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• QUESTÕES PRELIMINARES:

 PARA UMA BOA EXEGESE DEVE-SE LEVAR EM


CONSIDERAÇÃO O CARÁTER DIVINO-HUMANO
DAS ESCRITURAS SAGRADAS, A BÍBLIA.
•CALVINO: ORARE ET LABUTARE;
•LUTERO: O BARCO COM DOIS REMOS.
DETERMINAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS
A DETERMINAÇÃO DO MÉTODO
“HISTÓRICO-GRAMATICAL.
O CAMINHO PERCORRIDO ATÉ O SERMÃO:

 HERMENÊUTICA → EXEGESE → TEOLOGIA


→BÍBLICA → TEOLOGIA SISTEMÁTICA
→SERMÃO.

PORTANTO, A EXEGESE É FRUTO DE MUITO


TRABALHO E ORAÇÃO. O Sermão é o resultado de
um longo e árduo percurso hermenêutico e exegético.
I. Definindo e Pensando em Exegese
  evxh,ghsij é a ciência da interpretação. É o termo
formado pela aposição do final sij , expressivo de ação
ao tema verbal do composto ek + h`ge,omai tiro,
extraio, conduzo fora. A exegese é, pois, a extração
dos pensamentos que assistiam ao escritor ao redigir
determinado documento. (W. Chamberlaim, Gramática
Exegética do Grego Neo-Testamentário, p.25.)
1.1.2. A exegese é o estudo cuidadoso e sistemático da
Escritura para descobrir o significado que foi
pretendido. A exegese é basicamente uma tarefa
histórica. É a tentativa de escutar a palavra de Deus
conforme os destinatários originais devem tê-la
ouvido; descobrir qual era a intenção original das
palavras da Bíblia
Gordon D. Fee & Douglas Stuart, Entendes o que
Lês, p.19.
• 1.1.3. Investigação histórica do significado do texto
bíblico. A exegese responde as questões: Qual a
intenção do autor? E por que falou isto em alguma
circunstância? (contexto literário). O que e ele quis
dizer aos seus leitores quando escreveu o texto?
• 1.1.4. Os dicionários comumente definem exegese
como “comentário ou dissertação para
esclarecimento ou minuciosa interpretação de um
texto ou de uma palavra”. Exegese, tanto pode
significar apresentação, descrição ou narração como
explicação e interpretação de um ou mais textos
bíblicos.
1.1.5 – Exegese é a minuciosa interpretação de um texto
ou de uma palavra. Aplica-se à Bíblia, à gramática, ás
leis (Dicionário Aurélio, p.740).
• A palavra “exegese” no português é a transliteração
do substantivo grego evxh,ghsij , derivado do
verbo έξηγέομαι. O significado literal desse verbo é
“guiar para fora”. Apenas a forma verbal é
encontrada no NT, e ocorre em Lucas 24.35; João1.18
e Atos 10.8; 15.12, 14; 21.19. É traduzido por “relatar”,
“expor” ou “contar”.
Definição do termo grego έξηγέομαι:
Έξηγέομαι – explicar, expor, interpretar, contar
Έξηγηsis – Narrativa, explicação, interpretação.
A Palavra nos Escritos Clássicos:
Podia significar “liderar” ou Governar”. (e.g.
Tucídides, 1.76; Platão, Rep. 474c).
Também pode significar “ditar” ou “dispor”.
 O emprego da palavra com o significado de “expor”
ou “interpretar”(Heródoto, 2.49; Platão, crátylo, 407)
é o mais importante do ponto de vista do estudo do
NT.
 Lisias (6.10) fala de leis não escritas que os
Heumolípidos, os sacerdotes Elêusis, seguem na sua
exposição (exegountai).
 Platão fala acerca de “expor” (exegoumenous), as
intenções do legislador (Leis, 802c), como também
acerca da exposição dos poetas (Cratylo, 407a).
Sendo assim, o adjetivo exegematikos significa, “ter o
dom da exposição”, enquanto o substantivo exegema
significa “explicação”.
Em autores tais como Heródoto, Xenofonte e
Tucídides, exegeomai pode também significar,
simplesmente “contar”, “narrar” ou “narrar
pormenorizadamente”.
 O substantivo exegesis pode significar ou
“declaração”, “narrativa” (Tucídides 1,72; Políbio
6,31), ou, então: “explicação”, “interpretação”, como
quando Platão (Leis,631a) da “vossa exposição das
leis”.
 O significado resultante do termo é a exposição de
uma palavra, sentença, parágrafo, ou de um livro
inteiro, levando ao significado verdadeiro e exato do
texto. A melhor maneira de fazer isso é voltar à fonte
original do material em que o documento foi escrito.
A Definição da disciplina da exegese
A. Exegese é Ciência e Arte
 É ciência baseada em certos princípios
hermenêuticos necessários para interpretar
corretamente o significado do texto bíblico.
 É arte por envolver a hábil aplicação de princípios
hermenêuticos. A exegese é algo para toda a vida,
tarefa de constante interação entre o texto bíblico e
sua exposição.
B. Exegese é Processo e Produto
 É processo por envolver certos procedimentos, da
parte do exegeta, para chegar ao significado
particular de uma passagem.
 É produto por possibilitar o entendimento da
passagem, ainda que ele seja uma tentativa.
 Obs. Exegese é aplicação hábil de bons
princípios hermenêuticos ao texto bíblico na
língua original com o objetivo de entender e
proclamar o significado pretendido pelo autor.
O Papel da Disciplina da Exegese
A. Seu Lugar no Currículo de Estudos Bíblicos
 Crítica Textual
 Crítica Histórica e Literária
 Hermenêutica
 Exegese
 Teologia Histórica
 Teologia Bíblica e Sistemática
 Teologia Prática e Educação Cristã
 Exposição- Processo de proclamação da verdade e
de sua aplicação ao homem.
B. Seu Relacionamento com o Currículo de Estudos
