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Instituto Federal da Bahia – IFBA


Pós-Graduação: Educação, Cultura e Linguagens
Componente Curricular: Tópicos Especiais em Psicologia e Educação
Professora: Dra. Rosane Maria Souza e Silva

EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA

Audrei Augusto Almeida*


Erica Batista Rodrigues**

A atual conjuntura social, decorrente das mudanças impostas a sociedade frente a pandemia da
COVID-19, alterou a forma como se constitui as relações sociais, principalmente as atividades
educativas que acontecem no ambiente escolar. Escola é espaço de interação, o que para o
momento vigente traduz-se como recinto com grandes riscos de contaminação. Assim, o
isolamento social se apresentou como a possibilidade mais urgente para redução do contágio, o
que acarretou uma inércia nas atividades de ensino, principalmente nas escolas públicas, e
consequentemente uma acentuada desigualdade para com os mais vulneráveis, as classes menos
favorecidas.

Diante da efetiva persistência do estado extraordinário de isolamento social, faz-se necessário


refletir sobre essas novas demandas que atingiram a educação e alteraram suas metodologias,
tempos e espaços. Como também, pensar nas consequências que as escolhas, ou até mesmo a
ausência delas, implicaram na educação.

Para subsidiar essa reflexão, considera-se o ensaio A Educação e a Covid-19 (DIAS; PINTO,
2020) onde as autoras instigam a sopesar a Educação no contexto pós pandêmico. Apontam
para a necessidade da criação de políticas públicas diretamente ligadas à educação e
direcionadas aos problemas e crises que afetaram a aprendizagem dos alunos. Torna-se
necessário encarar o problema de frente, afrontá-lo com políticas que estejam atentas as
desigualdades, evidenciadas pela pandemia ou até mesmo trazidas por ela.
* Professora. Coordenadora Pedagógica. Atualmente técnica na Secretaria Municipal de Educação de Eunápolis.
Psicopedagoga (UNOPAR). Pós-graduada em Alfabetização e Letramento (UFBA). Pós-graduanda em Educação,
Cultura e Linguagens (IFBA). Licenciada em Pedagogia (UNESULBAHIA).
** Professora. Especialista em Letras/Libras (UNEB). Pós-graduanda em Educação, Cultura e Linguagens (IFBA).
Discente de Disciplina Especial de Mestrado (UFSB). Licenciada em Pedagogia (ULBRA).
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Compreender que esses impasses ainda irão perdurar por alguns anos demanda a necessidade
de manter e até alargar os investimentos, para que seja possível garantir melhorias, tanto das
estruturas físicas, como formacionais e metodológicas, que auxiliem na qualidade do
aproveitamento do ensino oferecido aos alunos. Para tanto, aplicar diferentes ferramentas e
caminhos para diminuir as disparidades potencializadas, incentivando a continuidade das
relações entre os professores e os alunos, para manter um equilíbrio psicológico, o que ajuda a
lidar com esse período atípico, que afeta tanto o físico como o mental. (DIAS; PINTO, 2020)

Os autores Murilllo e Duk (2020) no ensaio El Covid-19 y las Brechas Educativas problematiza
o momento que estamos vivendo devido a pandemia por COVID-19 que monopoliza nossos
pensamentos e ações cotidianas e os efeitos na educação dos mais vulneráveis. Eles abordam o
papel social insubstituível da escola e também antagônico, sendo um mecanismo para
reproduzir as desigualdades, como também as reduzem e até superam. Para Murillo e Duk
(2020, p.01) “Por muy malo que sea un sistema educativo, es definitivamente mejor que si no
lo hubiera.”

