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CAMPUS DE ARAPIRACA
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA
ARAPIRACA
2019
Maria Cinéria dos Santos Viana
Espécies arbóreas e arbustivas utilizadas nas áreas urbanas, nos municípios de Arapiraca e
Taquarana - Alagoas
Arapiraca
2019
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pois até aqui vem ajudando-me em todos os meus
caminhos, como um Pai cuidadoso, carinhoso, amoroso e por suas imensas bênçãos;
Agradeço a minha mãe e os meus filhos pelos ensinamentos, pela paciência e por
estarem ao meu lado;
Aos meus colegas de sala, por estarem presente no meu dia a dia, ajudando-me a
realizar as atividades do curso;
With the development of urban areas, the impermeable areas are becoming increasingly high
and consequently increasing temperatures. Research approaches both the planning of
afforestation and its effects to improve climate change, as well as the realization of an
environmental education. The goal of the study is to identify and evaluate the species used in
the public afforested areas of Arapiraca and Taquarana, in the state of Alagoas, aiming at
increasing and improving public afforestation, as well as stimulating the desire for the
environment, seeking to raise awareness communities in future work. The quantification of
trees of shrub and arboreal size was carried out, followed by identification, at the level of
genus and species. It was also adopted a qualitative-quantitative form, material collection,
photographic image and carried out to verify the temperature of the wooded areas, shaded and
in full sun. Of the 1,826 arboreal and shrub individuals counted in the two public afforested
areas, the species with the highest incidence were Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos
(6.80%), Archontophoenix cunninghamiana Wendl. and Drude with (6.69%), Ficus
benjamina L. (5.43%), Pachira aquatica Aubl. (5.38%) and Eucalyptus globulus Labill
(4.61%). The families most commonly founded were Fabaceae (22.63%), Arecaceae
(17.28%) and Bignoniaceae (16.25%). In relation to the individuals of arboreal size, most of
them presented adaptation characteristics for their use in urban afforestation, although injuries
were probably caused by phytopathogens and irregular pruning. The presence of toxic plants
was observed; plants with aggressive roots; plants located below the power grid and public
signaling, irregular irrigation and mechanical damage to the stem such as scratches and paints.
In relation to thermal comfort, measurements were made whose thermal reduction was of the
order of 2 ° C to 4 ° C during the study period, promoting the improvement of thermal
comfort. The results presented are of great value for the orientation in relation to urban
afforestation and the dissemination of the awareness of the man-nature relationship.
Figura 15 - (A)- Praça Luiz Pereira Lima, localizada no centro-Arapiraca /AL. (B)
- Praça Padre Cícero, localizada no centro -Taquarana/AL. 54
Figura 16 - (A), nota-se injúrias causadas pelo cupim, detalhe do caule a espécie
leucena, localizado no Bosque das Arapiracas, sendo atacado. (B),
percebe-se que um exemplar Roystonea oleracea (N.J. Jacquim) O.F.
Cook, conhecido popularmente palmeira imperial, que sofreu uma
poda agressiva no Largo Dom Fernando Gomes, localizado na cidade
de Arapiraca/AL. 57
1 INTRODUÇÃO 10
2 REVISÃO DE LITERATURA 12
2.13 Clima 30
2.14 Poluição 31
3 MATERIAL E MÉTODOS 33
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 41
5 CONCLUSÃO 59
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 60
REFERÊNCIAS 61
1 INTRODUÇÃO
áreas. Desse modo o problema central deste trabalho é como a arborização urbana pode
influenciar os resultados dos processos ambientais.
Este estudo objetivou identificar e avaliar as espécies utilizadas nas áreas arborizadas,
visando o aumento e melhoria da arborização públicas nos municípios de Arapiraca e
Taquarana, Alagoas. Este trabalho identificou as espécies utilizadas na arborização das áreas
de estudos, bem como, quantificou e qualificou as espécies e sua distribuição na região
estudada, para que dessa forma venha, contribua para introdução e manutenção de arborização
urbana nos espaços públicos e privados na região do semiárido, assim como, estimulou o
desejo e a preocupação com o meio ambiente, buscando a conscientização das comunidades
em trabalhos futuros.
A motivação para a realização deste trabalho foi conhecer o processo de mudança e
melhorias que pode proporcionar na vida da comunidade, com um ambiente agradável,
arejado e confortável. As árvores diminuem a amplitude térmica, limitam ruídos, purificam
poluentes e ajuda a reter as águas das chuvas. Em áreas urbanas de clima quentes como é o
caso das regiões do semiárido, torna-se indispensável uma mudança climática e para isso a
arborização urbana contribuirá de uma forma que beneficiará a toda comunidade. Baseando-
se na necessidade de mostrar que equilíbrio com o meio ambiente é preciso, pois há uma
preocupação maior em relação ao mesmo, que requer uma educação de forma duradoura e
contínua.
Partindo da hipótese de que a arborização urbana existe nos municípios de Arapiraca e
Taquarana, o presente estudo tem como meta verificar se arborização viárias pode de fato
transforma o ambiente urbano, assim como, averiguar a diminuição da temperatura,
identificar as espécies com boas características para reflorestamento urbano visando o
aumento de áreas arborizadas.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
Este termo apresenta-se na literatura com várias definições, entre elas está como um
conjunto de elementos vegetais de porte arbóreo, que tenha ramificação natural em forma de
ramos de árvores, plantações de árvores, ato de arborizar, segundo Ferreira (2004). Para Paiva
(2008) e Lacerda, Soares, Costa, Medeiros, Medeiros, Carvalho, Silva (2013) a arborização
urbana é composta principalmente por uma cobertura vegetal e de árvores com porte arbóreo
existente nas cidades, em áreas públicas ou privadas indicada para ruas, avenidas, parques e
demais áreas verdes, com o objetivo de preservar, embelezar, sombrear e promover bem-estar
ambiental. Grey; Deneke (1978) definem a arborização urbana como o conjunto de árvores
que se desenvolvem em áreas públicas e privadas em uma cidade, visando o conforto
socioambiental, fisiológico e econômico da sociedade local.
E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas
que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a
terra. E assim foi. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo
as suas espécies, e árvores que davam fruto que tinha em si a sua semente, segundo
as suas espécies. E viu Deus que isso era bom (Almeida, 1969, p. 3).
era um lugar particular, designado a alegria, ao amor, a saúde e a ostentação, composto por
árvores e arbustos. Como dificilmente chovia na cidade da Babilônia, para conseguir irrigar
esse jardim, era utilizado um sistema que atuava semelhante a um teleférico de esqui. Os
baldes eram pendurados por uma correia com alças. Estas correias eram fixadas em dois
pontos, um no lado do rio e o outro ponto no topo do jardim, quando ativado pela força dos
escravos, os baldes afundavam no rio e enchiam-se de água que levavam até o topo do jardim
e desaguava em outra piscina, que fazia com que essa água escorre-se por gravidade e regava-
se todo o jardim (PAIVA, 2004; BRITO, 2011; BEZERRA, 2013; ANTÔNIO NETTO,
2016).
