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MOSSORÓ – RN
2013
ANA LUÍZA LIMA FERREIRA
MOSSORÓ – RN
2013
O Conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade de seus autores
CDD:631.41
BANCA EXAMINADORA
Agradeço a Deus por ter me concedido saúde para realização do trabalho e por me guiar pelos
caminhos certos para chegar aqui.
A Universidade Federal Rural do Semiárido pela disponibilização dos meios possíveis para
realização deste trabalho.
Agradeço a meus pais (Alberto e Raimunda) e irmãs (Maria Luíza, Ana Neery e Ana Kelly)
pelo carinho e por não medirem esforços para que nenhum obstáculo fosse grande o
suficiente.
A meu querido Osvaldo Nogueira pela contribuição concreta neste trabalho, pelo
companheirismo e carinho a que tem me dedicado.
Aos professores membros da banca Nildo Dias, Renato Dantas Alencar e Jeane Portela por
compartilharem seus conhecimentos e pelas contribuições acadêmicas neste trabalho.
Aos colegas com os quais dividi a companhia dos fins de semana em laboratórios, Jair José,
Monalisa Soares, Lucas Ramos, Sílvio Roberto e a todos os amigos e colegas de turma da
Pós-Graduação em Ciência do Solo que de alguma forma contribuíram.
A todos os amigos que mesmo longe torceram para que esta conquista fosse real e que em
algum momento contribuíram para que esse momento fosse concretizado.
Albert Eintein
RESUMO
The use of leachate from municipal solid waste on agricultural production aims to take the
load present in its nutritional composition without sacrificing the quality of soil and/or water.
Therefore, this work was developed with the objective of evaluating the growth of oleaginous
plants and chemical changes in three different soil textures with the application of increasing
doses of sanitary landfill leachate in solid and liquid forms. Two experiments were conducted
in the greenhouse of the Department of Environmental and Technology Sciences located in
the Federal Rural University of Semiarid - UFERSA, east campus, Mossoró/RN. The first
experiment evaluated the effects of application of increasing doses of leachate in three soils
(Ultisol, Cambisol and Vertisol) cultivated with sunflower. Doses were based on the total
nitrogen present in the leachate so that provide 0, 20, 40, 60 and 80 kg N ha-1. The second
experiment consisted of applying dreg resulting from evaporation of leachate in two soils
(Ultisol and Cambisol) cultivated with castor beans. Treatments were composed of five doses
of leachate dreg, with 0, 15, 30, 45 and 60 gram per hole. In Vertisol the results shows that the
growing application of leachate provided better growing of sunflower with the largest average
obtained for the dose of 31.91 m³ ha-1. While not differing between the two soils the doses of
dreg of leachate influenced the variables of growing of castor beans in a crescent linear way.
Increasing doses of sanitary landfills leachate (in liquid and solid phase) promoted increases
in nutrient availability in soils. However there were no differences in the concentrations of
heavy metals by the addition of leachate in liquid form, observing only increase in the
concentrations of Pb in Cambisol by the addition of leachate in solid form. The changes
promoted by the application of leachate to soils did not exceed the reference values
recommended by the Technology Company of Environmental Sanitation for the maintenance
of soils quality.
Tabela 1. Valores de metais pesados orientadores para manutenção da qualidade do solo. ... 21
Tabela 4. Resumo da análise de variância e médias para altura de plantas aos 14, 20, 25, 30,
35 e 48 dias após o plantio da cultura do girassol nos três solos estudados. ............................ 38
Tabela 6. Resumo da análise de variância para as propriedades químicas dos solos aos 15
DAP em função das doses de chorume aplicadas..................................................................... 42
Tabela 7. Resumo da análise de variância para as propriedades químicas dos solos aos 30
DAP em função das doses de chorume aplicadas..................................................................... 48
Tabela 8. Resumo da análise de variância para as propriedades químicas dos solos aos 45
DAP em função das doses de chorume aplicadas..................................................................... 52
Tabela 10. Resumo da análise de variância e médias para as variáveis de crescimento das
plantas de mamona colhidas aos 35 DAP. ................................................................................ 56
Tabela 11. Resumo da análise de variância e médias para as propriedades químicas dos solos
em função das doses da borra proveniente do chorume de aterro sanitário. ............................ 58
Tabela 12. Resumo da análise de variância correspondente ao efeito das doses em cada solo
estudado. ................................................................................................................................... 61
LISTA DE FIGURAS
Figura 2. Detalhe da casa de vegetação utilizada nos experimentos que fazem parte deste
estudo. ....................................................................................................................................... 27
Figura 3. Imagem do Aterro Sanitário de Mossoró/RN onde foi coletado o chorume utilizado
neste estudo. ............................................................................................................................. 29
Figura 9. Detalhe das plantas de girassol tratadas com doses de chorume aos 48 DAP (A) e
detalhe da formação do capítulo (B)......................................................................................... 34
Figura 10. Borra resultante da evaporação do chorume de aterro sanitário (A) e aplicação da
borra no solo (B). ...................................................................................................................... 35
Figura 11. Detalhe da semeadura da manona (A) e porte da planta da mamona na ocasião da
coleta (B). ................................................................................................................................. 36
Figura 12. Médias da variável altura de plantas em diferentes períodos do ciclo do girassol
nos três solos estudados (A) e Altura das plantas do girassol em função das doses de chorume
aplicadas aos 48 DAP (B). ........................................................................................................ 39
Figura 13. Comportamento das variáveis de crescimento em função das doses de chorume
aplicadas nos diferentes solos cultivados com girassol aos 48 DAP: altura de plantas (A),
