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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS DE ARAPIRACA
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA

MARIA CINÉRIA DOS SANTOS VIANA

ESPÉCIES ARBÓREAS E ARBUSTIVAS UTILIZADAS NAS ÁREAS URBANAS,


NOS MUNICÍPIOS DE ARAPIRACA E TAQUARANA - ALAGOAS

ARAPIRACA
2019
Maria Cinéria dos Santos Viana

Espécies arbóreas e arbustivas utilizadas nas áreas urbanas, nos municípios de Arapiraca e
Taquarana - Alagoas

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Ciências Biológicas - Licenciatura, da
Universidade Federal de Alagoas – UFAL,
Campus de Arapiraca, como requisito parcial para
a obtenção do grau de Licenciado em Ciências
Biológicas.

Orientadora: Profa. Ma. Daniela Cavalcanti de


Medeiros Furtado

Arapiraca
2019
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pois até aqui vem ajudando-me em todos os meus
caminhos, como um Pai cuidadoso, carinhoso, amoroso e por suas imensas bênçãos;

Agradeço a minha mãe e os meus filhos pelos ensinamentos, pela paciência e por
estarem ao meu lado;

À Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Campus de Arapiraca pela oportunidade


e conhecimento adquirido nessa minha graduação;

A todos os professores do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de


Alagoas – Campus de Arapiraca e também a banca avaliadora pelo apoio para essa realização;

Agradeço à Prof.ª Mestre Daniela Cavalcanti de Medeiros Furtado, minha


orientadora, pela atenção, pelos ensinamentos que foram a base para a realização desse
trabalho, por toda disponibilidade em ajudar sempre e por ter sido um verdadeiro apoio em
todos os momentos;

Aos meus colegas de sala, por estarem presente no meu dia a dia, ajudando-me a
realizar as atividades do curso;

Agradeço à minha colaboradora Carmelita Santino Barbosa de Oliveira e


companheira dessa experiência, por estar presente ajudando-me no que foi necessário e
encorajando-me a não desistir. Agradeço Wevilhyanne Flavia Nunes França pela colaboração
e disposição, com as imagens fotográficas e a professora Simone Carnaúba Torres pelo
convite do projeto de arborização urbana de arquitetura e urbanismo, onde surgiu o meu
trabalho.

Agradeço ainda os meus queridos amigos Leonice Rocha da Silva e Roosevelte


Eduarth Teixeira de Azevedo, por todo carinho, paciência, por sempre me ajudar-me e torcer
pelas minhas conquistas;

Aos servidores da Prefeitura de Arapiraca, o Engenheiros Agrônomos João Batista


Ferreira e da Prefeitura de Taquarana Técnico em Agroecologia Roberto Santos Rocha, por
toda ajuda e assistência;

A todos que de alguma forma contribuíram direta ou indiretamente para a realização


deste. Muito obrigada!!!!!
“Instrui ao sábio, e ele se fará mais, sábio;
ensina ao justo, e ele crescerá em
entendimento” (Provérbios: 9;9).
RESUMO

Com o desenvolvimento das áreas urbanas, torna-se crescente as áreas impermeabilizadas e


por consequência o aumento das temperaturas. Pesquisas abordam tanto o planejamento de
arborização e seus efeitos para melhoria das mudanças climáticas, quanto à realização de uma
educação ambiental. Este estudo objetivou identificar e avaliar as espécies utilizadas nas áreas
arborizadas nos municípios de Arapiraca e Taquarana, no estado de Alagoas, visando o
aumento e melhoria da arborização pública, como também, estimular o desejo e a
preocupação com o meio ambiente, buscando a conscientização das comunidades em
trabalhos futuros. Foi realizada a quantificação das árvores de porte arbustivo e arbóreo,
seguida de identificação, em nível de gênero e espécie. Foi, também, adotado um formulário
quali-quantitativo, coleta de material, imagem fotográfica e efetuada aferição da temperatura
das áreas arborizadas, sombreadas e em pleno sol. Dos 1.826 indivíduos arbóreos e arbustivos
contabilizado nos dois municípios, as espécies com maior incidência foram Handroanthus
heptaphyllus (Vell.) Mattos (6,80%), Archontophoenix cunninghamiana Wendl. e Drude com
(6,69%), Ficus benjamina L. (5,43%), Pachira aquatica Aubl. (5,38%) e Eucalyptus globulus
Labill (4,61%). As famílias mais encontradas foram Fabaceae (22,63%), Arecaceae (17,28%)
e Bignoniaceae (16,25%). Em relação aos indivíduos de porte arbóreo, em sua maioria,
apresentavam características de adaptação para sua utilização na arborização urbana, embora
tenham sido observadas injúrias causadas provavelmente por fitopatógenos e podas
irregulares. Foram observadas a presença de plantas tóxicas; plantas com raízes agressivas;
plantas localizadas abaixo da rede elétrica e sinalização pública, irrigação irregular e
agressões mecânicas no caule como riscos e pinturas. Em relação ao conforto térmico, foram
efetuadas aferições cuja redução térmica foi da ordem de 2 °C a 4 °C durante o período de
estudo, promovendo a melhoria do conforto térmico. Os resultados apresentados são de
grande valia para a orientação em relação à arborização urbana e a disseminação da
conscientização da relação homem-natureza.

Palavras-chave: Arborização. Paisagismo. Educação ambiental. Qualidade de vida.


ABSTRACT

With the development of urban areas, the impermeable areas are becoming increasingly high
and consequently increasing temperatures. Research approaches both the planning of
afforestation and its effects to improve climate change, as well as the realization of an
environmental education. The goal of the study is to identify and evaluate the species used in
the public afforested areas of Arapiraca and Taquarana, in the state of Alagoas, aiming at
increasing and improving public afforestation, as well as stimulating the desire for the
environment, seeking to raise awareness communities in future work. The quantification of
trees of shrub and arboreal size was carried out, followed by identification, at the level of
genus and species. It was also adopted a qualitative-quantitative form, material collection,
photographic image and carried out to verify the temperature of the wooded areas, shaded and
in full sun. Of the 1,826 arboreal and shrub individuals counted in the two public afforested
areas, the species with the highest incidence were Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos
(6.80%), Archontophoenix cunninghamiana Wendl. and Drude with (6.69%), Ficus
benjamina L. (5.43%), Pachira aquatica Aubl. (5.38%) and Eucalyptus globulus Labill
(4.61%). The families most commonly founded were Fabaceae (22.63%), Arecaceae
(17.28%) and Bignoniaceae (16.25%). In relation to the individuals of arboreal size, most of
them presented adaptation characteristics for their use in urban afforestation, although injuries
were probably caused by phytopathogens and irregular pruning. The presence of toxic plants
was observed; plants with aggressive roots; plants located below the power grid and public
signaling, irregular irrigation and mechanical damage to the stem such as scratches and paints.
In relation to thermal comfort, measurements were made whose thermal reduction was of the
order of 2 ° C to 4 ° C during the study period, promoting the improvement of thermal
comfort. The results presented are of great value for the orientation in relation to urban
afforestation and the dissemination of the awareness of the man-nature relationship.

Keywords: Arborization. Landscaping. Environmental education. Quality of life.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa da precipitação media climatológica, com precipitações


pluviométricas das cidades de Arapiraca e de Taquarana. 31

Figura 2 - Mapa de localização geográfica da cidade de Arapiraca/AL. 33

Figura 3 - Mapa de localização geográfica da cidade Taquarana/AL. 34

Figura 4 - Localização da Avenida Ceci Cunha, nos bairros Alto do Cruzeiro,


Brasília, Itapoã e Novo Horizonte- Arapiraca/AL. 36

Figura 5 - (A) - Localização no Bosque das Arapiracas, no bairro Teotônio


Vilela; (B) - Corredor de Área Verde Dom Constantino Luers, nos
bairros de Itapoã, Novo Horizonte e Santa Esmeralda, ambas em
Arapiraca/AL. 36

Figura 6 - (A)- Localização do Largo Dom Fernando Gomes, no centro; (B)- do


Marco Leronístico no bairro Brasília, ambas em Arapiraca/AL. 37

Figura 7 - (A) - Localização Praça José Marque da Silva, no centro;


(B) - Parque Ceci Cunha no centro, ambas em Arapiraca/AL. 37

Figura 8 - (A)- Localização Praça Luiz Pereira Lima, no centro;


(B) - Praça Manoel André, no centro, ambas em Arapiraca/AL. 38

Figura 9 - (A)- Localização Praça Antônio Madeiros, no centro; (B)- Praça


Antônio Querubim da Silva, no centro, ambas em Taquarana/AL. 38

Figura 10 - Localização Praça João Paulo II, no centro -Taquarana/AL. 39

Figura 11 - Praça José Correia Barbosa, no centro -Taquarana/AL. 39

Figura 12 - (A) - Localização Praça Manoel Rodrigues de Oliveira, no centro;


(B) - Praça Padre Cícero, no centro; (C) - Praça Pedro Cicero da Silva,
no centro, todas estão em Taquarana/AL. 39

Figura 13 - Localização Rua João Perminio no centro -Taquarana/AL. 39

Figura 14 - (A) - Aferição da temperatura em áreas a pleno sol. (B) - Avaliação da


temperatura em áreas sombreadas pelas árvores. 40

Figura 15 - (A)- Praça Luiz Pereira Lima, localizada no centro-Arapiraca /AL. (B)
- Praça Padre Cícero, localizada no centro -Taquarana/AL. 54
Figura 16 - (A), nota-se injúrias causadas pelo cupim, detalhe do caule a espécie
leucena, localizado no Bosque das Arapiracas, sendo atacado. (B),
percebe-se que um exemplar Roystonea oleracea (N.J. Jacquim) O.F.
Cook, conhecido popularmente palmeira imperial, que sofreu uma
poda agressiva no Largo Dom Fernando Gomes, localizado na cidade
de Arapiraca/AL. 57

Figura 17 - (A), constata-se que um exemplar Cycas revoluta (Thunberg.),


morrendo e morta por ausência. de água no Parque Ceci Cunha. (B),
constata-se a fragilidade da espécie Azadirachta indica (A. Juss.), que
galho flexível e com a forte chuvas que caiu durante a noite não
suportou o peso da água e resgou o galho na Praça Manoel André,
ambas imagens registradas em Arapiraca/AL. 57

Figura 18 - (A), observa-se Terminalia catappa (L.) conhecida como castanhola,


invadindo a rua quase chegando a outra extremidade na Praças José
Marques da Silva-Arapiraca-AL. (B), nota-se caule do Tamarindus
indica (L.) conhecido como tamarindo pintada e com área de
crescimento restrito para infiltração, podendo afetar o desempenho da
árvore na Praça José Correia Barbosa-Taquarana-AL. 58
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10

2 REVISÃO DE LITERATURA 12

2.1 Arborização Urbana 12

2.2 Histórico da arborização no mundo 12

2.3 Importâncias da arborização urbana 15

2.4 Educação ambiental 17

2.5 Leis de arborização ambiental 20

2.6 Caracterizações das espécies indicadas para arborização urbana 22

2.7 Porte adequado 23

2.8 Manejos das árvores na arborização 24

2.9 Plantas tóxicas 26

2.10 Plantas alelopáticas 27

2.11 Sistemas radiculares 28

2.12 Características Ambientais 29

2.13 Clima 30

2.14 Poluição 31

3 MATERIAL E MÉTODOS 33

3.1 Localização das áreas de estudos 33

3.2 Procedimentos metodológicos 34

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 41

5 CONCLUSÃO 59

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 60

REFERÊNCIAS 61

APENDICE A – Formulário de Trabalho de Campo 73


10

1 INTRODUÇÃO

A arborização urbana é uma ferramenta estratégica utilizada para melhoria das


condições ambientais e utilizada no paisagístico. O conceito descreve um conjunto composta
principalmente por uma cobertura vegetal, de árvores com porte arbóreo existente nas
cidades, plantações de árvores, ato de arborizar, em áreas públicas ou privadas indicada para
ruas, avenidas, parques e demais áreas verdes, com o objetivo de preservar, embelezar,
sombrear e promover bem-estar ambiental, segundo Grey e Deneke (1978); Ferreira (2004);
Paiva (2008); Lacerda, Soares, Costa, Medeiros, Medeiros, Carvalho, Silva (2013).
Neste contexto, para Pires (2009); Muller (2011); Bobrowski, Biondi, Baggenstoss
(2014) fica claro que, arborização urbana além de ser importante, exerce função ecológica,
social e econômica agregando valores. Agem no microclima estabilizando a temperatura,
absorve radiação solar, serve como isolante térmico, transporta maior umidade relativa do ar,
em consequência da evapotranspiração das plantas, favorecendo o frescor do ambiente,
tornando-o mais agradável, arejado e confortável. Também reduzem a poluição, aumentando
a absorção e captação de gases e poeira, retendo partículas e servindo como bioacumuladores
de elementos poluentes lançados na atmosfera. Suas copas favorecem a redução e absorção
acústicas, minimizando a poluição sonora. Outros benefícios também podem ser observados
como: equilíbrio do ciclo hidrológico, com aumento a absorção da água do solo, através das
raízes, preservação genética, promovendo o aumento da biodiversidade da flora e fauna nas
cidades e melhora da saúde humana e animal como um todo. Na estética, tornando o ambiente
mais bonito, além de satisfazer as necessidades das cidades. Agindo na saúde física e mental
de uma forma direta ou indiretamente. Sendo esses alguns dos benefícios que as árvores
oferecem para utilização no meio urbano.
A arborização urbana engloba a introdução de plantas arbóreas e arbustivas nas
cidades, na tentativa de imitar o ambiente natural, buscando melhorias. Ações como manejo e
plantio deve ser organizada pela administração pública, com metas estabelecidas, base técnica
e científica, afim de impedir resultado negativo da urbanização, coordenando um manejo
organizado e sustentável para manter as vantagens oferecidas pelas árvores, conforme
verificado por Maria (2017).
Diante do exposto, esta pesquisa sugere uma averiguação focada na relevância de um
manejo e planejamento que a arborização urbana pode fazer nos municípios desta pesquisa,
Arapiraca e Taquarana, como também na região do semiárido, claramente evidencias nessas
11

áreas. Desse modo o problema central deste trabalho é como a arborização urbana pode
influenciar os resultados dos processos ambientais.
Este estudo objetivou identificar e avaliar as espécies utilizadas nas áreas arborizadas,
visando o aumento e melhoria da arborização públicas nos municípios de Arapiraca e
Taquarana, Alagoas. Este trabalho identificou as espécies utilizadas na arborização das áreas
de estudos, bem como, quantificou e qualificou as espécies e sua distribuição na região
estudada, para que dessa forma venha, contribua para introdução e manutenção de arborização
urbana nos espaços públicos e privados na região do semiárido, assim como, estimulou o
desejo e a preocupação com o meio ambiente, buscando a conscientização das comunidades
em trabalhos futuros.
A motivação para a realização deste trabalho foi conhecer o processo de mudança e
melhorias que pode proporcionar na vida da comunidade, com um ambiente agradável,
arejado e confortável. As árvores diminuem a amplitude térmica, limitam ruídos, purificam
poluentes e ajuda a reter as águas das chuvas. Em áreas urbanas de clima quentes como é o
caso das regiões do semiárido, torna-se indispensável uma mudança climática e para isso a
arborização urbana contribuirá de uma forma que beneficiará a toda comunidade. Baseando-
se na necessidade de mostrar que equilíbrio com o meio ambiente é preciso, pois há uma
preocupação maior em relação ao mesmo, que requer uma educação de forma duradoura e
contínua.
Partindo da hipótese de que a arborização urbana existe nos municípios de Arapiraca e
Taquarana, o presente estudo tem como meta verificar se arborização viárias pode de fato
transforma o ambiente urbano, assim como, averiguar a diminuição da temperatura,
identificar as espécies com boas características para reflorestamento urbano visando o
aumento de áreas arborizadas.
12

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Arborização Urbana

Este termo apresenta-se na literatura com várias definições, entre elas está como um
conjunto de elementos vegetais de porte arbóreo, que tenha ramificação natural em forma de
ramos de árvores, plantações de árvores, ato de arborizar, segundo Ferreira (2004). Para Paiva
(2008) e Lacerda, Soares, Costa, Medeiros, Medeiros, Carvalho, Silva (2013) a arborização
urbana é composta principalmente por uma cobertura vegetal e de árvores com porte arbóreo
existente nas cidades, em áreas públicas ou privadas indicada para ruas, avenidas, parques e
demais áreas verdes, com o objetivo de preservar, embelezar, sombrear e promover bem-estar
ambiental. Grey; Deneke (1978) definem a arborização urbana como o conjunto de árvores
que se desenvolvem em áreas públicas e privadas em uma cidade, visando o conforto
socioambiental, fisiológico e econômico da sociedade local.