Um dos grupos que mais tem sofrido com o fechamento das escolas devido à crise da COVID-
19 são as crianças com necessidades especiais. Nos últimos anos as políticas públicas de acesso
e permanência desses sujeitos na escola e o direito a aprendizagem vem dando frutos. Contudo,
com o atual contexto pandêmico, o sistema educacional tem oferecido a essas crianças medidas
paliativas objetivando suavizar a situação. Esses alunos acabam ocultados em suas casas, pois
a Educação a distância é impossível de ser funcional para muitos desses, ficando então
excluídos do processo nessa modalidade ofertada. (MURILLO; DUK, 2020)

Esse desamparo ocorre também com os alunos de menor nível socioeconômico, entre eles os
imigrantes. A escola não oferece apenas conhecimento, oferece também alimentação, o que é
essencial para estes, porém no atual contexto essas dificuldades foram exacerbadas. A educação
continua a acontecer para quem tem recursos, mas para quem não tem, a escola - espaço físico,
instituição, ambiente de socialização de aprendizagens- é a única solução. (MURILLO; DUK,
2020)

As dificuldades decorrentes do processo de educação a distância, tanto para professores,


escolas, famílias, alunos, mostram que não é uma solução eficaz, é uma medida emergencial e
amenizadora, que externa as diferenças e desigualdades e reafirma o papel reprodutivo da
escola. Com isso, muitas pesquisas começam a ser elaboradas considerando a situação dos
desfavorecidos e se direcionam ao incentivo de políticas públicas que ajudem ao enfrentamento
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desses desafios. É necessária uma educação que vá além do desenvolvimento cognitivo, que
contemple questões assistenciais, emocionais e solidárias. (MURILLO; DUK, 2020)

As estratégias de aumento intensivo de tempo ou recurso as tecnologias para o ensino são pouco
promissoras, caminhos mais prósperos estariam associados aos diagnósticos, intervenções mais
adequadas ao perfil dos professores, melhor aproveitamento do tempo, uso prudente dos
deveres de casa, redução do absenteísmo e tutoria intensiva de alta qualidade focada nos alunos
de maior risco. (OLIVEIRA; GOMES; BARCELLOS, 2020)

Os autores Oliveira, Gomes e Barcellos trazem resultados de estudos referente a produtividade


do uso do tempo, o tempo integral e aumento do tempo, mostrando resultados diversos,
positivos e negativos em vários países. No Brasil, há evidências de impacto positivo em
desempenho escolar associado à reformulação do Ensino Médio em Pernambuco, de um
programa piloto no município do Rio de Janeiro para o Ensino Fundamental. Ambos estudos
destacam a importância de alterações curriculares realizadas conjuntamente ao aumento da
carga horária. Já em São Paulo, o programa integral na rede estadual não surtiu efeito, da mesma
forma que o Mais Educação, que ampliou as atividades extracurriculares, mas não obteve
relevância sobre o desempenho escolar, embora houve alguma evidência de redução na evasão.
(OLIVEIRA; GOMES; BARCELLOS, 2020)

Os fatores e estratégias de ensino que possuem efeitos positivos documentados na literatura


dependem basicamente da qualidade do professor. Se no ensino presencial o papel do professor
é fundamental, no ensino remoto vai além, pois precisa estar familiarizado com tecnologia e
procedimentos eficazes de ensino a distância, caso contrário, resultará na manutenção ou no
aumento das desigualdades. (OLIVEIRA; GOMES; BARCELLOS, 2020)

Outro fator complicador desse processo é a habilidade limitada dos pais em ensinar,
principalmente em séries mais avançadas, com conteúdos mais complexos, e de estímulos e
interações realizados na primeira infância. Há evidências de que tutorias durante as férias
podem ter efeitos positivos, porém existem as limitações financeiras. No entanto, a leitura é
uma ótima opção para qualquer faixa etária e nível socioeconômico. (OLIVEIRA; GOMES;
BARCELLOS, 2020)

Contudo, as estratégias mais promissoras estão longe do alcance da esmagadora maioria das
redes públicas de ensino e, notadamente, as limitações associadas aos professores, sua falta de
experiência com tecnologias, bem como as limitações de conectividade, de infraestrutura e de
interação ao ambiente domiciliar. Diante disso, há estratégias que poderiam ser eficazes e mais
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promissoras, como a alfabetização usando métodos fônicos, leitura, avaliação diagnóstica,


ensino estruturado, tutorias, dever de casa, garantia da frequência escolar, e sobretudo o
investimento em políticas públicas direcionadas aos alunos com mais dificuldades e menos
favorecidos. (OLIVEIRA; GOMES; BARCELLOS, 2020)