Já no Egito, datados de 2000 a.C., a vegetação estabelecida era símbolo de fartura,
combinado com incentivo da natureza e era a imagem de um método coerente e construção
baseado no monoteísmo. Para os egípcios as plantas tinham um Deus que era chamado Osíris,
Deus das plantas. Criado de acordo com o delineamento do Rio Nilo era formado por grandes
projetos horizontais, sem incidentes naturais ou artificiais. Os atributos dos padrões egípcios,
com a rigidez direta e a geometria, fizeram com que a vegetação tivesse uma harmonia
rigorosa. Tudo em conformidade com os quatro pontos cardeais. As plantas mais usadas eram:
palmeiras, sicômoros, figueiras, videiras e plantas aquáticas (PAIVA, 2004; LOPES, 2016).
No entanto com os Pérsios, datados desde 3500 a.C., a sua metodologia tinha um estilo
misto, retirada de dois povos, dos egípcios e dos gregos. Estes, introduziram como vegetação
árvores e arbustos de flores perfumadas, dividido em quatro áreas por dois ductos em forma
de cruz e no cruzamento deste elevava-se uma composição que talvez fosse um
compartimento ou uma nascente, o qual representava as quatro moradas do universo. As
plantas usadas eram: plátanos, ciprestes, palmeiras, pinus, rosas, tulipas, narcisos, jacintos,
jasmins, açucenas, etc. (BARCELOS, 2005; PAIVA, 2004; LOPES, 2016).
A evolução na Grécia, desde o século IV a.C., possuía aspecto perto do natural,
propagar-se em espaços fechados, onde eram cultivadas plantas úteis, como maçãs, peras,
figos, romãs, azeitonas, uva e até horta, também eram vistos por possuírem esculturas
humanas e de animais mais próximas da realidade (BELLÉ, 2013; LOPES, 2016). Na maioria
das cidades de Roma, datado 234-139 a.C., as plantas eram combinadas com esculturas
saqueadas das batalhas, de tal forma, que a ornamentação popularizou-se nos jardins romanos
da época. Resultando, em jardins sistemáticos e organizados, adaptados às moradias. As
plantas utilizadas eram: coníferas, plátanos, frutíferas como amendoeira, pessegueiro,
macieira, videira e outras, também possuíam uma pequena horta. Ciprestes, buxos e louros-
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anão recebiam "topiarias", que se caracterizavam por moldar arbustos em formas de figuras
de variados formatos e nomes (BELLÉ, 2013).
Já no país Islâmico, que marcou presença nas culturas dos Séculos VII-XIV da Ásia à
Índia, do Norte de África e da Península Ibérica, as plantas eram reconhecidas pela
importância de estimular os sentidos da visão e do olfato e por apresentar um peso simbólico
aliado à ideia da recriação do Paraíso na Terra. As árvores eram basicamente as de clima
mediterrâneo, composta por plantas tipo xerófilas e os arbustos, como os loendros que,
floriam intencionalmente, essas espécies eram escolhidas de acordo com a época da floração
do ano em que a corte Moura chegava ao palácio, em Granada. Eram espaços pequenos, sem
ostentação, usando o elemento água, cor e perfume, com o propósito de sedução e
encantamento e era destino à vida familiar. Este povo introduziu na Península Ibérica a
laranjeira azeda, o limoeiro, a alfarrobeira e a amendoeira (LOPES, 2016; MATTIUZ, 2017).
Já no período da idade Média nos séculos XV, aparece no continente europeu, as
primeiras áreas arborizadas e ajardinadas semelhantes aos dias atuais e seu progresso avançou
ao longo dos anos, tornando-se efetivo e público a partir do século XVII. Nessa época foram
construídas as passarelas com flores que, eram calçadas que tinha flores ao redor, chamado de
“passeio ajardinado” (SEGAWA, 1996). Essa atividade foi expandindo-se e melhorando
através dos anos, popularizou-se nos dias de hoje como paisagismo. Encontram-se muitas
funções do paisagismo e uma delas é a arborização urbana, que está mais com o pensamento
voltado com qualidade de vida e meio ambiente e não apenas com a estética, apesar de
contribuir para o embelezamento das cidades (RESENDE, 2011).
No Brasil a história da arborização urbana está associada ao progresso econômico e
social, quer dizer, as plantas arbóreas estão ligadas a essa evolução histórica. Um sinal disso é
a influência do próprio nome “Brasil”, originalizada de uma árvore chamada “pau-brasil”,
identificada cientificamente como Paubrasilia echinata (Lam.) E. Gagnon, H.C. Lima & G.P.
Lewis devido à importância e ocorrência dessa espécie (LORENZI, 2003).
No início, com influência holandesa, a partir do século XVII, com Mauricio de
Nassau, introduziram em Pernambuco as laranjeiras, tangerineiras e limoeiros, com a
finalidade de urbanizar as cidades de Olinda e Recife. No século XIX, D. João VI começou
um sistema de mudanças no aspecto colonial, buscando se adaptar ao crescimento do universo
europeu. No casamento de D. Pedro I com arquiduquesa da Austrália, o alemão Ludwig
Riedel designado por Langsdorf, foi contratado para arborizar as ruas do Rio de Janeiro em
1836. E seu maior obstáculo foi, a crença do povo, no julgamento de que as sombras das
árvores provocavam enfermidades, tais como febre amarela, sarampo e sarna (PAIVA, 2004;
15
LORENZI, 2008; MATTIUZ, 2017). Nesse período muitas espécies exóticas foram
introduzidas no Brasil, vindo a ocupa o espaço das nativas.
No século XX, na década de 1940, surge com Roberto Burle Marx, o início da
transformação na visão de espaço livre das cidades brasileiras, com inovação de valorizar
vegetação nativa, revelando o tesouro da flora tropical, com várias espécies de plantas nativas
regionais (BORTOLETO, 2004; LORENZI, 2008; LOPES, 2016). Nos anos 90, a
Organização das Nações Unidas- ONU, em relação às questões ambientais, realizou a
aprovação da agenda 21 pela Conferência das Nações unidas, sobre o meio ambiente e
desenvolvimento em 1992, mais conhecida como Rio 92, fortaleceu a argumentação e a
criação de cidades sustentáveis e da conservação da biodiversidade (LOPES, 2007;
MENEGHETTI, 2012).
Desse modo, examinando a história, verifica-se não apenas a forte importância do
paisagismo sobre a paisagem urbana, como a coincidência presente entre esses cenários.
Também, explica o instante em que a arborização e os elementos vegetais começam a ser
assimilado como fundamentais na estrutura do espaço urbano, que passam a esclarecer novas
ciências diferenciadas, tipos de paisagens e imagem urbana (FARAH, 1999), refletindo assim
sobre o valor que cada história tem na formação estrutural de arborização urbana atual.
Servem como quebra vento e redutor de ruídos, alguns estudos mostram que as
árvores, além de diminuir a velocidade dos ventos ajudam a reduzir os ruídos e também
conseguem alterar a direção dos ventos, diminuindo assim o barulho do meio urbano,
funcionando como redutor das ondas de som, segundo Pereira (2014); Rosa (2017).
Promove bem-estar, embelezamento e valorização da região, por onde as pessoas
passam, em locais que existem árvores, há um agradável conforto proporcionando assim uma
melhoria da saúde física e mental da população, oferecendo campos visuais com cores, forma
belíssima e diferenciado, assim relata Pereira (2017); Rosa (2017); Rocha (2017).
