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UFRRJ

INSTITUTO DE FLORESTAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS E
FLORESTAIS

DISSERTAÇÃO

Fungos Micorrízicos Arbusculares na produção de mudas de


Albizia polycephala

Renata Soares dos Santos

2016
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FLORESTAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS E
FLORESTAIS

FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES NA PRODUÇÃO DE


MUDAS DE Albizia polycephala

RENATA SOARES DOS SANTOS

Sob a Orientação da Professora


Eliane Maria Ribeiro da Silva

e Co-orientação do Professor
Orivaldo José Saggin Júnior

Dissertação submetida como requisito


parcial para obtenção do grau de
Mestre em Ciências, no curso de Pós-
Graduação em Ciências Ambientais e
Florestais, área de Concentração em
Silvicultura e Manejo Florestal.

Seropédica, RJ
Fevereiro de 2016
UFRRJ / Biblioteca Central / Divisão de Processamentos Técnicos

579.5
S237f Santos, Renata Soares dos, 1988-
T Fungos micorrízicos arbusculares na
produção de mudas de Albizia polycephala /
Renata Soares dos Santos – 2016.
44 f.: il.

Orientador: Eliane Maria Ribeiro da


Silva.
Dissertação (mestrado) – Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro, Curso de
Pós-Graduação em Ciências Ambientais e
Florestais.
Bibliografia: f. 32-41.

1. Fungos – Teses. 2. Fungos do solo –


Teses. 3. Micorriza – Teses. 4. Árvores –
Mudas – Teses. I. Silva, Eliane Maria
Ribeiro da, 1956-. II. Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro. Curso de
Pós-Graduação em Ciências Ambientais e
Florestais. III. Título.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FLORESTAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AMBIENTAIS E FLORESTAIS

RENATA SOARES DOS SANTOS

Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências,
no Curso de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais, área de Concentração em
Silvicultura e Manejo Florestal.

DISSERTAÇÃOAPROVADA EM 19/02/2016

Eliane Maria Ribeiro da Silva. Ph.D. Embrapa Agrobiologia


(Orientador)
Cristiane Figueira da Silva. Dra. UFRRJ

Marco Aurélio Carbone Carneiro. Dr. UFLA

AGRADECIMENTOS

À DEUS por ter me dado discernimento para finalizar mais uma etapa da minha vida
acadêmica.

À minha família, especialmente minha mãe que sempre me deu força para fazer o que eu
queria, mesmo sendo longe de casa.

À família que construi ao lado do meu marido Rafael e pela sua imensa ajuda nos trabalhos e
nos cuidados com nossa filha Olga.

À minha orientadora (Eliane) pela confiança e ajuda em vários momentos e ao meu Co-
orientador (Orivaldo) pelo auxilio nos trabalhos.

Agradeço imensamente a todos da Embrapa Agrobiologia e em especial as pessoas do


laboratório de Micorrizas (Itamar, Cris, Rosalba) e Fauna do solo (Roberto, Fernanda, Eloísa,
Fernando).

Aos amigos que conquistei nessa jornada e que vou levar para a vida toda, tanto do
alojamento da Embrapa como os que começaram o mestrado comigo (Júlio, Marcelly e
Pablo).

Sem vocês não teria chegado até aqui.

OBRIGADA a todos por tudo!


RESUMO

SANTOS, Renata Soares dos. Fungos micorrízicos arbusculares na produção de mudas


de Albizia polycephala. 2016. 44p. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais e
Florestais). Instituto de Florestas, Departamento de Silvicultura, Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2016.

Atualmente existe a necessidade de se produzir mudas a baixo custo e com ótima qualidade
para serem utilizadas na recuperação de áreas degradadas e a utilização dos fungos
micorrízicos arbusculares (FMAs) pode melhorar o seu desenvolvimento em solos de baixa
fertilidade. Os FMAs apresentam vários benefícios para as plantas, pois promovem uma
maior sobrevivência e estabelecimento das mudas no campo, já que com a simbiose as hifas
melhoram o aproveitamento de água e nutrientes. E diante disso o presente trabalho teve
como objetivo geral avaliar o crescimento de mudas de Albizia polycephala inoculadas com
diferentes FMAs. Primeiramente foram produzidos inoculantes através de vasos armadilhas
com espécies de FMAs nativos, obtidos a partir de coletas de solo na rizosfera de matrizes de
Albizia polycephala. Posteriormente foram realizados dois experimentos, sendo no primeiro
testadas cinco espécies de FMAs provenientes da Coleção de fungos micorrízicos
arbusculares da Embrapa Agrobiologia (COFMEA), em blocos inteiramente casualizados,
com seis tratamentos (Testemunha – sem inoculação, Scutellospora calospora (T.H. Nicolson
& Gerd.) C. Walker & F.E. Sanders, Acaulospora colombiana (Spain & N.C. Schenck)
Kaonongbua, J.B. Morton & Bever, Claroideoglomus etunicatum (W.N. Becker & Gerd.) C.
Walker & A. Schüßler, Dentiscutata heterogama (T.H. Nicolson & Gerd.) Sieverd., F.A.
Souza & Oehl e Gigaspora margarita W.N. Becker & I.R. Hall) e nove repetições. No
segundo experimento foram testados os inoculantes de FMAs nativos (inoculante nativo) e as
melhores espécies de FMAs do primeiro experimento (inoculante Embrapa). O delineamento
experimental utilizado foi em blocos casualizados com oito repetições, em fatorial 3 x 4, ou
seja, três tratamentos (uma testemunha – sem inoculação e dois inoculantes – inóculo nativo e
mistura de três espécies provenientes da COFMEA) e quatro doses de P (0, 35, 140 e 350
mg/dm³), aplicado na forma de superfosfato simples. As sementes de Albizia polycephala
germinaram em bandejas contendo areia e vermiculita (2:1com base em volume) e quando as
plântulas tinham um par de folhas foram transplantadas junto com o inoculante em recipientes
plásticos de 700 ml com tubete de PVC de 380 cm³ acoplado em seu fundo. Durante os
experimentos foram realizadas medições quinzenais de altura e diâmetro e após a coleta, as
avaliações de taxa de colonização da raiz, densidade de esporos, matéria seca da parte aérea,
matéria seca da raiz, razão raiz/parte aérea e teor de fósforo foliar. Os resultados obtidos
através das avaliações mostraram que a espécie de Acaulospora colombiana foi a mais
eficiente em promover o crescimento de Albizia polycephala. Além disso, o inoculante da
COFMEA proporcionou melhores crescimentos em diferentes doses de fósforo do que o
inoculante nativo. Desta forma, pode-se afirmar que a espécie testada apresenta associação
com FMAs de forma eficiente e tem alta dependência micorrízica.

Palavras-chave: Inoculante, mudas florestais, angico-branco, micorrizas

ABSTRACT

SANTOS, Renata Soares dos. Fungos micorrízicos arbusculares na produção de mudas


de Albizia polycephala. 2016. 44p. Dissertation (Master of Environmental Science and
Forestry). Instituto de Florestas, Departamento de Silvicultura, Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2016.

Currently there is a need to produce seedlings at low cost and with high quality to be used in
the recovery of degraded areas and the use of arbuscular mycorrhizal fungi (AMF) can
improve their development in low fertility soils. AMF have several benefits for the plants,
because they promote increased survival and establishment of seedlings in the field, as with
the symbiosis hyphae improve water use and nutrients. And before this, the present study
aimed to evaluate the growth of seedlings Albizia polycephala inoculated with different AMF.
First they were produced inoculants through traps vessels with species of native AMF
obtained from samplings in the rhizosphere of matrices Albizia polycephala. Later two
experiments were conducted, the first being tested five species of AMF from the Collection
arbuscular mycorrhizal fungi of Embrapa Agrobiology (COFMEA), mounted in a completely
randomized block design with six treatments (control - without inoculation, Scutellospora
calospora (T.H. Nicolson & Gerd.) C. Walker & F.E. Sanders, Acaulospora colombiana
(Spain & N.C. Schenck) Kaonongbua, J.B. Morton & Bever, Claroideoglomus etunicatum
(W.N. Becker & Gerd.) C. Walker & A. Schüßler, Dentiscutata heterogama (T.H. Nicolson
& Gerd.) Sieverd., F.A. Souza & Oehl e Gigaspora margarita W.N. Becker & I.R. Hall) and
nine repetitions. In the second experiment inoculants native AMF were tested (native
inoculant) and the best species of AMF in the first experiment (Embrapa inoculant). The
experimental design was randomized blocks with eight repetitions, in a factorial 3 x 4, that is,
three treatments (a witness - no inoculation and two inoculants - native inoculum and mixture
of three species from COFMEA) and four doses of P (0, 35, 140 and 350 mg/dm³), applied in
the form of superphosphate. The seed Albizia polycephala germinated in trays with sand and
vermiculite (2: 1with based on volume) and when the seedlings had a pair of leaves were
transplanted with the inoculant in plastic containers of 700 ml with PVC cartridge 380 cm³
coupled your background. During the experiments were conducted biweekly measurements of
height and diameter and after collection, the root colonization rate assessments, spore density,
dry matter of shoot, root dry matter, reason root /shoot and leaf phosphorus content . The
results obtained through the evaluations showed that the species of Acaulospora colombiana
was the most effective in promoting the growth of Albizia polycephala. Furthermore, the
inoculant of COFMEA provided better growth in different phosphorus levels than native
inoculant. Thus, it can be stated that the tested species has association with AMF efficiently
and has high dependence mycorrhizal.

