Você está na página 1de 5

A Sé Velha de Coimbra representa, na sua monumentalidade, a grandeza da

arquitetura românica
A análise dos aspectos arquitetônicos mostra que o atual edifício corresponde a uma
construção do séc. XII, com projeto do francês Mestre Roberto. No entanto, é preciso
ter em linha de conta que a catedral, como instituição, é anterior e que o edifício foi
precedido por outras construções mais antigas, sobre as quais pouco ou nada se sabe
quanto à sua exata configuração e datação.
Os diversos elementos ou corpos que compõem este monumento, designadamente,
portal, janelas, capitéis e galerias, fazem dele um dos mais importantes exemplos do
românico português.

O exterior é robusto, simétrico, com escassas aberturas e coroamento de ameias. A


configuração de fortaleza da fachada principal. organizada segundo um esquema
compacto tripartido, com o corpo central avançado e duas poderosas torres inscritas
na massa fortificada, toda ela terminando em ameias. No corpo do meio abre-se portal
reentrante de arcos apoiados em colunas de capitéis decorados. Entrelaços
geométricos e vegetalistas de influência árabe ou pré-românica, assim como
quadrúpedes e aves enfrentadas. Praticamente não há representações humanas, e não
há nenhuma cena bíblica. A ausência de figuras humanas é, talvez, consequência de os
artistas serem moçárabes (cristãos arabizados) que se haviam estabelecido em
Coimbra no século XII
No interior, a pedra construiu um espaço imponente marcado pela alternância de luz e
sombras. Colunas maciças e delicados capitéis

Época
Medieval
Estilo
Românico

Construção do séc XII


Configuração de fortaleza da fachada principal: esquema tripartido, corpo central
avançado e duas torres inscritas
Exterior robusto, simétrico, com poucas aberturas e coroamento de ameias
Corpo central: portal de entrada com arcos apoiados em colunas de capteis decorados
Características do Interior: espaço de pedra robusto marcados pela alternância de luz e
sombra. Presença de colunas maciças.
fachada

capiteis
decorados
ARINTO, Agnés Anne Françoise Le Gac. Le retable majeur de la Sé velha de Coimbra et la polychromie dans le diocèse de Coimbra à
l’époque baroque: aspects techniques et esthétiques. 2009.

Soares, 2001: 33 - SOARES, Clara Moura 2001 – O Restauro do Mosteiro da Batalha. Pedreiras Históricas, Estaleiro de Obras e
Mestres Canteiros. Leiria, Magno Edições.

LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. I, Lisboa, IPPAR,
1993

Sé Velha — Câmara Municipal de Coimbra (cm-coimbra.pt)


O aspecto mais notável da decoração românica da Sé Velha é o grande número de capitéis esculpidos (cerca de
380), que a converte em um dos principais núcleos da escultura românica portuguesa. Os motivos são entrelaços
geométricos e vegetalistas de influência árabe ou pré-românica, assim como quadrúpedes e aves enfrentadas.
Praticamente não há representações humanas, e não ha´ nenhuma cena bíblica. A ausência de figuras humanas é,
talvez, consequência de os artistas serem moçárabes (cristãos arabizados) que se haviam estabelecido em Coimbra
no século XII.

No interior, destaque especial para o retábulo da capela-mor, em gótico flamejante, executado pelos escultores
flamengos Olivier de Gand e Jean d’Ypres. De mencionar ainda o claustro, iniciado em 1218, a primeira  experiência
gótica em Portugal.

Vale a pena atravessar o magnífico portal, que lembra a entrada de uma fortaleza, e descobrir o interior, onde a
pedra construiu um espaço imponente marcado pela alternância de luz e sombras, levando-nos por entre colunas
maciças e delicados capitéis repletos de folhas e figuras de animais. Reserve ainda tempo para admirar o magnífico
retábulo, esculpido em talha, que decora o centro da capela-mor, uma obra renascentista de Olivier de Gand e Jean
d'Ypres. Junto à igreja, pode apreciar o silêncio do claustro gótico, que convida à calma e ao deleite.

No interior encontram-se importantes conjuntos de escultura medieval e renascentista, em particular nas Capelas
de São Pedro e do Sacramento, que ladeiam a Capela-Mor. A antiga catedral conserva ainda raros e variados
registos de azulejaria antiga de origem sevilhana na Capela de S. Pedro e, próximo dos túmulos do transepto, o
axadrezado verde e branco do século XVII no acesso à sacristia. A construção do claustro foi iniciada em cerca de
1218, por iniciativa do rei D. Afonso II. A sua planta é quadrada, com galerias de abobadas com cinco arcos em cada
lado. O claustro da Sé Velha é uma das primeiras manifestações do gótico em Portugal

Você também pode gostar