Além de funcionar como micro-habitat para fauna, tem função de corredor ecológico
abrigando e atraindo um grande número de espécie de seres vivos e na flora servindo como
fonte de alimento para a população e animais, propagação de sementes das espécies nativas e
exóticas, colaborando assim para uma estabilidade, diminuindo pragas e agentes vetores de
doenças (PEREIRA, 2014; ROCHA, 2017). A pesar de todos esses benefícios, percebe-se que
na comunidade as árvores eram bem presentes no dia a dia e com o passar do tempo a
ausência delas aumentou, principalmente das espécies nativas, resultando na extinção de
algumas, não contribuindo assim para o desenvolvimento da arborização urbana.
Ribeiro (2009); Rocha (2017) conta que, entende-se que nem tudo há vantagem, pois
também a arborização urbana tem seu lado obscuro. Pereira (2017); Rocha (2017) relataram,
isso é inegável, pois há ausências de um bom planejamento em alguns meios urbanos para a
introdução de algumas árvores, o que poderia ser vantagem para a comunidade, transforma-se
em uma avenida com alguns transtornos, como sujeira, quebra de calçadas causadas pelas
raízes e problemas na rede elétrica. Cabral, (2013) escreve que, com a realização de escolhas
de variedades vegetais para o plantio em determinadas áreas, obedecendo ao porte das
árvores, o ecossistema e o local a ser plantada, a comunidade ganharia uma aparência melhor
nas ruas e o ambiente assim ficaria preservado.
Selecionar uma espécie adequada para o plantio em meio urbano, também é uma ação
de educação para meio ambiente e indicar uma planta certa, nativa do mesmo bioma local
contribui para a sustentabilidade e preservação. A finalidade da Educação Ambiental aparece
para reavivar a consciência da comunidade sobre as complicações ambientais globais,
resultantes das ações dos homens (RICKLEFS, 2016). O homem tem função importante nas
atividades da biosfera, para encontrar solução e compreender os fundamentos da ecologia e
18
utilidade nas esferas de atividade políticas, econômicas e social (FRANCISCO, 2018). A Lei
9.795, de 27 de abril de 1999, relata a respeito da Educação Ambiental no Brasil, decretada
pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidência da República, determinada no diário
oficial da união (1999).
Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e
a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL,1999, p.1,
“A”).
E para isso acontecer, requer uma parceria e união de todos, desde os governantes até
a população, em um conjunto de atitudes e consciência focada com relação ao meio ambiente,
para a preservação, sustentabilidade e conservação da natureza. Segundo a Lei 9795/1999 que
estabelece Política Nacional de Educação Ambiental, define Educação Ambiental como sendo
composto por normas pelos quais os cidadãos e a comunidade estabelecem valores para a
preservação do meio ambiente (ARRUDA; OLIVEIRA; FRANÇA; RIBEIRO; MUCCI;
WERNECK; DEMOLINARI; RESENDE; RAMOS; TOSTES; PIRES, 2016). É de grande
importância que a Educação Ambiental atue, com a conscientização com base na arborização
urbana, para uma evolução socioambiental dos participantes da comunidade (SILVA;
SEPINE, 2016). Associando assim a indivíduos estruturado, conscientes e críticos,
fortalecendo as atividades de desenvolvimento com cooperativismo e comprometimento com
o futuro da Terra (RICKLEFS, 2016; FRANCISCO, 2018).
Queiroz; Oliveira (2017) ainda descrevem que, estes lugares arborizados que caracterizam os
espaços verdes da comunidade servem como uma ligação de um caminho ecológico, quando
ligam ruas arborizadas a espaços verdes. Pinheiro; Souza, (2017) contam que, elas também
proporcionam e estimulam a integração social, proporcionando às pessoas que não possuem
recurso financeiro, para frequentarem locais particulares de lazer, como fazendas e clubes,
descobrindo nestes ambientes, lugares simplificados pelas existências dessas áreas de livre
acesso para recreação e sossego. Segundo Arruda; Oliveira; França; Ribeiro; Mucci;
Werneck; Demolinari; Resende; Ramos; Tostes; Pires, (2016) a sensibilização da comunidade
por meio da Educação Ambiental sobre o lugar em que vivem é importante para que respeite
esse ambiente de forma que venha edificar, fortalecer conexões da comunidade e a natureza
com qualidade de vida.
Destaca-se que o êxito de um projeto de arborização bem-sucedido, propõe as
atividades contínuas, compostas por administração pública e a comunidade (ARRUDA;
OLIVEIRA; FRANÇA; RIBEIRO; MUCCI; WERNECK; DEMOLINARI; RESENDE;
RAMOS; TOSTES; PIRES, 2016). Isso muitas vezes só é praticável através da organização
de uma administração focada para o meio ambiente, na qual inclua atividade de Educação
Ambiental que possam informar a comunidade, assim como destacar o valor da arborização
bem-estruturada e o estímulo ao plantio e atenção com as espécies (MARTELLI; CARDOSO,
2018). Segundo Viviani (2013), o tema sobre a ecologia vem sendo desprezado pelo homem
há bastante tempo, deixando bem explícito que o capitalismo tem maior privilégio dentro de
um ambiente cada vez mais enfraquecido.
Segundo Medeiros (2011) para que tudo isso acontece, faz necessário que haja uma
aprendizado, e um dos locais adequado onde irá dá continuidade ao desenvolvimento de
coletividade nas comunidades, será a escola, é lá que aluno irá compreender a importância da
Educação Ambiental para uma vida melhor e com qualidade, no entanto, atitudes
ambientalmente adequadas, devem ser compreendidas com ações, no passar dos anos da sua
fase escolar, com o objetivo de colaborar para uma construção de pessoa consciente, porém a
escola deve dar a seus alunos assuntos e ideias ambientais de forma que explique uma
situação com fatos concretos. “Promover educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente”. (BRASIL, 1988, p. 50, “C”).
Já segundo Ferreira e Santos (2012), a Educação Ambiental deve ser conquistada de
forma multidisciplinar nas escolas, porém compreendemos que para que esse pensamento
ambiental, venha ocorrer com um grau de importância é necessário ensinar com sinceridade
desde o princípio da fase escolar, sabe-se que alguns assuntos adquiridos nas escolas
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transformam-se mais produtivamente quando são incentivados desde criança, pois é nesse
período que elas possuem maior competência intelectual, desejo e simplicidade de obter atuais
conhecimentos. Mas segundo Costa (2011) o resultado dessa ação só irá acontecer quando
fortalecer no homem a compreensão, a importância, o conhecimento do que acontece em sua
volta. É importante observar que a educação é a direção mais benéfica para que essa
transformação aconteça, e a estruturação do indivíduo, no desenvolvimento de um ser humano
racional presente e interativo na comunidade.
É importante considerar que, a atenção com o meio ambiente está aumentando a cada
instante e com isso a procura para encontrar meios para retornar ao que era ou reduzir
impactos provocados pelas atitudes dos homens durante muitos anos. Atualmente com a
evolução e estudo desse assunto, o universo escolar dispõe de fundamental importância para
promover as transformações nas atitudes da comunidade para um crescimento sustentável
(VIVIANI, 2013). As atividades extracurriculares precisam ser trabalhadas e interligadas as
disciplinas obrigatórias de forma transversal, unindo, continua, permanente e completa em
todo os níveis e categorias da educação formal, a ideias de educação ambiental (RICKLEFS,
2016; FRANCISCO, 2018).
