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EDUARDA HESSEL ROSCHEL

LEITURA PROGRAMADA 4
CARTA DE FORTALEZA E RECOMENDAÇÃO EUROPA 1995

CARTA DE FORTALEZA

O Seminário promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional


– IPHAN, teve o objetivo de recolher subsídios para a elaboração de diretrizes e
instrumentos que permitissem identificar, proteger, promover e fomentar
processos e bens “portadores de referência à identidade, à ação e à memória
dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.
Considerando a demanda pelo reconhecimento e preservação do patrimônio
cultural brasileiro constituído por bens materiais e imateriais e que os institutos
de proteção em vigor não estão adequados à preservação desse patrimônio, o
plenário identifica o IPHAN como responsável por identificar, documentar,
proteger, fiscalizar, preservar e promover o patrimônio cultural brasileiro. O
plenário propôs que o IPHAN promovesse aprofundamento sobre o conceito de
bem cultural de natureza imaterial junto à colaboração do meio universitário e
instituições de pesquisa. Recomenda também a elaboração de um inventário de
bens culturais, a criação de um grupo de trabalho que coordene instrumentos
necessários para inciativas de fomento e promoções de manifestações culturais.
Propõe ainda, que a preservação do patrimônio cultural seja abordada de
maneira global, buscando a parceria com entidades públicas e privadas; que o
IPHAN encaminhe ao Conselho Nacional do Meio Ambiente os Estudos de
Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental; que seja estabelecida
uma Política Nacional de Preservações do Patrimônio Cultural com metas e
objetivos definidos; e por fim que o ministério da Cultura esteja relacionado ao
processo de elaboração de políticas publicas levando em consideração os
valores culturais. Ao final, a carta faz moções de defesa da legislação de
preservação, de apoio ao IPHAN, de apoio ao Ministério da Cultura, de defesa à
Lei de Incentivo à cultura, de apoio às expressões culturais dos povos
ameríndios e de congratulações à 4ª Coordenação regional do IPHAN.
RECOMENDAÇÃO EUROPA 1995

Desenvolvida pelo Comitê da Europa em 1995, a Recomendação Europeia trata


da proteção integrada de áreas de paisagem cultural e indica que os governos
adaptem suas políticas para preservar e desenvolver áreas orientadas
consideradas paisagens culturais. Para o efeito, são propostos 10 artigos que
dizem respeito às Definições, onde estão apresentadas as definições de
paisagem, áreas de paisagem cultural, conservação, politica paisagística e
poluição visual; aos Campo de aplicação da Recomendação, como em áreas
suscetíveis à danos, destruição e transformação prejudicial ao equilíbrio do meio
ambiente; aos objetivos da recomendação, que sugere meios teóricos e
operacionais para conservação das áreas de paisagem cultural; ao processo de
identificação e a avaliação das áreas de paisagem natural, na qual adotada uma
abordagem multidisciplinar para identificação das paisagem e seus
componentes e para sal avaliação. O quinto artigo diz respeito aos níveis de
competência e estratégia de ação, que devem refletir a mesma abordagem
multidisciplinar citada; o sexto artigo refere-se à implementação de Politicas de
Paisagem, que se inspiram em princípios de desenvolvimento sustentável;
enquanto o sétimo se refere à proteção legal e conservação das áreas de
paisagem cultural como parte de políticas de paisagem, o oitavo artigo diz
respeito à informação e incremento da conscientização; já o nono artigo trata do
treinamento e pesquisa que busca introduzir programas de treinamentos que
devem ser proporcionados. E por fim, o décimo artigo refere-se à cooperação
internacional, no qual os Estados-membros do Conselho da Europa deveriam
incumbir-se de desenvolver a cooperação a fim de progredir em politicas através
do intercambio de informações e experiencias.

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