Key words: Inoculant, forest seedlings, angico-branco, mycorrhizae

SUMÁRIO
UFRRJ / Biblioteca Central / Divisão de Processamentos Técnicos....................................3
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................................................3
2.1 Albizia polycephala.............................................................................................................3
2.2 Fungos Micorrízicos Arbusculares para Recuperação de Áreas Degradadas..............4
2.3 Fungos Micorrízicos Arbusculares na Produção de Mudas Florestais..........................5
3 MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................................7
3.1 Área de Estudo e Escolha da Espécie Florestal................................................................7
3.2 Identificação, Contagem e Multiplicação dos FMAs.......................................................7
3.3 Avaliação do Efeito de Espécies de FMAs da Embrapa Agrobiologia em Albizia
polycephala - 1º experimento...................................................................................................8
3.3.1 Germinação das sementes e inoculação das plântulas com FMAs....................................8
3.3.2 Condução do experimento e avaliação do crescimento inicial de mudas de Albizia
polycephala.................................................................................................................................9
3.4 Avaliação da Dependência e Resposta de Albizia polycephala a FMAs - 2º
experimento.............................................................................................................................10
3.4.1 Germinação das sementes e inoculação das plântulas com FMAs..................................10
3.4.2 Condução do experimento e avaliação do crescimento inicial de mudas de Albizia
polycephala...............................................................................................................................11
3.5 Análises dos Dados............................................................................................................12
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................13
4.1 Culturas Armadilhas........................................................................................................13
4.2 1º Experimento..................................................................................................................14
4.3 2º Experimento..................................................................................................................23
5 CONCLUSÕES....................................................................................................................35
6 REFERÊNCIAS...................................................................................................................37
1 INTRODUÇÃO

A mata ciliar desempenha importantes funções sociais e ecológicas, como a


preservação dos mananciais hídricos que garante o abastecimento público, irrigação, uso
industrial, preservação da biodiversidade e manutenção do equilíbrio ecológico (AVILA et
al., 2011). No âmbito ecológico, possuem a função de corredores para a fauna, diminuem a
erosão do solo, auxiliam na manutenção da qualidade das águas dos rios e lagos (WWF,
2014) e promovem o armazenamento de carbono na biomassa vegetal (BRAGHIROLLI et al.,
2012).
Para a preservação e recuperação das matas ciliares (CÓDIGO FLORESTAL, 2012)
mudas tem sido usadas, principalmente de espécies nativas que conservam a biodiversidade,
tanto da fauna como da flora do local (CARNEIRO et al., 1998). As leguminosas arbóreas
merecem destaque neste cenário, pois favorecem a deposição de serrapilheira com baixa
relação C/N (CALDEIRA et al., 1997) e associadas ao uso de microrganismos, as mesmas
reduzem o uso de fertilizantes, já que muitas das espécies utilizadas são capazes de formar
simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico e com fungos micorrízicos
arbusculares (FMAs), que contribuem para a absorção de nutrientes, com destaque para o
fósforo devido à sua baixa mobilidade no solo (NOGUEIRA et al., 2012).
Com isso, existe uma grande procura por tecnologias que promovam a produção de
mudas florestais de baixo custo, de ótima qualidade e capazes de sobreviverem em solos de
baixa fertilidade utilizando biotecnologias como a inoculação de FMAs (SCABORA et al.,
2011). As micorrizas arbusculares podem diminuir ou controlar os danos causados por outros
fungos patogênicos e certas pragas, interferir nas relações água-planta com o aumento da
tolerância ao déficit hídrico, promovendo uma nutrição balanceada nas plantas e maior vigor
(STÜRMER; SIQUEIRA, 2013). As hifas extrarradiculares dos FMAs também auxiliam no
processo de formação de agregados no solo, o que auxilia na manutenção da umidade e na
aeração do solo (AUGÉ et al., 2001; STÜRMER; SIQUEIRA, 2013).
A utilização de inoculantes micorrízicos apresenta grande potencial de mercado no
Brasil, mas estes ainda não são produzidos comercialmente (STEFFEN et al., 2010). Nos
métodos tradicionais de produção de inoculantes sempre há a preocupação com o isolamento
de espécies e a presença de propágulos de outras espécies se torna um problema (IJDO et al.,
2011). Já a produção de inoculantes de FMAs indígenas (nativos) apresenta algumas
vantagens, que inclui baixo custo, maior diversidade taxonômica, uso de espécies localmente
adaptadas e maior flexibilidade de acesso aos inoculantes (DOUDS JR. et al., 2010; IJDO et
al., 2011). Uma das desvantagens é a dificuldade em garantir a ausência de contaminantes
(IJDO et al., 2011).
Para Schwartz et al. (2006) o uso de FMAs nativos é uma alternativa fácil e de baixo
custo, que minimiza o risco de propagação de patógenos e pragas de outros locais. Além
disso, este tipo de inoculante nativo com diversas espécies aumenta a chance de efeitos
positivos na planta, já que cada espécie de FMA pode ter uma função benéfica diferente para
a planta, melhorando o seu desenvolvimento, acelerando a restauração ecológica do ambiente
do solo, promovendo o crescimento das plantas (HUANTE et al., 2012) e uma alta
colonização de raízes (PALUCH et al., 2013).
Diante disso o objetivo geral do trabalho é avaliar o crescimento de mudas de Albizia
polycephala inoculadas com diferentes FMAs. E os objetivos específicos: produzir e
caracterizar inoculantes nativos a partir de amostras de solo da rizosfera de matrizes de
Albizia polycephala; selecionar espécies de FMAs eficientes no crescimento de Albizia
1
polycephala; comparar o inoculante nativo com o da Embrapa no crescimento de Albizia
polycephala e com base no crescimento das mudas determinar o efeito da inoculação e a
dependência micorrízica em Albizia polycephala.

2
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Albizia polycephala

A espécie arbórea Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record. (IGANCI, 2014)


pertencente à família Fabaceae, é uma semidecídua, heliófita, com indivíduos que atingem
entre 8 a 25 metros de altura e tronco de 40 a 60 cm de diâmetro na idade adulta (SEQUEIRA
et al., 2002; CARVALHO, 2006). Pode ser conhecida por diversos nomes vulgares, mas o
principal é angico-branco (CARVALHO, 2006).
Espécie endêmica que apresenta ampla ocorrência natural nos biomas Caatinga, Mata
Atlântica e Cerrado de 15 estados brasileiros (CARVALHO, 2006; IGANCI, 2014). O fruto é
uma vagem deiscente, achatada de cor creme quando madura, contendo de três a sete
sementes amareladas e duras, florescendo durante os meses de novembro a dezembro, e com
maturação nos períodos de maio a junho (BARROSO et al., 2004).
Pertence ao grupo ecológico das clímax exigentes de luz e com dispersão anemocórica
(ALVARENGA et al., 2006; CARVALHO et al., 2006), mas em trabalho de Zangaro et al.
(2003) as espécies do gênero Albizia são classificadas como secundária inicial. A Albizia
polycephala ocorre no interior de florestas primárias, bem como nas associações secundárias
(capoeira e capoeirões) de florestas ombrófilas e estacionais, ocupando o dossel florestal e se
apresentando em pequenas populações com distribuição descontínua (CARVALHO, 2006;
CAIAFA; MARTINS, 2010; VALE et al., 2013).
As espécies do gênero Albizia apresentam um enorme potencial de uso em práticas
florestais e agroflorestais, e a A. polycephala tem grande potencial de uso na restauração de
áreas sucessionais e formações florestais onde ocorrem (SAJEEVUKUMAR et al., 1995;
CARVALHO et al., 2006; MORAES et al., 2013). Podem apresentar uma alta abundância e
valores de importância (VENZKE et al., 2012), frequência, densidade e dominância relativa
de ocorrência em formações naturais da Mata Atlântica (BATISTA et al., 2012).
Há divergências quanto à existência e quebra da dormência de suas sementes. Segundo
Carvalho (2006) não há necessidade de tratamentos pré-germinativos para A. polycephala.
Fowler; Binchetti (2000) afirmam que esta espécie apresenta dormência tegumentar e
recomenda a sua imersão em água a temperatura ambiente (25ºC), por 24 horas, para quebrá-
la. Já Lorenzi (2002) recomenda a escarificação mecânica da semente, seguida por imersão
em água quente por 12 a 24 horas.
Para a produção de mudas, sugere-se que seja semeada diretamente em recipientes. Já
se for necessária a repicagem a mesma deve ser feita entre 3-5 semanas após a germinação, ou
quando a muda atingir de 4 a 5 cm de altura. As mudas ficam prontas para plantio no campo
com 5 meses após a semeadura (CARVALHO, 2006).
Existem poucos dados de crescimento de a A. polycephala em plantios. Contudo, sabe-
se que apresenta crescimento lento, podendo atingir uma produção volumétrica estimada de
até 0,62 m3 ha-1 ano-1 aos 8 anos de idade (CARVALHO, 2006). Não há informações sobre o
efeito da inoculação com microrganismos no seu crescimento (CARVALHO, 2006), mesmo
sendo testadas diversas estirpes de bactérias fixadoras de nitrogênio para selecionar as
melhores, nenhuma foi recomendada para a espécie (FARIA et al., 1998), entretanto Carvalho
(2006) observou associação com bactérias do gênero Rhizobium, produzindo nódulos
abundantes.

3
2.2 Fungos Micorrízicos Arbusculares para Recuperação de Áreas Degradadas

Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) são organismos biotróficos obrigatórios


da grande maioria das espécies vegetais conhecidas. Hospedeiro de raízes metabolicamente
ativas de plantas vasculares terrestres, epífitas, rizóides, talos de briófitas, formando uma
relação simbiótica mutualista denominada micorriza arbuscular (TRAPPE; SCHENCK, 1982;
LINDERMAN, 1994; MOREIRA; SIQUEIRA, 2006).
Os FMAs quando formam a simbiose com a planta, as suas hifas externas promovem
um incremento significativo do volume de solo explorado e da área de absorção de nutrientes
das plantas colonizadas (ZANGARO et al., 2005), maximizando o aproveitamento de água e
nutrientes, como o fósforo (P), o nitrogênio (N) e o potássio (K), e micronutrientes (JESUS et
al., 2005; SMITH; READ, 2008; STÜRMER et al., 2009; BALOTA et al., 2011). O aumento
da eficiência na absorção do fósforo, promovido pelos FMAs, é extremamente importante
para as plantas, pois este elemento é pouco móvel no solo (ALFAIA; UGUEN, 2013).
Os FMAs também produzem uma glicoproteína denominada glomalina (WRIGHT et
al., 1996), que se acumula no solo protegendo as hifas fúngicas da dessecação e auxilia na
estabilidade de agregados do solo, por apresentar uma função cimentante (MILLER et al.,
1995; RILLIG et al., 2002; DAYNES et al., 2013; PENG et al., 2013). Além disso, os fungos
micorrízicos propiciam melhor resistência ao estresse hídrico, às temperaturas elevadas, maior
tolerância às condições de toxidez e acidez do solo e a proteção do sistema radicular contra
patógenos (SMITH; READ, 2008).
A correta seleção e inoculação de fungos micorrízicos com funções benéficas podem
contribuir para o estabelecimento da vegetação e recuperação de áreas degradadas
(ZANGARO et al., 2003) , pois aceleram o desenvolvimento das plantas, tornando-as mais
tolerantes ao estresse do transplante (SAGGIN-JÚNIOR; SIQUEIRA, 1996) e ao
restabelecimento da ciclagem de nutrientes (MACHINESKI et al., 2011; KLEIN; KLEIN,
2015). Promovem também o estabelecimento e maior sobrevivência das mudas no campo
(SOUZA et al., 2006; SOARES; CARNEIRO, 2010; ANGELINI et al., 2013), possibilitando
uma maior competitividade e sucesso da vegetação e assim contribuindo para a reabilitação de
áreas degradadas (MELLONI et al., 2003). Esta estratégia também promove o aumento do
estoque de C no sistema em florestas pela maior produção de biomassa, ciclagem das hifas,
produção de glomalina, aumento da agregação do solo e quitina presente nos esporos e hifas
(BRAGHIROLLI et al., 2012).
Apesar do seu potencial e benefícios, o uso em larga escala dos FMAs ainda é restrito
principalmente pela baixa disponibilidade de inoculante em altas quantidades e a baixo custo,
além da pouca praticidade de inoculação em campo e da baixa produção comercial da cultura
monospórica (SOUZA et al., 2006; MIRANDA, 2008; IJDO et al., 2011). Sua eficiência é
duvidosa para Paluch et al. (2013) que afirmam que a comunidade nativa de fungos
micorrízicos pode promover uma maior colonização da raiz que a adição de inoculantes
comerciais.
Além do inoculante com uma única espécie de fungo, pode-se produzir com maior
facilidade e rapidez inoculante com diversas espécies nativas (LAMBERT et al., 1980;
HAYMAN, 1982). A vantagem em relação ao inoculante comercial inclui baixo custo, maior
diversidade taxonômica, uso de espécies localmente adaptadas (SCHWARTZ et al., 2006;
DOUDS JR. et al., 2010), que aumentam as chances de efeitos positivos na planta
(KLIRONOMOS, 2003) e evitam a introdução de espécies exóticas (IJDO et al., 2011).
O inoculante de FMA produzido a partir do solo florestal pode possuir alta diversidade
de espécies, potencial de acelerar a restauração ecológica do ambiente do solo e promover a
germinação e crescimento das plantas (KLIRONOMOS, 2003; HUANTE et al., 2012;
PALUCH et al., 2013). Mesmo com estas vantagens, também se encontra limitações, como a
4
dificuldade de produzir as mesmas espécies de fungos em nova partida de produção de
inóculos, e o menor controle de contaminantes.