Além dos aspectos relacionados a aprendizagem que afetam os estudantes devido o


distanciamento social necessário durante o período da pandemia, há grande embate no
desenvolvimento psicológico. O distanciamento social trouxe consigo efeitos psicológicos e
sociais negativos para todas as pessoas, em espacial os grupos vulneráveis. (LINHAR,
ENUMO, 2020)

Ainda que as crianças não sejam o número mais atingido pela forma grave da doença, o
enfrentamento da COVID-19 é feito por todos, e as medidas apontadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) geram impactos que podem comprometer o desenvolvimento delas,
pois as colocam mais expostas às situações de adversidade, podendo vivenciar um estresse
tóxico, comprometendo a capacidade do enfrentamento adaptativo. (LINHAR, ENUMO, 2020)

Partindo desse pressuposto, as autoras Linhar e Enumo apresentam a Teoria do Caos no


desenvolvimento, uma nova roupagem para a teoria Bioecológica, ambas apresentam elementos
que se interrelacionam no desenvolvimento humano. Para a teoria do Caos, esses componentes
são pessoa, processo, contexto e tempo. Para a teoria de Bronfenbrenner são sistemas definidos
como: microssistema, mesossistema, ecossistema e macrossistema. (LINHAR, ENUMO, 2020)

Ambos, tanto componentes ou sistemas admitem que aquilo que impulsiona inicialmente o
desenvolvimento humano são as relações que se estabelecem com os entes mais próximos,
como a família, e a partir daí se alarga para as outras fases, se direcionando a escola, ao convívio
social, e as relações que estes estabelecem consigo e com o mundo. (LINHAR, ENUMO, 2020)

A família é crucial para o desenvolvimento humano, nela se estabelece as primeiras etapas para
o desenvolvimento saudável. Porém, em tempos como esse, em que as relações se restringiram
ao seio familiar, as crianças que não possuem este ambiente salubre estão mais expostas, e não
tem a escola para auxiliar no enfrentamento e superação das dificuldades. (LINHAR, ENUMO,
2020)

O problema do desenvolvimento infantil, independentemente do nível socioeconômico, pode


atingir distintas crianças de diferentes camadas sociais. A pandemia provocou um contexto
assustador que afeta os sistemas familiares que não se adaptaram, e não construíram estratégias
para enfrentar a estafa que o distanciamento social pode causar, essa problemática foi acarretada
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devido um maior período em casa, falta de espaço pelos muitos moradores permanecendo na
residência, dificuldades financeiras, ausência de rotina, sobrecarga de trabalho, entre outros
impasses. (LINHAR, ENUMO, 2020)

Além das perdas com o desenvolvimento infantil, atreladas ao convívio familiar desequilibrado,
as crianças também estão sem uma aprendizagem formal, ao deixarem de frequentar as escolas
e se socializarem, processo imprescindível para o desenvolvimento humano, sobrevém um
desamparo com a educação infantil. Quanto mais caótica, insegura e conflituosa a sociedade se
revela para o enfrentamento da pandemia, mais estresse se apresenta para os indivíduos. Esses
sistemas de desenvolvimento humano estão interrelacionados impactando nos sujeitos e em
seus contextos. (LINHAR, ENUMO, 2020)

A pandemia exige processos de enfrentamento que mobilizem estratégias adaptativas, as


autoras Linhar e Enumo (2020) sugerem que se reestabeleça as três necessidades psicológicas
básicas, o relacionamento, a competência e a autonomia, sendo necessário relacionar de forma
segura e positiva, sentindo que mantém o controle da situação e ser capaz de tomar decisões e
realizá-las, essas ações permitem o organismo elaborar reações adaptativas para superar a
anormalidade.

Para Maia e Dias (2020), “todas as pandemias são geradoras de forte impacto social, econômico
e político”. No contexto histórico, sabe-se que houve outras pandemias, que também
provocaram um alto índice de mortes, até mesmo maior que a COVID-19, como é o caso da
“Pneumônica” em Portugal nos anos de 1918-1919, que foi responsável pela morte de 2% da
população. Porém nesse período, não havia a preocupação em conhecer os efeitos psicológicos
da pandemia. Em 2020, além dos esforços da comunidade científica para se chegar a etiologia
e ao tratamento da COVID-19, há também estudos em várias áreas do conhecimento
objetivando prevenir e minorar os efeitos na saúde mental.

