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MILÃO (1ºfase)
Foi uma das obras que tornou Bramante conhecido. Era um arquiteto conhecedor do modelo
da catedral de Urbino, de Francesco di Giorgio, pelo que acaba por o adotar para esta igreja. A
existência de uma pequena capela bizantina, “San Satiro” fez com que o arquiteto tivesse de
adaptar a sua proposta ao local.
A igreja é construída de forma a agarrar a capela pré-existente e como o seu desejo era de ter
uma igreja grande, diminui a capela-mor, ficando esta com dimensões mínimas e usa nesse
mesmo espaço a técnica da ilusão de ótica – pinta uma perspetiva que faz com que a capela-
mor seja mais profunda do que é, só o primeiro plano é que é real. No entanto a perspetiva só
funciona quando entramos na igreja (ilusão de criar uma cabeceira).
Possui um transepto bem afirmado, 3 naves, tinha corte basilical e possui uma cúpula central
com características brunelleschianas (nervuras, óculos, madeira).
Catedral de Pavia, 1487-1488
Ideia de unificar a praça pela fachada. Fachada mais tardia com porticado, a catedral cria uma
fachada concava – recebe a praça e resolve o eixo da praça com essa torção.
ROMA (2ªfase)
➢ Com a sua ida para Roma, a sua obra sofre uma verdadeira evolução, tornando-se uma
das mais influentes na época. Toma em primeira mão o contacto com as ruínas que se
encontram em grande quantidade em Roma (império romano) – Arquitetura mais
sólida e mais pesada.
➢ O primeiro edifício desta fase é o pequeno templo de S. Pedro um edifício circular
apoiado em colunas dóricas (1502). Em 1503, Bramante tem a sua grande
oportunidade em trabalhar para o Papa Júlio II, projeta um grande conjunto
monumental para o Vaticano.
➢ Mas a sua grande obra doi o plano de reconstrução da catedral de S. Pedro no
Vaticano, para onde concebe algumas propostas sempre alternadas entre planta
central e planta longitudinal, sendo esta última a que prevalece com uma grande
cúpula sobre o cruzeiro. O projeto foi posteriormente alterado pois Bramante morreu
antes de se iniciar a sua construção, no entanto, permanece o cruzeiro com a sua
cúpula.
Claustro de Santa Maria Della Pace
dórica com tríglifos de entablamento reto. Mais tarde vem a influenciar Rafael, discípulo de
Bramante.
Tempietto de San Pietro in Montorio, 1502
Encomendado por um cardeal espanhol que queria ser papa, onde se pensa que foi crucificado
S. Pedro. Fica no meio de uma praça, com uma cripta por baixo. É com esta obra que Bramante
começa a ter muito impacto e o papa atual o contrata, Júlio II. Edifício circular com planta
central com colunas em toda a volta para afirmar a centralidade. Bramante idealiza a
construção de um claustro em volta do edifício circular, que não se realiza.
Feito para o papa Júlio II, um pátio enorme com um jogo de rampas. Escadaria virada para a
janela do papa. Assemelha se a um modelo de cidade romana. Retoma a serliana de Palladio
na arcada do pátio superior. Queria mostrar que tinha poder e deixa um marco no Vaticano.
Serliana
1º Projeto para S. Pedro de Roma
Nicolau V foi o primeiro a pensar remodelar S. Pedro, mas foi Júlio II que o primeiro a querer
realmente remodelar: querer substituir a igreja de S. Pedro, por a considerar pequena e já
anteriormente Bernardo Rosselino a mando de Nicolau V, tinha desenhado uma proposta de
ampliação da igreja, mas apenas as fundações tinham sido feitas até à altura. A decisão da
tipologia da planta foi sempre uma indecisão, primeiramente foi desenhada uma planta
longitudinal com uma grande cúpula, e Bramante desenha uma planta de cruz central com
duas torres nos cantos. Giuliano de Sangallo chega a propor, mas sem sucesso, um novo
projeto para a catedral, pois acaba por perder espaço. Acredita que o projeto de Bramante vai
cair e então apresenta um projeto que se apresenta mais maciço. Bramante acaba por rever o
projeto e torna-o longitudinal (a tradição tem muito peso, está acima de tudo). Cria cúpulas ao
longo da igreja longitudinal. Faz três propostas, no último engrossa os pilares devido à critica
de Sangallo sobre o seu projeto não aguentar e cair.
Ninfeu de Gennazano
É um edifício encostado ao terreno que ficou incompleto, mas apesar disso notamos a
presença do tema da serliana, uma casa de fresco para os dias de verão.