O amparo jurídico da flora não entende apenas como um bem florestal, mas todos os
elementos da flora nativa e da flora plantada, nativa ou exótica, que tenha a função ecológica,
estética, climática (ou microclimática) ou quaisquer outras funções que proporcione um meio
ambiente ecologicamente equilibrado, em suas fundamentais dimensões, quais sejam a do
meio ambiente natural e da do meio ambiente artificial (SILVA, 2015). Para Tozzi (2017) a
arborização urbana é fundamental para beneficiar a qualidade de vida, seja pelo papel
recreativo da paisagem, seja por seu papel funcional, de diminuir a consequência negativo da
poluição. Arborizar as cidades significa ajudar a restaurar a fauna local, regular o microclima
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urbano, proporcionar equilíbrio paisagístico, como está escrito no Código Florestal Brasileiro
(Brasil. Lei nº. 12.651/2012) traz em seu art. 3º, inciso XX.
A procura de uma conexão mais tranquila e harmoniosa entre o ser humano e o meio
ambiente, vem sendo permanente hoje em dia. Uma das características de estabilidade do solo
é a cobertura vegetal, pois ela impermeabiliza o solo e evita os riscos de deslizamento das
encostas e entre outros fatores, que nas grandes cidades foram perdidos (SILVA, 2015). Cada
vez que a cidade aumenta, pouco se respeita os bens naturais que nela existe (TOZZI, 2017).
De acordo Constituição Federal do Brasil são recomendadas os meios de proteção ao meio
ambiente, protegendo o bem-estar da comunidade, o uso e a ocupação do solo urbano
defendendo os interesses locais apoiados especialmente pelo plano diretor municipal, que
pode tornar os espaços de reserva legal em espaços verdes nas expansões urbanas, segundo
Cabral (2013).
Zoneamento Municipal é uma política urbana que utiliza o plano diretor da cidade e
suas diretrizes legais para a ocupação e o uso do solo, regulamentado pela Lei
no 10.257/2001“H”, que estabelece instruções gerais da política urbana e dá outras decisões,
constituído de diretrizes públicas para o uso do bem coletivo na comunidade urbana.
Zoneamento Industrial, são áreas indicadas para instalações de indústrias com ações
harmoniosas industriais com proteção ambiental, é isso que trata o Decreto Lei n° 1.413/1975
“I”., determina sobre o ato de contenção da poluição do meio ambiente gerada por ações
industriais.
Sendo tudo isso incluído no Zoneamento Ecológico Econômico, que faz parte da
Política Nacional do Meio Ambiente que se utiliza no zoneamento territorial com atividades
de planejamento nas esferas Municipais, Estaduais, Federação e Órgãos Federais, isto é, o que
regulamenta o Decreto Lei n° 4.297/2002 “J”, que constituem parâmentos para o Zoneamento
Ecológico-Econômico do Brasil - ZEE, e dá outras providências. Por fim com todos esses
aparatos jurídicos dá-se a defesa Ambiental do Brasil com igualdade e simplificada para ser
realizada com planos de ações em meio da sociedade na área urbano em busca de uma melhor
qualidade de vida (FARIAS, 2006; OLIVEIRA, 2012; SILVA; SEPINI, 2016).
Para iniciar o plantio em área urbana, faz-se necessário estudo prévio e planejamento,
a fim de evitar prejuízos ou não atingir seu objetivo final (CABRAL, 2013).
Pivetta; Silva Filho (2002) disseram que considere a importância de elaborar uma boa
estratégia quando for escolher as espécies, podendo seguir algumas habilidades técnicas para
o projeto com atenção, a fim de evitar os perigos e as falhas no cenário urbano como: evitar
plantar árvore que tenha frutos grandes, nas proximidades onde haja trânsito, a fim de
prevenir acidentes com pedestres e/ou carros; cuidado com espécies que apresenta raízes
muito superficiais e ofensivas, pois pode provocar rompimento de calçadas, tubulações e
instalações subterrâneas.
Pedrotti (2018) orienta sobre: não plantar árvores de crescimento rápido, pois são
frágeis, flexíveis e podem quebrar facilmente; cuidado com o plantio de planta tóxica e com
espinhos; atenção com o porte e a poda; assegura espaço poroso em volta da planta, para
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melhor desenvolver suas raízes e absorção de água; valorizar as espécies nativas e as exóticas
que se adaptam melhor a região, para que haja uma maior variedade de plantas e resistência a
pragas. Segundo São Paulo (2015) é importante lembrar que as árvores em ambiente urbano
estarão expostas a situação oposta daquelas existentes na natureza e uma boa escolha da
planta fará toda diferença para sua evolução no meio urbano.
A copa deve ter formato, dimensão e engalhamento adequado (SÃO PAULO, 2015).
Ela oferta refúgio e alimento aos pássaros que são fundamentais no controle de insetos
transmissores de doenças e ainda agem como bloqueio contra ruídos, ventos, água, luz e
abrigo em dias ensolarados e chuvosos (ABNT NBR 9050, 2004). A dimensão da copa deve
ser compatível com o espaço físico, permitindo o livre trânsito de veículos e pedestres,
evitando danos às fachadas e conflito com a sinalização, iluminação e placas indicativas,
segundo (ABNT NBR 9050, 2015). “O plantio e manejo da vegetação devem garantir que os
elementos (ramos, raízes, plantas entouceiradas, galhos de arbustos e de árvores) e suas
proteções (muretas, grades ou desníveis) não interfiram nas rotas acessíveis e áreas de
circulação de pedestres” (ABNT NBR 9050:2015 p. 116).
Além de arborizar, faz-se necessário manter ações de manejo constante ao longo do
desenvolvimento da árvore, para uma melhor conservação em meio urbano (SÃO PAULO,
2015). Uma das características importante que deve ser considerada é a copa, para que haja
uma relação harmoniosa entre a árvore e a comunidade, livre da circulação dos veículos e dos
pedestres, evitando também o conflito com as redes de distribuição de energia elétricas,
iluminação pública, placas sinalizadoras, telecomunicações e assim por diante, para que haja
uma boa relação entre eles (ALCÂNTARA; ANDRADE, 2008).
Resende (2011) conta, para que isso aconteça, deve-se definir o formato da copa das
árvores com altura e diâmetro, utilizando o recurso da poda, mantendo o formato de origem e
de maneira natural. Alvarez; Oliveira; Mattos; Braz; Canetti (2012) disseram que, existem
vários tipos de poda que pode ser realizado no decorrer da vida das árvores, tais como: poda
de formação, fundamental para manter a evolução da árvore, adequando ao ambiente em que
ela vive ou vai viver caso ela ainda seja muda. Poda de condução, para o direcionamento da
copa das árvores em sua estrutura de crescimento, retirando-se dela ramos indesejáveis e
ramificações baixas, mantendo o padrão original da espécie (ALCÂNTARA; ANDRADE,
2008). Poda de limpeza, que tem a função de retirar partes da árvore que não serve ou que
prejudique a saúde dela e podendo até representar uma ameaça de queda e ou problema
fitossanitários, tais como: galhos secos, senis, mortos, ramos ladrões, brotos de raiz, ramos
doentes, praguejados ou infestados, tocos e remanescentes de poda mal executadas
(ALVAREZ; OLIVEIRA; MATTOS; BRAZ; CANETTI, 2012).
