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Edifício Wainwright
O edifício Wainwright, de Louis Sullivan e Dankmar Adler, foi um dos primeiros arranha-céus
construídos no mundo e é considerado um modelo influente de uma arquitetura moderna1 de
escritórios. O projeto mostra esteticamente as teorias de Sullivan sobre edifícios em altura, com a
composição de três partes, sendo elas a base, corpo e coroamento, que é baseado nas estruturas das
colunas clássicas. "O arranha-céu deve ser alto, cada centímetro dele alto. A força e o poder de
altitude deve estar nele, a glória e o orgulho de exaltação deve estar nele. Deve ser tudo uma polegada
de orgulho e subindo, subindo em exultação pura que de baixo para cima é uma unidade sem uma
única linha divergente.”
Em suas teorias, Sullivan dizia que a estrutura, a composição e a decoração partem de uma mesma
ideia funcionalista. Ele foi o primeiro arquiteto modernista que defendia a máxima de que "a forma
segue a função". Em seus projetos, ele buscava melhorar a qualidade de vida dos habitantes da cidade
de Chicago.
Ele se preocupava com a estética da estrutura metálica localizada fora dos edifícios, então ele se
concentrou em desenvolver um simbolismo arquitetônico que consiste em formas geométricas
simples, estruturais e ornamentação orgânica, em harmonia com o restante do design. Para isso, ele
usou escalas, ornamentos e ritmos que foram adaptados às funções do edifício. Isso justifica o fato da
estrutura do edifício analisado ser baseada em aço independente e seu revestimento ser de cerâmica
vermelha.
O edifício Wainwright apresenta 42 metros de altura e é distribuído em 10 andares. Conforme
projetado, o primeiro andar foi destinado para lojas acessíveis pela rua, o segundo, para escritórios
públicos de fácil acesso, os andares superiores para escritórios mais particulares, enquanto o ultimo
piso apresentava tanques de água e máquinas de construção. Por conta dessa distribuição, os primeiros
pavimentos foram marcados por fachadas de grandes aberturas de vidro.
Apesar do conceito clássico de coluna, o design do edifício é julgado moderno e não apresenta o
estilo neoclássico que Sullivan desprezava. Todas as suas janelas estão atrás das colunas e pilares
circundantes, para reter a estética vertical de Sullivan. Podemos ressaltar como ornamentos e
estruturas orgânicas do projeto o friso que fica abaixo da cornija profunda, a superfície ao redor da
porta principal e as tensões entre as janelas em diferentes pisos. Os dois primeiros andares são
revestidos por arenito marrom, e os sete andares seguintes são pilares contínuos de tijolo. Cada andar
é decorado por relevos de folhagem ornamentado, esculpidos em painéis de terracota.
O arquiteto uniu as paredes externas do edifício, ressaltando os membros verticais e aumentando os
pilares de canto para possibilitá-los de subir livremente para a cornija. Ele colocou pilares mais finos
verticalmente orientados entre as janelas para servirem como ligações visuais entre a base e cornija.
Além disso, também se tornaram fontes de união, panos floreais que existiam abaixo destes pilares.
Com essa análise, conseguimos concluir que a dupla de arquitetos conseguiu criar um método que
serviria de referência para alcançar a unidade visual no edifício alto, realizando uma inovação na
arquitetura dos Estados Unidos.