2.2 Histórico da arborização no mundo

A história da arborização no mundo data desde a antiguidade onde iniciou-se com o


Criador, segundo descrito nas escrituras sagradas, na qual o Senhor construiu um paraíso,
chamado jardins do Éden, e nele havia muitas árvores e plantas frutíferas, para o homem
habitar e viver em equilíbrio, segundo a bíblia sagrada traduzida por Almeida (1969).

E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas
que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a
terra. E assim foi. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo
as suas espécies, e árvores que davam fruto que tinha em si a sua semente, segundo
as suas espécies. E viu Deus que isso era bom (Almeida, 1969, p. 3).

Partindo desse princípio, apesar do fundo religioso, há relatos que na antiguidade na


região chamada de Mesopotâmia, o qual o seu nome significa “entre Rio”, localizado entre os
rios Tigres e Eufrates, na história do povo assírio, no século VIII a.C., esses povos foram
preceptores da agricultura através do desenvolvimento dos primeiros sistemas de irrigação e
drenagem, composto por canais que se cruzavam, desviados desses rios, pouco se conhece
dessa história, sabendo-se apenas que produziam vários pomares e hortas, segundo escrito por
Antônio Netto (2016). No século VI a.C., surge o jardim suspenso da Babilônia, cujo o seu
nome significa jardim sobreposto, construído na Babilônia, atualmente localizado no sul do
Iraque, pelo rei Nabucodonossor II, como um presente para a rainha e esposa Amyitis, onde
13

era um lugar particular, designado a alegria, ao amor, a saúde e a ostentação, composto por
árvores e arbustos. Como dificilmente chovia na cidade da Babilônia, para conseguir irrigar
esse jardim, era utilizado um sistema que atuava semelhante a um teleférico de esqui. Os
baldes eram pendurados por uma correia com alças. Estas correias eram fixadas em dois
pontos, um no lado do rio e o outro ponto no topo do jardim, quando ativado pela força dos
escravos, os baldes afundavam no rio e enchiam-se de água que levavam até o topo do jardim
e desaguava em outra piscina, que fazia com que essa água escorre-se por gravidade e regava-
se todo o jardim (PAIVA, 2004; BRITO, 2011; BEZERRA, 2013; ANTÔNIO NETTO,
2016).
Já no Egito, datados de 2000 a.C., a vegetação estabelecida era símbolo de fartura,
combinado com incentivo da natureza e era a imagem de um método coerente e construção
baseado no monoteísmo. Para os egípcios as plantas tinham um Deus que era chamado Osíris,
Deus das plantas. Criado de acordo com o delineamento do Rio Nilo era formado por grandes
projetos horizontais, sem incidentes naturais ou artificiais. Os atributos dos padrões egípcios,
com a rigidez direta e a geometria, fizeram com que a vegetação tivesse uma harmonia
rigorosa. Tudo em conformidade com os quatro pontos cardeais. As plantas mais usadas eram:
palmeiras, sicômoros, figueiras, videiras e plantas aquáticas (PAIVA, 2004; LOPES, 2016).
No entanto com os Pérsios, datados desde 3500 a.C., a sua metodologia tinha um estilo
misto, retirada de dois povos, dos egípcios e dos gregos. Estes, introduziram como vegetação
árvores e arbustos de flores perfumadas, dividido em quatro áreas por dois ductos em forma
de cruz e no cruzamento deste elevava-se uma composição que talvez fosse um
compartimento ou uma nascente, o qual representava as quatro moradas do universo. As
plantas usadas eram: plátanos, ciprestes, palmeiras, pinus, rosas, tulipas, narcisos, jacintos,
jasmins, açucenas, etc. (BARCELOS, 2005; PAIVA, 2004; LOPES, 2016).
A evolução na Grécia, desde o século IV a.C., possuía aspecto perto do natural,
propagar-se em espaços fechados, onde eram cultivadas plantas úteis, como maçãs, peras,
figos, romãs, azeitonas, uva e até horta, também eram vistos por possuírem esculturas
humanas e de animais mais próximas da realidade (BELLÉ, 2013; LOPES, 2016). Na maioria
das cidades de Roma, datado 234-139 a.C., as plantas eram combinadas com esculturas
saqueadas das batalhas, de tal forma, que a ornamentação popularizou-se nos jardins romanos
da época. Resultando, em jardins sistemáticos e organizados, adaptados às moradias. As
plantas utilizadas eram: coníferas, plátanos, frutíferas como amendoeira, pessegueiro,
macieira, videira e outras, também possuíam uma pequena horta. Ciprestes, buxos e louros-
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anão recebiam "topiarias", que se caracterizavam por moldar arbustos em formas de figuras
de variados formatos e nomes (BELLÉ, 2013).
Já no país Islâmico, que marcou presença nas culturas dos Séculos VII-XIV da Ásia à
Índia, do Norte de África e da Península Ibérica, as plantas eram reconhecidas pela
importância de estimular os sentidos da visão e do olfato e por apresentar um peso simbólico
aliado à ideia da recriação do Paraíso na Terra. As árvores eram basicamente as de clima
mediterrâneo, composta por plantas tipo xerófilas e os arbustos, como os loendros que,
floriam intencionalmente, essas espécies eram escolhidas de acordo com a época da floração
do ano em que a corte Moura chegava ao palácio, em Granada. Eram espaços pequenos, sem
ostentação, usando o elemento água, cor e perfume, com o propósito de sedução e
encantamento e era destino à vida familiar. Este povo introduziu na Península Ibérica a
laranjeira azeda, o limoeiro, a alfarrobeira e a amendoeira (LOPES, 2016; MATTIUZ, 2017).
Já no período da idade Média nos séculos XV, aparece no continente europeu, as
primeiras áreas arborizadas e ajardinadas semelhantes aos dias atuais e seu progresso avançou
ao longo dos anos, tornando-se efetivo e público a partir do século XVII. Nessa época foram
construídas as passarelas com flores que, eram calçadas que tinha flores ao redor, chamado de
“passeio ajardinado” (SEGAWA, 1996). Essa atividade foi expandindo-se e melhorando
através dos anos, popularizou-se nos dias de hoje como paisagismo. Encontram-se muitas
funções do paisagismo e uma delas é a arborização urbana, que está mais com o pensamento
voltado com qualidade de vida e meio ambiente e não apenas com a estética, apesar de
contribuir para o embelezamento das cidades (RESENDE, 2011).
No Brasil a história da arborização urbana está associada ao progresso econômico e
social, quer dizer, as plantas arbóreas estão ligadas a essa evolução histórica. Um sinal disso é
a influência do próprio nome “Brasil”, originalizada de uma árvore chamada “pau-brasil”,
identificada cientificamente como Paubrasilia echinata (Lam.) E. Gagnon, H.C. Lima & G.P.
Lewis devido à importância e ocorrência dessa espécie (LORENZI, 2003).
No início, com influência holandesa, a partir do século XVII, com Mauricio de
Nassau, introduziram em Pernambuco as laranjeiras, tangerineiras e limoeiros, com a
finalidade de urbanizar as cidades de Olinda e Recife. No século XIX, D. João VI começou
um sistema de mudanças no aspecto colonial, buscando se adaptar ao crescimento do universo
europeu. No casamento de D. Pedro I com arquiduquesa da Austrália, o alemão Ludwig
Riedel designado por Langsdorf, foi contratado para arborizar as ruas do Rio de Janeiro em
1836. E seu maior obstáculo foi, a crença do povo, no julgamento de que as sombras das
árvores provocavam enfermidades, tais como febre amarela, sarampo e sarna (PAIVA, 2004;
15

LORENZI, 2008; MATTIUZ, 2017). Nesse período muitas espécies exóticas foram
introduzidas no Brasil, vindo a ocupa o espaço das nativas.
No século XX, na década de 1940, surge com Roberto Burle Marx, o início da
transformação na visão de espaço livre das cidades brasileiras, com inovação de valorizar
vegetação nativa, revelando o tesouro da flora tropical, com várias espécies de plantas nativas
regionais (BORTOLETO, 2004; LORENZI, 2008; LOPES, 2016). Nos anos 90, a
Organização das Nações Unidas- ONU, em relação às questões ambientais, realizou a
aprovação da agenda 21 pela Conferência das Nações unidas, sobre o meio ambiente e
desenvolvimento em 1992, mais conhecida como Rio 92, fortaleceu a argumentação e a
criação de cidades sustentáveis e da conservação da biodiversidade (LOPES, 2007;
MENEGHETTI, 2012).
Desse modo, examinando a história, verifica-se não apenas a forte importância do
paisagismo sobre a paisagem urbana, como a coincidência presente entre esses cenários.
Também, explica o instante em que a arborização e os elementos vegetais começam a ser
assimilado como fundamentais na estrutura do espaço urbano, que passam a esclarecer novas
ciências diferenciadas, tipos de paisagens e imagem urbana (FARAH, 1999), refletindo assim
sobre o valor que cada história tem na formação estrutural de arborização urbana atual.

2.3 Importâncias da arborização urbana

A população do último censo do Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico (IBGE,


2010), registrou que no Brasil, há cerca de 190.732.694 pessoas, com um percentual de 84%
delas vivendo em áreas urbanas e com maior número na região sudeste. Labaki, Santos,
Bueno, Abreu (2013); Oliveira (2013), disseram que, com esse alto índice populacional nas
cidades, os cenários urbanos têm se transformado em uma verdadeira selva de pedra com suas
construções, concretos, asfalto, vidros, substituído a selva natural e o seu verde, paisagem
transformadas que tem causado danos e prejuízos à saúde humana.
Pinheiro; Souza (2017) relataram esse agravo à saúde humana como consequência de
vários fatores, entre eles as altas temperaturas, surgindo assim às ilhas de calor, baixa
umidade relativa do ar, provocando problemas respiratórios, aumento do carbono e poluição
do ar causada pela ausência das árvores e em região mais quentes, como no semiárido, isso
tem piorado muito a situação. Tozzi (2017) descreveu que, muitas das qualidades que
mantinham o equilíbrio entre muitos elementos do meio ambiente (tanto o natural quanto o
artificial) foram perdidos, fazendo com que a característica de vida fosse danificada, como
16

exemplo, construções em áreas de risco, impermeabilização do solo, perda da cobertura


vegetal, entre outros.
Muitos são os benefícios já comprovados da arborização urbana, entre ela podemos
citar: a redução da poluição do ar, com fixação de poeiras e poluentes, através de substâncias
presentes a partir das folhas, por meio do processo da fotossíntese, que absorve CO2 e
liberação de O2, decorrente do sequestro biológico do carbono, (armazenamento biológico ou
biofixação), proporcionando ar oxigenado que beneficia a comunidade (PAIVA, 2004; REIS,
2013; SANTOS; ARRUDA; MORAIS, 2013; PEREIRA, 2014). As árvores atuam no bem-
estar e descontaminação do ar atmosférico, despoluição permanente, manutenção do bioma e
melhora climática. Os relatos dizem que, com apenas uma árvore, é suficiente para absorver
em média de 140 a 180 quilos de CO2 e essa eficácia ainda pode ser aumentado quando elas
estão juntas, como contam Abreu-Harbich; Labaki; Matzarakis (2013); Reis (2013); Pereira
(2014); Rosa (2017).
Outros benefícios podem ser citados como, retenção de águas das chuvas, proteção
dos corpos d’água com a purificação dessas águas, impedindo a contaminação no lençol
freático e absorção. Uma árvore adulta pode absorver até 250 litros de água, diz Rosa (2017),
evitando que ocorram enchentes, através da absorção e retenção dessas águas por meio das
raízes e ainda, evita o aparecimento de doenças respiratórias. Raven (2007); Abreu-Harbich;
Labaki, Matzarakis (2013); disseram que o bombeamento das águas acontece no solo através
dos tricomas na parte radicular da planta, onde água é arrastada pela pressão negativa gerada
pelas folhas, que ao chegar às folhas são liberadas na atmosfera através da transpiração em
forma de vapor, conforme a abertura e fechamento dos estômatos, funcionando assim como
bomba hidráulica. Raven (2007); Rocha (2017) contam que, há também uma fixação do solo
por meio do sistema radicular, possibilitando assim maior firmeza da terra, reduzindo a
ameaça de deslizamentos prevenindo contra erosão.
Abreu-Harbich; Labaki; Matzarakis (2013); Albuquerque (2016); Lopes (2016)
relataram que, o sombreamento proporcionado pela copa da árvore permite um frescor. Essas
árvores absorvem radiação solar e partes desses raios refletem para o espaço. Demorando
mais tempo o período de manutenção de calçadas e ruas, porque o sol e a chuva não atingirão
diretamente nesses locais, evitando rachaduras e quebra causada pelo ressecamento e também
na parte elétrica. Pereira (2014), diz que, devido às altas temperaturas nos grandes centros
urbanos e principalmente nos semiáridos, elas servem como estabilizante natural de
temperatura, reduzindo assim o desconforto térmico.
17