Maia e Dias citam estudos que demonstram que pandemias e períodos de quarentena provocam
efeitos psicológicos negativos, principalmente em termos de confusão, raiva e até estresse pós-
traumático. Dentre os principais fatores de estresse identificados, sobressaem o efeito da
duração do período de quarentena, os receios em relação ao vírus ou a infecção, a frustação, a
diminuição de rendimentos, a informação inadequada e o estigma. (MAIA; DIAS, 2020)

Apesar do conhecimento existente, a dimensão da pandemia é global e distinta, tal como os


seus efeitos na população. No sentido de minimiza-los é recomendável que a população adote
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comportamentos e atividades que reduza a ansiedade. Outrossim, que evitem esforções


descomedidos, excesso de álcool e tabaco. (MAIA; DIAS, 2020)

O estudo de Maia e Dias (2020) considera as alterações rápidas a que os estudantes


universitários foram sujeitos, com a suspensão das aulas devido o decreto do estado de
emergência, desencadeando dificuldades de adaptação e estados emocionais menos positivos,
e para explorar as implicações psicológicas dessas circunstâncias realizaram um questionário
sociodemográfico. Os resultados confirmam um aumento significativo de perturbação
psicológica no período pandêmico comparativamente a períodos normais.

O preenchimento aconteceu no início da pandemia e ainda não havia sido contabilizado os


óbitos, mas o acompanhamento da situação em nível global e o aumento dos casos positivos
para COVID-19 parecem ter gerado níveis de ansiedade, depressão e estresse entre os
estudantes universitários, mesmo se sabendo que estes não são do grupo de risco em termos de
letalidade. Vale dizer que, talvez a pandemia não seja a única responsável pela elevação dos
níveis de estresse, depressão e ansiedade; podem existir outros fatores associados; ainda assim,
o estudo se apresenta como um ponto de partida a investigação futura nessa área, para que se
possa perceber os mecanismos e reações psicológicas subjacentes a um período de vida tão
atípico e desafiante. (MAIA: DIAS, 2020)

Diante deste novo cenário que se descortinou na vida escolar dos estudantes, deve-se repensar
as concepções de educação, escolarização e o processo de ensino e de aprendizagem. Faz-se
necessário o continuum de pesquisas educacionais que investiguem essa nova realidade e suas
implicações, possibilitando a construção de estratégias mais efetivas, inclusivas e assistenciais.

Pelos apontamentos trazidos pela pesquisadora Cuéllar (2020), é importante considerar a


imprevisibilidade do retorno presencial, e nesse contexto os recursos tecnológicos digitais se
tornam uma rede de apoio para educadores, famílias, alunos, para enfrentar as dificuldades
causadas pelo distanciamento social, e a ausência dos espaços educativos tangíveis. Porém,
mesmo se apresentando como uma alternativa, o suporte online não é comum e equivalente a
todos os indivíduos inseridos na educação formal, o que em contrapartida acentua uma
disparidade econômica, social, cultural e, consequentemente, educacional. (CUÉLLAR, 2020)

Estas divergências não se remetem apenas à detenção ou não de artefatos tecnológicos, nem da
conectividade precisa, também é perceptível profissionais de educação sem os saberes técnicos
necessários para manipular as ferramentas educacionais disponíveis, e também nas famílias,
suporte fundamental para a aprendizagem, o que ressalta a diferença no apoio para os alunos
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em seus lares, que dependem do tempo disponível, do capital cultural, do perfil orientador, entre
outros aspectos. Conjuntamente, a pesada e desigual responsabilidade nas tarefas domésticas
deixa as mulheres mais sobrecarregadas, perpetuando as desigualdades de gênero.
(CUÉLLAR,2020)

O fechamento das escolas aumenta o desequilíbrio social, o que torna fundante refletir sobre o
direito a educação, sendo mais que urgente pensar nos alunos que não tem acesso e não são
atingidos pelo processo de ensino, e por conseguinte não alcançam novas aprendizagens. É
preciso garantir alternativas diversificadas de oferta e acompanhamento, formação de
professores, participação colaborativa da família, garantia nutricional, manutenção da saúde e
do desenvolvimento. Os desafios são grandes, mas a cautela, a colaboração e a responsabilidade
são fulcrais.