2.3 Fungos Micorrízicos Arbusculares na Produção de Mudas Florestais

Nos últimos anos a preocupação com a qualidade ambiental é cada vez maior,
ocorrendo assim uma demanda para a produção de mudas de espécies florestais para a
recuperação de áreas degradadas (JOSÉ et al., 2005). As plantações de essências florestais
também representam papel importante, tanto do ponto de vista econômico e energético,
quanto do ponto de vista social (STEFFEN et al., 2010).
Diante disso e da necessidade de realizar a recuperação de áreas degradadas para
atender à legislação, busca-se criar alternativas para produção de mudas a baixo custo e com
qualidade morfofisiológica (JOSÉ et al., 2005; CÓDIGO FLORESTAL, 2012). O uso de
fungos micorrízicos arbusculares que auxiliam tanto na absorção de nutrientes (BURITY et
al., 2000; CHU et al., 2001) como no estabelecimento de mudas e sua sobrevivência no
campo, principalmente em áreas degradadas com solos de baixa fertilidade, é uma alternativa
adequada (NOGUEIRA; CARDOSO, 2000; ZANGARO et al., 2000; BALOTA et al., 2011).
Em condições de estresse, as micorrizas têm mostrado exercer efeitos marcantes e
consistentes sobre o crescimento das plantas (FARIA et al., 2013), pois quando inoculadas na
fase de mudas, produzem maior quantidade de matéria seca das raízes e isso favorece a sua
aclimatação e maior sobrevivência em ambiente sob estresse (CARNEIRO et al., 2004). A
presença de micorrizas em leguminosas arbóreas pode favorecer a absorção do P, Mo, Zn com
a expansão do volume de solo explorado, permitindo o crescimento em solos extremamente
pobres (CALDEIRA et al., 1999). Para espécies de grande uso comercial, como o eucalipto,
também verificou-se que a inoculação com FMAs favoreceu o crescimento e absorção dos
nutrientes como N, P, e K (LIMA; SOUSA, 2014).
O conhecimento das espécies arbóreas em relação à sua condição micorrízica,
habilidade de formar simbioses e de responder à inoculação com fungos micorrízicos auxilia
as pesquisas sobre a produção de mudas e tecnologias para garantir o sucesso do
reflorestamento (CARNEIRO et al., 1998; SCABORA et al., 2011; MOORA, 2014). Sabe-se
que o desenvolvimento da colonização micorrízica e da esporulação na rizosfera das plantas
está relacionado a alguns fatores ambientais como fertilidade, textura do solo e pH do solo
(MELLO et al., 2012a; JANSA et al., 2014). Existe também diferenças na capacidade de
colonização entre as espécies de FMAs (MACHINESKI et al., 2009) com uma determinada
planta hospedeira, devido à compatibilidade diferenciada com as espécies de fungos
micorrízicos do solo e à variação nas características genéticas das plantas, que podem
determinar sua dependência pelas micorrizas e contribuir para sua adaptação ao local
(SAGGIN JÚNIOR; SIQUEIRA, 1995; BALOTA et al., 2011; CAMPOS et al., 2011;
MELLO et al., 2012a; FARIA et al., 2013; PÁNKOVÁ et al., 2014). Uma espécie florestal
que possui elevada dependência micorrízica não é capaz de sobreviver sem a simbiose
micorrízica arbuscular (SUGAI et al., 2011). Por outro lado, no desenvolvimento de mudas
florestais inoculadas é importante a avaliação do desempenho do fungo micorrízico em
diferentes condições de P disponível, pois o solo para onde serão transplantados geralmente
apresenta baixa fertilidade (ROCHA et al., 2006).
Alguns trabalhos constatam o efeito da inoculação de mudas florestais com FMAs.
Carneiro et al. (2004) verificaram o aumento de altura e diâmetro do caule na fase de
formação de mudas e as plantas inoculadas continham maior concentração de Fe, Mn e Zn. A
simbiose micorrízica favoreceu o crescimento de plantas e a absorção dos nutrientes N, P e K,
em mudas de eucalipto (LIMA; SOUSA, 2014). A inoculação de fungos micorrízicos
arbusculares promove o melhor desenvolvimento de mudas de peroba-rosa (Aspidosperma
5
polyneuron M. Arg.) em substrato ácido e de baixa fertilidade (MACHINESKI et al., 2009).
Mudas de Albizia procera inoculadas com FMA promovem maior crescimento, absorção de
P, resistência a doenças causadas por Fusarium (CHAKRAVARTY; MISHRA, 1986) e em
Albizia lebbeck previnem injúrias por salinidade (BHUSHAN et al., 2014). As mudas de
jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Fr. Allem.), inoculadas com os fungos
Gigaspora margarita e Glomus fasciculatum, apresentaram valores de conteúdo de P na parte
aérea mais elevados que aquelas não inoculadas (CHAVES; BORGES, 2005). A inoculação
com rizóbio e FMAs em mudas de Anadenanthera macrocarpa no viveiro pode diminuir
gastos com fertilizantes, além de contribuir para um bom desenvolvimento da planta (DIAS et
al., 2012).
Para que o uso de FMAs seja satisfatório deve-se garantir a qualidade morfofisiológica
das mudas florestais, que está relacionada tanto ao seu crescimento em altura e diâmetro
quanto à produção de biomassa da parte aérea e da raiz (GOMES et al., 2004; CRUZ et al.,
2006). E estes parâmetros são avaliados à partir de índices, sendo que a razão entre o peso da
matéria seca da raiz e o peso da matéria seca da parte aérea, um dos índices mais usados entre
diversos autores para avaliar mudas micorrizadas (PEREIRA et al., 1996; CARDOSO et al.,
2003).

6
3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Área de Estudo e Escolha da Espécie Florestal

O estudo desenvolvido está associado ao projeto de reflorestamento da mata ciliar do


Rio Capivari, dentro do município de Silva Jardim, Rio de Janeiro. Com base na lista de
espécies matrizes utilizadas para o reflorestamento, foi selecionada a espécie florestal Albizia
polycephala. O critério para a seleção foi sua notória importância ecológica para o ambiente
de mata ciliar (SAJEEVUKUMAR et al., 1995; CARVALHO et al., 2006; MORAES et al.,
2013) e a ausência de informações sobre sua associação com fungos micorrízicos arbusculares
(FMAs).
A coleta das amostras de solo foi realizada em novembro de 2014 em duas matrizes no
município de Rio Bonito, RJ. Para isso coletou-se solo na profundidade de 0-5 cm,
realizando-se quatro amostragens simples por árvore e obtendo-se 3 kg de solo por amostra,
totalizando oito amostras de solo e 12 kg de solo por matriz. Estas foram colocadas em sacos
plásticos identificados e levadas para o laboratório de micorrizas da Embrapa Agrobiologia.
Foi retirada uma amostra composta de cada matriz para realizar as análises das características
químicas e físicas do solo que foram baseadas no Manual de Laboratórios: Solo, Água,
Nutrição Animal e Alimentos (NOGUEIRA; SOUZA, 2005) e estão apresentadas na Tabela
1.

Tabela 1. Características químicas e físicas das amostras de solo coletadas próximas das duas
matrizes de Albizia polycephala.

Características químicas
pH P K Al H+Al Ca Mg C N
Matriz
(H20)  mg/L   cmolc.dm   g/Kg 
-3

1 4,08 2,81 18,73 0,95 4,09 0,01 0,10 7,60 0,60


2 3,92 2,11 36,58 1,73 7,74 0,12 0,35 14,60 1,60
Características físicas
Argila total Areia total Areia fina Areia grossa Silte
Matriz
 % 
1 35,3 42,3 12,3 30,0 22,4
2 72,1 19,2 5,1 14,1 8,7

3.2 Identificação, Contagem e Multiplicação dos FMAs

Para a contagem dos esporos e identificação dos fungos micorrízicos arbusculares


(FMA) foram separadas 50 g de cada amostra simples de solo. A extração, contagem e
identificação dos FMA foram realizadas no laboratório de Micorrizas da Embrapa
Agrobiologia. A extração dos esporos foi feita tendo como base a técnica de peneiramento
úmido (GERDEMANN; NICOLSON, 1963) e centrifugação em gradiente de densidade,
utilizada para nematóides (JENKINS, 1964).
Os esporos de cada amostra foram vertidos para uma placa com canaleta, onde foram
realizadas observações e contagem dos esporos sob microscópio estereoscópico.
Posteriormente, os esporos foram agrupados pelas características de tamanho, cor e forma, e

7
colocados em lâminas com álcool polivinil em lactoglicerol (PVLG) sob uma lamínula. Na
mesma lâmina um segundo grupo de esporos foi montado com uma mistura de
PVLG+Reagente de Melzer (1:1).
Os esporos foram quebrados mecanicamente na lamínula contendo Melzer para
exposição das paredes internas (quando presentes). A reação de cor ao reagente de Melzer é
utilizada para caracterizar as paredes dos esporos. A identificação das espécies de FMA foi
feita baseada em características morfológicas dos esporos, descritas na International Culture
Collection of (Vesicular) Arbuscular Mycorrhizal Fungi (INVAM, 2015), nas descrições
originais das espécies e na nomenclatura proposta por MycoBank (2015).
A multiplicação e renovação das estruturas infectivas das espécies de fungos
micorrízicos, presentes na comunidade de FMAs coletada junto às raízes da espécie de
Albizia polycephala, foram realizadas por vasos armadilhas (adaptação dos protocolos de
STUTZ; MORTON, 1996). Para isso, colocou 2 kg de solo inóculo de cada amostra em
vasos, onde foram introduzidas sementes de braquiária e mantidos por cinco meses em casa
de vegetação. Durante este período foram induzidos estresses hídricos para a estimulação da
esporulação das espécies presentes. Após este período foram coletadas 50 g de amostra de
solo de cada vaso para realização da contagem de esporos e identificação das espécies.