Servem como quebra vento e redutor de ruídos, alguns estudos mostram que as
árvores, além de diminuir a velocidade dos ventos ajudam a reduzir os ruídos e também
conseguem alterar a direção dos ventos, diminuindo assim o barulho do meio urbano,
funcionando como redutor das ondas de som, segundo Pereira (2014); Rosa (2017).
Promove bem-estar, embelezamento e valorização da região, por onde as pessoas
passam, em locais que existem árvores, há um agradável conforto proporcionando assim uma
melhoria da saúde física e mental da população, oferecendo campos visuais com cores, forma
belíssima e diferenciado, assim relata Pereira (2017); Rosa (2017); Rocha (2017).
Além de funcionar como micro-habitat para fauna, tem função de corredor ecológico
abrigando e atraindo um grande número de espécie de seres vivos e na flora servindo como
fonte de alimento para a população e animais, propagação de sementes das espécies nativas e
exóticas, colaborando assim para uma estabilidade, diminuindo pragas e agentes vetores de
doenças (PEREIRA, 2014; ROCHA, 2017). A pesar de todos esses benefícios, percebe-se que
na comunidade as árvores eram bem presentes no dia a dia e com o passar do tempo a
ausência delas aumentou, principalmente das espécies nativas, resultando na extinção de
algumas, não contribuindo assim para o desenvolvimento da arborização urbana.
Ribeiro (2009); Rocha (2017) conta que, entende-se que nem tudo há vantagem, pois
também a arborização urbana tem seu lado obscuro. Pereira (2017); Rocha (2017) relataram,
isso é inegável, pois há ausências de um bom planejamento em alguns meios urbanos para a
introdução de algumas árvores, o que poderia ser vantagem para a comunidade, transforma-se
em uma avenida com alguns transtornos, como sujeira, quebra de calçadas causadas pelas
raízes e problemas na rede elétrica. Cabral, (2013) escreve que, com a realização de escolhas
de variedades vegetais para o plantio em determinadas áreas, obedecendo ao porte das
árvores, o ecossistema e o local a ser plantada, a comunidade ganharia uma aparência melhor
nas ruas e o ambiente assim ficaria preservado.

2.4 Educação Ambiental

Selecionar uma espécie adequada para o plantio em meio urbano, também é uma ação
de educação para meio ambiente e indicar uma planta certa, nativa do mesmo bioma local
contribui para a sustentabilidade e preservação. A finalidade da Educação Ambiental aparece
para reavivar a consciência da comunidade sobre as complicações ambientais globais,
resultantes das ações dos homens (RICKLEFS, 2016). O homem tem função importante nas
atividades da biosfera, para encontrar solução e compreender os fundamentos da ecologia e
18

utilidade nas esferas de atividade políticas, econômicas e social (FRANCISCO, 2018). A Lei
9.795, de 27 de abril de 1999, relata a respeito da Educação Ambiental no Brasil, decretada
pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidência da República, determinada no diário
oficial da união (1999).

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e
a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL,1999, p.1,
“A”).

E para isso acontecer, requer uma parceria e união de todos, desde os governantes até
a população, em um conjunto de atitudes e consciência focada com relação ao meio ambiente,
para a preservação, sustentabilidade e conservação da natureza. Segundo a Lei 9795/1999 que
estabelece Política Nacional de Educação Ambiental, define Educação Ambiental como sendo
composto por normas pelos quais os cidadãos e a comunidade estabelecem valores para a
preservação do meio ambiente (ARRUDA; OLIVEIRA; FRANÇA; RIBEIRO; MUCCI;
WERNECK; DEMOLINARI; RESENDE; RAMOS; TOSTES; PIRES, 2016). É de grande
importância que a Educação Ambiental atue, com a conscientização com base na arborização
urbana, para uma evolução socioambiental dos participantes da comunidade (SILVA;
SEPINE, 2016). Associando assim a indivíduos estruturado, conscientes e críticos,
fortalecendo as atividades de desenvolvimento com cooperativismo e comprometimento com
o futuro da Terra (RICKLEFS, 2016; FRANCISCO, 2018).

A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além


dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -
Sisnama, instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os
órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
organizações não-governamentais com atuação em educação ambiental
(BRASIL,1999, p.1, “B” ).

O entendimento de sustentabilidade envolve uma interligação indispensável de justiça


social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a ruptura com o atual modelo de
desenvolvimento (RICKLEFS, 2016). Porém, com a inclusão no aspecto dos serviços
ambientais, a Educação Ambiental dedica-se por um crescimento sustentável e democrático,
desenvolvendo um novo conhecimento, onde as atividades ambientais são bens coletivos, que
manifestam a relação homem e natureza (PINHEIRO; SOUZA, 2017).
Segundo Kuyvenet; Bragato; Queiroz; Oliveira (2017); Martelli; Cardoso (2018) a
vegetação é uma das aparências que mais qualifica a paisagem urbana, a qual, tem se
envolvido em estreita relação com a arquitetura das comunidades. Kuyvenet Bragato;
19

Queiroz; Oliveira (2017) ainda descrevem que, estes lugares arborizados que caracterizam os
espaços verdes da comunidade servem como uma ligação de um caminho ecológico, quando
ligam ruas arborizadas a espaços verdes. Pinheiro; Souza, (2017) contam que, elas também
proporcionam e estimulam a integração social, proporcionando às pessoas que não possuem
recurso financeiro, para frequentarem locais particulares de lazer, como fazendas e clubes,
descobrindo nestes ambientes, lugares simplificados pelas existências dessas áreas de livre
acesso para recreação e sossego. Segundo Arruda; Oliveira; França; Ribeiro; Mucci;
Werneck; Demolinari; Resende; Ramos; Tostes; Pires, (2016) a sensibilização da comunidade
por meio da Educação Ambiental sobre o lugar em que vivem é importante para que respeite
esse ambiente de forma que venha edificar, fortalecer conexões da comunidade e a natureza
com qualidade de vida.
Destaca-se que o êxito de um projeto de arborização bem-sucedido, propõe as
atividades contínuas, compostas por administração pública e a comunidade (ARRUDA;
OLIVEIRA; FRANÇA; RIBEIRO; MUCCI; WERNECK; DEMOLINARI; RESENDE;
RAMOS; TOSTES; PIRES, 2016). Isso muitas vezes só é praticável através da organização
de uma administração focada para o meio ambiente, na qual inclua atividade de Educação
Ambiental que possam informar a comunidade, assim como destacar o valor da arborização
bem-estruturada e o estímulo ao plantio e atenção com as espécies (MARTELLI; CARDOSO,
2018). Segundo Viviani (2013), o tema sobre a ecologia vem sendo desprezado pelo homem
há bastante tempo, deixando bem explícito que o capitalismo tem maior privilégio dentro de
um ambiente cada vez mais enfraquecido.
Segundo Medeiros (2011) para que tudo isso acontece, faz necessário que haja uma
aprendizado, e um dos locais adequado onde irá dá continuidade ao desenvolvimento de
coletividade nas comunidades, será a escola, é lá que aluno irá compreender a importância da
Educação Ambiental para uma vida melhor e com qualidade, no entanto, atitudes
ambientalmente adequadas, devem ser compreendidas com ações, no passar dos anos da sua
fase escolar, com o objetivo de colaborar para uma construção de pessoa consciente, porém a
escola deve dar a seus alunos assuntos e ideias ambientais de forma que explique uma
situação com fatos concretos. “Promover educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente”. (BRASIL, 1988, p. 50, “C”).
Já segundo Ferreira e Santos (2012), a Educação Ambiental deve ser conquistada de
forma multidisciplinar nas escolas, porém compreendemos que para que esse pensamento
ambiental, venha ocorrer com um grau de importância é necessário ensinar com sinceridade
desde o princípio da fase escolar, sabe-se que alguns assuntos adquiridos nas escolas
20

transformam-se mais produtivamente quando são incentivados desde criança, pois é nesse
período que elas possuem maior competência intelectual, desejo e simplicidade de obter atuais
conhecimentos. Mas segundo Costa (2011) o resultado dessa ação só irá acontecer quando
fortalecer no homem a compreensão, a importância, o conhecimento do que acontece em sua
volta. É importante observar que a educação é a direção mais benéfica para que essa
transformação aconteça, e a estruturação do indivíduo, no desenvolvimento de um ser humano
racional presente e interativo na comunidade.

O conjunto de documentos dos Temas Transversais comporta uma primeira parte em


que se discute a sua necessidade para que a escola possa cumprir sua função social,
os valores mais gerais e unificadores que definem todo o posicionamento relativo às
questões que são tratadas nos temam, a justificativa e a conceitualização do
tratamento transversal para os temas sociais e um documento específico para cada
tema: Ética, Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual,
eleitos por envolverem problemáticas sociais atuais e urgentes, consideradas de
abrangência nacional e até mesmo de caráter universal (BRASIL, 1997, p. 45,“D”).

É importante considerar que, a atenção com o meio ambiente está aumentando a cada
instante e com isso a procura para encontrar meios para retornar ao que era ou reduzir
impactos provocados pelas atitudes dos homens durante muitos anos. Atualmente com a
evolução e estudo desse assunto, o universo escolar dispõe de fundamental importância para
promover as transformações nas atitudes da comunidade para um crescimento sustentável
(VIVIANI, 2013). As atividades extracurriculares precisam ser trabalhadas e interligadas as
disciplinas obrigatórias de forma transversal, unindo, continua, permanente e completa em
todo os níveis e categorias da educação formal, a ideias de educação ambiental (RICKLEFS,
2016; FRANCISCO, 2018).

2.5 Leis de arborização ambiental

O amparo jurídico da flora não entende apenas como um bem florestal, mas todos os
elementos da flora nativa e da flora plantada, nativa ou exótica, que tenha a função ecológica,
estética, climática (ou microclimática) ou quaisquer outras funções que proporcione um meio
ambiente ecologicamente equilibrado, em suas fundamentais dimensões, quais sejam a do
meio ambiente natural e da do meio ambiente artificial (SILVA, 2015). Para Tozzi (2017) a
arborização urbana é fundamental para beneficiar a qualidade de vida, seja pelo papel
recreativo da paisagem, seja por seu papel funcional, de diminuir a consequência negativo da
poluição. Arborizar as cidades significa ajudar a restaurar a fauna local, regular o microclima
21

urbano, proporcionar equilíbrio paisagístico, como está escrito no Código Florestal Brasileiro
(Brasil. Lei nº. 12.651/2012) traz em seu art. 3º, inciso XX.

Área verde urbana: espaços, públicos ou privados, com predomínio de vegetação,


preferencialmente nativa, natural ou recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis
de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para construção
de moradias, destinados aos propósitos de recreação, lazer, melhoria da qualidade
ambiental urbana, proteção dos recursos hídricos, manutenção ou melhoria
paisagística, proteção de bens e manifestações culturais (BRASIL, 2012, p. 1, “E”).

A procura de uma conexão mais tranquila e harmoniosa entre o ser humano e o meio
ambiente, vem sendo permanente hoje em dia. Uma das características de estabilidade do solo
é a cobertura vegetal, pois ela impermeabiliza o solo e evita os riscos de deslizamento das
encostas e entre outros fatores, que nas grandes cidades foram perdidos (SILVA, 2015). Cada
vez que a cidade aumenta, pouco se respeita os bens naturais que nela existe (TOZZI, 2017).
De acordo Constituição Federal do Brasil são recomendadas os meios de proteção ao meio
ambiente, protegendo o bem-estar da comunidade, o uso e a ocupação do solo urbano
defendendo os interesses locais apoiados especialmente pelo plano diretor municipal, que
pode tornar os espaços de reserva legal em espaços verdes nas expansões urbanas, segundo
Cabral (2013).

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso


comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público
e à coletividade o dever de implantá-lo e preservá-lo para os presentes e futuras
gerações. Definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção (BRASIL, 1988, p. 11, “F”).

O acelerado crescimento das áreas urbanas, sem considerar a importância de um


planejamento, é um dos culpados por diversos problemas encontrados e vivenciados pela
comunidade nessas áreas (TOZZI, 2017). A organização de um plano para ocupação do
espaço urbano ou a implantação de uma zona de uso do solo, consistem em um zoneamento
ambiental, sendo assim uma das formas de estabelecer o direito do desenvolvimento e a
importância quando se refere ao meio ambiente (LACET, 2014).
Nesse contexto de zoneamento do Brasil inclui-se o Zoneamento Ambiental, que são
áreas públicas legais, protegidas e preservadas em meios ás circunstâncias naturais que trata
da Lei Política Nacional do Meio Ambiente de n°6.938/1981“G”, que desfruta sobre a
Política Nacional do Meio Ambiente, seus objetivos e procedimentos de elaboração e
utilização, e dá outras pareceres, com o propósito de conservação, desenvolvimento e
reabilitação, dando condições ambiental, segurança e respeito a vida humana.
22

Zoneamento Municipal é uma política urbana que utiliza o plano diretor da cidade e
suas diretrizes legais para a ocupação e o uso do solo, regulamentado pela Lei
no 10.257/2001“H”, que estabelece instruções gerais da política urbana e dá outras decisões,
constituído de diretrizes públicas para o uso do bem coletivo na comunidade urbana.
Zoneamento Industrial, são áreas indicadas para instalações de indústrias com ações
harmoniosas industriais com proteção ambiental, é isso que trata o Decreto Lei n° 1.413/1975
“I”., determina sobre o ato de contenção da poluição do meio ambiente gerada por ações
industriais.
Sendo tudo isso incluído no Zoneamento Ecológico Econômico, que faz parte da
Política Nacional do Meio Ambiente que se utiliza no zoneamento territorial com atividades
de planejamento nas esferas Municipais, Estaduais, Federação e Órgãos Federais, isto é, o que
regulamenta o Decreto Lei n° 4.297/2002 “J”, que constituem parâmentos para o Zoneamento
Ecológico-Econômico do Brasil - ZEE, e dá outras providências. Por fim com todos esses
aparatos jurídicos dá-se a defesa Ambiental do Brasil com igualdade e simplificada para ser
realizada com planos de ações em meio da sociedade na área urbano em busca de uma melhor
qualidade de vida (FARIAS, 2006; OLIVEIRA, 2012; SILVA; SEPINI, 2016).

A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e


recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País,
condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana. (BRASIL, 1981, p.16509, “K”).