diâmetro do caule (B), materia fesca (C) e (D) e seca (E) e (F) da folha e do caule. ............... 41
Figura 14. Valores de pH em função das doses de chorume aplicadas em Vertissolo (A) e
Valores de condutividade elétrica em função das doses de chorume aplicadas em Cambissolo
e Argissolo (B) aos 15 DAP da cultura do girassol. ................................................................. 43
Figura 15. Concentração de sódio (A) e potássio (B) em função das doses de chorume
aplicadas em Argissolo, Cambissolo e Vertissolo aos 15 DAP da cultura do girassol. ........... 45
Figura 16. Concentração de ferro em função das doses de chorume aplicadas em Vertissolo
(A), Concentração de manganês em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo (B)
e, Concentração de nitrogênio em função das doses de chorume aplicadas em Vertissolo (C)
aos 15 DAP da cultura do girassol............................................................................................ 46
Figura 18. Concentração de sódio (A) e potássio (B) em função das doses de chorume
aplicadas em Argissolo, Cambissolo e Vertissolos aos 30 DAP da cultura do girassol........... 49
Figura 20. Valores de pH em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo (A) e
Valores de condutividade elétrica em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo,
Cambissolo e Vertissolo (B) aos 45 DAP do girassol. ............................................................. 53
Figura 21. Concentração de ferro em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo
(A) e Concentração de manganês em função das doses de chorume aplicadas em Cambissolo
(B) aos 45 DAP da cultura do girassol. .................................................................................... 54
Figura 22. Variáveis de crescimento em função das doses da borra proveniente do chorume
de aterro sanitário nos dois solos estudados. % germinação (A), altura de plântulas (B). ....... 56
Figura 23. Variáveis de crescimento em função das doses da borra proveniente de chorume
de aterro sanitário: altura de plantas (A), diâmetro do caule (B), materia fesca (C) e (D) e seca
(E) e (F) da folha e do caule. .................................................................................................... 57
Figura 24. Valores de pH em função das doses de borra proveniente do chorume aplicadas
(A) e Concentração de Cu em função das doses de borra proveniente do chorume aplicadas
(B) em ambos os solos cultivados com mamona...................................................................... 59
Figura 25. Concentrações dos elementos – chumbo (A), zinco (B) e sódio (C) - em função
das doses da borra proveniente de chorume de aterro sanitário aplicadas nos dois solos
estudados. ................................................................................................................................. 60
Figura 26. Resposta dos atributos químicos em função das doses da borra proveniente de
chorume de aterro sanitário aplicadas nos dois solos estudados. Condutividade elétrica (A),
potássio (B), fósforo (C). .......................................................................................................... 62
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14
5 CONCLUSÕES.................................................................................................................... 64
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
solo. O autores consideraram adequadas aplicações anuais de até 80 t ha-1 do composto para
manter ou melhorar a fertilidade do solo.
Entretanto, altas quantidades de Na e K adicionadas ao solo podem causar
alterações nas propriedades físicas como dispersão das argilas e, em consequência,
modificar a estrutura do solo e alterar a dinâmica dos fluidos no solo (SANTOS, 2010).
Em estudo desenvolvido por Pires et al. (2009), a adubação utilizada na produção
de maracujá incluiu raspa de mandioca, esterco bovino, torta de filtro e farinha de ossos e
carne. Os tratamentos com torta de filtro e farinha de ossos e carne apresentaram resultados
positivos em comparação com a produtividade obtida com adubação mineral.
É importante lembrar a necessidade de monitorar-se os atributos dos solos tratados
com fertilizantes oriundos de resíduos domésticos e/ou industriais, pois a qualidade
ambiental tanto do solo quanto das águas superficiais e subterrâneas podem sofrer impactos
negativos. Em solos que recebem sucessivas aplicações de resíduos recomenda-se o
monitoramento da salinidade, condutividade elétrica (CE) e hidráulica do solo, acúmulo de
metais, lixiviação de nitrato, dispersão de colóides e dinâmica de íons (ABREU JR. et al.,
2001).
A importância do monitoramento constante de metais pesados no solo foi destacada
em estudo de Galdos et al. (2004) em Latossolo Vermelho eutroférrico de textura argilosa,
no qual foi aplicado lodo de esgoto e foi observado aumento dos teores de níquel (Ni) e
zinco (Zn) absorvidos pelas plantas.
Conhecer a mobilidade dos metais pesados no solo é essencial para a avaliação dos
impactos causados pelo uso de resíduos na agricultura, pois os mesmos apresentam elevado
potencial poluidor sobre os microorganismos do solo, na disponibilidade de nutrientes para
as plantas, além da contaminação de águas superficiais e subterrâneas, aumento da erosão do
solo e movimentação para as camadas mais profundas do solo. O comportamento dos metais
pesados no solo está relacionada com a capicidade do solo em adsorver esses elementos
imobilizando-os na forma de precipitados no solo (OLIVEIRA et al., 2002).
sólidos no solo, a forma mais adequada (LIMA, 2006). Todas estas formas de disposição dos
resíduos produzem subprodutos na forma líquida e gasosa.
Os lixões caracterizam-se pela deposição dos resíduos sólidos sobre o solo a céu
aberto sem qualquer beneficiamento antes ou após a deposição. Nessa prática nenhuma
técnica de preservação ambiental é realizada trazendo graves problemas tanto a saúde
pública quanto ao ambiente (MORAIS, 2005).
O aterro controlado é uma prática que traz maiores vantagens quando comparados
aos lixões, pois os resíduos encontram-se cobertos pelo solo (CUNHA & CAIXETA
FILHO, 2002) mas não elimina os danos causados ao ambiente pelos subprodutos da
decomposição (chorume e biogás). Em aterros sanitários, os RSU são dispostos e
compactados em células (subdivisões da área aterro) impermeabilizadas com mantas
plásticas, para não entrarem em contato com o lençol freático; os líquidos residuais são
drenados até lagoas de estabilização, onde a matéria orgânica é decomposta (BEDIN, 2011;
MORAIS, 2005; MENDONÇA, 2010).