Bíblicos.
A exegese baseia-se na alta crítica, baixa crítica e
hermenêutica, e dá importância a elas.
A exegese conduz e provê conteúdo à teologia
sistemática, prática, histórica e exposição bíblica.
 C. Seu Relacionamento Específico com a
Hermenêutica
 Os termos gregos para hermenêutica e exegese
(ermenéia e exegesis) têm significados similares de
“exposição” e “interpretação”.
 No uso técnico, o objetivo da hermenêutica é
estabelecer os princípios metodológico necessários à
interpretação do texto bíblico, ao passo que o alvo da
exegese é aplicar os princípios ao processo real de
descoberta do significado do texto. Teoria e Prática.
Seu Relacionamento Específico com a
Exposição
A palavra “Exposição” é derivada do latim
“expositio” que significa “representação”,
“explicação”, e a palavra “exegese” vem do grego
exegesis. Exegese e exposição são comumente
consideradas termos sinônimos em português.
No uso técnico, a exegese é muitas vezes limitada à
interpretação crítica da Escritura na língua original,
ao passo que a exposição é a proclamação do
significado da Bíblia e sua aplicação ao homem
moderno. Sem dúvida, a boa exposição pressupõe boa
exegese. Em geral, a exegese está para a exposição
como a interpretação está para a aplicação.
O Objetivo da disciplina da Exegese
A. O objetivo da exegese é interpretar o
significado pretendido pelo autor em
determinado texto.
 O significado é o que o autor pretendeu comunicar
por meio de uma seqüência particular de símbolos
lingüísticos compartilháveis com os leitores
originais.
 O significado corresponde à vontade do autor. No
caso da Escritura é o significado intencionado pelo
Espírito Santo, o autor divino, comunicado por
intermédio da personalidade, do estilo, e da
condição de vida de cada escritor humano da Bíblia.
 O significado (o desejo do autor) é limitado apenas
pelo princípio de compartilhamento, isto é, deve ser
um significado que o escritor da Escritura pode
compartilhar com os leitores originais.
Os Elementos Característicos da Exegese
Destacam as Áreas que o Exegeta Precisa Ter em
Comum com o Autor/Autor
 Ele deve compartilhar o texto (Crítica Textual)
 Ele deve compartilhar a língua e o gênero literário
(gramática,estudo das palavras,formas literárias.
 Ele deve compartilhar a história (pano de fundo
histórico-cultural).
 Ele deve compartilhar os conceitos (contexto e
cosmovisão)
A Hermenêutica para a Disciplina da Exegese
 A. Vários Métodos de Interpretação
1. Método Alegórico – O intérprete que se vale deste
método encontra na passagem um significado não
pretendido pelo autor.
2. Método Racionalista – Tenta explicar a Escritura
de tal modo a compatibilizá-la com a razão do
homem natural.
3. Método Mitológico. – Remove o verdadeiro aspecto
genuinamente histórico e favorece mitos
transmissores de alguma lição espiritual.
4. Método do Texto Isolado – Trata a Escritura como
uma coleção de versículos isolados, compreendidos à
parte do contexto imediato ou amplo.
5. Método Dogmático – O intérprete que o utiliza
formula sua crença e, então, procura na Escritura
apoio para ela.
6. Método Puramente Histórico – Trata a Bíblia
simplesmente como uma história interessante com
pouco ou nenhum propósito ou aplicação espiritual.
Ex. O livro de Atos, apenas uma narrativa histórica
descritiva do crescimento da Igreja Primitiva.
7. Método da Passagem Paralela – Trata a Escritura
como uma coleção dispersa de referências paralelas,
presume que uma passagem seja explicada por meio
de outras passagens semelhantes em algum lugar da
Bíblia.
8. Método Literal ao Extremo – Nega ou negligencia o
uso da linguagem figurada na Escritura.
B. O Método de Interpretação Gramático-
Histórico-Contextual.
 Definição – Busca o significado de um trecho da
Escritura segundo regras da gramática e da forma
literária, os fatos da história e a estrutura do
contexto. É o melhor método pela existência de
características que o intérprete deve compartilhar
com autor, com objetivo de determinar seu
significado.
 Pressuposições Evangélicas Fundamentais da
Interpretação Gramático-Histórico-Contextual.
1. O Exegeta afirma a crença na inspiração verbal e
inerrância do AT e NT (2 Tm3.14-17).
2. O Exegeta evangélico afirma a existência genuínas
contendo substância real que podem ser estudadas a
partir de um ponto de vista objetivo. Isso envolve a
verdadeira distinção de sujeito-objeto, a saber,
homem (sujeito) compreendendo e aplicando a
verdade divina declarada na revelação escrita.
3. O exegeta evangélico considera a Escritura literatura
escrita com um propósito. Isso envolve alguns fatos:
a) O significado de um trecho da Bíblia é o significado
pretendido pelo Autor/autor.
b) O meio literário escolhido pelo Autor/autor é o
melhor para comunicar o propósito de uma
passagem.
c) As particularidades de uma passagem dependem
verdadeiramente do propósito do todo.
d) O exegeta evangélico depende do ministério de
iluminação e ensino do Espírito santo, que vem por
meio da oração, meditação e estudo diligente.