Igreja de Roccaverano
Filho de um pintor, humanista desde pequeno que tem contacto com o mundo da arte.
Arquiteto talentoso, discípulo de Bramante, morre muito jovem com cerca de 37 anos, é
natural de Urbino tal como Bramante. Assim como Bramante é um excelente pintor, com
apenas 20 anos, pintou “o casamento da virgem” no qual inclui uma igreja redonda. É também
autor da pintura “Escola de Atenas” em 1509, pintura que representa um cenário clássico com
personagens gregas com a ajuda de Bramante para a produção dessa imagem. Faz também
retratos de Júlio II e Leão X.
Projetos para S. Pedro de Roma 1514-1520
2º Projeto: Há uma afirmação mais imponente com duas torres na fachada, um desenho das
sacristias, sendo o desenho mais expressivo no seu perfil. As torres nunca foram feitas. No
entanto, uns anos mais tarde Bernini retoma esta ideia das torres e elas acabam por cair. A
única coisa que se mantém é a planta longitudinal e os 4 pilares.
É considerada uma obra de arte total, pela sua arquitetura, escultura e pintura feitas por
Rafael. A capela está numa das naves da igreja e apesar da encomenda ser pequena, Rafael
consegue arranjar espaço para criar algo imponente, com influências allbertianas. Esta capela
tinha como objetivo receber túmulos e a sua composição é marcada por ter uma cúpula e pela
utilização da serliana. Planta central octogonal.
Villa Madama
Uma vila romana do século XV, tipo villa Adriana, encomendada pelo papa Leão X. Começa a
ser construída numa encosta em Roma, com uma cavalariça para 400 cavalos, teatro, uma
galeria sob a paisagem (trabalha com a paisagem), termas romanas com cúpulas e um trabalho
hiper mega decorativo começando a ganhar características do maneirismo pela ostentação
que quer ter e ser uma villa Adriana moderna. A obra ficou incompleta porque Leão X morreu
assim como Rafael. Giulio Romano também entra nesta obra. Só ficou construída a parte
residencial.
Maneirismo
É primeiro arquiteto a dar prioridade a este expressionismo crescente. Tal como Rafael é um
prodígio sendo o seu discípulo, começa a trabalhar em Roma, projeta principalmente vilas e
palácios. Também se forma como pintor.
1ª fase romana
Loggia com arco serliana (varanda com vista panorâmica para a cidade de Roma); Paredes
suportadas pelas colunas, as pilastras estão alinhadas pelas colunas – cria um certo incomodo
visual na composição; utiliza pés direitos altos. Alçado com três serlianas, planta foge à regra
pois não é simétrica, já as janelas dão simetria.
Semelhante ao Palazzo Caprini, como tema de o piso térreo utilizar o rusticado e os superiores
utilizarem as ordens, como uma ideia de elevar as ordens. É um prédio de rendimento pois o
piso térreo tem lojas.
2ª fase Mântua
Arquiteto que teve contacto com Giulio Romano. Bom observador da arquitetura que se
passava na sua época, absorvendo de uma forma rápida o que os colegas fazem. Conhecido
por não ter um estilo específico.
Villa Farnesina
Apresenta uma nova solução (duplo frontão) para resolver o corte basilical com os cânones
clássicos, A obra de Roccaverano de Bramante, já tinha resolvido essa questão, mas de uma
forma diferente.
Apresenta ideias totalmente novas, como fachadas curvas (convexas) com colunas que tornam
a fachada mais premiável, janelas pequenas nos pisos superiores para que o piso nobre se
pudesse destacar. Tem uma planta assimétrica, a fachada é mais larga que o edifício, assim dá
a ilusão de poder no edifício aos olhos da cidade. Utilização da ordem dórica, loggia com
caixotões. Pátio assimétrico ao eixo da entrada, a fachada possui uma escala monumental que
ainda chega a comprar o edifício ao lado para completar a obra como queria.
➢ MICHELANGELO BUONAROTTI
Florentino, começa por ser escultor, tem como as suas obras mais conhecidas, a “Pietá” e
o “David” (posiciona o olhar para Roma e exagera no tamanho das mãos), onde já se
evidenciavam características maneiristas (as mãos em “David”, distorcer a realidade). Uma
das obras mais importantes de escultura foi o projeto para o tumulo do papa Julio II, que
estaria no braço do transepto da igreja de Bramante em S. Pedro de Roma. O túmulo teria
cerca de 40 figuras humanas à sua volta e possuía uma escala considerável. Depois destas
obras escultóricas regressa à sua terra, Florença:
Não chega a ser realizado, a parede avança e recua o que cria dinâmica a
fachada, a coluna é usada estruturalmente e como ornamento, retira a
leitura do corte basilical. Este projeto encontra se entre o meio caminho
do renascimento para o barroco.
