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Trajetórias Geográficas
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EDITORA AFILIADA
Leia também:
Geografia e Modernidade
Paulo Cesar C. Gomes
O Mito da Necessidade
Iná Elias de Castro
TRAJETÓRIAS GEOGRÁFICAS
32 EDIÇÃO
Prefácio
Milton Santos
BERTRAND BRASIL
Copyright O 1996 by Roberto Lobato Corrêa
Composição: DAL
2005
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, E].
ISBN 85-286-0590-6
CDD - 410
96-2039 LED rolaram
PREFÁCIO 7
APRESENTAÇÃO 11
Milton Santos
APRESENTAÇÃO
AS REDES GEOGRÁFICAS
1. REPENSANDO A TEORIA DAS
LOCALIDADES CENTRAIS*
I
A emergência de uma rede hierarquizada e inte-
grada nacionalmente de centros de distribuição varejista
e de serviços, isto é, localidades centrais, se verifica com
o capitalismo, com o domínio de um modo de produção
onde o capital penetra na esfera da produção. Histori-
camente, o capitalismo teve como pré-requisito aquilo
que Marxé denominou de “acumulação primitiva”,
quando se verificou a concentração da propriedade e
dos meios de produção nas mãos de uma pouco nume-
rosa classe social, a expropriação de uma imensa massa
18 ROBERTO LOBATO CORRÊA
N
É através da rede hierarquizada de localidades cen-
trais, isto é, das numerosas cristalizações niateriais dife-
renciadas do processo de distribuição varejista e de ser-
viços, que se realiza, em um amplo território sob o
domínio do capitalismo, a articulação entre produção
propriamente dita e consumo final. Como a realização
da mais-valia, base para o processo de acumulação capi-
talista, se concretiza no mercado distribuidor, isto é,
onde se verifica o ato de aquisição de produtos para o
consumo final, e que no capitalismo este mercado distri-
buidor organiza-se em um territorialmente amplo, com-
plexo e diferenciado sistema de distribuição, isto é, a
rede de localidades centrais, pode-se afirmar que esta
rede constitui-se em uma estrutura territorial! necessá-
ria ao processo de acumulação capitalista. Através desse
sistema de distribuição os assalariados, desprovidos da
posse dos meios de produção e sem produzir seus
meios de subsistência, têm seus salários drenados, via
comércio varejista e rede bancária, para os grandes cen-
tros de decisão econômica, possibilitando a acumulação
capitalista. Do mesmo modo, parte dos lucros dos capi-
talistas é drenada para os centros de acumulação.
A distribuição varejista e da prestação de serviços
para centros urbanos menores e áreas rurais, que envol-
TRAJETÓRIAS GEOGRÁFICAS 21
HI
As redes de localidades centrais apresentam-se
caracterizadas por arranjos estruturais e espaciais diver-
sos. Assim, em termos de arranjo estrutural, há redes
que se caracterizam pela existência de uma cidade co-
mercial primaz e ausência de centros intermediários?,
TRAJETÓRIAS GEOGRÁFICAS 25
IV
Argumenta-se que em países ou regiões não-indus-
trializadas, ou onde a produção industrial apresenta
uma localização concentrada espacialmente, a análise da
rede de localidades centrais constitui-se, em verdade, na
análise de todo o sistema urbano, quer dizer, das funções
urbanas e dos diferentes fluxos que se realizam entre a
zona rural e as cidades, entre estas, bem como os fluxos
que têm suas origens e destinos nos grandes centros
mundiais de acumulação e redistribuição de capital,
Isto se deve em razão da tendência correlativa entre:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
AS REDES DENDRÍTICAS
IT AS O
| ,-- “a. 1 0 Tamanho dos Centros:
eo 4 : ' 0 População, Valor das
e. 0 PR $ Vendas Comerciais, Poder
.! = 15 ad Político, etc.