4. Orientações Básicas da Interpretação


Gramatical-Histórico-Contextual
a- A Prioridade das línguas originais (Grego)
b) O princípio do significado pleno – o significado pelo
autor, partilhável com seus leitores,
C- O princípio da interpretação gramatical –
observando as convenções estabelecidas pela
gramática.
D- O princípio da interpretação histórica – observando
as circunstâncias históricas, geográficas e culturais
conhecidas.
E- O princípio da interpretação contextual –
observando a ligação entre o texto e contexto
imediato e amplo.
G- O princípio da interpretação mais clara –
determinando se a concepção do significado dá
sentido aos detalhes do texto.
H – O princípio da analogia da fé – apesar do
reconhecimento da revelação progressiva, nossa
compreensão de determinada passagem tem que ser
coerente com a totalidade dos dados conhecidos da
revelação divina.
A Tarefa da Exegese
A primeira tarefa da exegese é aclarar as situações
descritas nos textos, ou seja, redescobrir o passado
bíblico de tal forma que o que foi narrado nos textos
se torne transparente para nós que vivemos em outra
época e circunstâncias e cultura diferentes.
Obs. Precisamos transpor obstáculos cultural,
lingüístico, histórico e filosófico;
Precisamos pensar em exegese por causa dos nossos
condicionamentos culturais, religiosos e ideológicos.
Corremos o risco de interpretarmos os textos bíblicos
com nossas lentes e pressupostos hermenêuticos e
teológicos. Ex. As Escolas de Alexandria e Antioquia e
hermenêuticas modernas e pós-modernas.
 A segunda tarefa da exegese é permitir que
possa ser ouvida a intenção que o texto teve
em sua origem.
 Obs. O entendimento de um texto começa a
princípio com o próprio texto. Os critérios
para o entendimento do significado
intencional de um texto estão inseridos nele
próprio. Ex. Uma regra: Considere os
elementos dentro da frase, depois os do
contexto e, então os do universo no qual o
texto estiver escrito. Ex. 14.28.;
 A exegese sempre deve definir qual a
intenção de um trecho da Bíblia. Então
ficará claro se um texto é informativo,
afetivo ou prescritivo ou todos os três.
A terceira tarefa da exegese é verificar em que sentido
opções éticas e doutrinárias podem ser respaldadas e,
portanto, reafirmadas, ou se dever ser revistas e
relativizadas.
Obs. A exegese cuidadosa deve oferecer uma boa base
para descobrir o sentido do texto. O sentido,
especificamente, representa o que o autor quis dizer e
o que os primeiros destinatários entenderam quando
leram os documentos os textos inspirados;
O desafio do exegeta é de recuperar o sentido
original, isto é, o que o autor queria comunicar aos
seus leitores particulares. Ex. Quatro princípios
hermenêuticos dos puritamos: 1- Extraia o sentido do
texto; Extraia a doutrina do texto; Faça a correlação
do texto e aplica o texto a vida do povo.
 COMO FAZER EXEGESE - CINCO REGRAS
CONCISAS
 Pare interpretar lexicamente é necessário conhecer a
etimologia (verdadeiro significado) dos vocábulos,
ou o desenvolvimento histórico do seu significado e
o uso específico do documento em consideração.
Isto se consegue com a ajuda de bons dicionários.
Deve-se notar cuidadosamente o sentido que o
termo enfoca em diferentes textos da língua grega e
em autores de um mesmo período. Por exemplo a
palavra daimonion:
 no grego antigo designava o espírito dos finados; no
caso de Sócrates refere-se a o espírito de um
guardião (algo parecido com a consciência); no Novo
Testamento geralmente expressa um ser espiritual
maligno (um demônio) que produz distúrbios físicos
ou mentais nas criaturas humanas.Josefo tornou-o
na acepção de uma deidade, uma divindade. Aparece
neste sentido uma vez em todo o Novo Testamento,
em Atos 17:18: xenon daimonio dokei kataggeleus
einai - “parece se o proclamador de deuses
estrangeiros”.
› INTERPRETE CONTEXTUALMENTE:
 Para interpretar contextualmente, deve-se levar em
conta o conteúdo geral de todo o documento, se ele
for um discurso unificado. Deve-se levar em conta
também a linha de raciocínio que rodeia a passagem,
pois freqüentemente ela afeta o sentido dos termos.
Na maioria das vezes temos o sentido de uma
passagem distorcido do sentido pretendido pelo
autor original quanto não levamos em conta todo o
contexto imediato.
O resultado é que por vezes, se atribui a certas
passagens significados que são quase o oposto do que
o autor teve em mira. Exemplo disso é Cl 2.21,
freqüentemente utilizado como texto para sermões
sobre temperança. No contexto, porém, é pura e
simplesmente condenação do ascetismo. O teor geral
da epístola dita o sentido real da passagem.
INTERPRETE HISTORICAMENTE
Para interpretar historicamente impõe-se a
determinação das circunstâncias que evocaram o
escrito ou documento. As observações preliminares
que encontramos nos bons comentários, ou as
introduções ao estudo do Novo Testamento
INTERPRETE SEGUNDO A ANALOGIA DAS
ESCRITURAS
Interprete a Escritura com a própria Escritura.
TRÊS PASSOS DA EXEGESE
1. OBSERVAÇÃO: O QUE O AUTOR FALA?
Definição: É o passo que nos leva a extrair do texto
o que realmente descreve os fatos, levando também
em conta a importância das declarações e o contexto.
Comece pela leitura da passagem talvez umas cinco
vezes.
Use uma boa tradução. Ela pode ajudar-lhe a ler
poucas traduções.
Considere a metodologia de tradução de textos.
Leia o contexto mais amplo; outro capítulo ou carta
ou outro livro.
Determine o limite da passagem
Onde o autor começa o seu pensamento ou
narrativa?
Registre suas observações específicas sobre a
passagem
Quais palavras chaves, imagens ou símbolos são
usados?
Onde essas palavras chaves são usadas pelo mesmo
autor? Por outros autores bíblicos ou fora da Bíblica.
Quais características revelam e qual a sua relação.
Há alguma leitura variante? (Critica Textual).
Qual a forma ou gênero literário da passagem?
Epístola, parábola, etc. (Crítica da forma).
Há alguma estrutura intencional usada no texto? Ex.
Paralelismo. (Crítica Retórical).
 Tem a passagem uma fonte? Nós temos acesso a esta
fonte?
Qual a ênfase que o autor coloca na passagem?
Como o autor usou a fonte?
Qual a situação vivencial do autor ou a perspectiva
teológica?
Há algum texto paralelo na Bíblia ou fora da Bíblia?
Há algum detalhe sócio econômico embutido na
passagem?
Há alguma informação independente dos eventos
relembrados?
Use ferramentas (comentários, dicionários, léxicos)
apenas quando necessário.
Interpretação: O que o autor pretendeu?
Definição: É o passo que nos leva a buscar a
explicação e o significado (tanto para o autor
quanto para o leitor) para entender a passagem
central do texto lido. A interpretação deverá ser
conduzida dentro do contexto textual e
histórico com oração e dependência total do
Espírito Santo, analisando o significado das
palavras e frases chaves, avaliando os fatos,
investigando os pontos difíceis ou incertos,
resumindo a mensagem do autor a seus leitores
originais e fazer a contextualização (trazer a
mensagem a nossa época ou ao nosso contexto).
O Contexto Histórico-Social: Qual é a situação do
autor e do seu público?

