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ESCRITURAS
AULA 5
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Literatura Profética – Simbolismo e apontamento para o futuro, para o fim
dos tempos.
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Portanto, o leitor das Escrituras não pode ler esse livro sem se dar conta de que
é um texto escrito com os recursos literários necessários para dar sentido, fluxo
textual e contornos estéticos.
Quando se vai ao médico, ele fará perguntas; pode pedir exames, auferir
a pressão, ouvir os batimentos cardíacos e o ritmo da respiração. Munido das
informações necessárias, ele construirá uma narrativa para descrever a sua
provável patologia. Depois disso, se necessário, ele fará prescrições.
A Bíblia tem dois gêneros literários que dominam parte do seu conteúdo:
as narrativas (textos descritivos) e as epistolas ou os discursos lógicos
(normalmente textos prescritivos). Por serem tão dominantes no conteúdo das
Sagradas escrituras, vamos defini-los e caracterizá-los.
2.1 As narrativas
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quanto os de âmbito nacional. Os três capítulos (22-24) registram seu
hino de louvor, suas últimas palavras, uma relação de seus valentes, o
senso de seus soldados e a edificação de um altar. Os acontecimentos
relatados nos capítulos de 13 a 21 foram escolhidos com o intuito de
ilustrar o fato de que o pecado produz consequências devastadoras,
embora o autor não diga com essas palavras.
2.2 As epístolas
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cuidado que os autores e redatores tiveram com a qualidade da produção texto
que estavam desenvolvendo.
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Como já mencionado, esta é uma posição que nos faz ver o outro lado do
radicalismo fundamentalista. Se por um lado a pessoa religiosa não olha para a
Bíblia como a Palavra de Deus, cujo texto preciso ser tratado como algo a ser
interpretado, por outro, existem aqueles cientistas que desprezam o texto como
relevante apenas em termos de mensagem incipiente, que dá conta do
surgimento, desenvolvimento e fim da vida e seus desdobramentos.
Este é o caminho que muitos cristãos sinceros têm buscado para fazer
pesquisas nas universidades, nos centros de tecnologias e em outros meios.
Mas esse posicionamento precisa levar em conta afirmações categóricas da
igreja sobre o valor eterno das Escrituras e suas afirmações teológicas.
Ainda segundo Lima (2012, grifos nosso): “Pode parecer estranho, mas o
‘Sujeito Teológico’ é capaz de assumir Deus como uma hipótese plausível, como
o elemento capaz de explicar o que não pode ser explicado cientificamente.
Porém suas definições religiosas não admitem dogmatismos”.
A história do dogma é capaz de nos mostrar que nem toda afirmação
dogmática é necessariamente negativa. A palavra dogma traz a ideia de algo
posto como afirmação categórica. A fé cristã tem seus dogmas e isso não
inviabiliza o conhecimento, o diálogo com a ciência e seus afins.
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posição determinada; ele tem seu olhar, sua percepção. O texto tem um efeito
sobre o fiel, que não deve ser desprezado, pois o texto não é somente narrativa,
sendo também prescritivo.
1O termo crítico não se refere ao criticismo, mas o leitor que se aproxima do texto, fazendo
perguntas pertinente que o levam ao sentido do texto e a enxergar as possibilidades de
aplicação.
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C.S. Lewis, “quando usamos nossos sentidos e imaginação e diversos outros
poderes segundo um padrão inventado pelo artista”.
Lewis Vanhoozer (2010, p. 433) aponta que “usar os textos, em vez de
recebê-los, é ler de má-fé”. A ideia é de que o leitor seguidor é orientado pelo
senso de propósito das Escrituras. Isto está de acordo com as palavras de Lewis,
citadas por Vanhoozer (2010, p. 434): “A primeira qualificação para julgar
qualquer peça que seja produto do trabalho humano, de uma rolha até uma
catedral, é saber o que ela é – o que ela foi projetada para fazer e como se
pretende que que seja usada”.
O autor supracitado conclui a ideia de Lewis: “Mas só se pode julgar uma
obra primeiro recebendo-a e deixando que manifeste sua voz” (Vanhozer, 2010,
p. 434). O leitor seguidor é orientado pelo senso de ouvir a voz das Sagradas
Escrituras.
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Uma forma de produção literária constituída principalmente por figuras
de linguagem, compreendendo imagens (palavras que nomeiam ações
concretas ou objetos). É natural que se pense na literatura como um
todo em termos de duas modalidades de discurso congêneres: a
poesia e a prosa. A poesia constitui-se sobretudo de linguagem
figurada, enquanto que a prosa comumente é composta de enunciados
contínuos. Ademais, a poesia é escrita em forma de verso, enquanto
que a prosa não é. Como parte dessa distinção, a unidade recorrente
na poesia é a linha (como se vê pelo fato de a poesia na forma
impressa não seguir até a margem direita), enquanto que a unidade
que se repete na prosa é a sentença.
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porque suas formas literárias são abundantes e capazes de traspor o tempo, o
espaço e as culturas – um texto com capacidade de resiliência.
“Os estilos literários expressam a beleza contida no ser humano”. Esses
textos são cheios de vivacidades, beleza e cores culturais, porque foram forjados
em meio às realidades humanas, por seres humanos. Deus criou seres
pensantes, criativos e com a capacidade de criar, admirar e interpretar o mundo
à sua volta, e fazer intervenções. Muitos textos das Sagradas Escrituras são
produzidos por conta da indignação dos profetas; de acordo com o contexto, a
mensagem fora escrita através de gêneros literários adequados para aquele
conteúdo, com determinada e ênfase.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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