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“Dentro do labirinto de ruas estreitas em Roma está um dos edifícios mais renomados
na história da arquitetura. Construído no auge do poder e riqueza do Império Romano,
o Panteão Romano é enaltecido e estudado pela imensidão de sua cúpula como por
sua geometria celeste há mais de dois milênios. Durante este tempo tem sido objeto
de inúmeras imitações e referências como legado arquitetônico duradouro de uma das
épocas mais influentes do mundo” (Bruno Perenha).
Formalmente, o Panteão é surpreendente na sua simplicidade. Constitui-se de um
grande tambor coberto por uma cúpula, com sua entrada virada para o norte,
demarcada por um pórtico. Dentro do tambor há um único espaço cavernoso, com luz
natural que se derrama de um óculo de 9 metros de largura sobre altares triangulares
e arredondados alternados que marcam o perímetro da sala. O chão e as paredes do
interior são revestidos com pedra fina proveniente de todo o Império Romano,
incluindo granito e vários mármores coloridos; O teto é de concreto aparente. Esta
cúpula foi a maior do mundo por um período significativo.
O planejamento cuidadosamente premeditado da base cilíndrica ironicamente
contrasta com o pórtico relativamente desarticulado. Ao invés de unir-se diretamente
à rotunda, o frontão conecta-se a um bloco de transição retangular, que apresenta o
contorno de um frontão em uma elevação maior do que a que coroa o pórtico o
Panteão é um dos monumentos mais bem preservados da Roma antiga. Sua célebre
cúpula continua a ser a maior do mundo a ser construída a partir de concreto não
reforçado e, apesar da adição de altares cristãos e afrescos, seu projeto permanece,
em grande parte, o mesmo que sob o governo de Adriano. Sua forma tem servido de
inspiração para um cânone inteiro de edifícios desde o Renascimento, entre eles o
Panthéon em Paris, a cúpula de Santa Maria del Fiore, a Biblioteca da Universidade de
Virginia e o Memorial Jefferson em Washington.
Wright resolveu o desenho da casa ao redor da chaminé, que foi considerado o lugar
de reunião da família. A base da casa são as rochas do lugar. Algumas superam o nível
inferior e aparecem junto à chaminé, trazendo, em certa medida, a cascata para
dentro da residência, criando um núcleo vertical, reforçado pela torre da chaminé, o
ponto mais alto da casa.
A beleza desses espaços se encontra em suas extensões à natureza, feita com grandes
varandas em balanço. Projetadas em ângulos retos, são elementos esculturais da casa,
além de sua função. Para a estrutura das varandas, Wright trabalhou com dois
engenheiros. A solução estava nos materiais. A casa tomou uma forma de alvenaria
definitiva, para se relacionar com o sítio. As varandas são de concreto armado.
O exterior da casa impõe certa horizontalidade, que se destaca pela presença das
pedras e tijolos, e principalmente das varandas.
A perfeição de todos os detalhes leva esta obra a uma consistência de alto grau. É uma
obra que vai muito além de sua forma, onde a presença física e espiritual do homem se
faz mais transparente, em sincronia com a relação harmônica entre arquitetura e
natureza.