,o—sa / 1
e
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..! 4 «a Fluxos do Comércio
MA * Atacadista
e,
2 “= Áreas de Influência
Varejista
Capital Regional
Centro
de Zona
Centro Local
e
Ligação de Subordinação
Bom Jesus
£ Rede Hidrográfica
+
Caminhos na Floresta
Os MERCADOS PERIÓDICOS
O Estudo de Skinner
O
e
VELAS
centrointemediáro
Centro Elementar
Tentativas de Explicação
- Maior
2 “=u
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Mobilidade
do
Pad x Comerciante
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Nula
Ma Lojas Permanentes
Entressafra
Alcance i
Espacial Safra o Lojas Sazonais (safra)
Mínimo
V V av av
N
V vV av E-—tbav pv
N /
v e--.e v
AV = Atacadista - Varejista
av = Atacadista-Varejista Sazonal 4 Centros
v = Varejista Permanentes
v = Varejista Sazonal o
. Centros Sazonais
TRAJETÓRIAS GEOGRÁFICAS 67
Santana do
ipanema 4
Olho d'Água
das Fiores
Pão de Açúcar
HIERARQUIA URBANA
Capital Regional
Centro Sub-Regional
Centro de Zona
Centro Local
Dias de Feira
Ligação as de Subordinação 2-2"
- foiira 6-6" a feira
Mais Direta 3-3ºfoira — S-Sábado
4-4º feira D - Domingo
TRAJETÓRIAS GEOGRÁFICAS 69
-
ainda que o dia de feira seja o dia em que o comércio
estabelecido realize o maior volume de vendas, os
outros dias constituem-se em dias onde estes núcleos
exercem, também, significativa centralidade através de
negócios realizados com o seu comércio e serviços
especializados.
QuaDro I
CARACTERÍSTICAS DOS DoiIs CIRCUITOS DA ECONOMIA
URBANA Dos PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS
HIERARQUIA URBANA
Local
º
TRAJETÓRIAS GEOGRÁFICAS 79
Outros Estudos
LOCALIDADES CENTRAIS
SERVINDO À POPULAÇÃO
DE
Capital Regional
Pp
auto sito [e Log / | 14
TEMAS DE PESQUISA
BIBLIOGRAFIA
I
Em primeiro lugar cumpre explicitar o que enten-
demos por rede urbana. Em termos genéricos a rede
urbana constitui-se no conjunto de centros urbanos fun-
cionalmente articulados entre si. É, portanto, um tipo
particular de rede na qual os vértices ou nós são os dife-
rentes núcleos de povoamento dotados de funções urba-
nas, e os caminhos ou ligações os diversos fluxos entre
esses centros.1
A analogia acima necessita esclarecimentos. O tipo
de rede a que nos referimos, a rede urbana, é um produ-
to social, historicamente contextualizado, cujo papel
crucial é o de, através de interações sociais espacializa-
das, articular toda a sociedade numa dada porção do
espaço, garantindo a sua existência e reprodução.
Em razão da desigual espaço-temporalidade dos
processos sociais, da qual a rede urbana é simultanea-
mente um reflexo e uma condição, verifica-se a existên-
cia de diversos tipos de redes urbanas de acordo com o
padrão espacial, a complexidade funcional dos centros e
o grau de articulação interna e externa de cada rede. Os
trabalhos de Smith e Gottmann? constituem exemplos
de estudos que evidenciaram a existência de redes urba-
nas em diversos contextos histórico-espaciais. Neste
sentido não aceitamos os modelos formais de
Christaller, Lósch e Zipf como referências dotadas de
94 ROBERTO LOBATO CORRÊA
IN
A COMPLEXIDADE GENÉTICA
QUADRO 1
DIMENSÕES DE ANÁLISE DAS REDES GEOGRÁFICAS
O A
RGANIZACIONAL Função Suporte Rede de e Transmissão
S d e
Energia
Rede de Unidades de
Dominação | Segurança dos Estados
Fina lidade Totalitários
Continua...