3.3 Avaliação do Efeito de Espécies de FMAs da Embrapa Agrobiologia em Albizia


polycephala - 1º experimento

3.3.1 Germinação das sementes e inoculação das plântulas com FMAs

Sementes de Albizia polycephala, adquiridas comercialmente, foram desinfetadas


superficialmente por imersão em hipoclorito de sódio a 2% por 3 minutos. Em seguida foi
realizada a escarificação mecânica, utilizando lixa (nº 100) para facilitar a absorção de água
pela semente. Estas foram dispostas em bandejas contendo mistura de areia e vermiculita
autoclavadas, na proporção 2:1 (v/v). As plântulas que apresentaram o 1º par de folhas foram
transplantadas para recipientes plásticos de 700 ml com tubete de PVC de 380 cm³ acoplado
em seu fundo (ROCHA, 2004).
A inoculação com os fungos micorrízicos arbusculares da Coleção de Fungos
Micorrízicos da Embrapa Agrobiologia (COFMEA) foi realizada no momento do transplante
das plântulas, utilizando solo inóculo com no mínimo 100 esporos, podendo conter
fragmentos de raízes e hifas. O experimento foi conduzido em blocos inteiramente
casualizados, com nove repetições e seis tratamentos, sendo uma testemunha (sem
inoculação) e cinco espécies de FMAs: Scutellospora calospora (T.H. Nicolson & Gerd.) C.
Walker & F.E. Sanders, Acaulospora colombiana (Spain & N.C. Schenck) Kaonongbua, J.B.
Morton & Bever, Claroideoglomus etunicatum (W.N. Becker & Gerd.) C. Walker & A.
Schüßler, Dentiscutata heterogama (T.H. Nicolson & Gerd.) Sieverd., F.A. Souza & Oehl e
Gigaspora margarita W.N. Becker & I.R. Hall)). A quantidade de solo inóculo de cada
espécie de FMAs utilizado e a identificação do inoculante da COFMEA estão apresentados na
Tabela 2.

8
Tabela 2. Identificação dos inoculantes da Coleção de Fungos Micorrízicos da Embrapa
Agrobiologia (ID COFMEA) e a quantidade de solo inóculo (QSI) - 1 º experimento

Espécies de FMAs ID COFMEA QSI (g/vaso)


Scutellospora calospora (T.H. Nicolson & Gerd.) C.
CNPAB080 5,56
Walker & F.E. Sanders
Acaulospora colombiana (Spain & N.C. Schenck)
CNPAB015 16,67
Kaonongbua, J.B. Morton & Bever
Claroideoglomus etunicatum (W.N. Becker &
CNPAB048 12,50
Gerd.) C. Walker & A. Schüßler
Dentiscutata heterogama (T.H. Nicolson & Gerd.)
CNPAB002 5,88
Sieverd., F.A. Souza & Oehl
Gigaspora margarita W.N. Becker & I.R. Hall CNPAB001 2,86

O solo utilizado no experimento é classificado como Planossolo, sendo realizadas as


análises das características químicas e físicas das amostras de solo com base no Manual de
Laboratórios: Solo, Água, Nutrição Animal e Alimentos (NOGUEIRA; SOUZA, 2005) e
estas estão apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3. Características químicas e físicas das amostras de solo utilizadas na avaliação do


crescimento inicial de Albizia polycephala inoculada com fungos micorrízicos arbusculares -
1º experimento

Características químicas
pH P K Al H+Al Ca Mg C N
(H20)  mg/L   cmolc.dm   g/Kg 
-3

4,50 4,19 34,30 0,33 2,87 0,70 0,30 2,80 0,40


Características físicas
Argila total Areia total Areia fina Areia grossa Silte
 % 
68,3 17,8 4,3 13,5 13,9

3.3.2 Condução do experimento e avaliação do crescimento inicial de mudas de Albizia


polycephala.

Após sete dias da montagem do experimento, aplicou-se por vaso 15 mL de um


filtrado sem a presença de estruturas de FMAs em todos os vasos, com o intuito de padronizar
a comunidade microbiana entre os tratamentos. Para sua produção, utilizou-se 5 g de cada
inoculante em 1 L de água. Estes foram agitados em liquidificador e peneirados em malha de
0,053 mm. O líquido que passou pela peneira foi filtrado em papel de filtro qualitativo
Whatman nº 1 (1001-150). Além disso, nos momentos das avaliações foi realizada a aplicação
de 10 ml de solução nutritiva (JARSTFER; SYLVIA, 1995) quando notada deficiência
nutritiva. Esta solução foi composta por 0,5 mL de solução KH2PO4 0,006 mol/L; 1,5 mL de
solução KCl 1 mol/L; 1,5 mL de solução (NH4)2SO4 0,5 mol/L; 1,5 mL de solução
Ca(NO3)2.4H2O 1 mol/L; 1 mL de solução MgSO4.7H2O 0,6 mol/L; 0,5 mL de solução
C10H12FeN2NaO8 0,06 mol/L e 0,5 mL da mistura de H3BO3 0,03 mol/L, MnCl2.4H2O 0,004
mol/L, ZnSO4.7H2O 0,0005 mol/L, CuSO4.5H2O 0,002 mol/ L e Na2MoO4.2H2O 0,00004
mol/L, completado até 1 litro com água destilada.

9
Depois de 30 dias do transplante foram realizadas avaliações quinzenais de altura
(régua) e diâmetro (paquímetro digital) na altura do colo da planta e comprimento da maior
folha (régua), por um período de quatro meses. Ao final coletou-se a parte aérea, raízes e o
solo para realizar as avaliações de densidade de esporos, taxa de colonização da raiz, matéria
seca da parte aérea, matéria seca da raiz, razão raiz/parte aérea, teor de fósforo foliar e
eficiência simbiótica. A contagem dos esporos foi feita como descrito no item 3.2
Para avaliar a colonização cerca de 0,5 g de raiz por repetição foi lavada, clarificada e
submetida à coloração, tendo como base a metodologia de Philips; Hayman (1970), sem o uso
de fenol com adaptações feitas por Koske; Gemma (1989) e Grace; Stribley (1991). A
avaliação da porcentagem de estruturas fúngicas na raiz foi realizada através do método de
interseção em placa quadriculada (Gridline Intersect Method), adaptado por Giovannetti;
Mosse (1980) a partir do método descrito por Newman (1966), onde a amostra de raízes foi
disposta em uma placa de Petri com um quadriculado de ½ polegada e observadas em
microscópio estereoscópico. Foram observados 100 segmentos de raízes cruzando as linhas
do quadriculado em cada amostra, verificando a presença ou ausência da colonização. O total
de segmentos com presença de colonização foi convertido em porcentagem com base no total
de segmentos observados.
Tanto a parte aérea como as raízes já lavadas foram colocadas em sacos de papel e
secas em estufa a 65 ºC por 24h e depois pesadas em balança com quatro casas decimais para
obter a matéria seca, já para se realizar a razão raiz/parte aérea foi dividida a matéria seca da
raiz pela matéria seca da parte aérea. O teor de fósforo foi obtido com base na metodologia de
Aziz; Habte (1987) e utilizando apenas um folíolo por planta.
A eficiência simbiótica (ES) em percentagem foi calculada com base na matéria seca
da parte aérea (MSPA) e na matéria seca da raiz (MSR) (MENGE et al., 1978), conforme a
expressão abaixo:

ES (%) = MSPA (tratamento inoculado) – MSPA (tratamento não inoculado) x 100


MSPA (tratamento não inoculado)

ES (%) = MSR (tratamento inoculado) – MSR (tratamento não inoculado) x 100


MSR (tratamento não inoculado)

3.4 Avaliação da Dependência e Resposta de Albizia polycephala a FMAs - 2º experimento

3.4.1 Germinação das sementes e inoculação das plântulas com FMAs

A germinação e transplante foram realizados como descrito no item 3.3.1. Para


realização do experimento as plântulas de Albizia polycephala foram inoculadas com solo
inóculo dos vasos armadilhas montados como descrito no item 3.2, denominado como
inoculante nativo e uma mistura dos inoculantes da COFMEA (D. heterogama, S. calospora,
A. colombiana) que apresentaram os melhores resultados no experimento anterior, citado no
item 3.3.1. A quantidade de solo inóculo de cada espécie de FMAs e a identificação do
inoculante da COFMEA estão apresentados na Tabela 4.

10
Tabela 4. Identificação dos inoculantes da Coleção de Fungos Micorrízicos da Embrapa
Agrobiologia (ID COFMEA) e a quantidade de solo inóculo (QSI) - 2 º experimento

Espécies de FMAs ID COFMEA QSI (g/vaso)


Scutellospora calospora (T.H. Nicolson & Gerd.)
CNPAB080 1,85
C. Walker & F.E. Sanders
Acaulospora colombiana (Spain & N.C. Schenck)
CNPAB015 5,55
Kaonongbua, J.B. Morton & Bever
Dentiscutata heterogama (T.H. Nicolson & Gerd.)
CNPAB002 1,96
Sieverd., F.A. Souza & Oehl

A inoculação foi realizada no momento do transplante das plântulas, utilizando solo


inóculo com no mínimo 100 esporos, podendo conter fragmentos de raízes e hifas. Foi
realizado um experimento em blocos inteiramente casualizados, com oito repetições e em
fatorial 3x 4 (1 testemunha – sem inoculação e 2 inoculantes) e quatro doses de - P (0, 35, 140
e 350 mg/dm³), aplicado na forma de superfosfato simples. As doses de fósforo utilizadas
foram definidas com base na metodologia de Alvarez et al. (2000) a partir da quantificação do
fósforo remanescente do solo, sendo este 23,51 mg/dm3 e também foi realizada a análise do P
disponível no solo após a aplicação das doses de P. O solo utilizado no 2º experimento é
classificado como Argissolo Vermelho-Amarelo, sendo as suas características químicas e
físicas analisadas com base no Manual de Laboratórios: Solo, Água, Nutrição Animal e
Alimentos (NOGUEIRA; SOUZA, 2005) e são apresentadas na Tabela 5.