2.6 Caracterizações das espécies indicadas para arborização urbana

Para iniciar o plantio em área urbana, faz-se necessário estudo prévio e planejamento,
a fim de evitar prejuízos ou não atingir seu objetivo final (CABRAL, 2013).
Pivetta; Silva Filho (2002) disseram que considere a importância de elaborar uma boa
estratégia quando for escolher as espécies, podendo seguir algumas habilidades técnicas para
o projeto com atenção, a fim de evitar os perigos e as falhas no cenário urbano como: evitar
plantar árvore que tenha frutos grandes, nas proximidades onde haja trânsito, a fim de
prevenir acidentes com pedestres e/ou carros; cuidado com espécies que apresenta raízes
muito superficiais e ofensivas, pois pode provocar rompimento de calçadas, tubulações e
instalações subterrâneas.
Pedrotti (2018) orienta sobre: não plantar árvores de crescimento rápido, pois são
frágeis, flexíveis e podem quebrar facilmente; cuidado com o plantio de planta tóxica e com
espinhos; atenção com o porte e a poda; assegura espaço poroso em volta da planta, para
23

melhor desenvolver suas raízes e absorção de água; valorizar as espécies nativas e as exóticas
que se adaptam melhor a região, para que haja uma maior variedade de plantas e resistência a
pragas. Segundo São Paulo (2015) é importante lembrar que as árvores em ambiente urbano
estarão expostas a situação oposta daquelas existentes na natureza e uma boa escolha da
planta fará toda diferença para sua evolução no meio urbano.

2.7 Portes adequados

Para um bom procedimento de arborização urbana, o melhor é que respeite as normas


e técnicas utilizadas para um bom funcionamento do projeto, prestando atenção nas condições
do ambiente que será feito o plantio, assegurando a proteção e o deslocamento dos que
desfrutam o passeio por essas vias, tais como o porte adequado de cada árvore a ser plantada
(SÃO PAULO, 2015). Por isso, é sempre bom e importante aconselhar-se nas instituições
públicas municipais de cada cidades, para conhecer melhor as regras, segundo Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) Normas Brasileira (NBR) 9050:2004. “Os elementos
da vegetação tais como ramos pendentes, plantas entouceiradas, galhos de arbustos e de
árvores não devem interferir com a faixa livre de circulação” (ABNT NBR 9050:2004, p. 97).
Segundo Alcântara; Andrade (2008), as árvores são classificadas como: pequeno,
médio e grande porte, essa classificação existe para facilitar e direcionar o plantio a fim de
colocar cada porte de planta onde não seja uma luta constante entre rede elétrica, iluminação,
as construções (casas e prédios) e o trânsito dos pedestres e veículos. São Paulo, (2015)
descreve que as árvores de porte pequeno ou baixo são aquelas que possuem de 4 a 6 m de
altura e não interferem na fiação elétrica aérea, não possuem galhos muito baixos, não soltam
muitas folhas, frutíferas de frutos pequenos, ideais para ser plantada em calçadas, nesse caso
do plantio em calçadas, as árvores devem ter o recuo de 1,50 m de distâncias das construções,
sendo sua copa direcionada desde jovem com a poda, baixa e longe da fiação elétrica aérea.
Alcântara; Andrade (2008), continua falando que, as árvores de porte médio que
possuem de 8 a 10 m de altura, podendo ser plantada em calçadas que não tenham fiação
elétrica aérea, em praças e em parques, se for em calçadas deve-se seguir as mesmas regras
das árvores de pequeno porte. As árvores de grande porte ou alta são aquelas acima de 10 m
deve ser usada preferencialmente em praças e parques podendo ser frutífera ou não.
24

2.8 Manejos das árvores na arborização

A copa deve ter formato, dimensão e engalhamento adequado (SÃO PAULO, 2015).
Ela oferta refúgio e alimento aos pássaros que são fundamentais no controle de insetos
transmissores de doenças e ainda agem como bloqueio contra ruídos, ventos, água, luz e
abrigo em dias ensolarados e chuvosos (ABNT NBR 9050, 2004). A dimensão da copa deve
ser compatível com o espaço físico, permitindo o livre trânsito de veículos e pedestres,
evitando danos às fachadas e conflito com a sinalização, iluminação e placas indicativas,
segundo (ABNT NBR 9050, 2015). “O plantio e manejo da vegetação devem garantir que os
elementos (ramos, raízes, plantas entouceiradas, galhos de arbustos e de árvores) e suas
proteções (muretas, grades ou desníveis) não interfiram nas rotas acessíveis e áreas de
circulação de pedestres” (ABNT NBR 9050:2015 p. 116).
Além de arborizar, faz-se necessário manter ações de manejo constante ao longo do
desenvolvimento da árvore, para uma melhor conservação em meio urbano (SÃO PAULO,
2015). Uma das características importante que deve ser considerada é a copa, para que haja
uma relação harmoniosa entre a árvore e a comunidade, livre da circulação dos veículos e dos
pedestres, evitando também o conflito com as redes de distribuição de energia elétricas,
iluminação pública, placas sinalizadoras, telecomunicações e assim por diante, para que haja
uma boa relação entre eles (ALCÂNTARA; ANDRADE, 2008).
Resende (2011) conta, para que isso aconteça, deve-se definir o formato da copa das
árvores com altura e diâmetro, utilizando o recurso da poda, mantendo o formato de origem e
de maneira natural. Alvarez; Oliveira; Mattos; Braz; Canetti (2012) disseram que, existem
vários tipos de poda que pode ser realizado no decorrer da vida das árvores, tais como: poda
de formação, fundamental para manter a evolução da árvore, adequando ao ambiente em que
ela vive ou vai viver caso ela ainda seja muda. Poda de condução, para o direcionamento da
copa das árvores em sua estrutura de crescimento, retirando-se dela ramos indesejáveis e
ramificações baixas, mantendo o padrão original da espécie (ALCÂNTARA; ANDRADE,
2008). Poda de limpeza, que tem a função de retirar partes da árvore que não serve ou que
prejudique a saúde dela e podendo até representar uma ameaça de queda e ou problema
fitossanitários, tais como: galhos secos, senis, mortos, ramos ladrões, brotos de raiz, ramos
doentes, praguejados ou infestados, tocos e remanescentes de poda mal executadas
(ALVAREZ; OLIVEIRA; MATTOS; BRAZ; CANETTI, 2012).
Segundo São Paulo (2015) disseram que ainda existe, poda de correção, com função
nivelar a copa das árvores, retirando e corrigindo problemas na estrutura e estabilizando o
25

vegetal de forma harmoniosa. Poda de adequação tem como objetivo adaptar o vegetal aos
equipamentos urbanos, rede de fiação aérea, sinalização de trânsito e iluminação pública, ou
também a depender do caso, avaliar a possibilidade de realocar o equipamento. E ainda relata
a Alvarez; Oliveira; Mattos; Braz; Canetti (2012); São Paulo (2015) disseram que, poda de
levantamento, com a retirada dos ramos mais baixos da copa os quais atrapalham a livre
circulação dos veículos e dos pedestres e ao mesmo tempo não exagerar na poda, para não
causar desarranjos na sua forma original.
Alcântara; Andrade (2008) diz que, a poda de emergência, que tem como função
principal resolver e remover os contratempos que possa ter ocorrido com a árvore, como
galhos que se quebram no decorrer de um mal tempo e que represente perigo imediato a
integridade física das pessoas, do patrimônio público ou particular, objetivando reduzir riscos
consecutivos. Resende (2011) orienta que, mantendo essas práticas, manteremos uma boa
qualidade e harmonia entre o vegetal e a comunidade, e consequentemente uma boa qualidade
de vida. Outra forma de manejo e cuidado para continuidade do crescimento e beleza das
árvores é a técnica da adubação na preservação dessa arborização (SÃO PAULO, 2015).
Adubar um vegetal, quer dizer, oferece pra ela o que é de fundamental para sua
sobrevivência com saúde na medida certa, nem demais e nem de menos para não correr o
risco de torná-la tão sensível ao ponto de poder matá-la, para isso é importante que se tenha
um bom conhecimento das plantas e suas características (ALVAREZ; OLIVEIRA;
MATTOS; BRAZ; CANETTI, 2012). A adubação tem como função fundamental fertilizar,
corrigir, melhorar ou condicionar o solo, ajudando assim a manter o vegetal com saúde para
melhor resistir aos ataques de pragas e doenças (ALCÂNTARA; ANDRADE, 2008). Esses
adubos podem ser adubo mineral, para isso precisa de uma análise do solo para dosar a
necessidade que o terreno precisar, adubo orgânico podendo ser de fonte animal, vegetal,
agroindustrial e outro (SÃO PAULO, 2015). Devendo ser utilizado com antecipação de no
mínimo de quinze dias antes de transplantar, para que haja nesse ambiente material disponível
para sua adaptação no solo (ALVAREZ; OLIVEIRA; MATTOS; BRAZ; CANETTI, 2012).
Um bem precioso é água, a rega é um dos requisitos importantes para as plantas, a
frequência também ajuda no seu desenvolvimento e reações metabólicas para nutrição do
vegetal (PEREIRA, 2017). Todas elas precisam de água até mesmo aquela que suporta longos
períodos de estiagem (ALVAREZ; OLIVEIRA; MATTOS; BRAZ; CANETTI, 2012). Nos
primeiros anos de vida da árvore é necessário que haja uma boa rega para que o sistema
radicular seja favorecido, cresça e fique completamente formada, alcançada uma boa
profundidade precisa para que a planta suporte a se mesmo (nutrindo-se e fortalecendo-se), ao
26

estresse hídrico (se caso houver) e seja mantida em sua vida adulta com força e vigor
(GONÇALVES, 2010).

2.9 Plantas tóxicas

São grandes os benefícios da arborização urbana, porém deve-se tomar cuidado com
os tipos de espécies a serem plantada, algumas delas representam grandes perigos a saúde
humana e animal, pois existem plantas que apresentam princípios ativos que podem
modificar/interferir no metabolismo humano com suas toxinas (MEDEIROS; PEREIRA,
2008). Tais como: alergias respiratórias, edemas de glote, irritações de pele e mucosa,
transtornos, distúrbios cardiovascular e gastrintestinal (náusea, vômito e diarreia) e nos casos
mais graves até a morte (THIEZERINI; SANERIPE, 2013). No entanto, para que seja
indicada em arborização são necessárias que elas sejam livres de toxicidades ou componentes
capazes de causar reações alérgicas ou outros sintomas nas pessoas (BRAGA; GIESE;
PARRY 2014).
Segundo Teixeira; Lima (2006), são classificadas como plantas tóxicas, aquelas que
apresentam substâncias químicas nocivas à saúde humana e animal, como essas encontradas
nas plantas mais agressivas, tais como: alcalóides, glicosídeos cardioativos ou cardiotônicos,
glicosídeos cianogênicos ou cianogenéticos, taninos, saponinas, oxalato de cálcio,
toxialbuminas, entre outros, e muitas delas em grandes quantidades. Em se tratando de
toxicidade, deve-se ter maior cuidado com as crianças, são elas as maiores vítimas dessas
ocorrências, pois sua curiosidade em descobrir o mundo, pode levá-las a consequências
desastrosas e graves (MEDEIROS; PEREIRA, 2008). Geralmente esses tipos de vegetais atrai
a atenção das crianças por possuírem cores forte e brilhantes nas folhas, flores e frutos,
levando-as a tocá-las e até mesmo engolir parte desse vegetal, de forma inocente, não sabendo
se são perigosas e nem os danos que isso pode causar a sua saúde (BRAGA ; GIESE;
PARRY, 2017).
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas
(SINITOX, 2015); Braga; Giese; Parry, 2017 a cada 10 ocorrências, seis são com crianças
menores de 10 anos. Já os adultos, não ficam de fora dessas ocorrências, por manuseá-las de
forma incorretas, não se cuidando devidamente, também são acometidos por esse mal. Caso
não tenha conhecimento do vegetal, não se deve fazer uso de folhas para consumir em forma
de chá ou banhos e não ingerir os frutos.
27

Segundo os profissionais técnicos do SINITOX (2015), a falta de conhecimento das


plantas tóxicas é que leva a esse tipo de acidentes, pois diversos tipos de plantas que
apresentam toxinas são encontrados em paisagismo urbano, como é o caso da planta
conhecida como chapéu-de-napoleão, identificada cientificamente como Thevetia peruviana
(Pers.) K. Schum. E ainda o SINITOX (2015) orienta que, para diminuir as ocorrências desse
tipo, bom é adotar métodos para chamar a atenção de todos tais como: arquitetar espaços livre
só para elas ou adotar placas educativas e informativas, com conhecimentos importantes,
alertando sobre a toxicidade, a nocividade dessas plantas para a comunidade, utilizar luvas e
lavar as mãos após o manuseio.
SINITOX (2015) continua que, em caso de acidentes com esse tipo de toxicidade, seja
por ingestão ou contato, deve-se retirar o objeto (folha, flores ou fruto) cuidadosamente, lavar
o local com água corrente, guardar parte da planta para identificação da toxina e conduta do
melhor tratamento e levar o mais rápido possível para uma unidade de atendimento de
emergência, para reverter o quadro o mais rápido possível, evitando assim consequências
mais graves.

2.10 Plantas alelopáticas

As plantas possuem uma imensa diversidade de substâncias primária e secundária, que


inicia desde as raízes passando por todas as partes da planta, até chegar nas folhas e o
processo continua até a sua total decomposição, essas substâncias são estudadas para entender
melhor os seus efeitos (RODRIGUES, 2016). As plantas alelopáticas, que é a relação entre
duas espécies, sendo que, uma delas gera efeito que pode afeta de forma positiva ou
negativa, de uma planta sobre a outra (CREMONEZ; CREMONEZ; CAMARGO; FEIDEN,
2013).
Todo esse processo, de elaboração química do vegetal, é disponibilizado no meio
ambiente através de outros processos e diferentes caminhos, como: lixiviação, volatilização,
decomposição e exsudatos de raiz, com o potencial aleloquímicos e fotoquímicos
(OLIVEIRA; ALVES, 2013; GONÇALVES; SANTOS; AUGUSTO; BRITO, 2018). Sendo
estes aleloquímicos liberados no ambientes, podem atingir o vegetal de duas maneiras, uma
indireta transformando as qualidades nutricionais e a atuação das comunidades de
microrganismos que mora no solo, e a direta observa-se a modificação celular e metabólica
(mudanças no funcionamento das membranas, na absorção de nutrientes e de água, na
atividade fotossintética, respiratória, fitormônio e outras) (RICE, 1984).
28

Esses vegetais têm sido muito estudados para ser utilizado como defensivos químicos
(herbicidas, inseticidas e nematicidas) no combate biológico a plantas invasoras e ervam
daninhas gerando efeito nocivo a elas, sendo esses um mecanismo de proteção das plantas
aleloquímicos (FERREIRA; AQUILA, 2000).
Já em se tratando em projeto de arborização urbana, deve-se ficar atento a quantidade
de espécies a serem plantadas, porque pode causar complicações, prejuízo e diminuição no
crescimento das espécies nativas locais (GONÇALVES; SANTOS; AUGUSTO; BRITO,
2018). E ainda segundo Ferreira; Aquila, (2000); Gonçalves; Santos; Augusto; Brito (2018)
disseram, que a falta de esclarecimento orientada, para um projeto de arborização e
paisagismo urbano, das pessoas tanto da comunidade como por parte dos gestores, ainda estão
um pouco aleatório, utilizando muitas vezes as espécies aceitáveis para um local, com boa
aparência, copa vistosa e verde exuberante, esquecem dos problemas que isso pode causar,
modificando o bioma local.

