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CAZES, George. La géographie du tourisme : réflexion sur les objectifs et les pratiques en France.
ANNALES DE GÉOGRAPHIE. Tome 96. Nº 537. Pais, France : Armand Colin, 1987. pp. 595-600.
COMPONENTES HISTÓRICOS IMPORTANTES PARA A COMPREENSÃO GEOGRÁFICA DO TURISMO:
1976 CLARY, Daniel. Tourisme et aménagement régional. ANNALES DE GÉOGRAPHIE. T. 85. Nº 468. Pais, France : Armand Colin,
1976. pp. 129-154.
- O fenômeno turístico apareceu como uma expressão perfeita da economia liberal, pois em sua origem ele foi
privilégio de alguns favorecidos de nascença ou por fortuna.
- As transformações ocorridas no século 19, em decorrência da revolução industrial, permitiram aos “detentores
do poder” econômico (empreendedores de indústria e comércio, bem como alguns membros de profissões
liberais) de se beneficiar dos lazeres do mesmo modo que a aristocracia.
- A pequena burguesia chega, com gostos e meios diferentes, a integrar a elite que se distingue, precisamente,
pela “disponibilidade” de tempo e dinheiro.
1986 SCATTARREGIA, Massimo. SAN REMO 1815 – 1915: TURISMO E TRASFORMAZIONI TERRITORIALI. Milano, Italia: Angeli, 1986.
- Na primeira metade do século 19, a palavra “tourist” (turista) não se referia aos seguidores do nascente
fenômeno turístico, mas sim aos “grands touristes”, aos seguidores do “Grand Tour”.
- Somente a partir dos anos 1850, é que o substantivo inglês “tourist” (turista) não indicava mais um
aristocrata, um cavalheiro em viagem, começando a se referir a quem viaja por diversão.
1987 CAZES, George. La géographie du tourisme : réflexion sur les objectifs et les pratiques en France. ANNALES DE
GÉOGRAPHIE. Tome 96. Nº 537. Pais, France : Armand Colin, 1987. pp. 595-600.
Os problemas e questões derivadas do turismo permanecem indissociáveis a fatores que, por serem
particularmente revelados pela abordagem espacial, fazem com que uma “geografia do turismo”
(seja ao nível dos fluxos de frequentação, dos tipos de hospedagem ou dos tipos de planejamento)
pareça reveladora da influência de critérios geográficos e humanos sobre as localizações turísticas.
(1) Exploração/envolvimento
(2) Desenvolvimento/consolidação
URRY, John; CRAWSHAW, Carol. Turismo e consumo visual. “Ser turista” é uma das características definidoras do “ser
Revista Crítica de Ciências Sociais. Nº 43. Tradução de Angel moderno”.
Maria Moreira. Coimbra, Portugal: Universidade de Coimbra, Práticas turísticas construídas pela mídia e propaganda.
outubro de 1995. pp. 47-68. Publicidade: informação persuasão consumo dirigido.
URRY, John. O olhar do turista: lazer e viagens nas sociedades Objetos para o olhar do turista.
contemporâneas. Tradução de Carlos Eugênio Marcondes de Trabalho “emocional” (Necessidade de sorrir de modo
agradável, amistoso e empenhado para os clientes, conversar
Moura. São Paulo, SP: Studio Nobel: SESC, 1996. 231 p.
longamente (se houver tempo para isso). “Comercialização do
sentimento humano”
SHAW, Gareth; WILLIAMS, Allan M. Tourism and tourism spaces. London, UK: SAGE, 2004.
“OBRIGAÇÕES DE COPRESENÇA”:
A copresença (dos indivíduos) é essencial
para algumas formas de relações sociais, e a
partir disso decorre da necessidade de
MOBILIDADE.
DAVIS, Robert Charles; MARVIN, Garry. Venice, the tourist maze: a cultural critique of
the world's most touristed city. California, US: University of California Press, 2004. 344 p.
Calvente (1993) estudou a desestruturação do território caiçara para as comunidades de Ilhabela (SP),
tanto simbolicamente quanto concretamente, a partir do aumento das atividades turísticas no município.
Associação entre turismo e meio ambiente se tornou uma ferramenta política, econômica e indutora de um
movimento de revalorização estética de paisagens naturais e culturas específicas.
Um movimento que, de acordo com Luchiari, tem fortalecido a estetização no consumo de paisagens e de
expressões culturais, que tem legitimado territorialidades sociais seletivas.
Os grandes projetos para o turismo internacional, impulsionados pelas políticas públicas, têm incorporado os
lugares atrativos no Brasil por meio de verticalidades que, gestadas na economia global, incidem nas
horizontalidades dos lugares.
O modelo de resorts implantados no litoral nordestino, afirma Luchiari, é um “produto-padrão” muito
semelhante ao modelo do Caribe, ou seja, é um modelo hegemônico, planejado a partir de concepções
externas, que não se importa com as formas de organização socioespacial pré-existentes: vilas de pescadores,
jangadeiros, artesãos, etc.
A maioria das análises do fenômeno turístico mostra que lugares atrativos são descobertos pelas elites e,
depois de saturados pelo turismo de massa, são substituídos por novos lugares.
Nesse processo, quanto mais próximos e acessíveis aos centros emissores de turistas, mais rapidamente esses
novos lugares são incorporados, como que preanunciando o esgotamento de outro ou, nos termos da
concepção econômica, do final do ciclo de vida do produto.
A “morte” dos lugares turísticos, para Luchiari, é “naturalizada” por um ciclo de exploração que é dinamizado
pelo despertar, no turismo de elite e no mercado, da necessidade de descoberta de um “novo lugar/produto”.
AUON, Sabáh. Paraíso à vista – os jardins do Éden oferecidos pelo
turismo. Ecoturismo no Brasil: possibilidades e limites. Adyr Balastreri
Rodrigues (Org.). São Paulo, SP: Editora Contexto, 2003. pp. 15-27.
Se referindo à forma como turismo vende a ideia de paraíso, Auon (2003, p. 26) afirma:
“O ‘paraíso’ aqui oferecido não é o do estado perfeito e harmonioso, mas sim o’ jardim das
delícias’, rico em prazeres, em deleites, em situações idílicas, feito na medida e ao gosto de
qualquer pessoa disposta a aventurar-se, a romper com seu cotidiano, dando vazão aos
seus desejos e às mais extravagantes fantasias, pois de lá não se é expulso, ao contrário,
permanece-se e desfruta-se de tudo que ele pode oferecer. Nele, o pecado e a serpente não
existem para interromperem a permanência desse estado.”
GEOGRAFIA DO TURISMO
Distribuição espacial:
Fixos (localizações) e fluxos (origem destino).
Destinos turísticos e lugares emissores de turistas.
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Turistificação (produção turística do espaço):
Transformação material e social dos lugares.
Conceito geral de Geografia: Formas e funções espaciais próprias do turismo (equipamentos).
Descrição e análise da variação Relações sociais trabalho no turismo.
espacial de fenômenos físicos,
biológicos e humanos.