Tabela 5. Características químicas e físicas da amostra de solo utilizado na avaliação do


crescimento inicial de Albizia polycephala inoculada com fungos micorrízicos arbusculares
nativos e provenientes da coleção da Embrapa Agrobiologia - 2º experimento.

Características químicas
pH P K Al H+Al Ca Mg C N
(H20)  mg/L   cmolc.dm-3   g/ Kg 
5,59 1,44 39,00 0,19 2,61 2,02 1,10 11,30 0,90
Características físicas
Argila total Areia total Areia fina Areia grossa Silte
 % 
36,6 56,5 17,8 38,7 6,9

3.4.2 Condução do experimento e avaliação do crescimento inicial de mudas de Albizia


polycephala.

11
Em todas as mudas foi realizada a aplicação de 15 mL de filtrado como descrito no
item 3.3.2 e a adubação com 10 ml de solução nutritiva sem a presença de P (JARSTFER;
SYLVIA, 1995), quando notada deficiência nutritiva. A solução nutritiva foi composta por 5
mL de solução KCl 1 mol/L; 1,5 mL de solução (NH4)2SO4 0,5 mol/L; 1,5 mL de solução
Ca(NO3)2.4H2O 1 mol/L; 1 mL de solução MgSO4.7H2O 0,6 mol/L; 0,5 mL de solução
C10H12FeN2NaO8 0,06 mol/L e 0,5 mL da mistura de H3BO3 0,03 mol/L, MnCl2.4H2O 0,004
mol/L, ZnSO4.7H2O 0,0005 mol/L, CuSO4.5H2O 0,002 mol/ L e Na2MoO4.2H2O 0,00004
mol/L, completado até 1 litro com água destilada. Foram realizadas avaliações quinzenais de
altura e diâmetro na altura do colo da planta. Após 45 dias o experimento foi encerrado e
foram realizadas as coletas da parte aérea, raízes e o solo para avaliação da densidade de
esporos, taxa de colonização da raiz, matéria seca da parte aérea, matéria seca da raiz, razão
raiz/parte aérea, teor de fósforo foliar (AZIZ; HABTE, 1987) e a resposta à inoculação. A
contagem dos esporos foi feita conforme descrito no item 3.2, já a avaliação da colonização
micorrízica, matéria seca da raiz, razão raiz/parte aérea e teor de fósforo foliar foram feitas
conforme descrito no item 3.3.2.
A resposta à inoculação (RI) em percentagem foi calculada com base na matéria seca
total - MST (matéria seca da parte aérea + matéria seca da raiz) (PLENCHETTE, 1983),
conforme a expressão abaixo:

RI (%) = MST (tratamento inoculado) – MST (tratamento não inoculado) x 100


MST (tratamento inoculado)

3.5 Análises dos Dados

Os dados foram analisados quanto à homogeneidade das variâncias dos erros, pelo
Teste de Cochran & Barttlet, e quanto à normalidade, pelo Teste de Lilliefors, utilizando-se o
software SAEG® v.9.1 (EUCLIDES, 2007). Logo depois formam submetidos à análise de
variância para comparar os tratamentos com aplicação do Teste de Scott-Knott a 5% de
probabilidade no primeiro experimento e Tukey a 5% no segundo experimento utilizando o
software SISVAR® v.5.3 (FERREIRA, 2007). Além disso, a correlação de Pearson foi
realizada no EXCEL 2010 - ACTION. Já os dados de número de esporos, taxa de colonização
e resposta à inoculação do segundo experimento foram submetidos ao teste T, a significância
da regressão foi feita no software SISVAR® v.5.3 (FERREIRA, 2007) e a curva no EXCEL
2010 - ACTION. Nos dados de taxa de mortalidade foi aplicado o Teste de Scott-Knott a 5%
de probabilidade.

12
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Culturas Armadilhas

O número de esporos e as espécies presentes no solo proveniente da amostra de campo


e após o período de multiplicação nos vasos armadilhas são apresentados na Tabela 6. A partir
dos dados apresentados, decidiu-se utilizar como inoculante nativo a amostra de solo
proveniente da matriz 2 por ter aumentado o número de esporos durante o período em casa de
vegetação, mesmo apresentando menos espécies que a amostra de solo da matriz 1.

Tabela 6. Número de esporos.g-1 no solo (NE) e espécies de Fungos micorrízicos


arbusculares encontradas em amostras de solo do campo (AC) e em vasos armadilhas –
inoculante (VA) de matrizes de Albizia polycephala.

Matrizes de
Albizia NE Espécies de fungos micorrizicos arbusculares (FMAs)
polycephala
Rhizoglomus clarum (T.H. Nicolson& N.C. Schenck) Sieverd.,
G.A. Silva &Oehl; Glomus clavisporum (Trappe) R.T. Almeida &
Matriz 1- AC 10 N.C. Schenck; Glomus macrocarpum Tul. & C. Tul.; Acaulospora
foveata Trappe&Janos; Acaulospora mellea Spain & N.C.
Schenck.
Glomus macrocarpum Tul. & C. Tul.; Acaulospora foveata
Matriz 2- AC 18
Trappe & Janos; Acaulospora scrobiculata Trappe.
Rhizoglomus clarum (T.H. Nicolson & N.C. Schenck) Sieverd.,
G.A. Silva & Oehl; Glomus clavisporum (Trappe) R.T. Almeida &
Matriz 1- VA 8 N.C. Schenck; Glomus macrocarpum Tul. & C. Tul.; Acaulospora
foveata Trappe & Janos; Acaulospora
mellea Spain & N.C. Schenck.
Glomus macrocarpum Tul. & C. Tul.; Acaulospora foveata
Matriz 2- VA 26
Trappe & Janos; Acaulospora scrobiculata Trappe.
Classificação das espécies de FMA com base no site MycoBank (2015)

A produção de inoculantes a partir do uso de vaso armadilha é uma forma de favorecer


a esporulação para a produção, fornecendo esporos jovens e saudáveis (BAGYARAJ;
STURMER, 2010), mesmo que esse aumento não tenha sido tão satisfatório, foi o critério
utilizado para a escolha do solo inóculo. Embora a riqueza no solo da Matriz 1 seja
13
numericamente maior, o que poderia aumentar as chances de associação com a A.
polycephala, há aproximadamente três vezes menos esporos, o que pode desfavorecer a
simbiose. A diferente composição e diversidade da comunidade de FMA encontrada nas
matrizes podem estar relacionadas com a variação espacial e a idade do hospedeiro (GOMIDE
et al., 2009). Como afirmado por outros autores, a produção deste inoculante é fácil e de baixo
custo (SCHWARTZ et al., 2006) quando se leva em conta o tempo para se obter um
inoculante monoespécie e o ambiente que deve ser melhor protegido contra possíveis
contaminações.

4.2 1º Experimento

A inoculação de Albizia polycephala com diferentes espécies de FMA resultou em


diferenças no crescimento inicial das mudas. A primeira diferença observada ocorreu aos 45
dias em plantas quando inoculadas com S. calospora e A. colombiana, resultando em maior
tamanho da folha. A partir da terceira avaliação (60 dias) observou-se que a inoculação com
S. calospora, A. colombiana e D. heterogama resultou em mudas de diâmetro e tamanho da
maior folha superiores ao controle. Na última avaliação (135 dias) observou-se que o
diâmetro e o tamanho da maior folha nas mudas inoculadas com A. colombiana foram
maiores que nos demais tratamentos. Além disso, as demais espécies de FMA equivaleram
entre si, porém foram superiores ao controle (Tabela 7).

Tabela 7. Diâmetro à altura do colo, altura e tamanho da maior folha em mudas de Albizia
polycephala inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares (FMAs).

Espécie de Dias após o plantio


FMAs 30 45 60 75 90 105 120 135
Diâmetro do colo (mm)
S. calospora 1,5 a 1,9 a 2,1 a 2,3 b 2,4 b 2,5 b 2,5 b 2,6 b
A. colombiana 1,6 a 2,0 a 2,4 a 2,7 a 2,8 a 2,9 a 3,0 a 3,0 a
C. etunicatum 1,4 a 1,7 a 1,8 b 2,1 c 2,2 c 2,3 b 2,4 b 2,4 b
D. heterogama 1,4 a 1,8 a 2,0 a 2,4 b 2,4 b 2,4 b 2,4 b 2,4 b
G. margarita 1,4 a 1,6 a 1,5 b 1,8 c 1,9 c 2,1 c 2,1 c 2,3 b
Controle não
1,3 a 1,7 a 1,5 b 1,7 c 1,7 c 1,8 c 1,8 d 1,8 c
inoculado
Altura (cm)
S. calospora 6,2 a 6,9 a 7,2 a 7,2 a 7,7 a 7,7 a 7,8 a 7,8 a
A. colombiana 6,4 a 7,6 a 8,1 a 8,4 a 8,7 a 8,7 a 8,8 a 8,8 a
C. etunicatum 6,0 a 6,7 a 7,5 a 7,9 a 8,3 a 8,3 a 8,5 a 8,5 a
D. heterogama 4,9 a 5,9 a 6,3 a 6,4 a 6,7 a 6,7 a 6,9 a 6,9 a
G. margarita 5,1 a 5,9 a 7,1 a 7,6 a 8,2 a 8,5 a 8,6 a 8,6 a
Controle não
6,1 a 6,7 a 7,1 a 7,4 a 7,9 a 8,1 a 8,2 a 8,2 a
inoculado
Tamanho da maior folha (cm)
S. calospora 4,1 a 4,7 a 5,1 a 4,9 b 5,0 b 5,2 b 5,0 b 5,2 b
A. colombiana 4,1 a 5,6 a 6,4 a 6,7 a 6,5 a 6,5 a 6,4 a 6,5 a
C. etunicatum 3,8 a 4,1 b 4,4 b 4,8 b 4,8 b 4,9 b 4,9 b 5,0 b
D. heterogama 3,8 a 4,1 b 4,8 a 4,7 b 5,4 b 5,3 b 5,4 b 5,5 b
14
G. margarita 3,2 a 3,6 b 3,6 b 4,2 b 4,7 b 4,9 b 5,1 b 5,2 b
Controle não
3,1 a 3,1 b 3,2 b 3,2 c 3,1 c 3,1 c 2,9 c 2,7 c
inoculado
Letras iguais na coluna não diferem pelo teste Scott-Knott a 5%.

