LEITURA PROGRAMADA 4 CARTA DE FORTALEZA E RECOMENDAÇÃO EUROPA 1995
CARTA DE FORTALEZA
O Seminário promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
– IPHAN, teve o objetivo de recolher subsídios para a elaboração de diretrizes e instrumentos que permitissem identificar, proteger, promover e fomentar processos e bens “portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”. Considerando a demanda pelo reconhecimento e preservação do patrimônio cultural brasileiro constituído por bens materiais e imateriais e que os institutos de proteção em vigor não estão adequados à preservação desse patrimônio, o plenário identifica o IPHAN como responsável por identificar, documentar, proteger, fiscalizar, preservar e promover o patrimônio cultural brasileiro. O plenário propôs que o IPHAN promovesse aprofundamento sobre o conceito de bem cultural de natureza imaterial junto à colaboração do meio universitário e instituições de pesquisa. Recomenda também a elaboração de um inventário de bens culturais, a criação de um grupo de trabalho que coordene instrumentos necessários para inciativas de fomento e promoções de manifestações culturais. Propõe ainda, que a preservação do patrimônio cultural seja abordada de maneira global, buscando a parceria com entidades públicas e privadas; que o IPHAN encaminhe ao Conselho Nacional do Meio Ambiente os Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental; que seja estabelecida uma Política Nacional de Preservações do Patrimônio Cultural com metas e objetivos definidos; e por fim que o ministério da Cultura esteja relacionado ao processo de elaboração de políticas publicas levando em consideração os valores culturais. Ao final, a carta faz moções de defesa da legislação de preservação, de apoio ao IPHAN, de apoio ao Ministério da Cultura, de defesa à Lei de Incentivo à cultura, de apoio às expressões culturais dos povos ameríndios e de congratulações à 4ª Coordenação regional do IPHAN. RECOMENDAÇÃO EUROPA 1995
Desenvolvida pelo Comitê da Europa em 1995, a Recomendação Europeia trata
da proteção integrada de áreas de paisagem cultural e indica que os governos adaptem suas políticas para preservar e desenvolver áreas orientadas consideradas paisagens culturais. Para o efeito, são propostos 10 artigos que dizem respeito às Definições, onde estão apresentadas as definições de paisagem, áreas de paisagem cultural, conservação, politica paisagística e poluição visual; aos Campo de aplicação da Recomendação, como em áreas suscetíveis à danos, destruição e transformação prejudicial ao equilíbrio do meio ambiente; aos objetivos da recomendação, que sugere meios teóricos e operacionais para conservação das áreas de paisagem cultural; ao processo de identificação e a avaliação das áreas de paisagem natural, na qual adotada uma abordagem multidisciplinar para identificação das paisagem e seus componentes e para sal avaliação. O quinto artigo diz respeito aos níveis de competência e estratégia de ação, que devem refletir a mesma abordagem multidisciplinar citada; o sexto artigo refere-se à implementação de Politicas de Paisagem, que se inspiram em princípios de desenvolvimento sustentável; enquanto o sétimo se refere à proteção legal e conservação das áreas de paisagem cultural como parte de políticas de paisagem, o oitavo artigo diz respeito à informação e incremento da conscientização; já o nono artigo trata do treinamento e pesquisa que busca introduzir programas de treinamentos que devem ser proporcionados. E por fim, o décimo artigo refere-se à cooperação internacional, no qual os Estados-membros do Conselho da Europa deveriam incumbir-se de desenvolver a cooperação a fim de progredir em politicas através do intercambio de informações e experiencias.