De acordo com a NBR 8419/92, aterro sanitário é a técnica de disposição final de
RSU no solo que utiliza princípios de engenharia para compactar os resíduos em menor área
possível e confiná-los com a sobreposição de camada de solo, visando promover a saúde
pública e minimizar impactos ambientais.
O subproduto líquido, gerado a partir da decomposição do material aterrado
juntamente com as águas pluviais que entram no sistema através da drenagem superficial e
percolam nas camadas compactadas de resíduos, é chamado de chorume (HAMADA, 1997),
podendo ser denominado também de lixiviado ou percolado. Trata-se de líquido turvo, de
cor escura, com odor desagradável e elevado potencial poluidor, devido a altas
concentrações de material biodegradável (MATOS et al., 2008).
A produção de chorume em aterros sanitários é contínua, podendo perdurar por 50
anos, e é resultado de processos físico-químicos e biológicos (GIORDANO et al., 2011). A
composição do chorume depende, entre outros fatores, das características e da idade do
material aterrado (MOREIRA & BRAGA, 2009). Variáveis como a topografia e as
condições climáticas e hidrológicas também contribuem na determinação da vazão e na
concentração dos elementos característicos do chorume (LIBÂNIO, 2002).
Em estudo sobre a produção de chorume em colunas com diferentes idades,
Carvalho et al. (2006) concluíram que a produção é mais dependente da precipitação no
período do que da idade dos RSU, pois em condições de baixa disponibilidade hídrica os
RSU jovens, mesmo sendo ricos em materiais orgânicos degradáveis, produziram muito
19
pouco chorume.
Os compostos encontrados na composição do chorume produzido por aterros
sanitários que recebem exclusivamente resíduos domiciliares são divididos em quatro
categorias por Kjeldsen et al. (2002) citado por Santos (2010):
a) matéria orgânica dissolvida originada de restos alimentares flores e podas de
érvores (ZANTA & FERREIRA, 2003);
b) compostos orgânicos xenobióticos em baixas concentrações, os quais são
provenientes de produtos químicos contidos em embalagens como as de pesticidas e
produtos de limpeza (GIORDANO et al., 2011);
c) íons Ca, Mg, Na, K, N-amoniacal, Fe, Mn, cloreto, sulfato e carbonato de
hidrogênio;
d) metais pesados, que tem como principais fontes o material orgânico (Ni, Cu, Zn,
Hg, Pb), os plásticos (Cd), os materiais ferrosos (Pb e Cu) e o papel (Pb) (CASTILHOS JR,
1988 citado por CELERE et al., 2007).
A decomposição inicial dos resíduos sólidos nas células de aterros sanitários ocorre
em condição aeróbica e, após o esgotamento do oxigênio presente, pela ação de
microrganismos anaeróbicos (Figura 1). Os processos de decomposição aeróbica e
anaeróbica dos RSU envolvem três fases distintas, com uma duração de até 15 anos para a
estabilização final da produção de chorume (PACHECO, 2004).
Ácidos orgânicos
RESÍDUOS Solubilização e carbônicos ,
SÓLIDOS sais, proteínas,
(Fase aeróbica)
URBANOS amônia
CHORUME
lixiviado de resíduos urbanos faz com que este se torne efluente com grande potencial
poluidor, caso haja disposição inadequada (MOREIRA et al., 2009).
As portarias n° 01 de 1983, n° 31 de 1986 e n° 84 de 2002, regulamentadas pela Lei
nº 6.894 de 1980 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), as quais
estabelecem que para um resíduo ser registrado e comercializado no Brasil como um
fertilizante orgânico deve possuir especificações como: a) 40 % de matéria orgânica total
mínima; b) 1 % de nitrogênio total mínimo; c) 40 % umidade máxima; relação C/N máxima
de 18/1; d) pH em água mínimo de 6. De acordo com as portarias citadas acima, o
fertilizante orgânico deve estar ausente de agentes tóxicos e/ou patogênicos ao homem,
animais e plantas, ou seja, nenhum resíduo doméstico e indústrial poderia receber certificado
do MAPA devido a presença dos metais pesados.
A CETESB publicou, em 2001, um relatório onde estabelece valores orientadores
para a manutenção da qualidade dos solos e águas subterrâneas para o Estado de São Paulo.
Esses valores foram distribuídos em três definições para determinar em que estágio de risco
se encontra o recurso em questão (Tabela 1). O relatório define esses valores como:
a) Valor de referência de qualidade que indica o limite para que um solo seja
considerado limpo, em sua condição natural;
b) Valor de alerta que indica uma possível alteração da qualidade natural dos solos
e deve ser udado em caráter preventivo; e
c) Valor de intervenção que indica o limite de contaminação do solo, acima do qual
existe risco potencial à saúde humana e sugere a adoção de práticas de correção.
profundidade da raiz axial pode atingir 3 m de e das raízes laterais pode alcançar até 1 m. A
cultura tem origem afro-asiática, sendo encontrada em abundância na Etiópia e na Índia. É
uma planta de clima tropical e subtropical, bem adaptada às condições climáticas brasileira e
resistente à seca, o que facilitou sua propagação no país. A mamoneira tolera condições de
precipitação pluvial variando entre 400 e 700 mm/ano (MATOS, 2007; MONTEIRO, 2007).
As sementes da mamona apresentam um alto teor de óleo (48 e 50%), o qual,
embora não seja utilizado na alimentação humana, é o único óleo vegetal naturalmente
hidroxilado e tem em sua composição a predominância de um único ácido graxo que lhe
confere características de alta densidade e viscosidade, estabilidade física e química e
solubilidade em álcool em baixa temperatura. O óleo é utilizado por diversos setores
industriais como matéria-prima na fabricação de lubrificantes para aviões, fluidos
mecânicos, tintas, vernizes, plásticos, produtos de limpeza, cosméticos entre outras, além da
produção de biocombustíveis (MATOS, 2007; OLIVEIRA et al., 2006; VARGAS, 2006).
