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JONAS INKOTTE
LAGES, SC
2013
JONAS INKOTTE
LAGES, SC
2013
I56p Inkotte, Jonas
Produção de serapilheira e aporte de nutrientes
e carbono em plantações de eucalipto e florestas
nativas em duas regiões de Santa Catarina / Jonas
Inkotte. – 2013.
83 p. : il. ; 21 cm
1. Serapilheira. 2. Deposição. 3.
Decomposição.
4. Lignina. 5. Aporte de nutrientes. I. Inkotte,
Jonas. II. Mafra, Álvaro Luiz. III. Universidade
do Estado de Santa Catarina. Programa de Pós-
Graduação em Manejo do Solo. IV. Título
Banca Examinadora
Orientador:_________________________________________________
Dr. Álvaro Luiz Mafra
Universidade do Estado de Santa Catarina
Membro:__________________________________________________
Dr. Fabrício Tondello Barbosa
Universidade do Estado de Santa Catarina
Membro:__________________________________________________
Dra. Polliana D’Angelo Rios
Universidade do Estado de Santa Catarina
Membro:__________________________________________________
Dr. Alessandro de Oliveira Rios
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
1 INTRODUÇÃO ........................................................................... 15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................... 18
3 OBJETIVOS................................................................................ 28
6 CONCLUSÃO............................................................................. 73
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
locais com decomposições mais lentas e mais breves em sítios com altas
taxas. A velocidade da decomposição varia dependendo de diversos
fatores, entre eles latitude, altitude e tipo de cobertura vegetal
(ANDRADE et al., 2003).
Maman et al. (2007) afirmam que em florestas naturais sem
perturbações externas, os processos envolvidos na ciclagem de
nutrientes são rápidos e possibilitam a absorção destas substâncias pelas
plantas. Entretanto com a exploração de madeira e a consequente
retirada de materiais, alteram-se as condições do ecossistema e a
produtividade da área no futuro, especialmente em regiões tropicais e
subtropicais, onde a maioria dos solos possui baixa fertilidade e
dependem dos processos de ciclagem de nutrientes para a manutenção e
sustentabilidade da floresta.
De forma geral, florestas tropicais possuem duas estações bem
definidas, sendo uma estação seca e outra úmida, o que proporciona o
estabelecimento de grande variedade de espécies de flora, o que
proporciona composição de serapilheira muito diversificada. Tais fatores
ocasionam uma ciclagem de nutrientes mais estável e uma comunidade
de organismos edáficos decompositores diversificada e de intensa
atividade (SANCHES et al., 2009).
Plantios de eucalipto apresentam alta eficiência no uso de
nutrientes e consequentemente produzem serapilheira de baixa
qualidade nutricional quando comparados às florestas nativas, o que
implicaria em menor taxa de decomposição, que tem por consequência,
a formação de uma barreira física aos processos erosivos. A comparação
dos processos de ciclagem de nutrientes e carbono em plantios florestais
com as florestas nativas permite a avaliação de possíveis alterações nos
ecossistemas plantados em virtude das técnicas de manejo adotadas e
também a compreensão sobre a sustentabilidade ou não dos sítios
florestais estudados. Plantios de eucalipto vêm sendo associados com a
redução de populações de organismos da fauna edáfica (GAMA-
RODRIGUES et al., 2008).
A decomposição da serapilheira tem sido analisada por
diferentes índices, sendo estes: a respiração do solo, o valor K
relacionado à quantidade de material que cai do dossel e a quantidade de
material que está depositada sobre o solo e por meio de verificação
direta da perda de massa em sacos de decomposição (litter bags). Dentre
estas práticas o valor K tem sido criticado pelo seu uso indiscriminado
em ecossistemas que não atingiram um equilíbrio entre o material
depositado e o material decomposto (ANDRADE et al, 2003).
27
3 OBJETIVOS
4 MATERIAL E MÉTODOS
TC (%)= MSF/MSR*100
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
600
B
600 500
Kg ha-1
400
400
A A 300
200 A A
200
100
0 0
Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão
Estações do ano Estações do ano
350 B 4
Galho Miscelânea
300 A
3
250
Kg ha-1
200
Kg ha-1
2 A
150 A
A
A
100
1
A
50
A
0 0
Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão
Estações do ano Estações do ano
Kg ha-1
A 300
600 250
A
200
400
150 A
A
100
200
50
0 0
Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão
Estações do ano Estações do ano
200 600
Galho B Miscelânea B
180
500
160
140 400
Kg ha-1
Kg ha-1
120
A
100 300
A
80
A 200
60 A
40 A
100
A
20
0 0
Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão
Estações do ano Estações do ano
608 400
A
350
606
300
604
Kg ha-1
Kg ha-1
250
602 A 200
600
150
598 100
596 50
594 0
RE MN RE MN
Vegetação Vegetação
180 A 180 B
Galho Miscelânea
160 160
140 140
120 A 120
Kg ha-1
100 100
Kg ha-1
80 80
60 60
40 40
20 20 A
0 0
RE MN RE MN
Vegetação Vegetação
500
800 B B
400
Kg ha-1
600
Kg ha-1
300
A A
400
200
A A
200 100
0 0
Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão
Estações do ano Estações do ano
350 A 250
B
Galho Miscelânea
300 A 200
250 B
200 A A 150
Kg ha-1
Kg ha-1
150 100 A
100
A
50
50
0 0
Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão
Estações do ano Estações do ano
1200 700
Total Folha
C
C
1000 600
B
500
800 B
Kg ha-1
Kg ha-1
400
A A
600
A
300
400
200
200 100
0 0
Outono Inverno Primavéra Verão Outono Inverno Primavéra Verão
Estações do ano Estações do ano
450 16
Galho Miscelânea
B B B
400 14
350 12
B
300
Kg ha-1
10
Kg ha-1
250
8
200
A A 6
150
4
100
50 2 A A
0 0
Outono Inverno Primavéra Verão Outono Inverno Primavéra Verão
Estações do ano Estações do ano
Fonte: O autor (2013).