Política; geográfica; topográfica; demográfica;


custumes;
Use um bom dicionário da Bíblia, atlas, enciclopédia
Para quem isto foi escrito?
Contexto Literário
A interpretação é feita juntamente com o gênero
É a passagem uma narrativa, poesia, parábola, etc.?
Ela deve ser interpretada literalmente ou
figurativamente?
Focalize-se no significado das palavras, frases,
declarações.
Qual é o seu significado (definições; contextualize)?
Qual é o seu significado na passagem?
Por que o autor escolheria esta forma de
expressão?
Ela tem uma função gramatical especial?

Faz diferença se for deixada de fora?


Q que é implicado pelo uso deste termo, frase ou
estrutura gramatical?
Contexto retórico: qual a importância da progressão no
pensamento padrão?
O que autor tentou fazer saber - e.g., verdades
teológicas, conselhos práticos?
Que tipos de respostas o autor esperou nesta
passagem?
Contexto Teológico: o que você sabe sobre a
perspective teológica do autor?
Investigue a literatura secundária; compare e ajuste
suas observações.
Sumarize conscientemente as idéias primárias da
passagem; o que o autor tentou fazer saber?
Aplicação: " O que ela significa para mim?"
Definição: É o passo que nos leva a buscar mudanças
de atitudes e de ações em função da verdade
descoberta. É a resposta através da ação prática
daquilo que se aprendeu.
Este passo envolve o movimento do texto para o
sermão ou estudo da Bíblia
Neste ponto a hermenêutica vem primeiro.
Movendo-se do contexto social para outro
Isto é, partindo da palavra primitiva para as palavras
do nosso mundo.
?Qual era a finalidade do autor nesta passagem?
? O autor realizou esta finalidade?
““A passagem contem verdades universais” (aplicáveis
em todas as épocas) ou verdade contextual” (aplicável
para certo período da história)? " Saiba como e por
que fazer a distinção entre estas duas "verdades".
? Como a passagem se encaixa com a mensagem
inteira da Bíblia?
: Faça as seguintes perguntas
O que eu devo acreditar?
O que devo fazer (ações, atitudes, pecados)?
O que eu devo aprender sobre relacionamentos?
Qual é a boa nova para mim?
Agora pergunte “Como aplicar à minha vida?"
A Preparação para a Exegese
“Ninguém precisa temer a exegese, a não ser o
preguiçoso ou negligente”
A- A Importância do que se faz na Exegese
“A interpretação sadia e confiável da Escritura
(...) é raiz e base de toda teologia” (M. Terry).
B- 2Coríntios 2.17 2 Corinthians 2:17 ouv ga,r
evsmen w`j oi` polloi. kaphleu,ontej to.n lo,gon
tou/ qeou/( avllV w`j evx eivlikrinei,aj( avllV w`j
evk qeou/ kate,nanti qeou/ evn Cristw/|
lalou/menÅ
O verbo kaphleu,w significa “trocar uma coisa
por outra, vender ou comercializar algo”.
Ele combina duas idéias: “ofercer dinheiro a
palavra concernente a Deus (…) e falsificar a
palavra mediante acréscimos”. O exegeta da
verdade bíblica não deve fazer estas coisas.
Sua tarefa é positiva é falar diante de Deus
com sinceridade, como homem enviado por
Deus.
C- 2 Timóteo 2.15
spou,dason seauto.n do,kimon parasth/sai tw/| qew/|
( evrga,thn avnepai,scunton( ovrqotomou/nta to.n lo,gon
th/j avlhqei,ajÅ
O particípio ovrqotomou/nta é traduzido de vários modo:
“dividir corretamente”; guiar a palavra da verdade
pelo caminho reto; e cortar a palavra da verdade
suavemente de maneira que não leve os ouvinte a
tropeçar”. A tarefa do exegeta é manejar a Palavra de
Deus de tal forma que seus ouvintes não tropecem,
como o falso mestre poderia fazer.
A Importância do Método na
Exegese
Método é o procedimento organizado que envolve
certos passos (conteúdo) e o arranjo eficaz (ordem)
desses passos.
O propósito de um método não é restringir a
percepção criativa, mas prover direcionamento claro
para a expressão mais complexa das aptidões e
capacidades do exegeta.
 Deixar de ser metódico na exegese produz várias
fraquesas:
1. Não raro o exegeta é imprevisível e desorganizado.
2. Não tem consciência dos elementos exegéticos
necessários a serem empregados.
3. O exegeta não será tão completo quanto deveria ser.
4. O exegese duplicará seus esforços e, desse modo,
não economizará tempo e energia.
A Importância do Uso de Ferramentas na Exegese.
Ferramentas Genuínas.
Ferramentas Interpretativas.
“Textos do Novo Testamento; Comentários Bíblicos;
Concordãncia do NT; Léxicos e Auxílios Lexicais do
NT; Obras Gerais de Referências – Dicionários e
Enciclopédias Bíblicos; Estudos Históricos e
Biográficos do NT; Estudos Geográficos do NT;
Estudos Arqueológicos do NT e Traduções do NT em
Português.
A Prática da Exegese
“A exegese bíblica não é um esporte para
expectadores “ E. Goetchius

Estudo panorâmico: passo fundamental n 1.