Segundo São Paulo (2015) disseram que ainda existe, poda de correção, com função
nivelar a copa das árvores, retirando e corrigindo problemas na estrutura e estabilizando o
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vegetal de forma harmoniosa. Poda de adequação tem como objetivo adaptar o vegetal aos
equipamentos urbanos, rede de fiação aérea, sinalização de trânsito e iluminação pública, ou
também a depender do caso, avaliar a possibilidade de realocar o equipamento. E ainda relata
a Alvarez; Oliveira; Mattos; Braz; Canetti (2012); São Paulo (2015) disseram que, poda de
levantamento, com a retirada dos ramos mais baixos da copa os quais atrapalham a livre
circulação dos veículos e dos pedestres e ao mesmo tempo não exagerar na poda, para não
causar desarranjos na sua forma original.
Alcântara; Andrade (2008) diz que, a poda de emergência, que tem como função
principal resolver e remover os contratempos que possa ter ocorrido com a árvore, como
galhos que se quebram no decorrer de um mal tempo e que represente perigo imediato a
integridade física das pessoas, do patrimônio público ou particular, objetivando reduzir riscos
consecutivos. Resende (2011) orienta que, mantendo essas práticas, manteremos uma boa
qualidade e harmonia entre o vegetal e a comunidade, e consequentemente uma boa qualidade
de vida. Outra forma de manejo e cuidado para continuidade do crescimento e beleza das
árvores é a técnica da adubação na preservação dessa arborização (SÃO PAULO, 2015).
Adubar um vegetal, quer dizer, oferece pra ela o que é de fundamental para sua
sobrevivência com saúde na medida certa, nem demais e nem de menos para não correr o
risco de torná-la tão sensível ao ponto de poder matá-la, para isso é importante que se tenha
um bom conhecimento das plantas e suas características (ALVAREZ; OLIVEIRA;
MATTOS; BRAZ; CANETTI, 2012). A adubação tem como função fundamental fertilizar,
corrigir, melhorar ou condicionar o solo, ajudando assim a manter o vegetal com saúde para
melhor resistir aos ataques de pragas e doenças (ALCÂNTARA; ANDRADE, 2008). Esses
adubos podem ser adubo mineral, para isso precisa de uma análise do solo para dosar a
necessidade que o terreno precisar, adubo orgânico podendo ser de fonte animal, vegetal,
agroindustrial e outro (SÃO PAULO, 2015). Devendo ser utilizado com antecipação de no
mínimo de quinze dias antes de transplantar, para que haja nesse ambiente material disponível
para sua adaptação no solo (ALVAREZ; OLIVEIRA; MATTOS; BRAZ; CANETTI, 2012).
Um bem precioso é água, a rega é um dos requisitos importantes para as plantas, a
frequência também ajuda no seu desenvolvimento e reações metabólicas para nutrição do
vegetal (PEREIRA, 2017). Todas elas precisam de água até mesmo aquela que suporta longos
períodos de estiagem (ALVAREZ; OLIVEIRA; MATTOS; BRAZ; CANETTI, 2012). Nos
primeiros anos de vida da árvore é necessário que haja uma boa rega para que o sistema
radicular seja favorecido, cresça e fique completamente formada, alcançada uma boa
profundidade precisa para que a planta suporte a se mesmo (nutrindo-se e fortalecendo-se), ao
26
estresse hídrico (se caso houver) e seja mantida em sua vida adulta com força e vigor
(GONÇALVES, 2010).
São grandes os benefícios da arborização urbana, porém deve-se tomar cuidado com
os tipos de espécies a serem plantada, algumas delas representam grandes perigos a saúde
humana e animal, pois existem plantas que apresentam princípios ativos que podem
modificar/interferir no metabolismo humano com suas toxinas (MEDEIROS; PEREIRA,
2008). Tais como: alergias respiratórias, edemas de glote, irritações de pele e mucosa,
transtornos, distúrbios cardiovascular e gastrintestinal (náusea, vômito e diarreia) e nos casos
mais graves até a morte (THIEZERINI; SANERIPE, 2013). No entanto, para que seja
indicada em arborização são necessárias que elas sejam livres de toxicidades ou componentes
capazes de causar reações alérgicas ou outros sintomas nas pessoas (BRAGA; GIESE;
PARRY 2014).
Segundo Teixeira; Lima (2006), são classificadas como plantas tóxicas, aquelas que
apresentam substâncias químicas nocivas à saúde humana e animal, como essas encontradas
nas plantas mais agressivas, tais como: alcalóides, glicosídeos cardioativos ou cardiotônicos,
glicosídeos cianogênicos ou cianogenéticos, taninos, saponinas, oxalato de cálcio,
toxialbuminas, entre outros, e muitas delas em grandes quantidades. Em se tratando de
toxicidade, deve-se ter maior cuidado com as crianças, são elas as maiores vítimas dessas
ocorrências, pois sua curiosidade em descobrir o mundo, pode levá-las a consequências
desastrosas e graves (MEDEIROS; PEREIRA, 2008). Geralmente esses tipos de vegetais atrai
a atenção das crianças por possuírem cores forte e brilhantes nas folhas, flores e frutos,
levando-as a tocá-las e até mesmo engolir parte desse vegetal, de forma inocente, não sabendo
se são perigosas e nem os danos que isso pode causar a sua saúde (BRAGA ; GIESE;
PARRY, 2017).
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas
(SINITOX, 2015); Braga; Giese; Parry, 2017 a cada 10 ocorrências, seis são com crianças
menores de 10 anos. Já os adultos, não ficam de fora dessas ocorrências, por manuseá-las de
forma incorretas, não se cuidando devidamente, também são acometidos por esse mal. Caso
não tenha conhecimento do vegetal, não se deve fazer uso de folhas para consumir em forma
de chá ou banhos e não ingerir os frutos.
27
Esses vegetais têm sido muito estudados para ser utilizado como defensivos químicos
(herbicidas, inseticidas e nematicidas) no combate biológico a plantas invasoras e ervam
daninhas gerando efeito nocivo a elas, sendo esses um mecanismo de proteção das plantas
aleloquímicos (FERREIRA; AQUILA, 2000).
Já em se tratando em projeto de arborização urbana, deve-se ficar atento a quantidade
de espécies a serem plantadas, porque pode causar complicações, prejuízo e diminuição no
crescimento das espécies nativas locais (GONÇALVES; SANTOS; AUGUSTO; BRITO,
2018). E ainda segundo Ferreira; Aquila, (2000); Gonçalves; Santos; Augusto; Brito (2018)
disseram, que a falta de esclarecimento orientada, para um projeto de arborização e
paisagismo urbano, das pessoas tanto da comunidade como por parte dos gestores, ainda estão
um pouco aleatório, utilizando muitas vezes as espécies aceitáveis para um local, com boa
aparência, copa vistosa e verde exuberante, esquecem dos problemas que isso pode causar,
modificando o bioma local.
deve-se dar preferência a árvore com raízes profunda, do tipo de raízes pivotante, para que
dessa forma venha harmonizar o ambiente (SÃO PAULO, 2015).