Em 1526 dá-se o saque de Roma. Paulo III é quem decide reconstruir os edifícios depois desse
acontecimento. Contrata Miguel Ângelo para pintar o teto da Capela Sistina “Juízo final”.
No Palazzo Farnese com António Da Sangallo conclui a obra que estava a meio, vai buscar a
cornija, referencia do palazzo Strozzi e utiliza o arco entre meias colunas.
O projeto de Miguel Ângelo para S. Pedro de Roma critica o projeto de António da Sangallo e
alinhamento com o projeto de planta central de Bramante.
Possuía um ar
monumental, com a
existência de torres
com 6 ou 7 andares
com 3 ordens.
Projeto com muito
detalhe, quase de
ourivesaria/filigrana, acusado de ser quase um edifício gótico.
Projeto quase oriental com vários pisos sobrepostos que não
é muito comum na cultura ocidental. Mantinha a planta
central de Bramante, mas por outro lado parecia longitudinal porque havia uma ligação às
torres, uma espécie de nártex, possuía 3 deambulatórios também já pensados por Rafael e
Bramante. O tambor da cúpula com dois andares e duas ordens.
Miguel Ângelo transformou as termas em ruína numa igreja onde o papa Pio IV quer ser
sepultado. Apresenta uma planta central em cruz grega, com o tema das janelas termais,
muito comum na arquitetura clássica.
Porta estranhíssima, com um frontão de uma escala exagerada e brinca com os elementos.
Começa por ser paleocristã por Constantino, com teto em madeira e basílica cemiterial, mais
tarde foi adicionado um átrio e mausoléus mandados construir por famílias ricas.
Sob o comando do Papa Júlio II, pretende substituir a igreja toda, mas usando a mesma escala,
linha de continuação de Rossellino.
➢ 1506 - Giulliano Sangallo, é o segundo arquiteto deste projeto e critica o seu mestre,
diz que o seu projeto não se vai aguentar por ser muito rendilhado e não oferecer
robustez como ele propõem com grandes massas, acabando por perder a noção do
espaço.
➢ 1540 – Bramante faz a cúpula que é efetivamente construída com Serlio.
Volta à planta central de Bramante, porque este afirma “Quem se afasta de Bramante afasta-
se da realidade”. 5 Cúpulas de janelas abertas com perfil mais curvo e carater mais barroco,
ordem colossal, retira os deambulatórios, mais forte/mais potente. Alçado perimetral como
organismo vivo – carateriza-se pelos elementos grandes, ordem colossal, janelas verticais, não
têm demasiado detalhe. Monumentalidade.
➢ 1585 – GIACOMO DELLA PORTA e DOMENICO FONTANA
• Basílica paleocristã
• Proposta de uma nova cabeceira (Rosselino)
• Proposta de planta central com 4 pilares principais (Bramante)
• Destruição de parte da basílica paleocristã para construir os pilares.
• Planta central de Rafael.
• Planta central de Peruzzi.
• Planta híbrida.
• Proposta de Miguel Ângelo.
• Cúpula e lanternim.
• Carlo Maderno finaliza a reconstrução
1416 – Poggio Bracciolini encontra um manuscrito do tratado no mosteiro de St. Gall na Suiça.
ALBERTI – De Re Aedifiactoria.
SAGREDO – Medidas del Romano – livro pequeno de bolso, muito famoso em Portugal e
Espanha.
VIGNOLA – Regola delli cinque ordini d’architettura – muito ilustrado, relação de alturas entre
os pedestais, colunas, entablamento; ordens. Era muito usado nas belas-artes antes do século
19 e 20 (Távora).
Faz um tratado de arquitetura muito prático, com pouco texto e muitas imagens. Foi assistente
de Peruzzi.
• Sequência de espaços.
• Sequência de arcos do triunfo.
• Serliana.
• Cria um eixo longitudinal.
• Ganha dramatismo com o teatro.
• Pequeno jardim no final.
• Cariatides – estátuas de mulheres que
servem de colunas.
Palladio vai ilustrar o tratado de Vitrúvio, desenha como era uma casa romana (um átrio e um
vestíbulo, um peristilo largo com colunas à volta e um possível pórtico com colunas). Faz maior
parte do seu trabalho em Vicenza.