O processo de retirada do óleo das sementes da mamona gera um subproduto, a
torta, utilizada como fonte de nitrogênio nas produções agrícolas. A torta de mamona
também apresenta um efeito nematicida protegendo as culturas de vermes que possas atacar
as raízes e os frutos das plantas. É um excelente adubo orgânico com teores médios de
macronutrientes em sua composição, podendo ser utilizada também como alimentação
animal desde que haja a desintoxicação (MONTEIRO, 2007; SOUTO, 2007).
Vargas (2006) destaca a cultura da mamona como fonte de eneria renovável onde
sua produção seria destinada à fixação do carbono ou à redução da sua emissão e para
retirada dos gases poluentes, o que poderia dar suporte aos projetos do “Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo” (MDL) , determinados no Protocolo de Kyoto. De acordo com
Savy et al. (1999) citado por Souto (2007), cada hectare cultivado com mamona fixa o
equivalente a 10 toneladas de gás carbônico.
De acordo com levantamento de março/2012 realizado pelo IBGE, O Brasil possui
uma área estimada em 125.510 hectares destinados à produção de mamona (baga) com uma
produção em torno de 66.500 toneladas do produto em questão. A Bahia é o estado que se
destaca como maior produtor de mamona no país com um percentual de mais de 50% de
participação na safra nacional.
Souto (2007) afirma que o Brasil já foi um dos maiores produtores mundiais de
mamona e maior exportador do óleo, mas devido a perdas de mercado das últimas décadas a
produção sofreu quedas expressivas. Embora a produção venha apresentando declínio nos
últimos anos, os incentivos do Governo na produção de matéria-prima para os
25
3 MATERIAL E MÉTODOS
Figura 2. Detalhe da casa de vegetação utilizada nos experimentos que fazem parte deste estudo.
Fonte: Pesquisa de campo, 2012-2013.
Os três solos foram coletados em áreas virgens sem histórico de uso agrícola na
profundidade de 0,0 - 0,30 m. Em seguida foram retiradas subamostra de cada material de
solo para caracterização química seguindo metodologia recomendada pela EMBRAPA
(2009). A caracterização química e granulométrica dos solos (Tabela 2) foram realizadas
antes do ínicio da etapa experimental, sendo este procedimento necessário para a tomada de
decisão quanto a recomendação de adubação das culturas e para monitorar as alterações nas
propriedades químicas dos solos seguida da aplicação do chorume. Após a coleta e
caracterização, os solos foram secos ao ar, destorroados e peneirados em peneira de abertura
de 4,0 mm.
Os solos foram classificados de acordo com Embrapa Solos (2006). O primeiro solo
coletado na Fazenda Experimental Rafael Fernandes da UFERSA, distrito de Alagoinha
(Mossoró/RN), trata-se de um Argissolo Vermelho Amarelo de textura arenosa, o segundo
solo no município de Upanema/RN, corresponde a um Cambissolo Eutrófico de textura
franco argilo arenosa e o terceiro, classificado como Vertissolo de textura argilosa, foi
coletado no assentamento Santo Antonio pertencente ao município de Governador Dix-Sept
Rosado, localizado a 34 Km da cidade de Mossoró.
28
Figura 3. Imagem do Aterro Sanitário de Mossoró/RN onde foi coletado o chorume utilizado neste estudo.
Fonte: Google Earth.
Na
RAS (1)
Ca 2 Mg 2
2
Em que;
RAS - relação de adsorção de sódio, (mmolc L-1)0,5; e
Na+, Ca2+ e Mg2+ - concentrações sódio, cálcio e magnésio em mmolc L-1.
pH CE DQO DBO ST SS OG
(água) dS m-1 -1
-------------------------------------mg L -----------------------------------
7,69 17,34 5930 2967 21400 410 50
Fe Mn Cu Zn Pb Ni Cd
---------------------------------------------------mg L-1----------------------------------------------------
6,060 13,850 0,250 0,708 2,542 2,936 0,042
pH: potencial hidrogeniônico; CE: condutividade elétrica; DQO: demanda química de oxigênio; DBO: demanda
bioquímica de oxigênio; ST: sólidos totais; SS: sólidos suspensos; OG: óleos e graxas; Ntotal: nitrogênio toral; Ptotal:
fósforo total; N-NO-3: nitrogênio na forma de nitrato; K+: potássio trocável; Na+: sódio trocável; Ca2+: cálcio trocável;
Mg2+: magnésio trocável; Cl-: íon cloreto; CO32-: íon carbonato; HCO3-: íon bicarbonato; RAS: razão de adsorção de sódio;
Fe: ferro; Mn: manganês; Cu: cobre; Zn: zinco; Pb: chumbo; Ni: níquel; Cd: cádmio.
A. B.
Figura 4. Arranjo do sistema de distribuição da irrigação(A) e detalhe da sisposição dos emissores (B) em
ambos os ensaios realizados.
q25
UD 100 (2)
qm
Em que,
UD – uniformidade de distribuição, %;
q 25 – 25% das menores vazões, L h-1;
q m – vazão média do total de emissores, L h-1.
O manejo da irrigação foi realizado com base em dados de potencial mátrico da água
no solo obtidos a partir de tensiômetros instalados nos vasos a 0,15 m de profundidade
(Figura 5B). As irrigações eram realizadas quando a tensão encontrava-se entre 10 a 15 kPa
de acordo com a recomendação de Alvarenga (2004), sendo que a quantidade de água
aplicada era suficiente para manter os solos na capacidade de campo.
32
A. B.
t ha-1, o que equivale a 15,5 g por vaso de calcário dolomítico com PRNT de 70%. Antes da
incorporação do calcário elevou-se a umidade do solo até a capacidade de campo (Figura
6B) e realizou-se a mistura homogênea do calcário com o solo.