2.11 Sistemas radiculares

O sistema radicular de cada espécie pode comporta-se de várias formas no ambiente e


nem sempre devem ser comparadas com o porte das plantas. A conduta das raízes podem ser
um contratempo em calçadas, pois mesmo aquelas de porte pequeno podem possuir raízes
inadequadas, enquanto a mesma espécie em praças e parques são ornamentações bem
agradáveis de serem vistas (SÃO PAULO, 2015). As raízes têm função importante na vida
das árvores, pois é através delas que são absorvidos a água e os nutrientes que são levados até
as folhas através do xilema (órgão da planta responsável por transportar esses elementos)
(SOUZA; LORENZI, 2008; FILIK, 2009).
Alguns transtornos enfrentados na arborização estão associados à falta de
conhecimento do vegetal, de planejamento e habilidade técnica, por partes das pessoas, que
decide iniciar esse projeto (SÃO PAULO, 2015). É fundamental enfatizar a importância de se
conhecer as características dos vegetais e o comportamento das raízes, pois são influenciadas
pelo ambiente em que foi plantada, podendo assim aumentar o número de tombamento,
elevação das calçadas e rachadura nas estruturas dos prédios e casas envolvendo as raízes
(TEMBRA, 2007). Podendo também, levar a invasão de tubulações de água, estourar esgoto,
causarem problemas na rede elétrica subterrânea entre outros casos (PEREIRA, 2017). Uma
das situações complicada são as raízes superficiais, pois o seu crescimento lateral expõe as
raízes sobre o solo, criando assim um real conflito nas passagens de pedestre, nessas áreas
29

deve-se dar preferência a árvore com raízes profunda, do tipo de raízes pivotante, para que
dessa forma venha harmonizar o ambiente (SÃO PAULO, 2015).
Para evitar tais problemas, deve-se avaliar a situação do ambiente como, o local onde
ela será plantada, espaçamento, tipo de solo e se encontra compactado, impedindo assim o seu
desenvolvimento, buscar na literatura as dimensões corretas das covas ou canteiro para o
correto desenvolvimento do vegetal (TEMBRA, 2007). Também vale destacar que se deve
evitar ao máximo a poda das raízes, pois a regeneração é lenta, podendo levar a árvore a
instabilidade, deixando vulnerável a tombamento, ou até a morte. Todos esses elementos que
compõem o ambiente urbano interagem direto ou indiretamente com esses vegetais, que
necessitam de ajuste constantemente, para acompanhar a transformação da cidade e
sobreviver em meio a tantos conflitos (PEREIRA, 2017).

2.12 Características Ambientais

Localizado entre o litoral e o sertão de Alagoas, o Agreste alagoano encontra-se na


porção central do estado, na área de transição vegetativa, possuindo marcante aspecto de dois
ecossistemas, que são da Mata Atlântica que pode ser encontrada e Sertão, predominando em
sua maior parte (MASCARENHAS; BELTRÃO; SOUZA JUNIOR, 2005). Apresentando
variedade em sua paisagem, um mix de cobertura de vegetação que se alterna com floreta
tropical e caatinga, encontrando plantas xerófitas, com presença de solo pedregoso e pouca
fertilidade (XAVIER; DORNELLAS, 2012).
Incluída na região do agreste, encontra-se a cidade de Arapiraca, a segunda cidade
mais populosa do Estado de Alagoas, conhecida nacionalmente como “capital brasileira do
fumo” nas décadas 1950 a 1980, que ainda é da época que havia grande produção da cultura
do fumo na região, atualmente essa cultura encontra-se defasada, desde 1990 e em seu lugar
deu espaço a outras culturas (milho, feijão, mandioca, fumo, abacaxi, hortaliças e outras),
notado pela força do pequeno e médio agricultor, essa policultura vem sendo ainda referência
agrícola no Brasil (MASCARENHAS; BELTRÃO; SOUZA JUNIOR, 2005).
Arapiraca também faz parte desse ecossistema de transição, que atualmente encontra-
se devastado a maior parte da cobertura vegetal original, sobrevivendo algum vestígio
localizado na Serra dos Ferreiros e na Massaranduba, apresentando solos com pouca
fertilidade natural, Arapiraca possui um relevo que faz parte da unidade de Tabuleiro
Costeiros, com altitude média de 50 a 100m (XAVIER; DORNELLAS, 2012; SILVA;
GOMES, 2013; PESSOA, 2016; GOMES, 2017).
30

Já o município de Taquarana, também inserida no agreste alagoano, é uma das rotas


que liga o Sertão à capital Alagoas (Maceió), localizada na Microrregião de Arapiraca,
encontra-se introduzida na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, com altitude
oscilando entre 650m a 1.000m, com relevo normalmente movimentado, com vales de
depressões profunda e estreitos dessecados, sendo o seu solo com a fertilidade muito
diversificada com dominância de media para alta (MASCARENHAS; BELTRÃO; SOUZA
JUNIOR, 2005). Suas atividades se dividem entre a pecuária (bovino, suíno, caprino entre
outra) e agricultura (cana-de-açúcar, milho, feijão, mandioca, abacaxi, hortaliças e outras)
(ALAGOAS, 2014).

2.13 Clima

O Agreste alagoano apresenta clima misto, vindo da Mata Atlântica e do Sertão. O


clima marcante nessa área é o semiárido, sendo assim uma área menos úmida do que a
Floresta Tropical e menos seca do que a Caatinga e ainda pode-se destacar que é uma região
bem favorável a seca (XAVIER; DORNELLAS, 2012). Segundo a Alvarez; Oliveira; Mattos;
Braz; Canetti, (2012); Alagoas (2018), por estar posicionada na área dos Tabuleiros
Costeiros facilita a entrada das brisas marítima e terrestre induzindo as chuvas, podendo
chegar até nas encostas do Planalto da Borborema, ou seja, na região do agreste, podendo
ocorrer chuvas nos períodos de outono/inverno, com maior intensidade nos meses de maio,
junho e julho, apresentando pluviosidade bastante desigual, com chuva e verão seco.
Conforme figura 1, o mapa da precipitação media climatológica, mostra que as precipitações
pluviométricas das cidades de Arapiraca são de 900-1100 mm e de Taquarana 1100-1300 mm
em média.

Figura 1- Mapa da precipitação media climatológica, com precipitações pluviométricas das cidades de
Arapiraca e de Taquarana.

Fonte: Disponível em: http://www.semarh.al.gov.br/tempo-e-clima/boletins-e-analises-tecnicas/mapas-de-media


climatológica (2018). Acesso em: 18 out. 2018.
31

2.14 Poluição

As características ambientais aos longos dos anos têm sido modificadas através da
ação do homem e uma das mais graves mudanças é a poluição. Segundo Gomes (2017), ela
pode tem início de forma química (orgânica e inorgânica), física (sólido, gases e
temperaturas) ou biológica (do ponto de vista da vida animal, vegetal e organismos
unicelulares), sabendo que, qualquer uma destes componentes transforma do mesmo modo
outras características no mesmo ambiente e ainda pode ser levada através da água (correntes
de água), do ar (correntes de ar) e do solo (infiltração no solo) para outros lugares,
aumentando ainda a extensão do problema. Viana (2014) conta, para diminuir os agravos é
fundamental que tenha conhecimento das relações de várias causas que influenciam em um
ambiente, para que haja possibilidade de agir de forma mais favorável na origem causadora da
poluição.

Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: meio ambiente, o conjunto de
condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; degradação da qualidade
ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; poluição, a
degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente. (BRASIL, 1981, p. 16509, “L”).

O uso indiscriminado dos agrotóxicos, tem sido cada vez mais utilizado com efeitos
danosos ao ambiente. Viana (2014) diz, que há anos utilizam-se desses produtos contra as
pragas e doença na agricultura, e que hoje em dia, são mais os organo-sintéticos que vem
tendo sua vez, embora alguns estejam desautorizados a sua aplicação no Brasil. Normalmente
todos eles são nocivos, uns com maior intensidade outros com menos, porém com danos
muitas vezes irreversível a vida como um todo (GOMES, 2017).

Agrotóxicos e afins - os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou


biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e
beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas,
nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos,
hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna,
a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem
como substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes,
estimuladores e inibidores de crescimento (BRASIL, 1989, p. 11459, “M”).

O impacto ambiental pode acontecer também através das construções de rodovia, com
a retirada da cobertura vegetal ciliar no período da construção da rodovia causado a nudez e a
fragilidade do solo podendo assim ocasionar e aumentar os riscos de erosão (VIANA, 2014).
A erosão provocada pelas águas das chuvas, arrastando material contaminante para os rios
levando ao assoreamento de leitos dos rios, compactação do solo impedindo o rebrotamento
32

da cobertura vegetal, sobra de material usado na construção, que não foram descartados
adequadamente, graxas e óleo liberados dos veículos, máquinas e equipamentos, logo após a
construção o aumentos do fluxo de veículos transitando por este local, segundo afirma o
GOMES (2017). E ainda há a manipulação inadequada nos terrenos de resíduos sólidos
urbanos (lixões), que devido ao manejo inadequado e sem procedimento correto deste
descarte, trará consequências graves à saúde humana da população, (VIANA, 2014).
A presença de uma ação com capacidade contaminante, podendo ser ela em qualquer
lugar, tem o poder de transformar o ambiente, mesmo que o território já esteja destruído,
podendo acontecer de forma direta ou indireta e positivamente ou negativa (VIANA, 2014).
33

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Localização das áreas de estudos

O presente estudo foi realizado no período de junho 2018 a abril de 2019, nas
principais uma avenida, uma área verde, um parque, 13 praças, e uma rua, em dois
municípios, Arapiraca e Taquarana, ambos localizados na região do agreste do Estado de
Alagoas.
A escolha do município de Arapiraca deu-se através de um projeto de arborização
urbana realizado em duas praças nas comunidades, uma no bairro de Canafístula e outra no
bairro do Planalto, organizado pelo curso de Arquitetura e Urbanismo, para uma Qualidade
ambiental urbana e cidadania e Taquarana foi uma escolha aleatória para uma comparação
entre dois municípios da região do semiárido.
Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2010), o município de
Arapiraca (Figura 2), está inserida na mesorregião do agreste Alagoano, situado nas seguintes
Coordenadas Geográficas: com latitude 09° 45’ 09” S, longitude 36° 39’ 40” W, com a
altitude 264 m acima do nível do mar, ocupando uma sua área: 367,5 Km² e está há 136 km
de distância de Maceió, apresenta uma população de 214.006 pessoas, desta, 84,8% moram na
área urbana, o que resulta em densidade demográfica 600,83 hab./Km², sendo 74.4% de
domicílios urbanos em vias públicas com arborização e desses só 12,2% com arborização
adequada, apresentando um clima subtropical com estação seca, sendo dias quentes e as noites
com episódios de ventos frescos no verão, oscilando entre a máxima de 37 °C e mínima de 31
°C, isso acontece por interferência do relevo e localização geográfica. Arapiraca tem sua
economia apoiada na agropecuária, no comércio, na agricultura, na indústria e na prestação de
serviços, segundo Mascarenhas; Beltrão; Souza Junior (2005); IBGE (2010).
34

O município de Taquarana (figura 3), também está inserida na mesorregião do Agreste


Alagoano e na microrregião de Arapiraca, situado nas seguintes coordenadas geográficas:
com latitude 9º 39’08”S, longitude 36º 29’07” W, com uma altitude 300m acima do nível do
mar, ocupando uma área 166,48 Km² e está há 113 km de distância de Maceió, apresenta uma
população de 19.020 pessoas, desta 38,45% moram na área urbana, o que resulta em
densidade demográfica de 114,55 hab./km², sendo 31.5% de domicílios urbanos em vias
públicas com arborização e desses só 6.3% com arborização adequada, apresentando um
clima quente e úmido, sendo dias quentes e a noites com episódio de ventos fresco no verão,
oscilando entre a máxima de 33º e mínima de 22º, também há interferência do relevo e
localização geográfica. Sua economia é resultado apoiado na agropecuária, no comércio, na
agricultura, e na prestação de serviços, segundo IBGE (2010); Vieira (2015);

Figura 3- Mapa de localização geográfica da cidade Taquarana/AL.

Fonte: Google MyMaps (2019).

3.2 Procedimentos metodológicos

Para realização do levantamento e coleta dos dados, foram feitas visitas percorrendo
as principais áreas públicas dos dois municípios, onde foram estudadas 17 áreas no total das
duas cidades, Arapiraca e Taquarana (Tabela 1).
35

Tabela 1- Áreas públicas visitadas nas cidades de Arapiraca e Taquarana.

Cidades Locais visitados


1-Avenida Ceci Cunha (antiga Avenida do Futuro)
2-Bosque das Arapiracas
3-Corredor de Área Verde Dom Constantino Lures (Área Verde)
Arapiraca 4-Largo Dom Fernando Gomes (conhecido como Calçadão) 9 locais
5-Marco Leronístico (Praça Lion) visitados
6-Parque Ceci Cunha
7-Praça José Marques da Silva (Praça Marquês),
8-Praça Luiz Pereira Lima (conhecida como Praça da prefeitura)
9-Praça Manoel André
1-Praça Antônio Madeiros (Próximo a AL 110)
2-Praça Antônio Querubim da Silva (antiga Rua Antônio Madeiros)
Taquarana 3-Praça João Paulo II 8 locais
4-Praça José Correia Barbosa (Praça do Cemitério) visitados
5-Praça Manoel Rodrigues de Oliveira
6-Praça Padre Cícero da Silva
7-Praças Pedro Cícero
8-Rua João Perminio

Fonte: A autora (2019).