Para evitar tais problemas, deve-se avaliar a situação do ambiente como, o local onde
ela será plantada, espaçamento, tipo de solo e se encontra compactado, impedindo assim o seu
desenvolvimento, buscar na literatura as dimensões corretas das covas ou canteiro para o
correto desenvolvimento do vegetal (TEMBRA, 2007). Também vale destacar que se deve
evitar ao máximo a poda das raízes, pois a regeneração é lenta, podendo levar a árvore a
instabilidade, deixando vulnerável a tombamento, ou até a morte. Todos esses elementos que
compõem o ambiente urbano interagem direto ou indiretamente com esses vegetais, que
necessitam de ajuste constantemente, para acompanhar a transformação da cidade e
sobreviver em meio a tantos conflitos (PEREIRA, 2017).
2.13 Clima
Figura 1- Mapa da precipitação media climatológica, com precipitações pluviométricas das cidades de
Arapiraca e de Taquarana.
2.14 Poluição
As características ambientais aos longos dos anos têm sido modificadas através da
ação do homem e uma das mais graves mudanças é a poluição. Segundo Gomes (2017), ela
pode tem início de forma química (orgânica e inorgânica), física (sólido, gases e
temperaturas) ou biológica (do ponto de vista da vida animal, vegetal e organismos
unicelulares), sabendo que, qualquer uma destes componentes transforma do mesmo modo
outras características no mesmo ambiente e ainda pode ser levada através da água (correntes
de água), do ar (correntes de ar) e do solo (infiltração no solo) para outros lugares,
aumentando ainda a extensão do problema. Viana (2014) conta, para diminuir os agravos é
fundamental que tenha conhecimento das relações de várias causas que influenciam em um
ambiente, para que haja possibilidade de agir de forma mais favorável na origem causadora da
poluição.
Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: meio ambiente, o conjunto de
condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; degradação da qualidade
ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; poluição, a
degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente. (BRASIL, 1981, p. 16509, “L”).
O uso indiscriminado dos agrotóxicos, tem sido cada vez mais utilizado com efeitos
danosos ao ambiente. Viana (2014) diz, que há anos utilizam-se desses produtos contra as
pragas e doença na agricultura, e que hoje em dia, são mais os organo-sintéticos que vem
tendo sua vez, embora alguns estejam desautorizados a sua aplicação no Brasil. Normalmente
todos eles são nocivos, uns com maior intensidade outros com menos, porém com danos
muitas vezes irreversível a vida como um todo (GOMES, 2017).
O impacto ambiental pode acontecer também através das construções de rodovia, com
a retirada da cobertura vegetal ciliar no período da construção da rodovia causado a nudez e a
fragilidade do solo podendo assim ocasionar e aumentar os riscos de erosão (VIANA, 2014).
A erosão provocada pelas águas das chuvas, arrastando material contaminante para os rios
levando ao assoreamento de leitos dos rios, compactação do solo impedindo o rebrotamento
32
da cobertura vegetal, sobra de material usado na construção, que não foram descartados
adequadamente, graxas e óleo liberados dos veículos, máquinas e equipamentos, logo após a
construção o aumentos do fluxo de veículos transitando por este local, segundo afirma o
GOMES (2017). E ainda há a manipulação inadequada nos terrenos de resíduos sólidos
urbanos (lixões), que devido ao manejo inadequado e sem procedimento correto deste
descarte, trará consequências graves à saúde humana da população, (VIANA, 2014).
A presença de uma ação com capacidade contaminante, podendo ser ela em qualquer
lugar, tem o poder de transformar o ambiente, mesmo que o território já esteja destruído,
podendo acontecer de forma direta ou indireta e positivamente ou negativa (VIANA, 2014).
33
3 MATERIAL E MÉTODOS
O presente estudo foi realizado no período de junho 2018 a abril de 2019, nas
principais uma avenida, uma área verde, um parque, 13 praças, e uma rua, em dois
municípios, Arapiraca e Taquarana, ambos localizados na região do agreste do Estado de
Alagoas.
A escolha do município de Arapiraca deu-se através de um projeto de arborização
urbana realizado em duas praças nas comunidades, uma no bairro de Canafístula e outra no
bairro do Planalto, organizado pelo curso de Arquitetura e Urbanismo, para uma Qualidade
ambiental urbana e cidadania e Taquarana foi uma escolha aleatória para uma comparação
entre dois municípios da região do semiárido.
Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2010), o município de
Arapiraca (Figura 2), está inserida na mesorregião do agreste Alagoano, situado nas seguintes
Coordenadas Geográficas: com latitude 09° 45’ 09” S, longitude 36° 39’ 40” W, com a
altitude 264 m acima do nível do mar, ocupando uma sua área: 367,5 Km² e está há 136 km
de distância de Maceió, apresenta uma população de 214.006 pessoas, desta, 84,8% moram na
área urbana, o que resulta em densidade demográfica 600,83 hab./Km², sendo 74.4% de
domicílios urbanos em vias públicas com arborização e desses só 12,2% com arborização
adequada, apresentando um clima subtropical com estação seca, sendo dias quentes e as noites
com episódios de ventos frescos no verão, oscilando entre a máxima de 37 °C e mínima de 31
°C, isso acontece por interferência do relevo e localização geográfica. Arapiraca tem sua
economia apoiada na agropecuária, no comércio, na agricultura, na indústria e na prestação de
serviços, segundo Mascarenhas; Beltrão; Souza Junior (2005); IBGE (2010).
34
Para realização do levantamento e coleta dos dados, foram feitas visitas percorrendo
as principais áreas públicas dos dois municípios, onde foram estudadas 17 áreas no total das
duas cidades, Arapiraca e Taquarana (Tabela 1).
35
através do Programa Sign in - Google Accounts - Google Maps Engine - Google MyMaps
(MYMAPS, 2013).
Figura 4- Localização da Avenida Ceci Cunha, nos bairros Alto do Cruzeiro, Brasília, Itapoã e
Novo Horizonte- Arapiraca/AL.
Figura 5- (A) - Localização no Bosque das Arapiracas, no bairro Teotônio Vilela; (B) - do Corredor
de Área Verde Dom Constantino Luers, nos bairros de Itapoã, Novo Horizonte e Santa
Esmeralda, ambas em Arapiraca/AL.
A B
Fonte: Google MyMaps (2019).
37
Figura 6. (A) - Localização do Largo Dom Fernando Gomes, no centro; (B) - do Marco Leronístico, no
bairro Brasília-Arapiraca/AL.
A B
Figura 7- (A) - Localização Praça Jose Marque da Silva, no centro; (B) - Parque Ceci Cunha,
no centro-Arapiraca/AL.
A B
Figura 8- (A) - Localização Praça Luiz Pereira Lima, no centro; (B) - Praça Manoel André, no
centro-Arapiraca/AL.
A B
Fonte: Google MyMaps (2019).