Alguns autores encontraram influência positiva no aumento do diâmetro em mudas de


jenipapeiro (Genipa americana) e Acacia mangium inoculadas com FMAs (SOARES et al.,
2012; ANGELINI et al., 2013), e diferenças nos diâmetros ao longo do experimento
dependendo das espécies de FMA utilizadas (CHU et al., 2001; MELLO et al., 2012a). Estas
variações podem ser relacionadas às condições do solo, compatibilidade entre espécies e
capacidade de colonização entre as espécies de FMAs (MACHINESKI et al., 2009).
A variação do tamanho da maior folha verificada entre os tratamentos foi influenciada
pela inoculação dos FMAs (Tabela 7) que a partir da associação com a planta, melhora a sua
absorção de nutrientes (SOARES; CARNEIRO, 2010) que reflete diretamente no aumento da
área foliar. E as folhas aumentam a produção de fotossíntese e consequentemente o
suprimento de carbono que é a fonte fornecida pelas plantas para os FMAs através da sua
relação simbiótica mutualista (CAVALCANTE et al., 2008). A avaliação desta característica
da planta é importante por estar relacionada tanto ao estabelecimento, maior sobrevivência e
vigor das mudas no campo (SOUZA et al., 2006; SOARES; CARNEIRO, 2010; ANGELINI
et al., 2013; STÜRMER;SIQUEIRA, 2013) como influenciando na colonização das raízes e
produção de esporos de FMAs (CAVALCANTE et al., 2008).
Esta estratégia também promove o aumento do estoque de C no sistema em florestas
pela maior produção de biomassa, ciclagem das hifas, produção de glomalina, aumento da
agregação do solo e quitina presente nos esporos e hifas
A altura das mudas de Albizia polycephala não diferiu entre os tratamentos ao longo
das avaliações (Tabela 7). Em espécies florestais e frutíferas a variável avaliada apresenta
muitas variações quando testadas com diferentes espécies ou isolados de FMAs (FARIA et
al., 1995; MACHINESKI et al., 2009; MELLO et al., 2012a; ANGELINI et al., 2013), pois
cada espécie de FMA pode transportar diferentes quantidades de P para as plantas e assim
causar efeito diferenciado no seu crescimento (SHUKLA et al., 2012).
Na matéria seca da parte aérea (MSPA) todos os FMAs proporcionaram aumento, mas
o inoculante A. colombiana propiciou resultados superiores aos demais tratamentos (Figura
1). A inoculação de mudas de Albizia saman, Annona muricata e Mimosa artemisiana com
FMAs, propicia aumento no crescimento e na matéria seca da planta (CHU et al., 2001;
MELLO et al., 2012a; WULANDARI et al., 2014). Em mudas do mesmo gênero da espécie
do presente estudo (Albizia lebbeck), Faria et al. (1995) encontraram os maiores valores de
MSPA em plantas inoculadas com C. etunicatum, diferente do que foi observado nas mudas
de Albizia polycephala.

15
Figura 1. Matéria seca da parte aérea (MSPA) em mudas de Albizia polycephala inoculadas
com diferentes fungos micorrízicos arbusculares. Letras iguais não diferem pelo teste Scott-
Knott a 5%. As barras representam o erro padrão.

A matéria seca da raiz (MSR) foi superior aos demais tratamentos com as espécies A.
colombiana e S. calospora e todos os tratamentos de inoculação foram superiores ao controle
não inoculado (Figura 2). Em mudas de Acacia mangium inoculadas com A. colombiana
observou-se que os valores de MSR foram inferiores aos proporcionados pelas demais
espécies de fungos (ANGELINI et al., 2013). A maior produção de matéria seca da raiz foram
encontradas em mudas de Albizia lebbeck e jenipapeiro (Genipa americana) inoculadas com
C. etunicatum (FARIA et al., 1995; SOARES et al., 2012). Esta espécie fungica tem potencial
de promover o crescimento vegetal em sabiá (Mimosa caesalpiniifolia) segundo Oliveira e
Alixandre (2013), o que não foi confirmado para Albizia polycephala.

16
Figura 2. Matéria seca da raiz (MSR) em mudas de Albizia polycephala inoculadas com
fungos micorrízicos arbusculares. Letras iguais não diferem pelo teste Scott-Knott a 5%. As
barras representam o erro padrão.

Este aumento da MSR foi mais expressivo nos tratamentos inoculados (Figura 2) e
segundo Zangaro et al. (2000) espécies arbóreas secundárias iniciais como é o caso da Albizia
apresentam sementes pequenas e com pouca reserva e precisam absorver mais nutrientes para
garantir a sua sobrevivência e ao associar com FMAs conseguem a quantidade adequada de P
para o seu crescimento e estabelecimento atraves da colonização da raiz (ZANGARO et al.,
2005). E devido a estes mecanismos, geralmente em solos com baixa disponibilidade de
nutrientes as mudas micorrizadas apresentam menores razões entre a matéria seca da raiz e a
matéria seca da parte aérea (ZANGARO et al., 2003), mas as mudas de Albizia apresentaram
uma alta razão raiz/parte aérea com exceção da espécie G. margarita, que foi a única que não
diferiu do controle (Figura 3). Isso pode ser explicado pelo fato das plantas inoculadas quando
associadas com a adubação, elevam mais a produção de fotossintatos e o fornecimento de C
para os FMAs, aumentando o desenvolvimento da colonização e esporulação e
consequentemente reforçando a aquisição de nutrientes absorvidos pelas raízes e elevando as
taxas de crescimento da planta (ZANGARO et al., 2003).

17
Figura 3. Razão entre a matéria seca da raiz e a matéria seca da parte aérea em Albizia
polycephala inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares. Letras iguais não diferem pelo
teste Scott-Knott a 5%. As barras representam o erro padrão.

Os índices de razão raiz/parte aérea podem variar entre 1,0-3,0, sendo que 2,0 é a
melhor razão para a matéria seca da raiz e a matéria seca da parte aérea (CRUZ et al., 2006).
No presente estudo o índice variou entre 1,46-3,76 (Figura 3), sendo que as mudas inoculadas
apresentaram valores superiores a 2,0. Em outros trabalhos verifica-se uma menor razão em
plantas micorrizadas (PEREIRA et al., 1996) ou sua ausência (CARDOSO et al., 2003). A G.
margarita teve a razão raiz/parte aérea semelhante ao controle (Figura 3), entretanto
proporcionou MSPA e MSR superior ao controle (Figura 1, Figura 2) mostrando a influencia
deste fungo no crescimento da Albizia polycephala.
Quando analisado o teor e quantidade de fósforo em folíolo as espécies que
apresentaram os melhores valores foram: S. calospora, D. heterogama e G. margarita (Figura
4, Figura 5). Geralmente o aumento da absorção e da concentração de fósforo contribui para o
crescimento das plantas micorrizadas (COSTA et al., 2005) e pode ser encontrada a mesma
relação no presente estudo, já que todas espécies de FMAs testadas favoreceram o
crescimento das mudas (Figura 1, Figura 2). E a oferta adequada de P para o seu crescimento
e estabelecimento só pode ser obtido através da colonização micorrízica da raíz (ZANGARO
et al., 2005).

18
Figura 4. Teor P em folíolo em Albizia polycephala inoculadas com fungos micorrízicos
arbusculares. Letras iguais não diferem pelo teste Scott-Knott a 5%. As barras representam o
erro padrão.

Figura 5. Quantidade de P em folíolo em Albizia polycephala inoculadas com fungos


micorrízicos arbusculares. Letras iguais não diferem pelo teste Scott-Knott a 5%. As barras
representam o erro padrão.

Nas mudas de Albizia polycephala foram encontrados nódulos mesmo sem a


inoculação com rizóbios e esses nódulos foram observados somente em plantas inoculadas

19
com FMAs e isto esta relacionado ao fato das plantas colonizadas com FMAs serem capazes
de absorver mais P e fornecer uma quantidade maior de carboidratos aos rizóbios,
estimulando a nodulação (PEREIRA et al. 1996; MERGULHÃO et al., 2001). Na avaliação
de taxa de colonização micorrízica os diferentes fungos não promoveram diferença estatística
quando comparados entre si, chegando ao máximo 29% de colonização com a D. heterogama
e no tratamento controle não houve colonização (Figura 6). A ausência de diferenças na
colonização já foi observada para Mimosa artemisiana (MELLO et al., 2012a). Com base na
classificação de Carneiro et al. (1998) a taxa de colonização no intervalo entre 21 – 49% é
considerada média, sendo a que foi encontrada neste trabalho.

Figura 6. Taxa de colonização em Albizia polycephala inoculadas com fungos micorrízicos


arbusculares. Letras iguais não diferem pelo teste Scott-Knott a 5%. As barras representam o
erro padrão.

De acordo com Machineski et al. (2009) espera-se diferenças na colonização entre as


espécies de FMAs, o que resulta em diferentes benefícios para a planta. Porém a ausência de
diferença na colonização (Figura 6) pode representar uma colonização eficiente entre todas as
espécies de FMAs, já que as mesmas contribuíram para o crescimento das mudas de A.
polycephala. O grau de colonização das raízes por FMAs podem ser relacionado com as
propriedades morfológicas das raízes da planta hospedeira e não diretamente às espécies de
FMAs (ZANGARO et al., 2005).
Em relação ao número de esporos de fungos micorrízicos ao final do experimento, o
tratamento com C. etunicatum foi superior aos demais com 51 esporos.g-1 (Figura 7). Não se
verificou a presença de esporos no tratamento controle. A esporulação em Albizia
polycephala variou de 1-51 esporos.g-1, já em mudas de Mimosa artemisiana (0,7-4,2
esporos.g-1) e Acacia mangium (4,5-8,2 esporos.g-1) a variação no número de esporos entre os
isolados foi menor (MELLO et al., 2012a; ANGELINI et al., 2013).

20
Figura 7. Número de esporos.g-1 no solo em Albizia polycephala inoculadas com fungos
micorrízicos arbusculares. Letras iguais não diferem pelo teste Scott-Knott a 5%. As barras
representam o erro padrão.