A. B.
Figura 6. Disposição das parcelas experimentais (A) e detalhe da aplicação de calcário no argissolo (B).
Com base no volume de solo em cada vaso, as doses de chorume calculadas foram:
0,0; 0,37; 0,75; 1,12 e 1,49 L vaso-1, o que correspondeu a 0; 31,91; 67,87; 101,73 e 135,64
m3 ha-1. As doses foram parceladas em 4 aplicações, sendo uma de base e três de cobertura
realizadas ao 15, 25 e 35 DAP e aplicadas com auxilio de uma proveta graduada (Figura
7A). O plantio foi realizado em 16 de novembro de 2012 com vinte sementes por vaso
(Figura 7B), com o intuito de garantir o estande de plantas necessário e também verificar o
efeito da aplicação do chorume na germinação e desenvolvimento das plântulas.
A. B.
Figura 7. Detalhe a aplicação do chorume no solo (A) e a realização da semeadura do girassol (B).
Aos quatorze dias após o plantio foi realizado o primeiro desbaste visando reduzir a
população de plantas, ocasião em que se avaliou a massa de matéria seca das plantas
desbastadas bem como as características de crescimento (altura de plantas, diâmetro do
caule e número de folhas).
34
A. B.
Figura 8. Avaliação periódica das características de crescimento (A) e amostragem de solo (B).
A. B.
Figura 9. Detalhe das plantas de girassol tratadas com doses de chorume aos 48 DAP (A) e detalhe da
formação do capítulo (B).
35
A. B.
Figura 10. Borra resultante da evaporação do chorume de aterro sanitário (A) e aplicação da borra no solo (B).
A. B.
Figura 11. Detalhe da semeadura da manona (A) e porte da planta da mamona na ocasião da coleta (B).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
quando comparados com o tratamento testemunha (solo nas condições naturais – Neossolo
Regolítico), porém a partir dos 60 DAP a situação se reverteu.
Utilizando doses de cama de frango na produção de milho, Silva et al. (2011)
verificaram que os tratamentos com a aplicação correspondente a 21 e 28 t ha-1 obtiveram as
maiores médias para altura de plantas quando comparadas ao tratamento convencional
(adubação mineral). Os autores atribuíram esse resultado devido ao incremento de matéria
orgânica, advinda da cama de frango, que melhorou as propriedades do solo e a sua
fertilidade.
Tabela 4. Resumo da análise de variância e médias para altura de plantas aos 14, 20, 25, 30,
35 e 48 dias após o plantio da cultura do girassol nos três solos estudados.
Estatística F para altura de plantas
FV GL
14 DAP 20 DAP 25 DAP 30 DAP 35 DAP 48 DAP
Blocos 3 2,14 ns 0,21ns 0,38ns 1,54ns 2,13ns 1,55ns
Doses 4 1,50 ns 0,41 ns 0,42ns 0,54 ns 1,08 ns 2,97*
Solo 2 25,42 ** 5,84 ** 4,61* 12,05 ** 26,77** 74,17**
Doses de
8 0,82 ns 1,32 ns 0,83 ns 0,77 ns 0,54 ns 1,70 ns
chorume x solo
Erro 42
CV 13,33 14,16 14,75 16,24 17,45 17,11
Argissolo 5,92 B 7,81 B 10,76 B 14,83 B 18,72 B 39,30 B
Cambissolo 7,83 A 8,90 A 11,79 AB 15,91 B 19,415 B 43,97 B
Vertissolo 7,73 A 8,98 A 12,39 A 18,85 A 26,59 A 71,50 A
ns * **
( ) não significativo; ( e ) p<0,05 e p<0,01, respectivamente. Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem si
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
plantas com o aumento das doses de chorume (Figura 12B). Esse comportamento pode estar
associado a concentração elevada de sais nas maiores doses, provocando aumento da
condutividade elétrica (CE) do solo e, consequentemente, a redução na altura das plantas.
Sousa et al. (2012) observaram que o aumento da CE do solo provocou a redução
para a altura de plantas de amendoim cultivados em argissolo de textura franco arenosa,
mesmo na presença de biofertilizante (esterco bovino). Correia et al. (2005) obtiveram alta
correlação entre a CE da água de irrigação e a altura das plantas, demosntrando que esta
variável é bastante sensível a concentração de sais.
.
A B
Figura 12. Médias da variável altura de plantas em diferentes períodos do ciclo do girassol nos três solos
estudados (A) e Altura das plantas do girassol em função das doses de chorume aplicadas aos 48 DAP (B).
A B
A
A
C D
A
E F
A A
Figura 13. Comportamento das variáveis de crescimento em função das doses de chorume aplicadas nos
diferentes solos cultivados com girassol aos 48 DAP: altura de plantas (A), diâmetro do caule (B), materia
fesca (C) e (D) e seca (E) e (F) da folha e do caule.
Tabela 6. Resumo da análise de variância para as propriedades químicas dos solos aos 15
DAP em função das doses de chorume aplicadas.
Estatistica F
FV GL
PH CE Na K P Cu Fe Mn Zn N
Argissolo
Doses 4 0,78ns 2,02ns 5,20* 7,20** 1,45ns 22,17** 0,76ns
Linear 1 0,03ns 1,86ns 11,99** 027,48** 0,00ns 71,57** 0,05ns
Quad. 1 0,60ns 0,06ns 0,02ns 0,34ns 2,54ns 13,46** 0,00ns
Erro 20
CV 4,9 55,24 19,07 29,32 14,63 22,91 5,12 6,8 31,32 33,55
Cambissolo
Doses 4 1,19ns 9,48** 4,23* 9,56** 0,62ns 1,09ns 0,48ns - 0,96ns 0,37ns
Linear 1 0,03ns 25,84** 14,05** 28,80** 0,17ns 3,44ns 0,79ns - 1,02ns 0,13ns
Quad. 1 0,86ns 6,40* 1,50ns 4,52ns 0,00ns 0,00ns 0,24ns - 0,87ns 1,25ns
Erro 20
CV 2,83 28,66 26,28 9,33 20,24 11,97 14,65 - 24,17 23,15
Vertissolo
Doses 4 4,50* 27,48** 90,98** 87,79** 7,08** 8,88**
Linear 1 16,56** 48,29** 332,04** 321,72** 15,45** 0,71ns
Quad. 1 0,39ns 2,84ns 0,63ns 9,78* 0,68ns 13,03**
Erro 20
CV 0,78 13,3 8,02 1,89 15,58 8,14 52,17 5,65
ns * **
( ) não significativo; ( e ) p<0,05 e p<0,01, respectivamente.
