corresponder ao texto hebraico em que você está
trabalhando.

Da FORMA →A necessidade de identificaçã o, o tipo literá rio geral (gênero),


localize a passagem dentro das categorias amplas e gerais de tipos literá rios
contidos no AT. Decida se sua passagem é um tipo de prosa, um ditado, uma
canção ou uma combinação.
No caso de uma narrativa histórica – Deve-se entã o julgar: É um relato,
uma histó ria popular, uma autobiografia geral, um relato de visã o de sonho,
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uma autobiografia profética ou algum outro específico tipo de narrativa
histó rica?
É necessá rio tal esforço, para identificar o tipo específico, porque é isso que
permite compará -lo com outros tipos em outras partes da Bíblia.

Exegese do N.T.- Lc 10. 42 SÓ UMA COISA É NECESSÁRIA?


Esta passagem é um famoso dilema exegético, cuja soluçã o final está ligada à
crítica textual → A questã o exegética é:
a) Era intençã o de Jesus nã o fazer comparaçã o entre as duas irmã s, mas
apenas dizer: Marta, Marta, Maria escolheu a boa parte. (?)
b) Será que ele repreendeu Marta por estar ansiosa por muitas coisas,
ao mesmo tempo em que elogiou Maria por ter escolhido a boa parte?
c) Ele disse a Marta → Poucas são necessárias?
d) Ou uma só é necessária?
e) Ou poucas sã o necessá rias?
f) Ou, antes, uma só ?
Resolução – Devemos buscar qual o lugar adequado para um discípulo, haja
vista que seu Ministério fora fazer discípulo, logo, qual a posiçã o exata de um
discípulo? Aos pés do seu Mestre! (O.V.) Ó Marta, ó Marta! Tu anseias
com cuidados e estás afadigada acerca de muitas coisas , mas de uma só
coisa há necessidade → a EXEGESE não pode se limitar ao texto, mas à
aplicação para a vida diária! Essa assertiva, nos aponta a compreensã o
exata da exegese, que é / pode ser: Exegese pode ser:
a) Jurídica, quando interpreta as leis.
b) Pode ser literá ria, quando usada na interpretaçã o de uma obra
literá ria profana.
c) Pode ser socioló gica, quando interpreta o fenô meno social.
d) Sagrada ou bíblica, quando usada na interpretação da Escritura.
Um exercício → I Pe 2. 2 PARA CASA como tarefa do exegeta, que é lançar
mã o de todos os recursos da exegese para investigar de forma científica,
minuciosa e aplicável o texto das Sagradas Escrituras, onde está a genuína
verdade da referência bíblica aplicável à vida prática? A segunda
pergunta esclarece e ajuda a entender a primeira, que é: Que ligação
podemos fazer com Pv 14. 30, que simplesmente define explicitamente
o texto para nós, nos ajudando a entender e “aplicar” o texto à nossa
vida prática?
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