UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CENTRO DE CIÊNCIAS SÓCIO-ORGANIZACIONAIS

CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO
LAZER E TURISMO

Relatório de saída de campo, realizado

pela aluna Stefani Quevedo Castro
Rodrigues, para a disciplina de Lazer e
Turismo, ministrada pela Professora
Dalila Muller.

Pelotas, 04 de Setembro de 2023

 Visita técnica pelos arredores do centro histórico de Pelotas

Este relatório tem o objetivo de relatar as experiências na visita técnica, realizada

posteriormente no dia 26/08/2023 junto com o colega Chayder, pelos seguines
lugares: Largo do Mercado Público, Praça Cel. Pedro Osório, Praça Cipriano
Barcelos, Avenida Saldanha Marinho, Largo da Estação Férrea de Pelotas.

Largo do Mercado Público

O roteiro começou pelo Largo do Mercado Público, o pédio abriga o comércio e a

cultura pelo menos desde 1851 e em 2001 foi contemplado no programa
Monumenta, iniciativa do governo federal que financiou a restauração de sítios
históricos no Brasil. O local possui empreendimentos variados, na Banca 75 está
localizado o Centro de Atenção ao Turista e possui um Memorial do Mercado, que
conta a história do prédio e do seu entorno.

O mercado é um grande ponto de encontro de lazer diariamente da população e em

um sábado, dia da visita, não poderia ser diferente. O clima de sol contribuiu para
tornar a visita mais agradável, nas imagens acima é possível observar o Mercado
das Pulgas acontecendo e as pessoas no entorno do Mercado bebendo, comendo e
conversando. É interessante observar o Mercado, enquanto patrimônio histórico e
cultural, e ver o valor afetivo e histórico preservado, a utilização do largo do
mercado para manifestações culturais é muito importante para continuar
preservando nossa cultura.
 Praça Cel. Pedro Osório

Em seguida fomos para a Praça Cel. Pedro Osório, a praça abriga o centro histórico
de Pelotas e possui no centro a Fonte das Nereidas, vinda da França, era onde
acontecia os castigos e a venda de escravos, também já serviu para o
abastecimento de água da população local e atualmente está tombada pelo IPHAN.

Nessa praça também acontecem diversas manifestações culturais e é muito

utilizado para o lazer pela população. É possível observar diversos grupos de
pessoas sentadas conversando, passeando com cachorros e praticando esportes. O
local, durante o dia, passa uma sensação de segurança e por ser um sábado tinha
bastante gente, já durante a noite não sinto tanta segurança e tenho medo de
passar na volta, principalmente devido a alguns relatos de pessoas que sofrem
assalto na praça.

Praça Cipriano Barcelos

Em seguida fomos para a praça Cipriano Barcelos, que também é conhecida por
outro nome: Praça dos Enforcados. Ali, aconteciam execuções de escravos que
recebiam pena máxima por algum ato considerado crime. O imaginário popular faz
questão de não deixar esse triste fato jamais ser esquecido, tanto que muitos
residentes não conhecem o nome oficial da praça.
A praça também possui um chafariz chamado de Chafariz dos Cupidos, que foi
importado da França pela Cia. Hidráulica Pelotense e servia como fonte de
abastecimento de água potável para a população das redondezas.

Essa praça não me passou segurança nem mesmo de dia, e foi possível ver que
para muita gente também não é seguro, também há relatos de assaltos nesse lugar.
O lugar possui também um parquinho para o lazer das crianças.

Avenida Saldanha Marinho

A Avenida Saldanha Marinho possui equipamentos de academia ao ar livre,

inclusive acessível para cadeirantes, e possui dois parquinhos para as crianças.
Atualmente possui um Museu do Saneamento de Pelotas, que abriga uma herança
cultural e patrimonial dos serviços de água, esgoto, drenagem e resíduos do último
século. A avenida passa uma sensação de segurança e possibilita diversas
atividades de lazer.

Largo da Estação Férrea

O Conjunto Ferroviário RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima), foi
tombado pelo IPHAN a nível municipal por sua importância histórica como
patrimônio cultural ferroviário. Foi inaugurada em 02 de dezembro de 1884, a linha
férrea passa por Bagé, Pelotas e Rio Grande, e foi de grande importância
econômica para a cidade no passado: os trilhos eram essenciais para o transporte
de gado e charque até o porto de Rio Grande, onde a produção era escoada. A
estação foi desativada em 1996, quando parou de transportar passageiros, mas até
os dias de hoje, a linha ainda é utilizada para transporte de carga. No Largo da
Estação Férrea não tinha grande movimentação, mas tinha algumas pessoas
praticando o lazer conversando e andando de skate. Um ponto curioso foi ver que
ao lado do largo, na ponte que passa por cima dos trilhos do trem, enquanto o trem
passava, diversas pessoas paravam para observar o trem.

Conclusão

A visita ocorreu de forma agradável e tranquila, acredito que estar com companhia
fez diferença, pois se eu fosse para os lugares que não achasse tão seguro sozinha
a experiência seria diferente. Ser moradora da cidade e já ter escutado relatos de
alguns locais influenciou na minha percepção, o clima também influenciou na
experiência. Foi interessante passar por esses lugares que passo diariamente, mas
dessa vez com um olhar crítico, observar as interações e as relações de lazer das
pessoas e observar como o patrimônio e lazer se misturam.