1000 B 600
500
800 B
Kg ha-1
Kg ha-1
A 400
600 B
300
400 A A
200
200 100
0 0
Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão
Estações do ano Estações do ano
400 B 350
Galho Miscelânea B
350 300
300
250
250
200
Kg ha-1
Kg ha-1
200
A 150
150 A
100 A A
100
50 A 50 A
0 0
Outono Inverno Primavera Verão Outono Inverno Primavera Verão
Estações do ano Estações do ano
Fonte: O autor (2013).
500 440
Kg ha-1
400
430
Kg ha-1
300 A
420
200
410
100
0 400
RE MN RE MN
Vegetação Vegetação
300
140 B
Galho A Miscelânea
250 120
200 100
A
80
150
Kg ha-1
Kg ha-1
60
100
40
50
20 A
0
0
RE MN
RE MN
Vegetação Vegetação
Número de 35
espécies
Fonte: O autor (2013).
Número de sp's 23
80 80
70 70
60 60
50 50
0 100 200 300 400 0 100 200 300 400
110 110
Xanxerê MN
Xanxerê RE
100 100
y= 94,6077 e (-0,0010x) y= 89,9807 e(-0,0008x)
Massa remanescente (%)
R² = 0,582 R² = 0,41
90 90
80 80
70 70
60 60
50 50
0 100 200 300 400 0 100 200 300 400
110
Campo Belo do Sul RE
100
y= 83,6185 e (-0,0004x)
Massa remanescente (%)
R² = 0,1113
90
80
70
60
0 100 200 300 400
Tempo (dias)
10,0
Polifenóis (g/ 100g)
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
15 30 60 90 120 180
Tempo (dias)
Fonte: O autor (2013).
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
15 30 60 90 120 180
Tempo (dias)
Fonte: O autor (2013).
14,0
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
15 30 60 90 120 180
Tempo (dias)
Fonte: O autor (2013).
10,0
Polifenóis (g/ 100g)
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
15 30 60 90 120 180
Tempo (dias)
Fonte: O autor (2013).
57
5,0
4,0
Polifenóis (g/ 100g)
3,0
2,0
1,0
0,0
15 30 60 90 120 180
Tempo (dias)
Fonte: O autor (2013).
4
Cinzas (%)
15
3
10
2
5
1
0 0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
60 35
Lignina (%)
30
50
25
40
20
30
15
20 10
10 5
0 0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
valores encontrados estão entre 686,5 e 583,3 g/kg de massa seca. Tal
fato está provavelmente atrelado à diferença entre os solos, o clima da
região e a espécie dos experimentos. Tendo em vista os altos valores
encontrados de lignina para o reflorestamento em Lages, a
decomposição da serapilheira apresenta-se mais lenta, pois estas frações
são de difícil decomposição, aumentando assim a permanência da
serapilheira na superfície do solo. Os valores de holocelulose
constituintes da serapilheira são semelhantes aos encontrados no
presente estudo, os quais em média ficaram com 208,18g/kg de massa
seca e os encontrados pelos autores ficaram entre 120 e 262 g/kg.
Na área de mata nativa do planalto, os teores de extrativos
apresentaram um decréscimo com o passar do tempo, entretanto os
demais constituintes (lignina, holocelulose e cinzas) não apresentaram
padrão definido em relação ao tempo de exposição das bolsas a campo
(figura 22). Ao comparar as áreas de estudo no planalto, pôde-se
verificar a presença de valores menores em comparação ao
reflorestamento de eucalipto com relação à porcentagem de extrativos,
porém apresentou maiores valores no teor de cinzas e holocelulose.
Oliveira e Carvalho (2009) em experimento realizado com
amostras de serapilheira foliar em Neea macrophylla, Cecropia palmata
e Casearia arbórea encontraram valores de lignina que variaram entre
aproximadamente 37 e 23% e de celulose entre 22,5 e 45%. Tais
diferenças ocorreram devido ao material analisado ser diferente, sendo
analisada somente a fração folha, a qual tem menores teores de lignina
do que os galhos e cascas da serapilheira.