Para realização dos trabalhos de campo, na cidade de Arapiraca, foram realizadas


visitas em cada local da pesquisa, para iniciar a identificação das espécies, houve
comunicações pessoais com os moradores das comunidades, para o conhecimento dos nomes
vernaculares ou populares, e também com o funcionário da secretaria municipal do meio
ambiente (Eng. Agrônomo João Batista Ferreira) responsável pelo levantamento do último
censo arbóreo da cidade de Arapiraca. Também houve observação das placas de identificação
em algumas espécies, em seguida, foram feitas coletas de materiais e fotografias delas,
seguindo para a chave de identificação do livro Botânica Sistemática (LORENZI; SOUZA,
2007), o programa identificador de plantas, Useful Plants (um aplicativo “Pl@ntenet” -
Plantas úteis PLANTNET) para a identificação das espécies e o REFLORA–Herbário Virtual
do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). Foi realizado o mapeamento das nove áreas de
estudos do município de Arapiraca, representado pelas figuras abaixo: figura 4-Avenida Ceci
Cunha; figura 5-A, Bosque das Arapiracas; figura 5-B, Corredor de Área Verde Dom
Constantino Luers; figura 6-A, Largo Dom Fernando Gomes; figura 6-B, Marco Leronístico;
figura 7-A, Parque Ceci Cunha; figura 7-B, Praça José Marques da Silva; figura 8-A, Praça
Luiz Pereira Lima e figura 8-B, Praça Manoel André, as áreas de estudo foram demarcadas
36

através do Programa Sign in - Google Accounts - Google Maps Engine - Google MyMaps
(MYMAPS, 2013).

Figura 4- Localização da Avenida Ceci Cunha, nos bairros Alto do Cruzeiro, Brasília, Itapoã e
Novo Horizonte- Arapiraca/AL.

Fonte: Google MyMaps (2019).

Figura 5- (A) - Localização no Bosque das Arapiracas, no bairro Teotônio Vilela; (B) - do Corredor
de Área Verde Dom Constantino Luers, nos bairros de Itapoã, Novo Horizonte e Santa
Esmeralda, ambas em Arapiraca/AL.

A B
Fonte: Google MyMaps (2019).
37

Figura 6. (A) - Localização do Largo Dom Fernando Gomes, no centro; (B) - do Marco Leronístico, no
bairro Brasília-Arapiraca/AL.

A B

Fonte: Google MyMaps (2019).

Figura 7- (A) - Localização Praça Jose Marque da Silva, no centro; (B) - Parque Ceci Cunha,
no centro-Arapiraca/AL.

A B

Fonte: Google MyMaps (2019).


38

Figura 8- (A) - Localização Praça Luiz Pereira Lima, no centro; (B) - Praça Manoel André, no
centro-Arapiraca/AL.

A B
Fonte: Google MyMaps (2019).

Na Cidade de Taquarana, também foram realizadas visitas em cada local com


comunicação pessoal dos moradores da comunidade para o conhecimento dos nomes
vernaculares e um funcionário da secretaria municipal do meio ambiente (Secretário
municipal Técnico Agroecológico Roberto Santos Rocha), responsável pelo planejamento e
implantação das últimas espécies, no município de Taquarana. Também foram utilizadas as
mesmas metodologias já descritos. Foi realizado o mapeamento das oito áreas de estudos do
município de Taquarana, representado pelas figuras abaixo: 9- A, Praça Antônio Madeiros;
figura 9- B, Praça Antônio Querubim da Silva; figura 10- Praça João Paulo II; figura 11-
Praça José Correia Barbosa; figura 12- A, Praça Manoel Rodrigues de Oliveira; figura 12- B,
Praça Padre Cícero; figura 12- C, Praças Pedro Cícero da Silva; figura 13- Rua João Perminio.

Figura 9- (A) - Localização Praça Antônio Madeiros, no centro; (B) - Praça Antônio Querubim da
Silva, no centro-Taquarana/AL.

A B

Fonte: Google MyMaps (2019).


39

Figura 10- Localização Praça João Paulo II, no centro-Taquarana/AL.

Fonte: Google MyMaps (2019).

Figura 11- Praça José Correia Barbosa no centro-Taquarana/AL.

Fonte: Google MyMaps (2019).

Figura 12- (A) - Localização Praça Manoel Rodrigues de Oliveira, no centro; (B) - Praça Padre Cícero,
no centro; (C) - Praça Pedro Cicero da Silva, no centro-Taquarana/AL.

A B C
A
Fonte: Google MyMaps (2019).

Figura 13- Localização Rua João Perminio, no centro-Taquarana/AL.

Fonte: Google MyMaps (2019).


40

A metodologia utilizada foi quali-quantitativa, segundo descrito por Albuquerque;


Lucena; Cunha (2010); Prodanov; Freitas (2013), para avaliação quantitativa foi realizada a
contagem e a identificação das espécies arbóreas presentes nos locais e para a avaliação
qualitativa foram realizadas anotações em planilhas, e imagens fotográficas das áreas com as
espécies arbóreas e suas particularidades.
Como procedimento para amostragem das espécies encontradas, foi criado um
formulário (em anexo) para coleta de dados no campo e elaborado a partir do desenvolvido
por Silva Filho (2002), com os seguintes dados: nome da área e sua localização, data da coleta
nomes populares ou vernaculares, número de plantas no local, se havia disputa do vegetal
com a rede elétrica e iluminação, sinalização pública (placas) e se havia podas nas árvores. E
já no aspecto biológico, foi visto o estado de conservação das plantas (sadia, vigorosa, ataques
de praga(s), viva, morrendo ou mortas). Para coleta de dados, fez-se caminhadas
conservando-se a todo momento no lado direto das plantas a ser cadastrado, para não ocorrer
duplicidade na hora da contagem.
Para avaliação da melhoria da temperatura das áreas arborizadas e sombreadas, foi
utilizado um termômetro Modelo Inconterm para medição da temperatura, entre os dias
01/10/2018 até o dia 14/10/2018, totalizando 14 dias, entre os horários de 11:30h às 12:30h,
em áreas sombreadas pelas árvores e sol pleno, ambos nas áreas avaliadas. Na figura 14- A,
seguiu-se a aferição a pleno sol com termômetro preso a uma haste de metal a uma altura de
aproximadamente 2,5 metros do chão e B- medição da temperatura abaixo de uma árvore com
termômetro preso nos galhos a uma altura aproximada da anterior.
41

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em Arapiraca foram identificados 1.400 exemplares com porte arbóreos e arbustivos,


destas 43 espécies são exóticas e 32 espécies são nativas do Brasil, perfazendo um total 75
espécies encontradas neste município, o que apresentou uma divisão irregular de cobertura
vegetal, além de baixa diversidade por área. As plantas desta região foram divididas em 75
espécies, 66 gêneros e 21 família. As famílias que mais se destacaram foram a Fabaceae com
24 espécies e Bignoniaceae com 8 espécies. E as espécies que mais se destacaram foram
Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos 121 árvores e Bauhinia variegata L. 68 árvores.
Já em Taquarana foram identificados 426 exemplares com porte arbóreos e arbustivos,
destas 22 espécies são exóticas e 9 espécies são nativas do Brasil, perfazendo uma total de 31
espécies encontradas neste município, o que também apresentou uma divisão irregular de
cobertura vegetal, além de baixa diversidade por área. As plantas desta região foram divididas
em 31 espécies, 29 gêneros e 15 família. As famílias que mais se destacaram foram a
Fabaceae com 8 espécies e Bignoniaceae com 6 espécies. E as espécies que mais se
destacaram foram Archontophoenix cunninghamiana Wendl. & Drude 112 árvores e
Eucalyptus globulus Labill 84 árvores.
Os resultados obtidos dos dois municípios perfazendo um total de 1.826 exemplares
estudados. Em Aracaju SE, Lima Neto; Souza (2011) verificaram resultados semelhantes
quando realizaram um censo para um inventario nas áreas verdes públicas da cidade, onde
observaram alta concentração de indivíduo da mesma espécie, registrando 41 espécies no
total, sedo que 12 delas representavam 92,05% das árvores contabilizadas. Assim como Silva;
Gomes (2013), que ao estudaram as áreas públicas em Arapiraca-AL, observaram a
predominância das espécies Ficus benjamina L. (57,1%) e Pachira aquatica Aubl. (42,8%) na
região, corroborando com encontrado neste estudo. Esses resultados vêm reforçar os
encontrados por Silva; Silva; Pereira; Palmeira; Fardin, (2018) que verificaram no inventário
realizado em Salinas-MG, nas ruas estudadas do Bairro Raquel, que havia maiores
ocorrências da família Chrysobalanaceae (64,1%) espécies utilizadas na arborização do
município.
No gráfico 1, estão representados a porcentagem das famílias encontradas nas áreas de
estudo dos municípios de Arapiraca e Taquarana. As árvores dos dois municípios foram
divididas em: 23 Famílias, 70 gêneros e 106 espécies botânicas identificadas na arborização.
No quadro 2 estão representadas as porcentagens das famílias encontradas nas áreas de estudo
dos municípios de Arapiraca e Taquarana.
42

Gráfico 1 - Porcentagem das principais famílias encontradas nas áreas de estudo dos dois municípios.

Fonte: A autora (2019).

As Famílias mais encontradas foram: Fabaceae (22,63%), Arecaceae (17,28%) e


Bignoniaceae (16,25%). Enquanto que nove famílias não somavam 1%, entre elas estão:
onde, estas três ultimas foi representado apenas por uma espécie, com uma porcentagem de
(0,05%), como mostra o quadro 2. A família da Fabaceae foi quem apresentou um maior
número de diferenciação de espécies, isto é, 32 espécies. Em Montes Claros - MG,
Gonçalves; Santos; Augusto; Brito, (2018) também observaram resultados semelhantes,
corroborando com o encontrado neste estudo, quando mapeou as árvores do bairro
Universitário, constatou que das 198 árvores, 18,52% eram da família da Fabaceae e 11,11%
eram Bignoniaceae.
Conforme diz Souza; Lorenzi (2003); Viezzer; Biondi; Martini; Grise (2018) a
Fabaceae é a família de maior dominância na arborização urbana e essa conquista se dá por
ser a terceira maior família botânica e por possuir importantes características que agrega valor
econômico, ecologia, alimentício, forrageiro e paisagístico em todo o Brasil. Entretanto,
segundo Silva Filho (2002), a diminuição da variabilidade génica, da população das árvores,
pode deixá-las vulneráveis e conseguintemente podendo levar ao ataque de pragas e doenças,
evidenciado pelas situações de exaustão do ambiente modificado, que é o ambiente urbano.
43

De acordo com o encontrado nas cidades de Arapiraca e Taquarana (Tabela 1), a


espécie em maior número identificada foi Handroanthus heptaphyllus Vell. Mattos (6,80%),
conhecida vulgarmente como Ipê-rosa, pertencente à família da Bignoniaceae, e que apresenta
boas qualidades para arborização urbana e nos períodos de floração, chama atenção pela
beleza, que faz dessa espécie uma das mais apreciada e popular no uso paisagístico, sendo
indicada para áreas livres de fiação aérea, por causa da sua altura. Esta espécie é nativa do
Brasil de origem das regiões do sul da Bahia, Espirito Santos, Minas gerais, Rio de Janeiro e
São Paulo, também encontrado em floresta pluvial atlântica. Também tem viabilidade na
germinação de suas sementes que com 3-4 meses a muda está pronta para o campo
(LORENZI, 2008; FERRO; OLIVEIRA; ANDRADE; SOUZA, 2015).
A segunda espécie mais encontrada foi Archontophoenix cunninghamiana (Wendl.)
Wendl. e Drude (6,69%) (tabela 1 e 2), conhecida vulgarmente como palmeira real,
pertencente à família da Arecaceae, é uma palmeira muito utilizada na arborização das
cidades, por possuir beleza, porte elegante e qualidade ornamental, sendo ela muito
empregada no paisagístico, porém deve ser usada em áreas livres de fiação, pois o seu porte é
muito alto. Esta uma espécie é exótica originaria da região Austrália e Oceania, com boa
adaptação no Brasil, pois a região brasileira possuir um clima semelhante ao da região de
origem, devido a sua boa capacidade de propagação pode se transforma em uma espécie
invasiva (LORENZI, 2003; NOVAES, 2011).
O Ficus benjamina (L.) (5,43%) (Tabelas 1 e 2), conhecida vulgarmente como fícus,
pertencente à família da Moraceae, apareceu como a terceira espécie mais encontrada nos dois
municípios, com boas características ornamentais e beleza que chama atenção pelo seu verde
vigoroso e muito utilizada no paisagístico. É usada nas e atividades dos topiários e na arte de
bonsai. É uma espécie exóticas invasora originaria da Índia, China, Filipinas, Tailândia,
Austrália e Nova Guiné. Por possuir características invasivas podendo causa problemas na
arborização, pois possui raízes agressivas que pode afeta as tubulações subterrânea, muros,
calçadas, sendo indicadas para áreas como bosques e parques. Sua propagação é feita por
estaquia e por alporques, não sendo viável pelos frutos, pois não possuir sementes
(LORENZI, 2003; CARVALHO; SILVA; LIMA; SANTOS, 2013).
A espécie Pachira aquatica (Aubl.) (5,38%) (tabela 1 e 2), conhecida na região como
munguba ou castanheiro-do-maranhão, pertencente à família da Bombacaceae, sendo está a
quarta espécie mais encontrada nos dois municípios, é uma planta nativa do Brasil, de
ocorrência em toda região do Amazônia até o Maranhão, sendo uma planta introduzida na
nossa região, provavelmente por apresentar crescimento rápido (alcançando 3 m de altura aos
44

2 anos) e ótima sombra que é aproveitada na arborização urbana, porém os seus frutos são de
tamanho grande e podem atingir veículos e pedestres. Embora muito utilizada, não deve ser
indicada em pequenas áreas e onde haja fiação, placas, uma vez que esta espécie pode atingir
até 14 m de altura, segundo Lorenzi; Souza, (2008).
O Eucalyptus globulus (Labill) (4,61%) (Tabela 2), conhecida na região como
eucalipto pertencente à família da Myrtaceae, é a quinta espécie mais encontrada, sendo ela de
grande ocorrência no municípios de Taquarana, árvore de grande porte, raízes agressivas e
alelopáticas não adequada para arborização, porém muito usada para áreas alagadas que
necessitam de drenagem, pois ela apresenta boa absorção de água em áreas urbanas, apresenta
uma conduta invasiva impossibilitando o crescimento de outras plantas, pois possui uma raiz
grande que atinge as partes mais fundas do solo conforme verificado por Harri Lorenzi
(2018); Lé; Carvalho; Oliveira (2016). É importante considerar que o Eucalyptus globulus
Labill, é muito utilizado como planta medicinal, baseado no uso popular há muito anos, para
alívio da tosse relacionado com um resfriado, com algumas restrições para crianças menores
de 30 meses, como bem nos assegura, Brasil - Ministério da Saúde e Anvisa (2015).
Sobre a origem, as espécies foram separadas em exótica e nativa do Brasil. Dentre as
espécies estudadas no geral, 61,31% são exóticas e 38,68% são nativas do Brasil, registrando
assim uma predominância de espécies exóticas na região. nota-se que há um grande número
de espécie exótica utilizada na arborização. Também verificou-se em algumas pesquisas a
predominância de espécies exóticos e exóticas invasoras presentes na arborização pública. A
introdução de exóticas invasoras é preocupante, uma vez que esta tem ação de inibir o
andamento de outras plantas por possuir substâncias alelopáticas e gradativa predominância,
segundo Lima Neto (2011); Santos; Reis; Ângelo Furlan; Souza (2011). De acordo com
Muller (2011); Biondi; Muller (2013); Eurich; Carneiro; Maliski; Gonçalves; Carvalho
(2014); esses indivíduos exóticos e exóticos invasores, podem prejudicar a biodiversidade e o
ecossistema da região, provocando impacto ambiental, podendo causar assim a extinção das
espécies nativa do Brasil e nativa da região e o afastamento da fauna do próprio bioma.
Tabela 2 está representado o município de Arapiraca e na tabela 3 o município de Taquarana
com as espécies encontrada nas áreas de estudo.
45

Tabela 2 - Lista das espécies vegetais encontradas na cidade de Arapiraca de acordo com a família, espécie vernáculas, nome cientifico, origem, porte, número de plantas,
categoria e local.

Família Espécie vernaculas/ Nome científico Origem Porte N° de Categoria Local


Plantas 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Aroeira pimenta rosa Nativa 05-10m 54 Árvore ornamental, X X X X X X
Schinus terebinthifolius (Raddi.) culinaria
Anacardiaceae Cajueiro Nativa 03-12m 01 Árvore ornamental, frutífera X
Anacardium occidentale var. americanum
DC.
Mangueira Exótica 03-05m 03 Árvore ornamental, X X X
Mangifera indica (L.) frutífera.
Chapéu de Napoleão Nativa 02-04m 34 Arbusto, árvore ornamental X X X
Thevetia peruviana (Pers.) K. Schum.
Jasmim do caribe Exótica 02-04m 03 Árvore ornamental X X
Apocynaceae Plumeria pudica (Jacq.)
Jasmim-manga Exótica 04-06m 22 Árvore ornamental X X X
Plumeria rubra L.
Alamanda-amarela Nativa 03-04m 05 Trepadeira X
Allamanda cathartica L.
Butiá Nativa 03-06m 04 Árvore ornamental X
Butia capitata (Mart.) Becc
Palmeira fênix Exótica 03-09m 04 Árvore ornamental X
Phoenix roebelenii (O’Brien.)
Palmeira rabo de peixe Exótica 03-09m 04 Árvore ornamental X
Caryota mitis Lour.
Palmeira real Exótica 12-20m 10 Arvore ornamental X X X X X X
Archontophoenix cunninghamiana (Wendl.)
Arecaceae Wendl. & Drude
Palmeira triangular Exótica 04-6m 05 Árvore ornamental X X
Dypsis decaryi (Jum.) Beentje e J. Dransf
Palmeira-areca-bambu Exótica 03-06m 10 Arbutus tropical X
Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beentje & J.
Dransf.
Palmeira-azul Exótica acima de 07 Árvore ornamental X
Bismarckia nobilis Hildebrandt & H. Wendl. 12m
Palmeira-de-manila Exótica 04-10 m 01 Árvore ornamental X
Adonidia merrillii (Becc.) Becc.
46

Palmeira-fuso Exótica 01-05m 01 Árvore ornamental X


Hyophorbe verschaffeltii H. Wendl.
Palmeira-imperial Nativa Acima 41 Árvore ornamental X X X X X
Roystonea oleracea (N.J. Jacquim) O.F. Cook 12m
Arecaceae Palmeira-juçara Nativa 04-12m 40 Árvore ornamental X X X X
Euterpe edulis Mart.
Palmeira-leque Exótica 02-06m 33 Árvore ornamental X X X
Licuala peltata Schultz Sch.
Palmeira-rabo-de-raposa Exótica 06-09m 27 Árvore ornamental X X
Wodyetia bifurcata A. K. Irvine
Coqueiro Nativa 10-20m 10 Árvore ornamental frutífera X
Cocos nucifera L.
Asparagaceae Iuca-brava Exótica 03-07m 07 Arbusto tropical, árvore X
Yucca aloifolia L. ornamental
Craibeira Nativa 13-15m 22 Árvore ornamental X X X
Tabebuia aurea (Benth. E Hoo.f. ex S.
Moore)
Ipê amarelo Nativa 04-06m 38 Árvore ornamental X X X X
Tabebuia chrysotricha var. obtusata (DC.)
Toledo
Ipê branco Nativa 06-12m 01 Árvore ornamental X
Tabebuia roseo-alba (Ridley)Sandw.
Ipê mirin Exótico 04-06m 36 Árvore ornamental X X X
Stenolobium stans L
Bignoniaceae Ipê rosa Nativa 10-20m 121 Árvore ornamental X X X X X
Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos
Ipê roxo Nativa 06–30m 58 Árvore ornamental X X X
Handroanthus impetiginosus (Mart. Ex DC.)
Mattos
Jacarandá Nativa Acima 01 Árvore ornamental X
Jacaranda mimosifolia Don, D 12m
Tulipeira ou Bisnagueira Exótica 09-12m 12 Árvore ornamental X X
Spathodea campanulata P. Beauv.

Munguba ou Castanheiro-do-maranhão Nativa 03-12m 43 Frutífera, árvore ornamental X X X X


Bombacaceae Pachira aquatica (Aubl.)
Paineira-de-árvore-de-lã Nativa Acima 24 Árvore ornamental X X X X
Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna de 12m
47

Chrysobalanaceae Oitizeiro Nativa 06-12m 01 Árvore ornamental X X


Licania tomentosa (Benth.) Fritsch
Cicadaceae Palmeira sagu-de-jardim Exótica 03-06m 25 Arbusto tropical, bonsai, X X
Cycas revoluta (Thunberg.) planta escultural
Clúsia Exótica 01-05m 11 Árvore ornamental,
Clusia fluminensis var. spiritu-sanctensis medicinal
Clusiaceae Mariz & Weinberg
Tamanu Exótica 15-20m 18 Árvore ornamental, X
Calophyllum inophyllum L. medicinal
Combretaceae Castanhola ou Chapéu-de-sol Exótica 09-12m 14 Árvore ornamentais. X X X
Terminalia catappa (L.)
Acacia Jurema-mimosa Nativa 05-07m 06 Árvore tropical, ornamental X
Mimosa hostilis Benth
Acacia-mimosa Exótica 05-07m 22 Árvores, ornamental X
Acacia podalyriifolia A. Cunn. ex G. Don
Algaroba Nativa 06-15m 01 Árvore ornamental, X
Prosopis juliflora (Sw.) DC. alimentação animal,
adubação verde
Angico Nativa De 06- 19 Árvore ornamental X X X X X
Chloroleucon tortum (Mart.) Pittier & J.W. 12m
Grime
Arapiraca Nativa Até 04m 22 Árvores ornamental X X
Chloroleucon foliolosum (Benth.) G.P. Lewis
Braúna Nativa 15-25m 01 Árvores ornamental X
Fabaceae Melanoxylon brauna Schoot
Canafístula Nativa 12-15m 01 Árvore ornamental X X X
Peltophorum dubium (Spreng.)
Carolina Exótica Até 15m 05 Árvore ornamental X X X
Adenanthera pavonina L.
Cássia do Nordeste Nativa 06-09m 52 Árvore ornamental X X X X
Senna spectabilis var. excelsa (Schrad.) Irwin
& Barneby
Chuva-de-ouro Exótica 04-12m 24 Árvore Ornamental, X X
Cassia fistula L. medicinal
Esponjeira Exótica 02-05m 01 Árvore Ornamental X X
Acacia farnesiana (L.) Willd.
Flamboyant Exótica 12-15m 27 Árvore tropical, ornamental X X X X
Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf
48

Flamboyanzinho-de-Jardim Exótica 01-03m 14 Arbusto tropical, X X


Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw ornamental
Leucena Exótica Acima 18 Arbusto arbóreo, adubação X X X
Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit 12m verde alimentação
Mata-Fome, Ingá-Doce, Espinheiro Exótica 12-15m 58 Árvore ornamental, invasora X X X
Pithecellobium dulce (Roxb.) Benth.
Pata-de-vaca Nativa 04-10m 01 Árvore, medicinal, X
Bauhinia forficata Link var. forficata ornamental
Pata-de-vaca LILAS Exótica 06-09m 68 Árvore ornamental X X X
Bauhinia variegata (L.)
Pau-brasil Nativa 08-16 29 Árvore ornamental X X X X X
Paubrasilia echinata (Lam.) E. Gagnon, H.C.
Lima & G.P. Lewis
Pau-ferro Nativa Acima 03 Árvore ornamental X
Caesalpinia leiostachya (Benth.) Ducke de 12m medicinal
Fabaceae Sibipiruna Nativa Até 18m 03 Árvore ornamental X X
Caesalpinia peltophoroides Benth.
Sombreiro Exótica 05-15m 03 Árvore ornamental X X
Quercus suber L
Tamboril Nativa 09-12m 06 Árvore ornamental X X
Enterolobium contortisiliquum (Vell.)
Morong
Tipuana Nativa 09-12m 03 Árvores ornamental X
Tipuana tipu (Benth.) Kuntze
Tulipeira ou Bisnagueira Exótica 09-12m 12 Árvore ornamental X
Spathodea campanulata P. Beauv
Lythraceae Resedá-gigante Exótica 03-06m 10 Árvore ornamental X
Lagerstroemia speciosa (L.) Pers.

Malvaceae Algodoeiro-da-praia Nativa 03-06m 03 Árvore ornamental X


Hibiscus tiliaceus subsp. pernambucensis
(Arruda) A.Cast.
Cinamomo Exótica Acima 02 Árvores ornamental X X X
Meliaceae Melia azedarach var. cochinchinensis Pierre 12m
Niim Exótica 11-20m 28 Árvore, medicinal, X X X X X X
Azadirachta indica (A. Juss.) inseticida, ornamental

Moraceae Fícus Exótica 10-12m 28 Arbusto Tropical, Árvores X X X X X


Fícus benjamina (L.) ornamental, bonsai,
49

Moringaceae Moringa Exótica 04-06m 07 Árvore Tropical, medicinal X


Moringa oleifera Lam ornamenta
Azeitona ou Jambolão Exótica Acima 12 Árvores Frutíferas X
Syzygium jambolanum (Lam.) DC. de 12m
Myrtaceae Goiabeira Nativa 06-12m 10 Árvores medicinal, frutífera X
Psidium guajava L
Jambo Exótica 12-15m 01 Árvores, medicinal, frutífera X
Syzygium malaccense (L.) Merr & Perry
Nyctaginaceae Primavera Nativa 04-06m 16 Arbusto Tropical, X X
Bougainvillea glabra (Choisy.) Trepadeira
Polygonaceae Pau Formiga Exótica Acima 12 Árvore Ornamental X X X
Triplaris americana L 12m
Árvore-samambaia Exótica 04-06m 05 Árvore Ornamental X X
Sapindaceae Filicium decipiens (Wight & Arn Thwaites)
Bordo/ Ácer Exótica Acima 01 Árvores Ornamentais X
Acer pseudoplatanus L 15m
Strelitziaceae Árvore-do-viajante Exótica 06-12m 15 Palmeiras, Plantas X
Ravenala madagascariensis Sonn. Esculturais
1 Avenida Ceci Cunha (antiga Avenida do Futuro), 2 Bosque das Arapiracas, 3 Corredor de Área Verde Dom Constantino Lures (Área Verde), 4 Largo Dom Fernando Gomes
(Calçadão), 5 Marco Leronístico (Praça Lion), 6 Parque Ceci Cunha, 7 Praças José Marques da Silva (Praça Marques), 8 Praça Luiz Pereira Lima (Praça da prefeitura) e 9
Praça Manoel André.

Fonte: A autora (2019).


50

Tabela 3 - Lista das espécies vegetais encontradas na cidade de Taquarana de acordo com a família, espécie vernáculas, nome cientifico, origem, porte, número de plantas,
categoria e local.
Família Espécie vernáculas/ Nome científico Origem Porte N° de Categoria Local
Plantas 1 2 3 4 5 6 7 8
Aroeira pimenta rosa Nativa 05-10m 01 Árvore, culinaria X
Anacardiaceae Schinus terebinthifolius (Raddi.)
Mangueira Exótica 03-05m 05 Árvore ornamental, Árvores X X
Mangifera indica (L.) frutíferas.
Apocynaceae Jasmim do caribe Exótica 02-04 m 06 Árvores Ornamentais, tóxica X X X
Plumeria pudica (Jacq.)
Palmeira fênix Exótica 01–03 m 05 Árvore ornamental, X
Phoenix roebelenii (O’Brien.) Palmeiras
Palmeira real Exótica 12-20m 112 Arvore ornamental X
Arecaceae Archontophoenix cunninghamiana (Wendl.)
Wendl. & Drude
Palmeira triangular Exótica 04-06m 01 Árvore ornamental X
Dypsis decaryi (Jum.) Beentje e J. Dransf
Palmeira-rabo-de-peixe Exótica 03-09m 02 Árvore ornamental X
Caryota mitis Lour.
Craibeira Nativa 13–15m 01 Árvore ornamentais, X
Tabebuia aurea (Benth. E Hoo.f. ex S. Moore) medicinal
Ipê amarelo Nativa Até 10m 02 Árvore ornamentais X
Tabebuia chrysotricha var. obtusata (DC.)
Toledo
Ipê mirim Nativa 04–06 m 01 Árvore ornamentais X
Bignoniaceae Tecoma stans (L.) Juss ex. Kenth
Ipê rosa Nativa 10-20m 03 Árvore ornamentais, X
Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) medicinal
Mattos
Ipê roxo Nativa 06–30m 01 Árvore ornamentais X
Handroanthus heptaphyllus (Mart. ex DC.)
Mattos
Sete-léguas Exótica 09-12m 01 Trepadeira X
Podranea ricasoliana (Tanfni) Sprague
51

Bombacaceae Munguba ou Castanheiro-do-maranhão Nativa 03-12m 49 Frutífera, árvore ornamental X X X


Pachira aquatica (Aubl.)