A produção de esporos não necessariamente precisa ter uma relação direta com a
colonização, já que mesmo tendo um grande número de esporos, estes podem possuir baixa
taxa de germinação (MELLO et al., 2008). Machineski et al. (2009) também observaram que
a esporulação não seguiu o padrão da colonização e que as espécies de FMA com maior
número de esporos não foram as que proporcionaram maior crescimento. Além disso, pode
ocorrer a colonização das raízes e mesmo assim apresentar baixa densidade dos esporos, já
que para avaliar a colonização das raízes são contabilizadas todas as estruturas dos FMAs e no
caso da densidade somente são observados os esporos que estão no solo e isso está
diretamente ligado à velocidade de esporulação dos FMA que depende de cada espécie
isoladamente.
Na eficiência simbiótica do PMSPA e PMSR (Figura 8) a A. colombiana também foi
superior, apresentando 356% e 1593% respectivamente. Mudas de gravioleira (Annona
muricata) e Acacia mangium também apresentaram alta eficiência quando inoculadas com
fungos A. colombiana, G. margarita e D. heterogama (CHU et al., 2001; ANGELINI et al.,
2013). Como foi encontrada eficiência simbiótica positiva em todas as espécies testadas, pode
se afirmar que as mesmas promoveram o crescimento de Albizia polycephala, sendo que a
espécie A. colombiana foi a mais eficiente (Figura 8). Soares et al. (2012) afirmam que a
eficiência micorrízica de diversas espécies de FMAs resulta em diferentes respostas de
crescimento nas mudas e mesmo sem especificidade, a simbiose é determinada por fatores
edafoclimáticos e aspectos da relação do fungo com a planta.

21
Figura 8. Eficiência simbiótica para a matéria seca da parte aérea (MSPA) e a matéria seca da
raiz (MSR) em Albizia polycephala inoculadas com diferentes fungos micorrízicos
arbusculares. Letras minúsculas iguais não diferem em relação a eficiência do MSPA e letras
maiúsculas iguais não diferem o MSR pelo teste Scott-knott a 5% de probabilidade.

Foram realizadas correlações entre as variáveis avaliadas (Tabela 8). O tamanho da


maior folha teve correlação com a colonização, pois a folhas refletem diretamente na
produção de fotossíntese e consequentemente no suprimento de C que é a fonte de energia
utilizada pelo FMAs para se desenvolver (CAVALCANTE et al., 2008).

Tabela 8. Correlação de Pearson entre algumas avaliações em Albizia polycephala inoculadas


com fungos micorrízicos arbusculares.

Colonização Número de
Correlação de Pearson
(%) esporos
Diâmetro (mm) 0,76 0,16
Altura (cm) -0,16 0,30
Tamanho da maior folha (cm) 0,90* 0,15
Peso massa seca da parte aérea (g) 0,73 0,09
Peso massa seca da raiz (g) 0,68 0,06
Peso de nódulos (g) 0,53 -0,29
Teor de P em folíolo (g/ kg) 0,71 -0,28
*Correlação significativa a 5%.

Nas variáveis avaliadas no presente trabalho, as espécies Scutellospora calospora,


Acaulospora colombiana e Dentiscutata heterogama foram mais promissoras que outras em
promover o desenvolvimento de A. polycephala e este crescimento pode estar relacionado à
melhor adaptação do hospedeiro a determinada espécie de fungo.
A espécie Albizia polycephala apresentou uma associação micorrízica eficiente,
mostrando a importância dos FMAs no crescimento das mudas desta espécie florestal.
22
4.3 2º Experimento

O crescimento inicial das mudas de A. polycephala aos 15 dias após o plantio (DAP)
não mostrou diferença dos tratamentos de inoculação em nenhuma dose de P (Tabela 9). Na
segunda avaliação (30 DAP), apenas na dose de 35 mg/dm3 houve diferenças na altura, sendo
o inoculante da Embrapa superior ao Nativo, no entanto, ambos os inoculantes não diferiram
do controle (Tabela 9). Na terceira avaliação (45 DAP), as diferenças foram verificadas nas
doses 35 e 140 mg/dm3, onde o inoculante da Embrapa proporcionou maior diâmetro que o
nativo, mas equivaleu-se ao controle (Tabela 9). Já na altura, o inoculante da Embrapa
proporcionou maiores valores que o controle e nativo, apenas na dose de 140 mg/dm3 (Tabela
9).

Tabela 9. Diâmetro à altura do colo e altura em mudas de Albizia polycephala inoculadas


com fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) com diferentes doses de fósforo.

Inoculante de Dias após o plantio (DAP)


FMAs 15 30 45
Doses de P (mg/dm³) Doses de P (mg/dm³) Doses de P (mg/dm³)
0 35 140 350 0 35 140 350 0 35 140 350
Diâmetro (mm)
Nativo 1,5a 1,4a 1,4a 1,3a 1,4a 1,3a 1,4a 1,3a 1,3a 1,3b 1,3b 1,4a
Embrapa 1,3a 1,3a 1,5a 1,2a 1,3a 1,3a 1,4a 1,3a 1,5a 1,5a 1,7a 1,4a
Controle não
1,5a 1,4a 1,3a 1,3a 1,4a 1,3a 1,3a 1,3a 1,4a 1,5a 1,4ab 1,3a
inoculado
Altura (cm)
Nativo 6,4a 6,3a 6,6a 6,3a 6,6a 6,3b 6,5a 6,7a 7,6a 7,0a 7,4ab 7,6a
Embrapa 6,7a 6,9a 6,3a 5,8a 7,3a 7,8a 7,3a 6,1a 8,0a 8,8a 8,3a 7,0a
Controle não
6,9a 6,6a 6,7a 6,0a 7,3a 6,8ab 6,6a 6,7a 7,7a 7,1a 7,0b 6,9a
inoculado
Letras iguais na coluna não diferem pelo teste Tukey a 5%.

O maior crescimento em diâmetro (Dose 140 mg/dm³) e altura (Dose 35 mg/dm³) das
mudas com o inoculante da Embrapa em relação ao inoculante nativo (Tabela 9) pode estar
associado com a formação da simbiose mais eficiente, onde os fungos recebem poucos
fotossintatos produzidos pela planta hospedeira em relação ao benefício que promovem e
assim ocorrem maiores taxas de crescimento, sobrevivência e alocação de biomassa
(CAVALCANTE et al., 2008). Não foi encontrada uma curva de regressão significativa com
o crescimento em altura e diâmetro de acordo com a dose de fósforo aplicada e isto pode estar
relacionado ao pouco tempo de permanência das mudas na casa de vegetação, não refletindo o
efeito da dose sobre o seu crescimento em diâmetro e altura. Logo abaixo está apresentado a
relação entre o P aplicado e o P disponível no solo (Figura 8), mostrando uma boa relação
como foi verificado no trabalho de Mello et al. (2012b).

23
Figura 9. Relação entre o P disponível no solo e o P aplicado. *Correlação (EXCEL 2010 -
ACTION)

Tanto na variável de MSPA como de MSR o inoculante da Embrapa se destacou,


entretanto não apresentou diferença na dose 350 mg/dm3 (Figuras 10 e 11). Já na MSR essa
diferença também não foi obtida na dose 0 (Figura 10). Isto demonstra que a inoculação com
os melhores FMA selecionados do primeiro experimento (inoculantes da Embrapa) realmente
favorece o aumento de massa seca no crescimento da Albizia polycephala em doses
intermediárias de fósforo, indica que as espécies de FMAs presentes no inoculante nativo
quando em conjunto não foram eficientes em promover o crescimento, como foi encontrado
por Sugai et al. (2011).

24
Figura 10. Matéria seca da parte aérea (MSPA) em mudas de Albizia polycephala inoculadas
com fungos micorrízicos arbusculares em diferentes doses de fósforo. Letras iguais dentro da
dose não diferem pelo teste Tukey a 5%. As barras representam o erro padrão.

Figura 11. Matéria seca da raiz (MSR) em mudas de Albizia polycephala inoculadas com
fungos micorrízicos arbusculares em diferentes doses de fósforo. Letras iguais dentro da dose
não diferem pelo teste Tukey a 5%. As barras representam o erro padrão.

A regressão realizada para acompanhar a MSPA e MSR ao longo das doses mostrou
que o tratamento Embrapa e o Nativo foram os que mais se adequaram ao ajuste quadrático

25
escolhido (Figura 12). Para o inoculante da Embrapa, a curva da regressão mostra que a dose
140 mg/dm³ é a que contribui para o maior peso da matéria seca na parte aérea e raiz da planta
(Figura 12 e 13). Já para o inoculante nativo, os maiores valores são verificados na dose 0
mg/dm³ tanto para a parte aérea como para raiz (Figura 12 e 13).

Figura 12. Curva de regressão da matéria seca da parte aérea (MSPA) em mudas de Albizia
polycephala inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares em diferentes doses de fósforo.
Curvas de regressão significativas a 5%. Nativo (y = 2E-06x2 - 0,0008x + 0,1401; R² = 0,86),
Embrapa (y = -4E-06x2 + 0,0011x + 0,2699; R² = 0,85) e Controle (4E-07x2 - 0,0001x +
0,0770; R² = 0,54).

26
Figura 13. Curva de regressão da matéria seca da raiz (MSR) em mudas de Albizia
polycephala inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares em diferentes doses de fósforo.
Curvas de regressão significativas a 5%. Nativo (y = 7E-07x2 - 0,0002x + 0,0468; R² = 0,46),
Embrapa (y = -2E-06x2 + 0,0005x + 0,1242; R² = 0,99) e Controle (y = 6E-07x2 - 0,0002x +
0,0509; R² = 0,99).

No caso do inoculante da Embrapa, o efeito benéfico da associação micorrízica no


crescimento da planta pode ser atribuído ao aumento da absorção e concentração de
nutrientes, especialmente o fósforo (CAVALCANTE et al., 2008; COSTA et al., 2005). A
adição de pequenas doses de P em mudas de Albizia lebbeck favorece o seu crescimento
inicial (FARIA et al., 1995). O gênero Albizia apresenta baixa demanda de P, contribuindo
assim para o sucesso da espécie na revegetação de áreas degradadas com crescimento
satisfatório mesmo em níveis mais baixos de P (FARIA et al. 1995).
Doses superiores a 140 mg/dm3 resulta em uma diminuição na matéria seca da planta
(Figuras 12 e 13), ou seja, uma aplicação excessiva de P pode reduzir a matéria seca em
mudas (BALOTA et al., 2011). Em Albizia chinensis o crescimento das mudas também foi
reduzido em elevadas doses de P (UDDIN et al., 2009). A alta disponibilidade de P no solo
pode causar uma baixa concentração de carboidratos solúveis e assim reduzir ou eliminar a
colonização por FMAs (PETERSON; FARQUHAR, 1996), afetando no benefício que a
simbiose traria para as plantas e as mudas terão gastos na associação com os fungos sem
adquirir mais nutrientes para o crescimento.
A razão entre a matéria seca da raiz e a matéria seca da parte aérea em mudas de
Albizia polycephala apresentou variações dependendo da dose de P e do tipo de inoculante
(Figura 14). Nas menores doses o controle teve uma maior razão que os tratamentos
inoculados, sendo superior ao inoculante nativo na dose 0 e 35 mg/dm³. Nas doses 140 e 350
mg/dm³ não houve diferença entre os tratamentos.