Casa romana
➢ Villa Valmarana
• Casa de campo.
• Organização simples.
• Espaço de distribuição
central.
• Corte de 2 águas.
• Portais rusticados
suaves.
• Usa a serliana (arco
paladiano).
• Formas geométricas.
➢ Villa Gazzoti
➢ Villa Pisani
➢ Villa Caldogno
➢ Palazzo Thiene, Vincenza, 1542
➢ Palazzo
Iseppo Porto,
Vincenza, 1549
Inspirado no
Palazzo Caprini
de Bramante,
com as diferenciações de não utilizar o piso térreo para
comércio, em Vincenza era
tradição habitar o piso térreo,
mas utiliza na mesma o
rusticado tal como Bramante.
Possui um eixo longitudinal, e
faz lembrar a típica casa romana
com um átrio e um peristilo.
➢ Palazzo Chiericati, Vincenza, 1551
É duplamente simétrico, Todos os alçados têm um pórtico que são orientados para algum
ponto da paisagem envolvente (Alpes, rio, bosque e cidade). É designada de rotonda por
ter uma sala central de distribuição cilíndrica com uma cúpula à maneira do panteão de
Roma. Planta simples, elevação para dar mais destaque e tornar mais seca, pintado com
frescos, colunas de ordem jónica.
Assim como o exemplo anterior, é muito branca o que traz mais luz ao espaço. Fachada com a
solução do duplo frontão, cúpula, transepto menos afirmado, capelas laterais. Utiliza mais uma
vez o retro-coro, com uma linha curva de colunas. Quem está na praça de S. Marcos consegue
ver a igreja.
Teatro coberto feito à maneira romana, por fora é um banal armazém agrícola (discreto), mas
o seu interior é espetacular, um auditório semicircular com um cenário clássico à volta pintado
por Scamozi, que cria perspetivas aceleradas. Cria fachadas em madeira. É a ultima obra de
Palladio.
Sisto V foi papa por 5 anos e nesses 5 anos foi o arquiteto Domenico Fontana (mais importante
na história do urbanismo ocidental). A ideia é tornar Roma maior e para isso:
Em suma:
Intervenções:
• San Carlino Alle Quattro Fontana, Francesco Borromini – 4 fontes colocadas num
cruzamento (atitude muito barroca), edifício posterior quando os eixos das vias já se
encontravam definidos.
• Fonte Felice, Domenico Fontana
• Coluna Antoniana (Marco Aurélio) Piazza Colonna.
• Rede viária de Sisto V: Porta Pia, Obelisco em Piazza de Popolo, Via dell Corso, Via
Clementia, Paolina Trifaria, Via Felice, Via Pia, Lattern Obliscuo, Via S.Giovanni
Laterano, Colosseun column of Trajan, Il Gesú
• Colocar obeliscos em frente às igrejas.
A critica ao plano de Sisto V foi feita em relação ao terreno que ficou livre, ou seja, a existência
de poucos edifícios sendo que a maioria são pré-existentes, A intervenção apresenta um
carater um pouco campestre, no sentido em que só apresenta uma referência de x em x
metros obeliscos e marcas a rematar a vista (perspetivas controladas). Mas o facto é que este
papa é importante porque acaba por lançar a posterior expansão da cidade.
A Roma de Alexandre VII
Alexandre VII é um papa dos meados do século XVII, da família Chigi. Alexandre VII considera-
se o “Alexandre O Grande” e por isso escolhe o nome Alexandre para o seu nome de papa,
Escolhe o arquiteto Pietro da Cortona e Gian Lorenzo Bernini, para continuar a obra de Sisto V.
Manda fazer a Praça de São Pedro a Bernini (dois braços que abraçam a igreja e os
fiéis). “terceiro braço” não é construído. No centro só vemos as colunas.
Reorganiza a praça em frente ao Panteão (proíbe o mercado e coloca um obelisco).
Piazza de Spagna: articula a Strada Felice com a Via
Babucino, tinha uma grande diferença de cotas, pelo
que a praça se Spagna tem uma escadaria.
Piazza del Popolo: Carlo Fontana, desenha duas igrejas nas esquinas das três ruas do
tridente para criar simetria. Igrejas com fachadas semelhantes, para criar uma imagem
unificada e em frente coloca um obelisco. (Carlo Fontana é um arquiteto que faz
muitas igrejas). “pata de ganso”
BERNINI