À guisa de Conclusão

A pandemia do Covid-19 impactou diretamente a maneira como se constitui as relações, dentre


elas, o processo de ensino e de aprendizagem, que se reorganizou metodologicamente e
estruturalmente para se adequar as necessidades impostas na atual realidade, o que demandou
novos papeis para o professor, o aluno, a família, a sociedade e o Estado. Essa urgência e
emergência implicou em grandes desafios para todos e principalmente para os sujeitos em
condição de vulnerabilidade social.

As soluções encontradas para a manutenção dos vínculos entre aluno e escola implicaram em
atividades direcionadas por recursos tecnológicos, agravando a disparidade socioeducacional,
trazendo prejuízos na aprendizagem e no desenvolvimento. Constata-se a necessidade da
ampliação de pesquisas direcionadas a essas circunstâncias para orientar as políticas públicas,
e embasar as futuras decisões e práticas a serem tomadas.

A ampliação da jornada de tempo escolar pode ser vista como uma das alternativas possíveis,
porém gera altos custos, e depende de um currículo bem estruturado para que seja garantia de
aprendizagem. É preciso pensar principalmente na qualidade do tempo, como engajar os
estudantes e como manter o nível de atenção para digerir as informações que gerarão
conhecimentos.
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Vale indagar, educação a distância, pra quem? Poucos professores possuem habilidades para
utilizar os recursos tecnológicos, como as ferramentas para o desenvolvimento de
aprendizagens. As escolas tiveram que se adaptar repentinamente, e muitas dificuldades,
silenciamentos, reducionismos, ocorreram nesse processo, além da ausência de recursos de
muitos alunos. À guisa de resposta, a educação a distância ainda é uma utopia.

Para tanto, é essencial garantir processos formativos contínuos para as equipes pedagógicas,
formações técnicas para utilização de recursos, tanto para os educadores como para as famílias,
a constituição de uma política afirmativa para educação atenta à humanização, bem como repare
os invisibilizados, os inacessíveis, os desprovidos, e se assegure o direito a educação.

Faz-se necessário aprender com essa nova realidade, e compreender que esta provavelmente
não será a última pandemia enfrentada pela humanidade, esses desafios tem muito a ensinar, é
fundamental aprender com eles, e criar novas respostas adaptáveis, para proteger nossas
famílias, nossas crianças e nosso futuro. É preciso esperançar, como nos ensina Paulo Freire:

⁠É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que
tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é
espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir,
esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com
outros para fazer de outro modo…(FREIRE, 1992, p. s/n)
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REFERÊNCIAS

CUÉLLAR, G. R. COVID-19: Pensar la educación en un escenario inédito. Revista Mexicana


de Investigacion Educativa, v. 25, n. 85, p. 229–237, 2020.

DIAS, É.; PINTO, F. C. F. A Educação e a Covid-19. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas


em Educação, v. 28, n. 108, p. 545–554, 2020.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. São


Paulo: Paz e Terra, 1992.

LINHARES, M. B. M.; ENUMO, S. R. F. Reflexões baseadas na Psicologia sobre efeitos da


pandemia COVID-19 no desenvolvimento infantil. Estudos de Psicologia (Campinas), v. 37,
2020.

MAIA, B. R.; DIAS, P. C. Ansiedade, depressão e estresse em estudantes universitários: o


impacto da COVID-19. Estudos de Psicologia (Campinas), v. 37, p. 1–8, 2020.

MURILLO, F. J.; DUK, C. El Covid-19 y las Brechas Educativas. Revista latinoamericana


de educación inclusiva, v. 14, n. 1, p. 11–13, 2020.

OLIVEIRA, J. B. A. E; GOMES, M.; BARCELLOS, T. A Covid-19 e a volta às aulas: ouvindo


as evidências. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v. 28, n. 108, p. 555–
578, 2020.

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