As disciplinas da baixa crítica e alta crítica precedem
logicamente a interação com o texto bíblico.
Entretanto, o estudante fica mais bem preparado para
compreender e avaliar os debates dessa área se tiver
um conhecimento introdutório do que o livro diz.
 Um procedimento inicial útil é ler o livro completo
em português de uma só vez. Isso poderá ser
repetido uma ou duas vezes com o objetivo de
familiarizar o estudante com o fluxo de conceitos
deste livro. Isso lhe dará uma perspectiva mais ampla
à medida que caminhar pelo texto grego.
a. Familiarização com o texto grego de um livro do
NT.
 Tente fazer uma tradução provisória do livro usando
léxicos, ajudas lexicais ou gramaticais quando
necessário.
B- Releia o texto várias vezes para familiariza-se.
Cada leitura repetida incutirá o significado das
palavras em mente para entender as expressões mais
difíceis.
C- Verbalizar uma tradução oral. Quando o texto
puder ser lido sem o que o vocabulário e a gramática
básica desviem a atenção do estudante do fluxo do
pensamento da passagem, então ele estará pronto
para ler o conteúdo.
Obs. Mesmo que não consiga trabalhar com o texto
grego, ele deve completar essa tarefa com o texto em
português.
D- Familiarizar-se com o conteúdo de um livro do NT.
(A técnica –chave é a observação.
Determine o gênero literário.
Observe o assunto básico do livro. Faça perguntas
gerais para obter informações sobre as principais
personagens, lugares, acontecimentos e idéias do
livro. Fazer perguntas usando os pronomes
interrogativos encontrados nas famosas linhas de
Rudyard Kipling são úteis: O que, Onde, Quando,
Como, Por que e Quem.
 Separe cada parágrafo e dê a ele um título. Embora
sejam provisórios, esses títulos podem construir um
passo importante para ajudar o exegeta a descobrir
as unidades de pensamento do livro e como elas se
encaixam. Isso ajudará na composição da sinopse do
livro.
 Características de um bom parágrafo:
1. Brevidade – seis palavras ou menos.
2. Sugestionabilidade: Relembra o conteúdo do
parágrafo.
3. Conveniência: condiz com o parágrafo
4. Exclusividade: Aplicável apenas a um parágrafo.
ILUSTRAÇÃO: TÍTULOS E PARÁGRAFOS DE
COLOSSENSES.
1.1-2 – Paulo saúda os cristãos colossenses.
1.3-8 – Paulo dá graças pelos colossenses.
1.9-14 – Paulo intercede pelos colossenses
1.15-20 – Cristo é o cabeça de toda criação.
1.21-23 – Cristo é o conciliador de todas as coisas.
1.24-29 – Cristo em vós é o verdadeiro mistério.
2.1-5 – Cristo é a fonte de toda sabedoria.
2.6-8 – Admoestação contra o falso ensino.
2.9-15 – Instrução no verdadeiro ensino
2.16-19 - Admoestação contra as falsas obrigações.
2.20-3.4 – O novo andar do crente
3.5-17 – A nova posição do crente
3.18—4.1 – Os novos relacionamentos do crente
4.2-6 – O novo serviço do crente.
4.7-18 – Os cooperadores de Paulo e seus assuntos
pessoais.
Obs. Observe a base gramatical, literária e os
pensamentos conectivos entre os parágrafos.
E- Determine as principais divisões e subdivisões
do livro.
Há várias deixas pelas quais as partes de um livro
podem ser descobertas:
1. Afirmação direta do autor anunciando o início de
uma nova seção:
2. Indícios estruturais tais como “sinais” conectivos
(peri de, em 1 Coríntios 7.1.25; 8.1;12.1. 16.1,12).
3. Mudanças de gênero literário (da prosa para poesia);
4. Mudanças ou repetições de certas formas
gramaticais (mudanças abruptas de pessoa, tempo,
modo e voz; ou repetição de certas formas
gramaticais como expressões preposicionais ou
pronomes relativos.
5- Mudanças no assunto, lógica ou padrão de
pensamento. A chave para a efetividade deste aspecto
do processo exegético é observação cuidadosa. (Olhos
de mulher, e não de homem).
ILUSTRAÇÃO: DIVISÕES PRINCIPAIS DE
COLOSSENSES
A- 1.1-2 – Saudação familiar de Paulo.
B-1.3-14 – Oração de Paulo pelos Colossenses.
C- 1.5—2.15 – Ensino doutrinário de Paulo sobre Jesus.
D- 2.6-19 – Admoestação de Paulo contra a heresia.
E- 2.20—4.6 – Exortações de Paulo à vida cristã.
F- 4.7-18 – Os cooperadores de Paulo.
F- Observe o todo para determinar o propósito
principal do livro. As seguintes perguntas ajudam a
determiná-lo:
1. Qual é o assunto relevante ou idéia principal na
mente do escritor? Que assunto une todos os outros
tópicos mencionados na unidade?
2- Qual é afirmação básica feita a respeito do assunto?
Que ênfase é mais abrangente neste escopo que as
demais?
3- Em que parte do livro o objetivo do escritor é
afirmado ou se torna implícito? Como o assunto
principal e a afirmação básica, feitos pelo escritor a
respeito do livro, acompanham o objetivo?
4- Você pode estabelecer um propósito provisório que
guie todo o livro?
Obs. Este processo tomará tempo e envolverá
observação e meditação cuidadosas.
ILUSTRAÇÃO: Propósito principal provisório de
Colossenses.
A- O assunto relevante do livro é a pessoa de Jesus
Cristo.
Nele há redenção (1.14)
Ele é a imagem de Deus (1.15)
Nele, por meio dele, e para ele todas as coisas foram
criadas (1.16)
Ele é antes de tocas as coisas (1.17)
Ele é o cabeça da igreja, o princípio e o primogênito
(1.18)
Nele habita a plenitude de Deus (1.19;2.9)
Por meio dele há reconciliação (1.20)
Ele é o mistério de Deus (2.2)