112 ROBERTO LOBATO CORRÊA
QUADRO 1
DIMENSÕES DE ANÁLISE DAS REDES GEOGRÁFICAS
(continuação)
Redes Analisadas Segundo: | Especificação Exemplos
Formal Rede das Grandes Corpo-
O Espaço URBANO
5. PROCESSOS EsPACIAIS E A CIDADE*
I CENTRALIZAÇÃO
Il DESCENTRALIZAÇÃO
e infra-estrutura implantada
e facilidades de transportes
HI COESÃO
IV SEGREGAÇÃO
V INVASÃO-SUCESSÃO
VI INÉRCIA
VI ALGUMAS QUESTÕES
e o núcleo central;
* a zona periférica do centro;
e as áreas fabris;
e os subcentros comerciais;
e as áreas residenciais da classe dominante;
e as áreas residenciais da classe média; e
e as áreas residenciais populares.
À GUISA DE CONCLUSÃO
IV Os Novos TERRITÓRIOS
BIBLIOGRAFIA
A REGIÃO
9. ReciÃo: A TRADIÇÃO GEOGRÁFICA
I TRADIÇÃO E PLURALISMO
Il As RAZÕES DO PLURALISMO
I
Os processos sociais e econômicos que a partir da
década de 1950 passaram a atuar sobre a organização
Il
O Centro-Sul pode ser definido como sendo a
“core area” do país, o coração econômico e político da
nação. As características que se seguem procuram dar
conta deste caráter fundamental da região em tela.
HI
O Nordeste pode ser definido como a região das
perdas. Das perdas econômica e demográfica sobretudo,
mas também, ainda que em menor escala, do poder po-
lítico. O conjunto de perdas pode ser sistematizado:
ESPAÇO E EMPRESA
11. CorroRAÇÃO E Espaço — UMA NOTA*
INTRODUÇÃO
A grande corporação passou a constituir, após a
Segunda Guerra Mundial, o mais importante agente da
reorganização espacial capitalista. Sua ação traduziu-se,
na escala mundial, em uma “nova divisão internacional
do trabalho” (Cohen, 1981), geradora de uma “especiali-
zação sincrônica” (Lipietz, 1977) que envolve a produ-
ção simultânea em diversos lugares das diferentes par-
tes componentes de um mesmo produto, e no conse-
quente comércio internacional entre subsidiárias de
uma mesma corporação. Traduziu-se também no apare-
cimento de verdadeiras “cidades mundiais” (Sachar,
1983), onde estão as sedes das corporações que atuam
como centros de gestão econômica e territorial de am-
plas áreas do globo.
Criação de áreas de produção especializada e no-
vas atividades urbanas, ambas articuladas entre si atra-
vés da produção que circula entre elas e do processo de
gestão que as integra em uma mesma organização, estão
entre os impactos que a grande corporação gerou quan-
do se considera o conjunto dos países onde atua.
ACUMULAÇÃO E CORPORAÇÃO
CORPORAÇÃO E ESPAÇO
À INTEGRAÇÃO TERRITORIAL
O Nível
Fase 3- Descentralização
Completa
O nível
TRAJETÓRIAS GEOGRÁFICAS 225
Sede Social
OV II]
Centro de Pesquisa
Escritório Regional
de Produção
Escritório Regional
=
de Vendas
2 - Unidades Fabris
4 Beneficiamento de
Produtos Agrícolas
* | Beneficiamento
de
[ Minerais
* | Rebeneficiamento
(679) Produtos Finais
BIBLIOGRAFIA
I A POPULAÇÃO
IH As ATIVIDADES
O Extrativismo da Erva-Mate
A Criação de Porcos
As Outras Atividades
HI BALANÇO DA OCUPAÇÃO
Recenseamento de 1900
Recenseamento de 1920
Recenseamento de 1940
Recenseamento de 1950
ele esta última por não ser ambígua como área, ou não
ter fortes conotações com o determinismo ambiental
como tinha, na época, a palavra região, associada à idéia
de região natural e a um único tipo de resposta humana.
Segundo Sauer, a Geografia
E continua Sauer,
VI PERSPECTIVAS RECENTES NA
GEOGRAFIA CULTURAL
I ESPAÇO E CULTURA:
UMA TRADIÇÃO GEOGRÁFICA
Il A PAISAGEM CULTURAL
IV ESPAÇO E SIMBOLISMO
INI DES
ISBN 85-28L-0590-b
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