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PROJETO DE

REABILITAÇÃO,
CONSERVAÇÃOE
RESTAURO
Aula 6
O que temos para preservar no Brasil?
Arquitetura Vernacular, m
religiosa e Civil
Pré-colonial

Grande variedade de soluções arquitetônicas para a


moradia .

A forma mais comum de assentamentos indígenas


são as aldeias formadas por varias construções
(conjunto de 04 a 10 ocas
Pré-colonial
Adaptação em
relação à região
climática na qual está
inserida: materiais
semelhantes, porém
diferentes em sua
composição natural.
(Amarração,
aberturas)
Colonial
- 1500/1530

Feitorias - estabelecimentos temporários


Arq. Militar
- 8 mil Km
Primeiro vilarejos
foram fortificados -
Construções
simbólicas

(assegurar posse x
função militar)
Arq. Militar Os projetos e especificações seguiam
as recomendações de dois manuais,
utilizados como verdadeiras bíblias
de construção de fortificações em
todas as colônias portuguesas ao
redor do mundo .
Arq. Militar Planta poligonal
Funcionalidade interna
Parede angular
Organização racional dos espaços
Porta comelevação para acesso com
brasões
Rampas de acesso para canhões
Guaritas (cubelos) comfrisos
Torres de menagemcilíndricas com
Ameias

Emalgumas: capela ou templo


Forte Santo António da Barra (1534), na Bahia
Arq. Militar

Forte dos Três Reis Magos, Natal , 1598 / Forte do Mattos, Santa Catarina, 1586
Arq. Religiosa

J. Anchieta e M. Nóbrega na cabana de Pindobuçu - Croqui Colégios: Ler, escrever e rezar.


de Benedito Calixto
Não aceitavam religião e cultura nativa.
Teatro; Artesanato; Construções
Arq. Religiosa
Arq. Religiosa
- Século XVI – “colonial” tardo-renascentista ou maneirista
Simplicidade
Fachadas templo
Torre sineira: caminho da
transcendência
Planta ideal para manter a
atenção para a capela -
mor
Pau-a-pique /taipa de pilão
/ Pedra caiada

A carência de meios
materiais e recursos humanos,
não nos permitiram grandes
estruturas arquitetônicas aos
“moldes europeus” .
Arq. Religiosa
- Século XVI – “colonial” tardo-renascentista ou maneirista

Capela de
São José de
Imbassaí -
Maricá.
Arq. Religiosa
- Século XVII - substituição por igrejas mais imponentes
Mestres em diversos
ofícios da construção.
(Francisco Dias)

Ordens financiaram
igrejas

Catedral Basílica Primacial de São Salvador e Colégio


dos Jesuítas (1572). Salvador.
Arq. Religiosa
- Século XVIII - elementos barrocos
Quebravam a linearidade e a rigidez do estilo renascentista
Decoração dramática e exuberante
Entalhes: cachos de uva, pássaros, flores tropicais e anjos.
Interior de grande riqueza e expressividade,que contrasta
totalmente com o exterior
Pinturas “ilusionistas”
Simplicidade exterior x Rica decoração = a virtude de
recolhimento, requisito necessário à alma cristã.

Nordeste - Rio de Janeiro - Minas Gerais

Igreja e Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro ( 1633 e


1691)
Arq. Religiosa
- Século XVIII - Barroco

O frontispício é totalmente
revestido de esculturas
em calcário ( imitação dos
retábulos)
Ordem Terceira de São
Francisco (1702), em
Salvador
Arq. Religiosa
- Século XVIII - Barroco

Interior da Igreja e
Convento de São
Francisco,
Pelourinho,
Salvador.
Arq. Religiosa
- Século XVIII (1760) evolução do novo estilo, o Rococó.