Nele está toda sabedoria (2.3)
Deve-se andar nele (2.6)
Ele é o padrão de instrução (2.8)
Toda a plenitude da divindade habita nele em forma
corpórea (2.9)
Nele o crente se torna completo (2.10)
Ele é o cabeça de todo poder e autoridade (2.10)
Sua pessoa e obra são a cura para os enganos da
heresia (2.6-19)
Sua pessoa e obra são a base, motivo e poder para a
vida cristã (2.20—4.6)
Obs. Um propósito principal provisório pode ser: A
compreensão apropriada da pessoa e da obra de Jesus
Cristo refuta eficazmente as doutrinas e práticas
errôneas de quem tenta enganar os crentes.
G- familiarize-se com o pano de fundo histórico do
livro do NT.
A fim de determinar com precisão o significado que o
autor bíblico desejava comunicar, o exegeta deve
partilhar a história do autor.
O estudante que interpreta o texto à luz do ambiente
histórico do primeiro século, está mais apto a aplicar
sua mensagem ao século XXI.
Existem três objetivos básicos que o estudante da
história bíblica deve cumprir:
1- Procurar a verdadeira história por trás do texto, pois a
perspectiva histórica clara iluminará e validará sua
interpretação;
2- Lidar com pessoas e acontecimentos com justiça e
disposição, tentando compreendê-los do ponto de
vista do primeiro século;
3- Trabalhar com o texto bíblico à luz de sua história
para que as pessoas, lugares e acontecimentos se
tornem reais e vivos para ele.
PROCEDIMENTOS PARA PESQUISA HISTÓRICA
 Pesquisa histórica intensiva de um livro – Este
método de estudo é usado quando se tenta adquirir
um conhecimento completo de todas as referências
históricas de certo livro. Os passos envolvidos são:
1) Leia o livro inteiro para todas referência históricas.
 Aliste todo material sob os seguintes tópicos:
a) Autor
b) Leitores
c) Circunstâncias (da composição)
d) Data
e) pessoas mencionadas
f) Geografia.
Uso de Material Histórico
A- Uso Exegético. O cenário de fundo histórico é usado
para esclarecer o texto e interpretar seu significado.
Ex. “Ninguém se faça de árbitro contra vós outros,
pretextando humildade e culto dos anjos...” Cl
2.18a.
O conhecimento da heresia gnóstica iria explicar
porque a adoração aos anjos era praticada pelos falsos
mestres de Colossos.
A resposta gnóstica é que o “pleroma”, ou plenitude
da divindade, poderia fluir apenas na forma de
emanações, eons ou anjos – todos necessariamente
imperfeitos; a mais elevada das emanações éons ou
anjos é mais espiritual que a classe imediatamente
inferior... Os mais elevados éons aproximam-se
rigorosamente da natureza divina- são muito
espirituais e quase livre da matéria. Eles formam as
mais alta hierarquia dos anjos, como muitas outras
classes das hostes angelicais são adoradas.
B- Uso doutrinário – O cenário histórico é útil para
demonstrar a antiguidade de certas verdades, além de
seu efeito sobre a história.
Ex. as três escolas dos primeiro séculos da era cristã.
C- Uso apologético – O cenário histórico é valioso na
demonstração da verdade e autenticidade de certos
autores e acontecimentos bíblicos.
Ex. A autenticidade de Atos é encontrada na variedade e
exatidão dos títulos dos oficiais romanos usados no
livro.
D- Uso ilustrativo – O pano de fundo histórico servirá
muitas vezes para fixar na mente de alguém o
significado de uma frase ou incidentes.
Ex. John 19:30 o[te ou=n e;laben to. o;xoj Îo`Ð VIhsou/j
ei=pen\ tete,lestai( kai. kli,naj th.n kefalh.n pare,dwken
to. pneu/maÅ
Moulton e Milligan em The Vocabulary of the Greek
Testament (Vocabulário do Testamento Grego),
afirmam que esta palavra tinha dois significados
básicos:
Primeiro era usada para indicar que alguma coisa
estava terminada ou realizada. Mas também era usada
como termo comercial para designar o pagamento de
uma conta. tete,lestai seria escrita sobre uma conta
paga para desgnar o término de uma transação. Jesus
realizou ou consumou sua obra por nós na cruz, e ao
mesmo tempo “cancelou” ou “pagou por completo” o
débito do pecado contra nós.
Análise Lexical: Solucione Problemas lexicais
Uma das tarefas principais do exegeta é descobrir o
significado das palavras. Embora as frases expressem
o pensamento, as palavras são os componentes das
frases. O interprete não compreenderá com precisão
uma frase caso não compreenda o significado de cada
palavra.
Que é a palavra?
É um símbolo verbal compartilhável, ou soa
representação escrita, que designa um campo de
significado.
Palavra e significado.
O significado padrão do símbolo verbal, ou da sua
representação escrita em qualquer momento, é o
atribuído a ele pelos usuários em dado momento.
O conjunto de palavras semelhantes, com
procedimentos costumeiros para combiná-las entre si
de modo sistemático é chamado de “idioma” ou
“língua”.
Palavras possuem gamas de significado.
Nos idiomas não existem equivalentes exatos. As
palavras coincidem entre si de modo parcial, mas não
são idênticas quanto ao significado.
O problema se torna um pouco mais complicado para
o exegeta do grego porque, ao traduzir do grego para
o português, ele precisa reconhecer a gama de
significados das palavras em pelo menos dois idiomas.
Necessidade de um dicionário de língua portuguesa e
um léxico grego.