A. B.
Figura 14. Valores de pH em função das doses de chorume aplicadas em Vertissolo (A) e Valores de
condutividade elétrica em função das doses de chorume aplicadas em Cambissolo e Argissolo (B) aos 15 DAP
da cultura do girassol.
44
CTC, como é o caso do Vertissolo (65,31 cmolc dm-3), e consequentemente menores serão
perdas por lixiviação e maior será a capacidade de armazenamento desse solo (WERLE et
al., 2008). Em estudo com aplicação de lodo de esgoto em argissolo cultivado com
braquiárias, Araújo et al. (2009) observaram redução nos teores de K após 50 dias da adição
do lodo.
A. B.
Figura 15. Concentração de sódio (A) e potássio (B) em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo,
Cambissolo e Vertissolo aos 15 DAP da cultura do girassol.
ao potencial redox do solo, a acidez em solos bem aerados podem aumentar a concentração
de Mn na solução do solo (SIMONETE & KIEHL, 2002).
Romeiro (2012) estudando a adição de diferentes doses de lodo de esgoto observou
uma tendência linear crescente para todos os micronutrientes, inclusive o Mn, em função do
aumento das doses para as três épocas avaliadas em um Latossolo. Vale salientar que neste
estudo o pH do solo diminuiu a medida que aumentaram as doses de lodo de esgoto.
A. B.
C.
Figura 16. Concentração de ferro em função das doses de chorume aplicadas em Vertissolo (A), Concentração
de manganês em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo (B) e, Concentração de nitrogênio em
função das doses de chorume aplicadas em Vertissolo (C) aos 15 DAP da cultura do girassol.
estudados em função das aplicações crescentes de chorume referente aos 30 DAP, ou seja,
após duas aplicações dos tratamentos.
Tabela 7. Resumo da análise de variância para as propriedades químicas dos solos aos 30
DAP em função das doses de chorume aplicadas.
Estatistica F
FV GL
PH CE Na K P Cu Fe Mn Zn N
Argissolo
Doses 4 4,32* 23,59** 5,53* 17,78** 1,48ns 1,49ns 2,57ns 1,64ns 4,40* 0,81ns
ns ns ns ns ns
Linear 1 12,74** 84,29** 17,59** 56,65** 1,59 5,06 0,52 3,15 6,65* 1,00
ns ns ns ns ns ns ns ns ns
Quad. 1 0,35 4,15 0,44 5,92* 0,79 3,13 3,21 1,05 1,08 1,03
Erro 20
CV 7,69 24,15 34,66 24,89 14,63 22,91 10,38 12,21 31,32 23,31
Cambissolo
Doses 4 4,61* 5,17* 9,11** 8,79** 1,66ns 1,48ns 1,11ns 13,75** 6,00* 1,95ns
ns ns ns ns ns
Linear 1 8,65* 16,55** 30,74** 25,90** 3,53 1,58 1,78 44,39** 2,21 4,88
ns ns ns ns ns ns ns ns ns
Quad. 1 1,67 0,79 1,16 5,30* 0,00 1,69 0,10 5,04 1,46 0,10
Erro 20
CV 3,04 44,01 30,33 20,46 6,83 7,39 10,66 5,56 14,1 11,19
Vertissolo
Doses 4 0,77ns 3,95* 5,73* 8,81** 0,49ns 0,91ns 0,34ns 9,77** 3,69* 0,40ns
ns ns ns ns ns
Linear 1 2,82 10,58* 18,37** 30,02** 0,10 0,05 0,32 30,34** 5,82* 0,06
ns ns ns ns ns ns ns
Quad. 1 0,22 4,34 3,71* 2,09 1,33 0,12 0,78 5,65* 7,30* 0,60
Erro 20
CV 1,24 32,6 36,81 16,46 25,13 30,75 33,28 8,14 52,17 12,67
(ns) não significativo; (* e **) p<0,05 e p<0,01, respectivamente.
do chorume utilizado podem ser as causas que levaram ao aumento dessa variável nos solos.
Esse resultado está de acordo com o encontrado por Abreu Jr. et al. (2000) em estudo com
composto de lixo adicionado a 26 solos de diferentes regiões do Brasil.
A. B.
Figura 17. Valores de pH em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo e Cambissolo (A) e
Valores de condutividade elétrica em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo, Cambissolo e
Vertissolo (B) aos 30 DAP da cultura do girassol.
A. B.
Figura 18. Concentração de sódio (A) e potássio (B) em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo,
Cambissolo e Vertissolos aos 30 DAP da cultura do girassol.
Guimarães (2009) consideraram baixo o aporte de K em solos tratados com lodo biológico e
concluíram que esse resultado pode ser devido a baixa comcnetração desse elemento no lodo
utilizado.
O Vertissolo e o Cambissolo obtiveram aumentos lineares (p < 0,01) nas
concentrações de Mn a medida que as doses de chorume aplicadas aumentaram (Figura
19A). Apesar dos dois solos apresentarem pH próximos a neutralidade, o que dificulta a
solubilidade do Mn, o incremento de matéria orgânica por meio da aplicação de chorume
explicaria esse comportamento. De acordo com Abreu et al. (2007), o aumento do pH do
solo diminui a concentração dos micronutrientes na solução do solo. No entanto, em solos
com elevados teores de matéria a incidência de deficiência por Mn é muito menor que em
solos pobres em matéria orgânica, isso porque o Mn forma complexos estáveis com ligantes
orgânicos.