Autenticidade na produção;
Arquitetura em planos circulares;
Templos mais intimistas;
Uso de pedra -sabão;
Decoração requintada;
Torres “coroadas”;

Igreja de Nossa Senhora do Rosário


dos Pretos. Ouro Preto
Arq. Religiosa
- Século XIX:Neoclássico
materiais nobres
linhas ortogonais
u so d e cú p u la s, m a rca d a s p e la m o n u m e n ta lid a d e ;
in te rio re s o rga n iza d o s se gu n d o crité rio s ge o m é trico s;
Pó rtico s co lu n a d o s;
Fro n tõ e s tria n gu la re s;
De co ra çã o d e ca rá te r e stru tu ra l;

Igreja de nossa Senhora de


Candelária, RJ.
Século XIX: Neoclássico Grandjean de Montigny

Pç do Comércio do RJ 1820 / Sede da Alfândega (Casa França-Brasil) / Senado do Império 1848 / Biblioteca Imperial 1841
Século XX: Ecletismo
SP/ Primeiras Reformas: Casas com soluções mais atualizadas e programas complexos

No século XIX, o capital


inglês tomou -se ainda mais
presente na economia
brasileira, especialmente
no Rio de Janeiro e em São
Paulo, com investimentos
na construção de
ferrovias, portos e no
transporte urbano. A
fe içã o d o s ce n tro s u rb a n o s
se m o d ificou , co n ta n d o
co m m a is
estabelecimentos
comerciais, bancos,
iluminação, telégrafos ,
u m n o vo tra ça d o d a s ru a s
e , já n o fin a l d o sé cu lo XIX,
a p re se n ça d e b o n d e s
e lé trico s, e m su b stitu içã o
a o s d e tra çã o a n im a l.
Século XX: Ecletismo
SP/ Primeiras Reformas: Casas com soluções mais atualizadas e programas complexos

Posta l n . 27, m ostra a a ve n id a Pa u lista e se u s p a la ce te s e m d ire çã o a Co n so la çã o


Século XX: Ecletismo

afastamento frontal –
m istu ra d e tip o lo gia
Urb a n a co m a s ch á ca ra s.

b u sca d e
gra n d io sid a d e ,
e xp re ssivid a d e , lu xo e
e m o tivid a d e d istin ta
d o Ne o clá ssico

Ca sa rã o Fra n co d e Me llo,
1919
Século XX: Verticalização: 1930 Martineli (25 andares)

“Sã o Pa u lo n ã o é u m a gra n d e cid a d e , m a s


u m a m o n to a d o d e p e q u e n a s cid a d e s
co n stru íd a s u m a a o la d o d a o u tra e
u m a d e n tro d a o u tra , u m a cid a d e q u e
e stá e m via s d e se tra n sfo rm a r e m
cid a d e gra n d e , e a ú n ica co isa
gra n d io sa n e la é se u fu tu ro ” HESSE-
WARTEGG, Ern e st Vo n . 1955.

O prédio ainda em construção nos anos 1920.


Ace rvo/Esta d ã o
Século XX: Modernismo
-80) (40

Palácio G. Capanema (MEC) 1943


IDENTIFICANDO ELEM
ARQUITETÔNICOS:
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Bandeira
Caixilho situado na parte superior de portas e janelas, destinado a melhorar a iluminação e ventilação no
in te rio r d o e d ifício .
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Luneta
Óculo ou fresta aberta em paredes ou bandeiras de portas para iluminar o interior do edifício.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Cercadura
Qualquer tipo de moldura ou arremate que contorne uma peça ou elemento da construção.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Sobreverga
Moldura colocada nas fachadas sobre as vergas das janelas e portas, realçando -a s e p ro te ge n d o -a s d a s
á gu a s d a ch u va .
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Cachorro
Peça em balanço, usualmente de pedra, madeira ou tijolo, que sustenta as bacias dos balcões ou os beirais
d o s te lh a d o s.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Cunhal
Faixa vertical saliente nas extremidades de paredes, em geral abrange da base ao coroamento da
co n stru çã o .
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Frontão
Elemento de coroamento da fachada, em forma triangular ou em arco, situado na parte superior do
e d ifício o u so b re p o rta is.