Figura 9- (A) - Localização Praça Antônio Madeiros, no centro; (B) - Praça Antônio Querubim da
Silva, no centro-Taquarana/AL.
A B
Figura 12- (A) - Localização Praça Manoel Rodrigues de Oliveira, no centro; (B) - Praça Padre Cícero,
no centro; (C) - Praça Pedro Cicero da Silva, no centro-Taquarana/AL.
A B C
A
Fonte: Google MyMaps (2019).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gráfico 1 - Porcentagem das principais famílias encontradas nas áreas de estudo dos dois municípios.
2 anos) e ótima sombra que é aproveitada na arborização urbana, porém os seus frutos são de
tamanho grande e podem atingir veículos e pedestres. Embora muito utilizada, não deve ser
indicada em pequenas áreas e onde haja fiação, placas, uma vez que esta espécie pode atingir
até 14 m de altura, segundo Lorenzi; Souza, (2008).
O Eucalyptus globulus (Labill) (4,61%) (Tabela 2), conhecida na região como
eucalipto pertencente à família da Myrtaceae, é a quinta espécie mais encontrada, sendo ela de
grande ocorrência no municípios de Taquarana, árvore de grande porte, raízes agressivas e
alelopáticas não adequada para arborização, porém muito usada para áreas alagadas que
necessitam de drenagem, pois ela apresenta boa absorção de água em áreas urbanas, apresenta
uma conduta invasiva impossibilitando o crescimento de outras plantas, pois possui uma raiz
grande que atinge as partes mais fundas do solo conforme verificado por Harri Lorenzi
(2018); Lé; Carvalho; Oliveira (2016). É importante considerar que o Eucalyptus globulus
Labill, é muito utilizado como planta medicinal, baseado no uso popular há muito anos, para
alívio da tosse relacionado com um resfriado, com algumas restrições para crianças menores
de 30 meses, como bem nos assegura, Brasil - Ministério da Saúde e Anvisa (2015).
Sobre a origem, as espécies foram separadas em exótica e nativa do Brasil. Dentre as
espécies estudadas no geral, 61,31% são exóticas e 38,68% são nativas do Brasil, registrando
assim uma predominância de espécies exóticas na região. nota-se que há um grande número
de espécie exótica utilizada na arborização. Também verificou-se em algumas pesquisas a
predominância de espécies exóticos e exóticas invasoras presentes na arborização pública. A
introdução de exóticas invasoras é preocupante, uma vez que esta tem ação de inibir o
andamento de outras plantas por possuir substâncias alelopáticas e gradativa predominância,
segundo Lima Neto (2011); Santos; Reis; Ângelo Furlan; Souza (2011). De acordo com
Muller (2011); Biondi; Muller (2013); Eurich; Carneiro; Maliski; Gonçalves; Carvalho
(2014); esses indivíduos exóticos e exóticos invasores, podem prejudicar a biodiversidade e o
ecossistema da região, provocando impacto ambiental, podendo causar assim a extinção das
espécies nativa do Brasil e nativa da região e o afastamento da fauna do próprio bioma.
Tabela 2 está representado o município de Arapiraca e na tabela 3 o município de Taquarana
com as espécies encontrada nas áreas de estudo.
45
Tabela 2 - Lista das espécies vegetais encontradas na cidade de Arapiraca de acordo com a família, espécie vernáculas, nome cientifico, origem, porte, número de plantas,
categoria e local.
Tabela 3 - Lista das espécies vegetais encontradas na cidade de Taquarana de acordo com a família, espécie vernáculas, nome cientifico, origem, porte, número de plantas,
categoria e local.
Família Espécie vernáculas/ Nome científico Origem Porte N° de Categoria Local
Plantas 1 2 3 4 5 6 7 8
Aroeira pimenta rosa Nativa 05-10m 01 Árvore, culinaria X
Anacardiaceae Schinus terebinthifolius (Raddi.)
Mangueira Exótica 03-05m 05 Árvore ornamental, Árvores X X
Mangifera indica (L.) frutíferas.
Apocynaceae Jasmim do caribe Exótica 02-04 m 06 Árvores Ornamentais, tóxica X X X
Plumeria pudica (Jacq.)
Palmeira fênix Exótica 01–03 m 05 Árvore ornamental, X
Phoenix roebelenii (O’Brien.) Palmeiras
Palmeira real Exótica 12-20m 112 Arvore ornamental X
Arecaceae Archontophoenix cunninghamiana (Wendl.)
Wendl. & Drude
Palmeira triangular Exótica 04-06m 01 Árvore ornamental X
Dypsis decaryi (Jum.) Beentje e J. Dransf
Palmeira-rabo-de-peixe Exótica 03-09m 02 Árvore ornamental X
Caryota mitis Lour.
Craibeira Nativa 13–15m 01 Árvore ornamentais, X
Tabebuia aurea (Benth. E Hoo.f. ex S. Moore) medicinal
Ipê amarelo Nativa Até 10m 02 Árvore ornamentais X
Tabebuia chrysotricha var. obtusata (DC.)
Toledo
Ipê mirim Nativa 04–06 m 01 Árvore ornamentais X
Bignoniaceae Tecoma stans (L.) Juss ex. Kenth
Ipê rosa Nativa 10-20m 03 Árvore ornamentais, X
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) medicinal
Mattos
Ipê roxo Nativa 06–30m 01 Árvore ornamentais X
Handroanthus heptaphyllus (Mart. ex DC.)
Mattos
Sete-léguas Exótica 09-12m 01 Trepadeira X
Podranea ricasoliana (Tanfni) Sprague
51
Registrando assim 83,27% de árvores adultas e 16,73% árvores jovens, no total dos
dois municípios. Sobre o grau de maturidade nas plantas jovem, foram observadas tamanho
de cada espécies, a uma altura mínima de 1,50 m, flexibilidade do caule e fragilidade
estrutural. Percebe-se que mesmo em pequenas quantidades, há renovação da vegetação na
arborização urbana, com o surgimento de plantas jovens em alguns lugares. Neste contexto,
fica claro que há necessidade de renovação das espécies, podendo assim dessa forma, afetar
futuramente a arborização urbana, comprometendo o equilíbrio do ecossistema local, segundo
escrito por Almeida (2019). Os resultados semelhantes foram observados em Montes Claros –
MG por Gonçalves; Santos; Augusto; Brito (2018) relatam a necessidade de introdução de
plantas jovens para a preservação do ecossistema urbano e manejos para realçar a beleza
natural nas cidades. Provavelmente, essa falta de introdução e renovação de espécies se dê
pela dificuldade em retirada de árvores, manutenção das espécies já existentes e de equipe
especializada com esta finalidade nos órgãos públicos.
Quanto a distribuição das espécies em porcentagem, identificadas nas áreas
arborizadas dos municípios de Arapiraca e Taquarana, nota-se que Arapiraca apresentou
maior número de exemplares arbóreos e arbustivos nas áreas públicas estudadas, com
(76,67%), enquanto Taquarana com (23,33%). Sendo identificadas 1.826 de indivíduos
arbóreas e arbustivos, das quais registrou-se no município de Arapiraca 1.400 árvores nos
locais visitados e no município de Taquarana 426 árvores nos locais visitados. Dos 1.826
indivíduos arbóreos e arbustivos, podem ser vistos como baixo quando comparado com outros
estudos.