Apesar da sensibilidade do Zn a variações do pH, o Argissolo e o Vertissolo
apresentaram aumento na concentração deste elemento mediante aplicação das maiores
doses do chorume. O Argissolo respondeu aos tratamentos com um modelo linear
significativo (p < 0,05), enquanto o Vertissolo caracterizou comportamento quadrático (p <
0,05) (Figura 19B).
A faixa ideal de pH para maior disponibilidade de Zn está entre 5,0 e 6,5 (Abreu et
al., 2007). Essa condição é válida para o Argissolo, que apesar de ter apresentado aumento
de pH para essa análise, manteve-se na faixa adequada, enquanto que o Vertissolo não
atende essa condição para a maior disponibilidade do Zn. No entanto, Messias et al. (2007)
em estudo sobre a movimentação dos micronutrientes em solos de textura média tratado com
lodo de esgoto, observaram uma correlação positiva entre a CE e a concentração de Zn no
solo.
O Cambissolo não apresentou comportamento específico para explicar as variações
de Zn devido as aplicações das doses de chorume. Porém, foi o único solo que sofreu
influencia das doses nas concentrações de N representada por uma tedência linear crescente
(p < 0,05) (Figura 19C).
O que define a quantidade de N disponível nos solos é o balanço final entre os
processos de mineralização e imobilização. Dessa forma, pode-se afirmar que, neste caso, o
que prevaleceu no Cambissolo foi uma maior mineralização desse nutriente, um aumento na
quantidade de N na forma inorgânica. A mineralização de N geralmente resulta em aumento
de pH e a faixa estabelecidas para as condições ótimas para que ocorra esse processo é de
51
A. B.
C.
Figura 19. Concentração de manganês em função das doses de chorume aplicadas em Cambissolo e Vertissolo
(A), Concentração de zinco em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo, Cambissolo e Vertissolo
(B) e, Concentração de nitrogênio em função das doses de chorume aplicadas em Cambissolo (C) aos 30 DAP
da cultura do girassol.
O resumo da análise estatísitica para o efeito das doses de chorume aplicadas nos
solos aos 45 DAP encontra-se distribuído na Tabela 8. As análises químicas realizadas para
este período corresponde a adição de toda a quantidade estabelecida para o ciclo da cultra do
girassol, ou seja, foram aplicadas 4 parcelas dos tratamentos, onde a dose máxima de
chorume estabelecida foi de 135,64 m3 ha-1.
Assim os solos apresntaram os seguintes efeitos: o Argissolo apresentou influencia
significativa em função das doses de chorume para as variáveis Fe (p < 0,01), pH e CE (p <
0,05), apresentando comportamento linear significativo (p < 0,01) para pH e CE, e ao nível
de 5% para o Fe; a CE e o Mn foram as únicas variáveis que obtiveram alterações mediante
as doses de chorume aplicadas no Cambissolo ao nível de 5% de probabilidade, com
equações lineares significativas (p < 0,01) explicando seu comportamento; o Vertissolo não
52
Tabela 8. Resumo da análise de variância para as propriedades químicas dos solos aos 45
DAP em função das doses de chorume aplicadas.
Estatistica F
FV GL
PH CE NP Cu Fe Mn Zn Ni
Argissolo
Doses 4 6,00* 5,90* 0,10 1,38ns
ns
8,05** 0,43ns 0,59ns
ns ns
Linear 1 13,41** 18,50** 0,16 3,54 9,78* 0,35ns 2,25ns
ns ns ns ns
Quad. 1 0,08 0,09 0,11 0,30 1,19ns 1,29ns 0,07ns
Erro 20
CV 5,88 23,32 33,72 23,7 22,91 6,18 33,7 46,6
Cambissolo
Doses 4 0,99ns 6,81* 0,69 0,11ns 1,38ns 0,93ns 4,32* 0,11ns 1,13ns
ns
Linear 1 1,35ns 24,84** 0,00ns 0,13ns 0,23ns 2,72ns 14,03** 0,00ns 3,16ns
Quad. 1 0,29ns 0,93ns 0,00ns 0,00ns 4,20ns 0,08ns 0,03ns 0,22ns 1,35ns
Erro 20
CV 3,51 36,48 16,78 28,05 18,57 17,53 17,8 36,47 63,3
Vertissolo
ns
Doses 4 2,19 0,38 2,36ns
ns
0,86ns 0,87ns 2,16ns 2,26ns
Linear 1 8015* 0,10ns 0,03ns 0,02ns 2,45ns 0,27ns 0,50ns
Quad. 1 0,00ns 0,51ns 0,48ns 0,44ns 0,38ns 1,98ns 0,00ns
Erro 20
CV 0,78 45,08 15,5 16,27 85 15,86 46,99 30,73
(ns) não significativo; (* e **) p<0,05 e p<0,01, respectivamente.
Assim como na amostragem aos 30 DAP, aos 45 DAP a CE dos solos apresentou
variações linearmente crescentes para o Argissolo e Cambissolo (p < 0,01) e Vertissolo (p
<0 ,05) (Figura 20B). Nesse período da análise os maiores valores de CE foram 0,83; 0,77 e
0,57 dS m-1 para o Vertissolo, Argissolo e Cambissolo respectivamente na maior dose
aplicada. Esses valores são menores que os apresentadores para a CE dos solos ao 30 DAP,
contudo esse resultado condiz com o encontrado por Oliveira et al. (2002) onde os maiores
valores da CE foram obtidos aos 30 dias após a incorporação das doses de composto de lixo
ao solo em ambos os anos agrícolas referentes ao estudo.