Pe tróp olis RJ
Pe lota s RS
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Gateira
Abertura em geral gradeada, disposta no embasamento do edifício para ventilação de porões.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Sacada
Elemento que forma uma saliência no paramento da parede, bacia dos balcões em balanço.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Gradil
Qualquer tipo de grade, feita de madeira ou ferro, que vede parcialmente um elemento da construção. É
u sa d o co m o p ro te çã o o u a n te p a ro .
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Balaústre
Pequena coluna de sustentação de travessa ou corrimão, em geral disposta de modo a equivaler
a p ro xim a d a m e n te a d istâ n cia e n tre o s e le m e n to s va zio s e ch e io s.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Platibanda
Elemento no alto das fachadas, coroando a parede externa do prédio, formando uma espécie de mureta
q u e e sco n d e a s á gu a s d o s te lh a d o s e e ve n tu a lm e n te se rve d e p ro te çã o e m te rra ço s.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Cimalha
Arremate emoldurado formando saliências na superfície de uma parede. Em geral sobre as guarnições de
p o rta s e ja n e la s e a b a ixo d o b e ira l d o te lh a d o , p a rte su p e rio r d a co rn ija .
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Coroamento
Parte superior do edifício, pode ser composto por um ou mais elementos decorativos e construtivos.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Epígrafe
Inscrição feita em um elemento do edifício, em local destacado, com boa visibilidade.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Aldrava
Peça metálica disposta na face externa das portas de acesso, que, por meio de batidas, serve para fazer as
p e sso a s se re m a te n d id a s.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Arandela
Luminária fixada na parede, possibilitando a iluminação pontual ou indireta.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Arabesco
Ornato composto de linhas curvas e geométricas que se entrelaçam, inspirado na arquitetura árabe.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Brasão
Ornato esculpido ou pintado na forma de um brasão ou de armas (Armoriado).
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Medalhão
Ornato oval ou circular, em baixo ou alto relevo, com figuras representativas, monogramas com as iniciais
d o s p ro p rie tá rio s o u d a ta s d a co n stru çã o d a e d ifica çã o re sid e n cia l.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Buzinote
Pequeno cano situado principalmente sob balcões ou terraços e nas calhas, com a função de escoar as
á gu a s d e ste s e le m e n to s.
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Carranca ou Alegoria
Cara ou cabeça, geralmente disforme, ou ornato que representa por meio figurativo e simbólico uma
id e ia , p e rso n a ge m o u u m fa to .
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Azulejos
Português, Francês e Inglês
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Azulejos - Séc. XIX&XX
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Marquise
Cobertura, em geral estreita e em balanço, formando saliência externa no corpo da edificação .
Fre q u e n te m e n te é d isp o sta so b re o p a vim e n to té rre o d e e d ifício co m e rcia l p ro te ge n d o o s tra n se u n te s
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
- Brise
Anteparo composto por uma série de placas estreitas e compridas colocadas em fachadas para reduzir a
a çã o d ire ta d o so l.
Platibanda /
Balaústre
Cimalha
Arabesco
Sobreverga
Bandeira

Gradil / Sacada
Cachorro

Gateira / cercadura
Exploração no Local Designado:
● Devem explorar a região central de Santos em busca de edifícios ou elementos
arquitetônicos. Eles devem procurar sinais de degradação, falta de manutenção e
características históricas.

Observações e Registros:
Enquanto exploram, devem tirar fotos das estruturas que chamam sua atenção e fazer
anotações detalhadas sobre:
● Sinais de degradação, como rachaduras, descascamento, corrosão etc.
● Indícios de falta de manutenção, como pintura descascada, vidros quebrados,
sujeira acumulada etc.
● Elementos que sugerem valor histórico, como arquitetura antiga, detalhes
ornamentais, características únicas etc.
Reflexão e Análise:
● Qual é a importância da manutenção e conservação de edifícios?
● Como a degradação afeta a estética e a funcionalidade de uma estrutura?
● Por que é importante preservar elementos arquitetônicos com valor histórico?
● Quais são as possíveis ações que podem ser tomadas para preservar ou revitalizar
estruturas degradadas?

Atividade de Síntese:
● Como tarefa complementar, elaborem um breve relatório escrito ou uma apresentação
visual sobre sua estrutura escolhida. Devem incluir as fotos tiradas, suas observações,
reflexões sobre os conceitos discutidos e possíveis soluções para a melhoria ou
preservação da estrutura.

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