Carvalho; Silva; Lima; Santos (2013) realizou um inventario no município de
Itanhaém–SP, percorreu todo o município, foram encontradas 18.128 árvores, sendo muito
superior à listagem encontrada nas duas áreas dos estudos. Já Moreira; Lima; Rocha; Cunha
(2018) ao realizarem um diagnóstico arborização de todas as praças públicas na cidade de
Planalto-BA, foram encontradas 107 árvores, que apesar de um baixo índice arbóreo
comparado com outras cidades integra a um avanço na arborização urbana. Resultados
obtidos por Silva; Gomes (2013) quando realizaram um comparativo em 8 espaços públicos
da cidade de Arapiraca-AL, identificaram 424 árvores, entretanto os espaços estudados eram
semelhantes em apenas duas áreas (Parque Municipal Ceci Cunha e Área Verde Dom
Constantino Luers) justificando as diferenças nos resultados encontrados
Ao avaliar os dados, percebe-se que tanto Arapiraca quanto Taquarana têm potencial
para melhorar, renovar e ampliar as suas áreas arborizadas. Na figura 15, mostra a arborização
54
4,8 °C, comprovando a eficácia do uso da arborização para melhoria das condições
ambientais.
Observou-se que as áreas estudadas neste trabalho eram utilizadas, no geral para
prática de esportes e lazer, promovendo vida social para comunidade, trazendo como
benefícios do uso da arborização, além da diminuição da temperatura, a estabilidade do solo,
prevenindo contra erosão, assoreamento de rios, melhoria da absorção da água das chuvas no
solo e consequentemente a prevenção de enchentes. Segundo Labaki; Santos; Bueno; Abreu
(2011) e Freitas; Santos; Lima (2016) isso acontece porque, há uma influência das árvores,
podendo ser isolada ou em grupo, elas absorvem os raios solares, impossibilitando assim que
eles cheguem com sua integridade nos imóveis e no solo, promovem um esfriamento através
da sombra e da evaporação, com isso reduz a temperatura, melhorando o microclima,
proporcionando assim um ambiente mais agradável. Raven (2007); Rocha (2017) descrevem
que a estabilidade do solo acontece por meio do sistema radicular, possibilitando assim maior
firmeza da terra, reduzindo a ameaça de deslizamentos prevenindo contra erosão e
assoreamento de rios, melhoria da absorção da água das chuvas no solo e consequentemente a
prevenção de enchentes, confirmando assim a importância e a capacidade que as árvores
possuem para reduzir os impactos sobre o solos.
Com relação a avaliação fitossanitárias das espécies estudadas, foram encontrados 5
exemplares de leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit.), localizados na Área Verde
Dom Constantino Luers e Bosque das Arapiracas, onde as plantas apresentavam injúrias
causada por cupins (Ordem Isoptera), outras mortas e morrendo. Outros problemas como
podas irregulares ou ausência de poda, uso de plantas tóxicas ou com raízes agressivas,
disputa do vegetal com a rede elétrica e iluminação (devido ao uso próximo a fiação),
sinalização pública (placas) e em algumas apresentando agressões mecânicas no caule como
riscos ou pinturas, puderam ser observados durante este trabalho. Lima Neto; Souza (2011),
também encontrou conflito na arborização urbanas com as árvores comprovando que manejo
inadequado pode causar sérios problemas urbanos.
Representados na figura 16- (A), nota-se injúrias causadas pelo cupim, detalhe do
caule a espécie leucena, localizado no Bosque das Arapiracas, sendo atacado, pois ele
alimenta-se de celulose, enfraquecendo as árvores podendo causar queda, os cupins gostam de
atacarem árvores com mais de dois anos de idade, esse é um dos motivo a qual deve-se fazer
novos plantios segundo Prato (2010).
Figura 16- (B), percebe-se que um exemplar Roystonea oleracea N.J. Jacquim O.F.
Cook, conhecido popularmente palmeira imperial, que sofreu uma poda agressiva levando a
56
morte, no Largo Dom Fernando Gomes. Resende (2011) contou que se deve definir o formato
da copa das árvores com altura e diâmetro, utilizando o recurso da poda, mantendo o formato
de origem e de maneira natural e não poda drástica ao ponto de matar o vegetal, que foi o que
aconteceu com um exemplar.
Figura 17- (A), exemplares de Cycas revoluta Thunberg., morrendo e morta,
aparentava por ausência de água ou falta de rega, observado pela estrutura do solo que
aparentava seco, falta de umidade no solo, compacto e duro, o qual foi encontrado no Parque
Ceci Cunha em Arapiraca/AL. A rega é um dos requisitos importantes para as plantas e sua
frequência também ajuda no seu desenvolvimento e nas reações metabólicas para nutrição do
vegetal, sua ausência pode levar ao estresse hídrico e consequentemente sua morte
(PEREIRA, 2017).
Figura 17- (B), constata-se a fragilidade do tronco da árvore de Niim - Azadirachta
indica A. Juss., que apresenta galhos flexíveis e como mostra na imagem, após fortes chuvas
durante a noite, não suportou seu peso e quebrou o galho, que foi encontrado na Praça Manoel
André, em Arapiraca/AL. Pedrotti (2018) orientou sobre não plantar árvores de crescimento
rápido, pois são frágeis, flexível e pode quebrar facilmente.
Figura 18- (A), observa-se a espécie Terminalia catappa L. conhecida como
castanhola, invadindo a rua e quase chegando a outra extremidade, passando a interferir na
fiação elétrica, na Praças José Marques da Silva, em Arapiraca-AL. Segundo Alcântara;
Andrade (2008); Medeiros Jerônimo (2015), o melhor é consultar as normas e técnicas
utilizadas para um bom funcionamento do projeto, atentar nas condições do ambiente que será
feito o plantio, evitando conflito com a rede elétrica e equipamento urbano.
Figura 18- (B), nota-se caule do Tamarindus indica L. conhecido como tamarindo,
apresentava-se pintado com tinta, que dependendo do tipo utilizada, pode possuir substâncias
tóxicas e com área de crescimento restrito para infiltração, podendo afetar o desempenho da
árvore, a qual foi encontrada na Praça José Correia Barbosa-Taquarana-AL. Segundo Paiva
(2005), para que se possa realizar adubação e irrigação e favorecer a aeração do solo deve-se
deixar um espaço maior possível, em torno do troco favorecendo o crescimento da muda,
porém em casos de calçadas, o planejamento é de extrema importância para uso de bom
senso.
57
58
18. (A) - Observa-se Terminalia catappa L. conhecida como castanhola, invadindo a rua quase chegando a outra
extremidade na Praças José Marques da Silva-Arapiraca-AL. (B) - nota-se caule do Tamarindus indica
L. conhecido como tamarindo pintada e com área de crescimento restrito para infiltração, podendo
afetar o desempenho da árvore na Praça José Correia Barbosa.
5 CONCLUSÃO
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Localização e Identificação
Nome da área: N° de plantas: Data:
Endereço: Cidade:
Nomes comuns N° de N° de Total de Saudável Doente Viva Morta e Poda Conflitos
plantas plantas plantas Morrendo
jovens Adultas