27
Figura 14. Razão entre a matéria seca da raiz e a matéria seca da parte aérea em mudas de
Albizia polycephala inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares em diferentes doses de
fósforo. Letras iguais dentro da dose não diferem pelo teste Tukey a 5%. As barras
representam o erro padrão.

Não foi verificado o aumento do índice da razão raiz/parte aérea nas plantas
inoculadas nas doses mais baixas (Figura 14), como foi descrito por Pereira et al. (1996). E
Vandresen et al. (2007) não encontraram diferença na razão com a presença de FMAs, como
foi verificado na dose 140 e 350 mg/dm³ (Figura 13). Mudas inoculadas com FMAs e com
baixa disponibilidade de nutrientes apresentam menores razões raiz/parte aérea (ZANGARO
et al., 2003), pois perde parte do C fornecido pela fotossíntese para os FMAs e como a espécie
precisa da associação com FMAs para a sobrevivência, a simbiose formada com a baixa
disponibilidade P acaba tendo pouco benefício para o crescimento da planta, afetando assim
no aumento do índice (ZANGARO et al., 2003; ZANGARO et al., 2005).
O teor de P em folíolos só apresentou diferenças entre os tratamentos nas doses 0 e 35
mg/dm³, com superioridade nas mudas com inoculante Nativo (Figura 15). No tratamento
Nativo o teor teve um crescimento quadrático, Já no tratamento Embrapa e controle teve um
crescimento linear (Figura 16). Assim como observado neste trabalho para o inoculante
Embrapa, Rocha et al. (2006) avaliando as quantidades de P em discos de folhas de cedro
(Cedrela fissilis) verificaram um aumento linear nas plantas inoculadas em resposta à adição
de P ao solo. Machineski et al. (2011) também verificaram que a adição de P ocasionou
aumento nos teores de P em mudas de mamoneira (Ricinus communis). Somente o
Tratamento Nativo apresentou queda no teor de P na dose 350 mg/dm³ (Tabela 16), mas esse
valor não teve diferença entre os tratamentos (Tabela 15).

28
Figura 15. Teor de P em folíolo em mudas de Albizia polycephala inoculadas com fungos
micorrízicos arbusculares em diferentes doses de fósforo. Letras iguais dentro da dose não
diferem pelo teste Tukey a 5%. As barras representam o erro padrão.

Figura 16. Curva de regressão do teor de P em folíolo em mudas de Albizia polycephala


inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares em diferentes doses de fósforo. Curvas de
regressão significativas a 5%. Nativo (y = -2E-05x2 + 0,0069x + 2,8556; R² = 0,90), Embrapa
(y = 0,0052x + 1,7945; R² = 0,84) e Controle (y = 0,0027x + 1,6763; R² = 0,54).

29
A taxa de colonização com o inóculo Nativo e da Embrapa (Figura 17) não apresentou
diferença entre si, variando entre 50 % – 58,4 %, sendo considerada alta principalmente para
espécies florestais nativas (CARNEIRO et al., 1998; CARNEIRO et al., 2004). No tratamento
controle não foi observada colonização das raízes.

Figura 17. Taxa de colonização em mudas de Albizia polycephala inoculadas com fungos
micorrízicos arbusculares em diferentes doses de fósforo. Letras iguais dentro da dose não
diferem pelo teste Tukey a 5%. As barras representam o erro padrão.

Em diversos trabalhos (BURITY et al., 2000; CARNEIRO et al., 2004; BALOTA et


al., 2011; MACHINESKI et al., 2011; SHUKLA et al., 2012) foram encontrados aumentos ou
reduções na taxa de colonização com o aumento das doses de P. Esta relação não foi
observada para as mudas de Albizia polycephala com a inoculação com fungos nativos e da
Embrapa, pois não foi encontrada uma regressão significativa. Resultado semelhante foi
encontrado para Albizia lebbeck por FARIA et al. (1995), que afirmaram que o gênero Albizia
é pouco dependente de fósforo.
O número de esporos.g-1 não variou entre os tratamentos inoculados (Figura 18), e ao
longo das doses de P houve redução tanto no tratamento com o inoculante nativo quanto com
o da Embrapa (Figura 19). Outros autores (BURITY et al., 2000; AGUIAR et al., 2004;
MACHINESKI et al., 2011) verificaram a inibição da esporulação com o aumento do teor de
P no solo. A alta disponibilidade de P no solo afeta a concentração de carboidratos solúveis,
interferindo na redução e até eliminação da colonização das raízes por fungos micorrízicos
(PETERSON; FARQUHAR, 1996) e consequentemente na sua reprodução e quantidade de
esporos presentes no solo.

30
Figura 18. Número de esporos.g-1 no solo em mudas de Albizia polycephala inoculadas com
fungos micorrízicos arbusculares em diferentes doses de fósforo. Letras iguais dentro da dose
não diferem pelo teste Tukey a 5%. As barras representam o erro padrão.

Figura 19. Curva de regressão do número de esporos.g-1 no solo em mudas de Albizia


polycephala inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares em diferentes doses de fósforo.
Curvas de regressão significativas a 5%. Nativo (y = 3E-05x2 - 0,014x + 2,8166; R² = 0,98) e
Embrapa (y = 2E-05x2 - 0,0097x + 3,0501; R² = 0,92).

31
O inoculante da Embrapa proporcionou uma alta resposta à inoculação
(MACHINESKI et al., 2011), favorecendo o crescimento da espécie em todas as doses de P e
proporcionando maior peso da matéria seca da planta na dose 140 mg/dm³ com resposta de
79,8% em relação ao tratamento não inoculado (Figura 20). A resposta à inoculação está
diretamente ligada aos teores de P no solo, e ao efeito benéfico da associação micorrízica no
crescimento das mudas, que pode ser atribuído ao aumento da absorção e concentração de
fósforo (COSTA et al., 2005; MACHINESKI et al., 2011). Esta relação foi verificada neste
trabalho, sendo observada uma redução no teor de P do inoculante nativo a partir da dose 140
mg/dm³ (Figura 16) e a redução da resposta à inoculação a partir da mesma dose (Figura 20).
E ainda podendo afirmar que esse inoculante não é eficiente quando comparado ao inoculante
da Embrapa, pois na mesma dose (140 mg/dm³) proporcionou um aumento no crescimento
das plantas (Figura 20).

Figura 20. Resposta da planta à inoculação em mudas de Albizia polycephala em diferentes


doses de fósforo. Letras iguais dentro da dose não diferem pelo teste T a 5%.

As plantas de Albizia saman inoculadas com fungos nativos apresentaram uma alta
resposta à inoculação quando comparada com fungos não-nativos em ambiente degradado
(WULANDARI et al., 2014), diferenciando do que ocorre com as mudas de Albizia
polycephala. Em mudas de acerola (Malpighia emarginata) e mangabeira (Hancornia
speciosa) ocorreu uma maior resposta à inoculação nos baixos níveis de P no solo (COSTA et
al., 2005; BALOTA et al., 2011) sendo semelhante ao que ocorreu com o inoculante nativo do
presente estudo.
As taxas de mortalidade das mudas em que foi utilizado o inoculante nativo variou
entre 38 e 63%, ocorrendo mortalidade em todas as doses de P (Tabela 10) com a maior taxa
na dose 350 mg/dm³. Segundo Araújo et al. (2001) o aumento da dosagem de fósforo
desfavorece a simbiose micorrízica ocorrendo efeito antagônico na produção da planta.

32
Tabela 10. Taxa de mortalidade em mudas de Albizia polycephala inoculadas com fungos
micorrízicos arbusculares em diferentes doses de fósforo.

Inoculante de Doses de P (mg/dm³)


FMAs 0 35 140 350
Taxa de mortalidade (%)*
Nativo 38 50 50 63
Embrapa 0 0 13 0
Controle não 13 25 13 63
inoculado
* Valores referentes ao total de mudas mortas em cada tratamento

Assim, a grande mortalidade das mudas tanto no tratamento nativo como no controle
(Figura 21) pode ser associada à alta dependência da espécie Albizia polycephala já que o
crescimento só foi eficiente com a presença de FMAs do inoculante da Embrapa, reduzindo a
possibilidade de ocorrer mortalidade das mudas, mesmo com aumento das doses de P (Tabela
10) por este conter espécies de FMAs que favorecem as maiores taxas de crescimento
(CAVALCANTE et al., 2008). Segundo Zangaro et al. (2005) espécies do gênero Albizia
precisam associar com FMAs para absorver mais nutrientes e garantir a sua sobrevivência,
pois apresentam sementes pequenas e com pouca reserva (ZANGARO et al., 2000).

Figura 21. Taxa de mortalidade em mudas de Albizia polycephala inoculadas com fungos
micorrízicos arbusculares. Letras iguais não diferem pelo teste Scott-Knott a 5%. As barras
representam o erro padrão.

A alta dependência micorrízica da Albizia polycephala também pode ser verificada


com a presença de resposta a inoculação para os fungos mais eficientes (Inoculante Embrapa)
mesmo na maior dose de P (Figura 20) e com uma taxa de resposta maior que 75% (HABTE;
MANJUNATH, 1991). Uma planta numa boa condição de P não precisa dos FMAs, pois são
33
capazes de absorver P sem esta associação (SAGGIN-JÚNIOR; SILVA, 2005). Entretanto
como a Albizia polycephala ainda tem resposta à inoculação na dose 350 mg/dm³ (Figura 20),
onde as plantas já tinham teor de P no folíolo igualadas em todos os tratamentos de
inoculação (Figura 15), indica que esta apresenta elevada dependência micorrízica. Outro
indicativo de alta dependência é a manutenção de uma alta taxa de colonização radicular em
altas doses de P (Figura 17).

A espécie Albizia polyceplala apresentou elevada resposta à inoculação quando


inoculada com o inoculante da Embrapa. E a Albizia polyceplala tem alta dependência
micorrízica.

34
5 CONCLUSÕES

Não houve recuperação do número de espécies nativas de FMAs após o vaso


armadilha e obteve-se baixa produção dos esporos;
Entre os inoculantes provenientes da coleção da Embrapa Agrobiologia, a espécie
Acaulospora colombiana foi mais eficiente em promover o crescimento de Albizia
polycephala;
O inoculante da Embrapa (Scutellospora calospora, Acaulospora colombiana e
Dentiscutata heterogama) favoreceu o maior crescimento em Albizia polycephala, em relação
ao nativo;
A Albizia polycephala tem alta dependência micorrízica.

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