Palavras e Contexto
A gama de significado de qualquer palavra é definida
pela situação ou contexto em que ocorre. Existem,
basicamente, dois tipos de classificação contextual.
1) O contexto lingüístico: Indica a categoria gramatical
que classifica o funcionamento de uma palavra,
como substantivos, verbos, adjetivos, etc.
2) O contexto prático: determina o significado
atribuído à palavra e seu uso.
 A única maneira de ter certeza da gama de
significados de uma palavra é colecionar exemplos
de seu uso em grande número de contextos
diferentes e, por meio dessas situações, tanto
lingüísticas quanto práticas, definir e descrever a
gama de significados da palavra. Portanto, o
significado da palavra é inevitavelmente
determinado pelo contexto.
O contexto abrange palavras, frases, parágrafos, modo
de expressão e, em última análise, a totalidade das
situações da ocasião e do lugar da ocorrência
específica da referida palavra, além de tudo o que
levou a esse ponto. Por causa disso, dois significado
nunca poderão ser exatamente os mesmo, porque
nunca há dois contextos exatamente idênticos.
C.S. Lews: “Compreendemos muito mais a palavra se
já tivermos familiaridade com ela, no ambiente
autóctone. Dentro do possível, portanto, nossos
conhecimentos devem ser verificados e
suplementados pelo dicionário, mas não derivados
dele” (Studies in Words, p.2).
Palavras e suas alterações –
Outra observação a ser feita a respeito das palavras é
sua constante mudança. Todos os idiomas
apresentam alterações nos significados das palavras.
Algumas delas podem empregar o sentido original, ou
adotar novos significados, algo bem semelhante à
árvore em que brotam novos galhos.
Os significados mais primitivos da palavra podem
persistir durante séculos, a despeito do grande
acúmulo de usos posteriores que (segundo se espera)
os substituiriam). É o poder isolante do contexto que
possibilita a persistência dos significados.
O NT não foi escrito com um vocabulário
técnico religioso porque, à parte da
influência da Septuaginta, sequer existia
esse tipo de vocabulário. Trata-se da
revelação da parte de Deus escrita na
linguagem comum dos dias do NT. O grego
empregado é chamado coiné (comum).
Muitas palavras fundamentais eram, no
passado, corriqueiras, muitas delas sem
relacionamento com a religião. No contexto
da revelação do NT, essas palavras
apresentam várias mudanças.
1. Às vezes, o significado de uma palavra
era aprofundado.
Ilustração: a`marti,a palavra comum usada
para pecado, era usada com o significado de
“insuficiência”, “falha” ou “erro”. Para os
gregos, “não atingir o alvo “significava
“deixar de viver à altura do ideal por causa
de defeitos de caráter. Na Septuaginta, a
palavra expressa a idéia de não chegar à
altura do mandamento de Deus.
No NT, duas idéias novas são acrescentadas:
a)“Ficar aquém” de forma deliberada por parte do
homem, devido mais à rebeldia contra Deus que à
fraqueza inerente;
b)“Cair aquém do alvo”, algo indesculpável à luz da
revelação de Deus em Cristo.
2. As vezes, o significado de uma palavra era
modificado para lhe atribuir novo valor.
a) ko,smoj significava primariamente “adorno”. Ex. 1
pedro 3.3..
b)Mundo físico – Ef. 1.4)
c)Sistema mudano e aos homens deste sistema em
oposição a Deus – 1 Jo5.19; Ef. 6.12
3. Às vezes, as palavras recebem significado novo.
Ex. a palavra musth,rion