Cicadaceae Palmeira sagu-de-jardim Exótica 03-06m 10 Arbustos, Tropicais, Bonsai X X


Cycas revoluta (Thunberg.)
Combretaceae Castanhola Exótica 09-12m 22 Árvore ornamentais. X X X
Terminalia catappa (L.)
Acácia-branca Exótica 08-10m 01 Árvore ornamental, Planta X
Robinia Pseudoacacia (L.) invasora
Canafístula Nativa 12-15m 01 Árvore ornamentais X
Peltophorum dubium (Spreng.)
Flamboyant Exótica 12-15m 03 Arbustos Tropicais, Árvore X X
Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. ornamental
Flamboyanzinho-de-Jardim Exótica 01–03m 01 Arbustos Tropicais, Árvore X X
Fabaceae Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. ornamental
Acacia mimosa Exótica 15-20m 01 Árvore ornamental, Planta X
Acacia dealbata Link. invasora
Pata-de-vaca Exótica 06-09m 03 Árvore Ornamentais. X
Bauhinia variegata (L.)
Pau-brasil Nativa 08-16m 01 Árvore Ornamentais. X
Caesalpinia pluviosa DC
Tamarindo Exótica 13-15m 05 Árvore ornamental, X
Tamarindus indica (L.) medicinal, frutífera
Malvaceae Hibisco Exótica 03-09m 02 Arbustos Tropicais, Cercas X
Hibiscos rosa-sinienses (L.) Vivas, Flores Perenes
Meliaceae Niim Exótica 11-20m 04 Árvore, medicinal, X X
Azadirachta indica (A. Juss.) inseticida, ornamental
Moraceae Fícus Exótica 10-12m 77 Arbustos Tropicais, Árvores X X X X X
Fícus benjamina (L.) ornamentais, bonsai,
Myrtaceae Eucalipto Exótica 20–60m 84 Árvore, medicinal X
Eucalyptus globulus (Labill)
Nyctaginaceae Primavera Nativa 04-06m 04 Arbustos Tropicais, X
Bougainvillea glabra (Choisy.) Trepadeiras
Pinaceae Pinheiro manso Exótico 20 – 40 01 Arvore, ornamental X
Pinus pinea (L.) m
Polygonaceae Pau Formiga Exótica Acima 09 Árvore Ornamentais. X
Triplaris americana L. 12m
52

Rutaceae. Murta-de-cheiro Exótica 04–09 m 01 Arbustos, Árvore X


Murraya paniculata (L.) Jack. ornamentais,
1 Praça Antônio Madeiros (Próximo a AL 110), 2 Praça Antônio Querubim da Silva (antiga Rua Antônio Madeiros), 3 Praça João Paulo II, 4 Rua João Perminio, 5 Praça José
Correia Barbosa (Praça do Cemitério), 6 Praça Manoel Rodrigues de Oliveira, 7 Praça Padre Cícero e 8 Praças Pedro Cícero.

Fonte: A autora (2019).


53

Registrando assim 83,27% de árvores adultas e 16,73% árvores jovens, no total dos
dois municípios. Sobre o grau de maturidade nas plantas jovem, foram observadas tamanho
de cada espécies, a uma altura mínima de 1,50 m, flexibilidade do caule e fragilidade
estrutural. Percebe-se que mesmo em pequenas quantidades, há renovação da vegetação na
arborização urbana, com o surgimento de plantas jovens em alguns lugares. Neste contexto,
fica claro que há necessidade de renovação das espécies, podendo assim dessa forma, afetar
futuramente a arborização urbana, comprometendo o equilíbrio do ecossistema local, segundo
escrito por Almeida (2019). Os resultados semelhantes foram observados em Montes Claros –
MG por Gonçalves; Santos; Augusto; Brito (2018) relatam a necessidade de introdução de
plantas jovens para a preservação do ecossistema urbano e manejos para realçar a beleza
natural nas cidades. Provavelmente, essa falta de introdução e renovação de espécies se dê
pela dificuldade em retirada de árvores, manutenção das espécies já existentes e de equipe
especializada com esta finalidade nos órgãos públicos.
Quanto a distribuição das espécies em porcentagem, identificadas nas áreas
arborizadas dos municípios de Arapiraca e Taquarana, nota-se que Arapiraca apresentou
maior número de exemplares arbóreos e arbustivos nas áreas públicas estudadas, com
(76,67%), enquanto Taquarana com (23,33%). Sendo identificadas 1.826 de indivíduos
arbóreas e arbustivos, das quais registrou-se no município de Arapiraca 1.400 árvores nos
locais visitados e no município de Taquarana 426 árvores nos locais visitados. Dos 1.826
indivíduos arbóreos e arbustivos, podem ser vistos como baixo quando comparado com outros
estudos.
Carvalho; Silva; Lima; Santos (2013) realizou um inventario no município de
Itanhaém–SP, percorreu todo o município, foram encontradas 18.128 árvores, sendo muito
superior à listagem encontrada nas duas áreas dos estudos. Já Moreira; Lima; Rocha; Cunha
(2018) ao realizarem um diagnóstico arborização de todas as praças públicas na cidade de
Planalto-BA, foram encontradas 107 árvores, que apesar de um baixo índice arbóreo
comparado com outras cidades integra a um avanço na arborização urbana. Resultados
obtidos por Silva; Gomes (2013) quando realizaram um comparativo em 8 espaços públicos
da cidade de Arapiraca-AL, identificaram 424 árvores, entretanto os espaços estudados eram
semelhantes em apenas duas áreas (Parque Municipal Ceci Cunha e Área Verde Dom
Constantino Luers) justificando as diferenças nos resultados encontrados
Ao avaliar os dados, percebe-se que tanto Arapiraca quanto Taquarana têm potencial
para melhorar, renovar e ampliar as suas áreas arborizadas. Na figura 15, mostra a arborização
54

de duas praças, em A - Arapiraca, Praça Luiz Pereira Lima-localizada no centro e B- em


Taquarana, Praça Padre Cícero-localizada no centro.

Fonte: A autora (2019).

Das espécies encontradas na região, muitas apresentavam boas características de


adaptação para serem utilizadas na arborização urbana, embora várias não sejam do
ecossistema local, porém apresentando ampla distribuição e boa adaptação, como é o caso da
Cycas revoluta Thunberg. (Palmeira sagu-de-jardim), Bismarckia nobilis Hildebrandt & H.
Wendl. (Palmeira-azul), Triplaris americana L. (Pau Formiga), Ravenala madagascariensis
Sonn. (Árvore-do-viajante), Moringa oleifera Lam. (Moringa), Caesalpinia pulcherrima (L.)
Sw. (Flamboyanzinho-de-jardim), que estão muito bem ambientadas com as nativas e aceita
pela população local. Visto que as que não pertence ao bioma local, superam os números das
nativas, isto pode ser um ponto negativo para o ecossistema local, pois isso pode causar a
extinção de várias espécies, que é uma realidade muito comum na arborização urbana, assim
descrito por Almeida (2019).
Com relação ao bem estar térmico, foi constatado que nas áreas estudadas, quando
comparado a temperatura abaixo das árvores (sombra) e sol pleno, durante o período
estudado, houve diminuição na ordem de 2 °C a 4 °C, e consequentemente resultando na
melhoria no conforto ambiental, tornando o ambiente mais agradável. Martelli; Santos Júnior
(2015) também registraram diminuições térmicas, com uma diferença de 5,3 ºC, causada por
interferência das árvores, com benefícios de ofertar sombra, controlar a umidade do ar,
presentear com frutas, sementes, folhas e flores, abrigar os pássaros e outros animais além de
proporcionar ambientes mais agradáveis. Outros também encontraram resultados semelhantes
na diminuição da temperatura nos ambientes arborizados. Zorzi; Grigoletti (2014) também
observou que com 45 árvores por hectare, que existia uma diminuição da temperatura de até
55

4,8 °C, comprovando a eficácia do uso da arborização para melhoria das condições
ambientais.
Observou-se que as áreas estudadas neste trabalho eram utilizadas, no geral para
prática de esportes e lazer, promovendo vida social para comunidade, trazendo como
benefícios do uso da arborização, além da diminuição da temperatura, a estabilidade do solo,
prevenindo contra erosão, assoreamento de rios, melhoria da absorção da água das chuvas no
solo e consequentemente a prevenção de enchentes. Segundo Labaki; Santos; Bueno; Abreu
(2011) e Freitas; Santos; Lima (2016) isso acontece porque, há uma influência das árvores,
podendo ser isolada ou em grupo, elas absorvem os raios solares, impossibilitando assim que
eles cheguem com sua integridade nos imóveis e no solo, promovem um esfriamento através
da sombra e da evaporação, com isso reduz a temperatura, melhorando o microclima,
proporcionando assim um ambiente mais agradável. Raven (2007); Rocha (2017) descrevem
que a estabilidade do solo acontece por meio do sistema radicular, possibilitando assim maior
firmeza da terra, reduzindo a ameaça de deslizamentos prevenindo contra erosão e
assoreamento de rios, melhoria da absorção da água das chuvas no solo e consequentemente a
prevenção de enchentes, confirmando assim a importância e a capacidade que as árvores
possuem para reduzir os impactos sobre o solos.
Com relação a avaliação fitossanitárias das espécies estudadas, foram encontrados 5
exemplares de leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit.), localizados na Área Verde
Dom Constantino Luers e Bosque das Arapiracas, onde as plantas apresentavam injúrias
causada por cupins (Ordem Isoptera), outras mortas e morrendo. Outros problemas como
podas irregulares ou ausência de poda, uso de plantas tóxicas ou com raízes agressivas,
disputa do vegetal com a rede elétrica e iluminação (devido ao uso próximo a fiação),
sinalização pública (placas) e em algumas apresentando agressões mecânicas no caule como
riscos ou pinturas, puderam ser observados durante este trabalho. Lima Neto; Souza (2011),
também encontrou conflito na arborização urbanas com as árvores comprovando que manejo
inadequado pode causar sérios problemas urbanos.
Representados na figura 16- (A), nota-se injúrias causadas pelo cupim, detalhe do
caule a espécie leucena, localizado no Bosque das Arapiracas, sendo atacado, pois ele
alimenta-se de celulose, enfraquecendo as árvores podendo causar queda, os cupins gostam de
atacarem árvores com mais de dois anos de idade, esse é um dos motivo a qual deve-se fazer
novos plantios segundo Prato (2010).
Figura 16- (B), percebe-se que um exemplar Roystonea oleracea N.J. Jacquim O.F.
Cook, conhecido popularmente palmeira imperial, que sofreu uma poda agressiva levando a
56

morte, no Largo Dom Fernando Gomes. Resende (2011) contou que se deve definir o formato
da copa das árvores com altura e diâmetro, utilizando o recurso da poda, mantendo o formato
de origem e de maneira natural e não poda drástica ao ponto de matar o vegetal, que foi o que
aconteceu com um exemplar.
Figura 17- (A), exemplares de Cycas revoluta Thunberg., morrendo e morta,
aparentava por ausência de água ou falta de rega, observado pela estrutura do solo que
aparentava seco, falta de umidade no solo, compacto e duro, o qual foi encontrado no Parque
Ceci Cunha em Arapiraca/AL. A rega é um dos requisitos importantes para as plantas e sua
frequência também ajuda no seu desenvolvimento e nas reações metabólicas para nutrição do
vegetal, sua ausência pode levar ao estresse hídrico e consequentemente sua morte
(PEREIRA, 2017).
Figura 17- (B), constata-se a fragilidade do tronco da árvore de Niim - Azadirachta
indica A. Juss., que apresenta galhos flexíveis e como mostra na imagem, após fortes chuvas
durante a noite, não suportou seu peso e quebrou o galho, que foi encontrado na Praça Manoel
André, em Arapiraca/AL. Pedrotti (2018) orientou sobre não plantar árvores de crescimento
rápido, pois são frágeis, flexível e pode quebrar facilmente.
Figura 18- (A), observa-se a espécie Terminalia catappa L. conhecida como
castanhola, invadindo a rua e quase chegando a outra extremidade, passando a interferir na
fiação elétrica, na Praças José Marques da Silva, em Arapiraca-AL. Segundo Alcântara;
Andrade (2008); Medeiros Jerônimo (2015), o melhor é consultar as normas e técnicas
utilizadas para um bom funcionamento do projeto, atentar nas condições do ambiente que será
feito o plantio, evitando conflito com a rede elétrica e equipamento urbano.
Figura 18- (B), nota-se caule do Tamarindus indica L. conhecido como tamarindo,
apresentava-se pintado com tinta, que dependendo do tipo utilizada, pode possuir substâncias
tóxicas e com área de crescimento restrito para infiltração, podendo afetar o desempenho da
árvore, a qual foi encontrada na Praça José Correia Barbosa-Taquarana-AL. Segundo Paiva
(2005), para que se possa realizar adubação e irrigação e favorecer a aeração do solo deve-se
deixar um espaço maior possível, em torno do troco favorecendo o crescimento da muda,
porém em casos de calçadas, o planejamento é de extrema importância para uso de bom
senso.
57
58

18. (A) - Observa-se Terminalia catappa L. conhecida como castanhola, invadindo a rua quase chegando a outra
extremidade na Praças José Marques da Silva-Arapiraca-AL. (B) - nota-se caule do Tamarindus indica
L. conhecido como tamarindo pintada e com área de crescimento restrito para infiltração, podendo
afetar o desempenho da árvore na Praça José Correia Barbosa.

Fonte: A autora (2019).


59

5 CONCLUSÃO

• Após analisar os dados, identificou-se que as cidades de Arapiraca e


Taquarana, apesar de possuir arborização pública, encontrada nas principais avenida área
verde, parque praças e rua, ainda está longe do esperado, possuindo poucas espécies e na sua
maioria exóticas, com distribuição irregular e necessitando de constante manutenção e
renovação.
• Ainda existe uma forma errada de arborização urbana, pois em meio a essas
árvores encontra-se árvores tóxicas, com raiz agressiva, árvores morrendo, espaçamento
inadequado, causando a invasão de ruas, fiação e equipamentos urbanos.
• Os resultados mostraram uma diminuição na temperatura nas áreas
sombreadas, melhorando as condições ambientais, fazendo-se necessário a elaboração e
implantação de projetos de arborização urbana, sendo realizado de modo sério e responsável,
visando trazer grandes benefícios a vida como um todo, tornando o ambiente urbano
confortável e apropriado às relações homem e natureza.
• Com todos esses fatos nota-se que, na administração pública ainda há muito o
que planejar e organizar para a utilização das técnicas de arborização e plano de manejo para
alcançar uma melhoria nessa área.
60

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É necessário que se realize estudos de campo para comprovar a possível implantação


de árvore(s) nos locais públicos, já que esse estudo mostrou a eficácia quando utilizado de
forma correta e em locais apropriados, levando em consideração a espécie escolhida de foram
a integrar o ambiente natural ao arquitetônico.
61

REFERÊNCIAS

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR- Normas Brasileira 9050:2004, 31


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APENDICE A – Formulário de Trabalho de Campo

Localização e Identificação
Nome da área: N° de plantas: Data:
Endereço: Cidade:
Nomes comuns N° de N° de Total de Saudável Doente Viva Morta e Poda Conflitos
plantas plantas plantas Morrendo
jovens Adultas

Fonte: A autora (2019).

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