A. B.
Figura 20. Valores de pH em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo (A) e Valores de
condutividade elétrica em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo, Cambissolo e Vertissolo (B)
aos 45 DAP do girassol.
A. B.
Figura 21. Concentração de ferro em função das doses de chorume aplicadas em Argissolo (A) e Concentração
de manganês em função das doses de chorume aplicadas em Cambissolo (B) aos 45 DAP da cultura do
girassol.
A B
A
A
Figura 22. Variáveis de crescimento em função das doses da borra proveniente do chorume de aterro sanitário
nos dois solos estudados. % germinação (A), altura de plântulas (B).
Tabela 10. Resumo da análise de variância e médias para as variáveis de crescimento das
plantas de mamona colhidas aos 35 DAP.
Estatistica F
FV GL
AP DC MFF MFC MSC MSF
Doses 4 3,11* 5,23** 14,40** 3,82* 2,26ns 4,30*
Solo 1 46,67** 0,60ns 119,47** 3,74ns 6,46* 33,91**
Doses x solo 4 2,70ns 0,90ns 0,83ns 0,94ns 1,22 ns 0,36ns
Erro 20
CV 9,57 7,76 10,02 18,12 20,04 15,38
Médias
solos
(cm) (mm) ...........................(g).........................
Argissolo 11,99 B 6,30 A 11,98 A 3,49 A 0,59 B 2,41 A
Cambissolo 15,24 A 6,20 A 7,99 B 3,96 A 0,71 A 1,74 B
(ns) não significativo; (* e **) p<0,05 e p<0,01, respectivamente. Médias seguidas de mesma letra na coluna não
diferem si pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade.
57
A B
A
A
C D
A
E F
A A
Figura 23. Variáveis de crescimento em função das doses da borra proveniente de chorume de aterro sanitário:
altura de plantas (A), diâmetro do caule (B), materia fesca (C) e (D) e seca (E) e (F) da folha e do caule.
58
Tabela 11. Resumo da análise de variância e médias para as propriedades químicas dos
solos em função das doses da borra proveniente do chorume de aterro sanitário.
Estatistica F
FV GL
pH Na Cu Zn Pb
Doses 4 17,49** 14,57** 3,33* 2,61ns 5,85**
Solo 1 60,57** 147,02** 49,34** 19,65** 120,80**
Doses x solo 4 10,23** 8,81** 0,51ns 2,72* 7,12**
Erro 20
CV 2,84 17,95 25,54 50,14 12,43
Médias
Dose (m3 ha-1) Solos
(mg dm-3)
Argissolo 7,23 A 138,17 B 0,70 B 0,50 A 3,20 B
0
Cambissolo 7,44 A 450,38 A 1,02 A 0,45 A 10,03 A
A. B.
Figura 24. Valores de pH em função das doses de borra proveniente do chorume aplicadas (A) e Concentração
de Cu em função das doses de borra proveniente do chorume aplicadas (B) em ambos os solos cultivados com
mamona.
60
O Cu não obteve efeito significativo para a interação doses x solo, logo a Figura
24B mostra apenas as médias da concentração de Cu em função das doses aplicadas, as
quais apresentaram descréscimo conforme aumentou-se a concentração das doses. Esse
decréscimo ma concentração de Cu nos solos pode estar relacionado ao aumento do pH a
partir das aplicações da borra do percolado. De acordo com Sousa et al. (2007), a
disponibilidade deste micronutriente diminue com a elevação do pH do solo.
Diferente da resposta encontrada nesta pesquisa para o comportamento do
Argissolo, Marques et al. (2006) verificaram efeito quadrático significativo a 5% de
probabilidade para as concentrações de Zn e Pb em argissolo de textura média tratado com
lodo de esgoto, as maiores concentrações foram alcançadas com a dose correspondente a 40
t ha-1. Nachtigall et al. (2009) avaliando o efeito do pH através de adições de concentrações
de HNO3 em amostras de Neossolo e Cambissolo, observaram quando o pH encontra-se em
faixas próximas a neutralidade, os teores de Zinco extraídos com Mehlich III diminuem,
pois o Zn pode ser adsorvido nos óxidos de Fe e Al e/ou ser precipitado nas formas
hidroxiladas nessa faixa de pH.
A. B.
C.
Figura 25. Concentrações dos elementos – chumbo (A), zinco (B) e sódio (C) - em função das doses da borra
proveniente de chorume de aterro sanitário aplicadas nos dois solos estudados.
61
Tabela 12. Resumo da análise de variância correspondente ao efeito das doses em cada solo
estudado.
Estatistica F
FV GL
CE K P Fe Mn
Argissolo
Doses 4 18,87** 7,73** 52,92** 0,38ns 0,26ns
ns ns
Linear 1 24,24** 25,41** 203,61** 0,67 0,01
ns ns ns
Quad. 1 19,09** 4,39 7,77* 0,29 0,24
Erro 20
CV 14,9 29,66 11,53 16,46 16,11
Cambissolo
Doses 4 17,66** 26,69** 13,92** 0,45ns 1,02ns
ns ns
Linear 1 55,85** 105,28** 49,90** 0,02 3,68
ns ns ns ns
Quad. 1 11,05** 0,26 0,31 1,63 0,78
Erro 20
CV 24,78 16,19 27,19 27,35 18,87
(ns) não significativo; (* e **) P<0,05 e P<0,01, respectivamente.
62
O comportamento dos atributos químicos nos solos em função das doses aplicadas
foi determinado por modelos lineares significativos (p < 0,01). Observa-se que a CE, K e P
aumentaram com a aplicação das maiores doses da borra (Figura 26).
A. B.
C.
Figura 26. Resposta dos atributos químicos em função das doses da borra proveniente de chorume de aterro
sanitário aplicadas nos dois solos estudados. Condutividade elétrica (A), potássio (B), fósforo (C).
5 CONCLUSÕES
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