4. - O significado de uma palavra era, às vezes,


moficado pela atribuição de uma nova aplicação.
Ex. Para os gregos, a palavra swth,r (salvador) era
aplicada no sentido de qualquer libertador ou
benfeitor. Este título era atribuido a muitas
personagens importantes, principalmente ao
Imperador. Na Septuaginta, a palavra era aplicada a
Deus. No NT, é aplicada a Deus e a Jesus Cristo.
TEMAS A SEREM LEMBRADOS
1. Lembre-se que as palavras não possuem um único
significado correto. Elas indicam “gama” ou “campo
de significados”.
2. Lembre-se que cada palavra possui um histórico de
desenvolvimento e, desse modo, apresenta mudanças
de significado no decurso de certo período.
3. Lembre-se que o significado de cada palavra é
determinado pelo uso em um contexto específico.
Assim o exegeta não deve supor que a mesma palavra
sempre signifique a mesma coisa ao ser usada no NT.
Ela não possuí o mesmo significado par a o autor e
leito de hoje.
Princípios Para os Estudos de Vocábulos
a) O estudo dos vocábulos deve ser histórico.
A história da língua grega é geralmente dividida em
cinco períodos:
1- Da origem até 900 a.C. – Período formativo.
2- 900 a 330 a.C – Período Clássico ou dialético.
3- 330 a 330 d.C – Período coiné ou helenístico.
4- 330 a 1543 dC. Período Bizantino ou dos manuscritos.
5- 1453 até o presente – Período moderno.
b) Todo estudo vocabular deve ser indutivo.
c) Todo estudo de vocábulos deve ser contextual.

O Objetivo dos Estudos de Vocábulos


Depois de descobrir os significados possíveis da
palavra, o alvo é obter seu significado real em
determinado contexto, conforme o uso do autor
naquela ocasião. O propósito fundamental é descobrir
o sentido pretendido pelo autor.
Procedimento Para o Estudo Indutivo Vocabular
Pleno
Análise Etimológica
Análise Léxica (Diacrônica e Sincrônica)
Análise Contextual.
Ex. Observe o uso da palavra nos períodos abaixo:
a)O uso no grego clássico.
b)O uso no AT.
c)O uso na Septuaginta.
d)O uso no grego coiné.
e)O uso no NT.

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