20 20
Extrativos (%)
Cinzas (%)
15 15
10 10
5 5
0 0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
50 25
Lignina (%)
40 20
30 15
20 10
10 5
0 0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
12
20
Extrativos (%)
10
Cinzas (%)
8 15
6
10
4
2 5
0
0
15 30 60 90 120 180 240 270 365
15 30 60 90 120 180 240 270 365
60 Tempo (dias) Tempo (dias)
60
50
50
40
40
Holocelulose (%)
Lignina (%)
30
30
20 20
10 10
0 0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
14 25
12
Extrativos (%)
Cinzas (%)
20
10
8 15
6
10
4
2 5
0 0
15 30 60 90 120 180 365 15 30 60 90 120 180 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
70 60
60 50
50 Holocelulose (%)
40
Lignina (%)
40
30
30
20
20
10 10
0 0
15 30 60 90 120 180 365 15 30 60 90 120 180 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
14 10
12
8
10
8 6
6 4
4
2 2
0 0
15 30 60 90 120 180 365 15 30 60 90 120 180 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
80 35
70 30
60
25
Holocelulose (%)
Lignina (%)
50
20
40
15
30
10
20
10 5
0 0
15 30 60 90 120 180 365 15 30 60 90 120 180 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
1,4 60
1,2 50
Nitrogênio (%)
Carbono (%)
1,0
40
0,8
30
0,6
20
0,4
10
0,2
0,0 0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
Enxofre (%)
6
5 2,0
4 1,5
3
1,0
2
0,5
1
0 0,0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
Carbono (%)
1,5 40
30
1,0
20
0,5
10
0,0 0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
6 3,0
Hidrogênio (%)
2,5
Enxofre (%)
5
4 2,0
3 1,5
2 1,0
1 0,5
0 0,0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
0,7
Carbono (%)
0,6 40
0,5
0,4 30
0,3 20
0,2
10
0,1
0,0 0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
3,0
9
8 2,5
7
Hidrogênio (%)
Enxofre (%)
6 2,0
5
1,5
4
3 1,0
2
0,5
1
0 0,0
15 30 60 90 120 180 240 270 365 15 30 60 90 120 180 240 270 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
1,4 60
1,2
50
Carbono (%)
Nitrogênio (%)
1,0
40
0,8
30
0,6
20
0,4
0,2 10
0,0 0
15 30 60 90 120 180 365 15 30 60 90 120 180 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
9 3,5
8 3,0
7
2,5
Hidrogênio (%)
6
Enxofre (%)
5 2,0
4 1,5
3
1,0
2
1 0,5
0 0,0
15 30 60 90 120 180 365 15 30 60 90 120 180 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
50
Carbono (%)
2,0
40
1,5 30
1,0 20
0,5 10
0,0 0
15 30 60 90 120 180 365 15 30 60 90 120 180 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
7 4,0
6 3,5
3,0
5
Hidrogênio (%)
Enxofre (%)
2,5
4
2,0
3
1,5
2
1,0
1 0,5
0 0,0
15 30 60 90 120 180 365 15 30 60 90 120 180 365
Tempo (dias) Tempo (dias)
CIN 1
EXT -0,3817* 1
LIG 0,3283 0,1064 1
HOLO -0,4166* -0,3445* -0,9361* 1
N2 0,2449 -0,1893 0,1205 -0,0984 1
C 0,9268* -0,2573 0,2069 -0,3444* 0,3064* 1
H -0,803* 0,4156* -0,5373* 0,5126* -0,1305 -0,6353* 1
S 0,9800* -0,2904 0,2566 -0,3875* 0,1593 0,9408* -0,7552* 1
MR -0,3066 -0,1641 -0,3334* 0,4185* -0,1254 -0,3931* 0,3451* -0,2881
(*) apontam diferença significativa entre as variáveis a 5% de significância.
CIN= cinzas; EXT= extrativos totais; LIG=lignina; HOLO=holocelulose;
N2= nitrogênio; C= carbono; H= hidrogênio; S= enxofre; MR = Massa
remanescente
Fonte: O autor (2013).
CIN 1
EXT -0,3227 1
LIG 0,5661* -0,3167 1
HOLO -0,6128* -0,2271 -0,8114* 1
N2 0,7258* 0,0512* 0,3133 -0,5362* 1
C 0,8698* -0,2695 0,3856* -0,4542* 0,8132* 1
H -0,8389* 0,5282 -0,6776* 0,5235* -0,3643 -0,5589* 1
S 0,9608* -0,3972* 0,5456* -0,5385* 0,6980* 0,9174* -0,8257* 1
MR -0,9023* 0,4556* -0,5689* 0,5019* -0,6920* -0,8206* 0,8030* -0,9189
(*) apontam diferença significativa entre as variáveis a 5% de significância.
CIN= cinzas; EXT= extrativos totais; LIG=lignina; HOLO=holocelulose;
N2= nitrogênio; C= carbono; H= hidrogênio; S= enxofre; MR = Massa
remanescente
Fonte: O autor (2013).
6 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS