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ISSN: 1519-5228
revbiocieter@yahoo.com.br
Universidade Estadual da Paraíba
Brasil
Queiroz Cámara, Júnior; Sousa, Adalberto Hipólito de; Vasconcelos, Welber Eustáquio de; da Silveira
Maia, Paulo Hiran; Almeida, José Cezario de; Maracajá Borges, Patrício
Estudos de meliponíneos, com ênfase a Melípona subnitida D. no município de Jandaíra, RN
Revista de Biologia e Ciências da Terra, vol. 4, núm. 1, primer semestre, 2004, p. 0
Universidade Estadual da Paraíba
Paraíba, Brasil
Júnior Queiroz Cámara1; Adalberto Hipólito de Sousa2; Welber Eustáquio de Vasconcelos3; Romenique da
Silva Freitas4; Paulo Hiran da Silveira Maia5; José Cezario de Almeida6 ; Patrício Borges Maracajá7
RESUMO
1 - INTRODUÇÃO
A abelha jandaíra (M. subnitida D.) é um meliponíneo típico do sertão. A sua criação por
ser de fácil manejo, pode ser realizada por mulheres e crianças. Essa atividade humana
contribui para a conservação das abelhas e de seus hábitats; com isso, sendo
considerada sustentável, pois inclui a restauração ambiental através da preservação e
plantio de árvores que servem de locais de nidificação, além da atuação das abelhas na
polinização da flora nativa. Tendo como principais produtos de interesse comercial: o mel
que é apreciado pelas populações nativas, é de alto valor comercial e de ótima qualidade
(sabor, cheiro, cor, nutricional, terapêutico, etc.) e os enxames, pela sua venda no tronco
ou em cortiços.
No Brasil muitas espécies de abelhas indígenas sem ferrão, estão seriamente ameaçadas
de extinção em conseqüência das alterações de seus ambientes, causados
principalmente pelo desmatamento, uso indiscriminado de agrotóxico e pela ação
predatória de meleiros ( Kerr et. al., 1996).
É nosso dever termos por meta preservar estas abelhas, que apesar de pequenas, tão
inteligentes e úteis; evitando assim, a sua extinção, e colhendo seu magnífico mel, para
que as gerações futuras tenham a oportunidade de apreciar-las; que “eles” tão somente
necessitam de casa cômoda para morar, defesa contra seus inimigos e manejo correto.
2 - REVISÃO DE LITERATURA
Para SAKAGAMI (1982) citado por CAMPOS (1983), a tribo Meliponini possui um único
gênero, Melipona com mais ou menos 20 espécies, enquanto a tribo Trigonini possui, na
região neotropical, dez gêneros num total de mais ou menos 120 espécies.
Reino Animália
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Hymenoptera
Subordem Aprocrita
Superfamília Apoidea
Família Apidae
Subfamília Meliponinae
Tribos Meliponini e Trigonini
Segundo KERR et al (1996), Quando a tiúba vai coletar néctar, a abelha estende sua
língua formando um canal sugador de líquido açucarado. Assim o néctar vai para direto
ao papo de mel ou estômago de néctar, onde permanece até chegar à colméia. Depois,
este néctar é entregue a abelhas receptoras e colocado em potes onde será desidratado
até atingir a concentração de açúcar aproximada de 70%. O néctar é desidratado por
ventilação, ou seja, a operária desidratadora, que tem néctar no papo de mel o traz
novamente à língua expondo-o frente a uma corrente de ar feita por movimentação de
asas de outras operárias; assim que a gotinha se esfria suga-a para dentro por poucos
segundos e a traz novamente; esse movimento de vai e vem da língua ou papo, expondo
e engolindo a gota de néctar faz evaporar a água até chegar à concentração ideal de
açúcar.
O tamanho do ninho é também bastante variado, tanto no que se refere ao seu volume,
quanto ao número de indivíduos. Algumas espécies como Melipona quadrifasciata
Lepeletier constroem ninhos com menos de 500 abelhas, enquanto Trigona spinipes
Fabricius constrói ninhos que chegam a ter mais de 100.000 abelhas. Leurotrigona
muelleri Friese constrói seu ninho em cavidades algumas vezes, com menos de 100 cm3,
enquanto são comuns nunhos com volume de mais de 10.000 cm3 em outras espécies
(CAMPOS, 1983). O ninho de grande parte das espécies de abelhas indígenas é
construído em oco de árvores, bambus e outras plantas. Muitas dessas espécies utilizam-
se, ocasionalmente, de outras cavidades naturais ou artificiais principalmente em
barrancos, paredes e muros onde é comum encontrarem-se ninhos de abelhas indígenas
nas cidades (CAMPOS, 1983).
Para a divisão, retiram-se favos com cria velha (pupas e abelhas prestes a emergir),
devendo-se usar, para isso, colônias fortes, com bastante cria. Se a colônia for de uma
Melipona (mandaçaia, manduri, uruçu, jandaíra, tujuba, tiúba, etc), espécies que se
caracterizam por serem relativamente grandes e construírem a entrada do ninho com
barro, formando uma estrutura raiada, não há necessidade de se preocupar com célula
real, pois estas abelhas não as constroem, estando a cria, que dará origem às rainhas,
distribuída pelo favo, em células iguais àquelas de onde nascem as operárias e machos.
Se a colônia for de uma espécie da tribo Trigonini (jataí, iraí, mandaguari, tubiba, timirim,
mirim, mirim preguiça, moça-branca, etc), é necessário que , nos favos, exista uma ou
mais células reais, de preferência prestes a emergir. Esta célula real é facilmente
reconhecida por ser maior que as células das quais emergirão operárias e machos
(CAMPOS, 2003).
Além dos favos, retiram-se, também, cerume e potes de alimento com mel e pólen das
colméias que estão sendo divididas, cuidando-se para não danifica-los. Com esses
elementos monta-se a nova colméia, tomando-se todos os cuidados na transferência para
outra caixa. A nova colméia deve receber abelhas jovens, reconhecidas pela sua cor clara
e por não voarem. Após a montagem da nova colônia, esta deve ser colocada no local
onde se encontrava a antiga que deve ser transportada para outro lugar. Este cuidado
visa suprir a nova colônia com abelhas campeiras. A nova colônia deve estar bem
protegida contra o ataque de formigas, pois nesta fase o enxame ainda está
desorganizado (CAMPOS, 2003).
Na formação de uma nova colônia podem ser utilizados elementos de mais de uma
colônia da mesma espécie, tomando-se o cuidado para não misturar abelhas adultas de
mais de uma colméia, pois isto acarretaria luta e, consequentemente, a morte de muitas
delas. A divisão de colônias deve ser realizada em época na qual as abelhas estejam
trabalhando intensamente, e deve ser realizada pela manhã, em dia quente e só deve
envolver colônias fortes nas quais existam bastante alimento e favos de cria (CAMPOS,
2003).
Para capturar colônias na natureza, o criador pode levar, para seu meliponário, galhos ou
troncos onde existam colônias, devendo, para isso, corta-los com cuidado para não atingir
o ninho e fechar as extremidades do oco, caso fiquem expostas. Antes de cortar é
importante fechar a entrada da colméia com tela ou algodão para impedir que muitas
tronco ou galho contendo o ninho deve ser deixado com a entrada aberta, o mais próximo
possível de onde se encontrava originalmente, para que as abelhas retornem a ele. À
noitinha, quando todas as abelhas estiverem recolhidas, a entrada deve ser fechada com
tela e então a colônia pode ser transportada com cuidado para o meliponário, devendo o
tronco ser colocado na mesma posição em que se encontrava. A tela da entrada deve,
então, ser retirada. Durante o transporte, choques violentos devem ser evitados
(CAMPOS, 2003).
Desde logo verifica-se que os nomes vulgares de abelhas , por sua imprecisão, não
oferecem base sólida para o entendimento comum entre pessoas de um país tão grande
e variado como o Brasil. Cada Estado ou grupos de Estados tem tradições, costumes,
história, clima, topografia, solos, fauna, flora, etc. que lhes são próprios, ou neles
que é internacional. Não somente as pessoas que falam determinada língua, mas todos
os povos do mundo entendem a mesma coisa, quando se escreve A. melífera Linnaeus,
seja no Brasil, na Rússia, na Suécia, na China, no Canadá, etc. (NOGUEIRA-NETO,
1970).
De acordo com BRUENING (1990), para não ser extinta a nossa Melipona Nordestina,
chamada Jandaíra, necessita urgentemente de nossa ajuda inteligente e decidida. No
caso, ajudar é não atrapalhar. Como? Muito simples. 1) Preservar a região, polígono das
secas, Nordeste semi-árido do Brasil. 2) Não esquecer que dentro da casa grande do
Nordeste elas preferem o sertão, a caatinga, não o agreste nem litoral. O sertão é a casa
social da Jandaíra. É ali que ela se sente em casa e trabalha. 3) Cada família precisa de
sua casa particular: não se contenta com o continental nem com o social. E a casa
individual das Jandaíras são as árvores, ou antes os troncos verdes, de preferência
imburana e catingueira. Ora, o sertão já está desmatado, não é reflorestado e nem
replantado e dentro de alguns anos será puro e estéril deserto. As abelhas não acham
casa para morar.... Como irão trabalhar? Em prolongadas estiagens as Jandaíras só
encontram alimento em árvores de grande porte, refratárias à seca, já que possuem
reserva d´água nas raízes. Tais árvores prestam simultaneamente de moradia e alimento
às abelhas. São indispensáveis pois, para a sobrevivência dos meliponíneos. Mas não só
as abelhas precisam das árvores - as árvores também precisam das abelhas.
Para SILVEIRA & CAMPOS (1995) é bem distinto o conjunto de plantas visitadas pelas
abelhas nos diferentes tipos vegetacionais, mesmo quando se consideram as áreas de
uma mesma vegetação. Estes autores revelaram que a caatinga foi o domínio mais
isolado, comparativamente ao do cerrado, dos Planaltos da Araucária e Mata Atlântica.
VIANA (1999) atribuiu à caatinga baixa similaridade entre localidades, ao verificar
variação expressiva da fauna de abelhas.
Diversos fatores em escala regional e local podem ser responsáveis pela variação na
composição florística associada à comunidades de abelhas mas a heterogeneidade dos
hábitats pode ser um importante aspecto que favorece a coexistência entre espécies de
abelhas. A heterogeneidade permitiria a permanente variação espacial, tornando os
hábitats menos agregados, o que pode reduzir a oportunidade de as espécies interagirem
(RICKLEFTS & SCHLUTER 1993).
O regime semi-árido, que inclui a caatinga, exibe vegetação com diferenças sazonais de
florescimento, uma estação chuvosa com alta diversidade de espécies floríferas, em
contraste com a estação seca. A variação na disponibilidade de recursos gera um padrão
sazonal, de intenso forrageamento pelas abelhas na estação chuvosa seguido de queda
significativa na seca (MARTINS, 1994; AGUIAR et al. 1995; VIANA et al. 1997).
A produção de mel de abelha Jandaíra - foi outro motivo para que a localidade tivesse
essa denominação, considerando que alem disso, todos os anos, aquela área tem
elevada quantidade desse produto, sem exploração organizada ou sistemática, enquanto
os caçadores é que fazem a coleta artesanal dentro dos matos, ainda de modo bastante
impróprio, ou sem a tecnologia moderna (IDEMA, 1999).
O Município de Jandaira tem uma extensão territorial de 428,3 km². Localiza-se a uma
altitude média de 110 metros acima do nível do mar, situando-se numa posição
geográfica determinada pelo paralelo de 5º 21’ 23”de Latitude Sul e 36º 07’ 41” de
longitude Oeste, com uma Distância em Relação à Capital: 117 km pela malha rodoviária
(BR 406) e 108 Km em linha reta; Fazendo limites com: Caiçara do Norte e Galinhos ao
Oeste. O clima é árido, com Precipitação pluviométrica anual: média 498,1 mm. A
vegetação é de caráter mais seco, com abundância de cactácea e plantas de porte mais
baixo e espalhadas (IDEMA, 1999).
3 - MATERIAL E MÉTODOS
Estudos Realizados
a) Localização fito-geográfica
Observou-se que 55% dos meliponários são constituídos somente de abelhas jandaira (M.
subnitida D.), e os outros 45% corresponde as demais espécies encontradas, mais a
jandaira (M. subnitida D.), como demonstra o gráfico 01.
% dos
meliponários
60%
40%
55%
45%
20%
0%
Espécies de abelhas
Jandaira Jandaira e demais espécies encontradas
Gráfico 01 - Composição dos meliponários em Jandaira-RN.
Sendo que, as duas espécies (jandaira e a rajada) foram consideradas mais viáveis para
fins lucrativos, por ter maior ocorrência na região e se adaptam melhor às condições
adversas do meio e mais promissoras quando multiplicadas, facilmente comercializadas
juntamente com seus produtos.
•Exóticas
Fato idêntico pode ser observado em NOGUEIRA-NETO (1970), que diz que no sertão do
Seridó - RN, os sertanejos “mais curiosos” “sabem de cor as madeiras que se apresentam
mais freqüentemente ocadas – a imburana, a catingueira e o cumarú – morada natural
das nossas abelhas silvestres. E a literatura oral comprova essa preferência: “xique-xique
é pau de espinho, imburana é pau de abelha” ( LAMARTINE DE FARIA & LAMARTINE:
1964:190).
Os dados obtidos na pesquisa indicam que cada família ocupa, em média, 1,7 pessoas
envolvidas na atividade. Verificou-se que 50% dos entrevistados disseram que apenas
uma pessoa está envolvida com atividade, enquanto que 22,73 e 27,27% correspondem a
duas e três pessoas que estão envolvidas respectivamente. Ver gráfico 03.
50%
27,27%
50% 22,73%
40%
% dos
30%
meliponicu
20%
l-tores
10%
0%
Número de pessoas
De acordo com os meliponicultores entrevistados, 59,09% deles tem uma renda familiar
de 200,00 a 500, 00 reais; enquanto que 31,82% correspondem a uma renda de mais de
1.000 reais, e apenas 9,09% tem uma renda de 500 a 1.000 reais. Como mostra o gráfico
04.
59,09%
31,82%
60,00%
% dos 40,00%
meliponicul-
tores 20,00% 9,09%
0,00%
Renda familiar (em reais)
De acordo com o IBGE (2002), metade dos trabalhadores brasileiros ganha até dois
mínimos - metade da população ocupada do Brasil tem rendimento (médio mensal de
todos os trabalhos) de ½ a 2 salários mínimos. No Nordeste eles são 60,0%, sendo que
16,2% da população ocupada ganham até ½ salário mínimo. Quanto ao rendimento
médio mensal familiar per capita, 34,1% dos que recebem até ½ salário mínimo são por
conta-própria e 31,2% são empregados sem carteira de trabalho assinada. A seguir estão
os com carteira de trabalho assinada (17,5%) e os trabalhadores domésticos (14%).
Quase não há militares e estatutários ou empregadores com tal rendimento.
Meliponicultura
Aposentadoria/pensão
Extrativismo/agropecuária
Comércio
Gráfico 05 – Principal origem da renda familiar dos meliponicultores.
60%
60%
50%
% dos 40%
meliponicul- 30% 10% 10%
tores 5%
20% 15% 0%
0%
10%
0%
Níveis de escolaridade
60%
100% 25%
15%
% dos
meliponicul- 50%
tores
0%
Tipo de treinamento
Não Sim, apenas teórico Sim, teórico e prático
Gráfico 07 – Experiência e Tipos de treinamentos recebidos pelos meliponicultores.
Comparando esses dados com os obtidos por VILELA & PEREIRA (2002), observa-se os
apicultores do Rio Grande do Norte possuem um nível de capacitação mais elevado que o
nível de capacitação dos meliponicultores. Este quadro deve-se ao fato de haver uma
maior quantidade de entidades ou órgãos especializados nesta atividade.
35%
25%
40%
1 a 25 cortiços
26 a 50 cortiços
51 a 75 cortiços
i
Gráfico 08 – Número de cortiços por meliponário.
Números correspondentes foi recomendado por KERR et al (1996), que diz o seguinte:
para que seu meliponário tenha sucesso e durabilidade é imprescindível que tenha flora
apícola e abrigue no mínimo 44 colônias de uma mesma espécie. Este número de
colônias é importante devido ao sistema de determinação de sexo e de acasalamento dos
meliponíneos. E segundo alguns meliponicultores entrevistados, disseram que o número
máximo de colônias por meliponário deve ser de 60, pois números superiores vêm a
diminuir a produtividade dos cortiços e até a perda de algumas colônias; isso, devido à
mata rala, ter poucas plantas em floração e conseqüentemente, a falta de alimentação
para as abelhas, isso devido o grande contingente de abelhas em uma só local.
40,74%
33,33%
60,00%
18,52%
% dos 40,00% 7,41%
meliponicul-
20,00%
tores
0,00%
Localização
KERR et al (1996), Sugeri que as colméias fiquem em uma varanda ou galpão, sobre
prateleiras. As caixas podem ser instaladas em cavaletes individuais, galhos de árvores
ou dependuradas nas varandas das casas.
26,93%
100,00%
% dos
meliponicul- 50,00%
tores
0,00%
Madeira utilizada
As madeiras mais utilizadas, no estado de São Paulo, para fabricação de cortiços para a
jandaíra, segundo NOGUEIRA-NETO (1970), a qualidade da madeira também deve ser
ponderada. ... em São Paulo vendem-se cedro (Cedrela fissilis Vell.) e pinho brasileiro
(Araucária angustifólia (Bert.) O. Ktze.) próprios para trabalhos de carpintaria. Em Angola,
PORTUGAL ARAUJO (1957-B: 516), afirmou que as melhores madeiras para fabricação
de colméias são os mognos, a Silveira (Diospyros mespiliformis Hochst), a tacula, etc.
Com relação às medidas das caixas ou cortiços observou-se que 60% dos cortiços tinham
como medida 10cm x 11cm x 80cm de largura, altura e comprimento, respectivamente,
25% utilizavam 10 cm x 12 cm x 90 cm, 10% utilizavam 10 cm x 15 cm x 80 cm e 5%, 15
cm x 15 cm x 80 cm. Veja exemplo no gráfico 11.
60%
60% 25%
10%
% dos 40% 5%
meliponic
ul-tores 20%
0%
Medidas dos cortiços
10cm x 11cm x 80cm
10cm x 12cm x 90cm
10cm x 15cm x 80cm
Gráfico 11 – Medidas mais utilizadas pelos meliponicultores nos cortiços.
De acordo com os dados obtidos, através dos coletores, 100% disseram que o tamanho
do ninho varia de 25 a 30 cm. Enquanto que o tamanho do local onde fica o mel
(melgueira), 100% responderam que varia de 50 a 70 cm.
De acordo com dados obtidos durante a pesquisa, pode-se verificar que 26,32% dos
meliponicultores afirmam terem coletado de 1,1 à 2 litros como produtividade máxima num
cortiço durante todo o ano. Outros 42,10% disseram terem extraído de 2,1 à 3 litros. Para
10,53% obtiveram de 3,1 à 4 litros. E somente 21,05% conseguiram tirar acima de 4 litros,
os quais alegam ter sido num ano muito bom inverno ou período chuvoso e ter ocorrido
uma boa florada. Ver exemplo no gráfico 12.
42,10%
50,00%
21,05%
40,00%
% dos 26,32%
meliponicul- 30,00%
tores 20,00%
10,00%
10,53%
0,00%
Produtividade (Litro/cortiço)
De acordo com BRUENING (1990), citado por NOGUEIRA-NETO (1970), esta abelha
produz de um a dois litros por colônia, anualmente, vendidos a um preço de três a seis
vezes superior ao da A. melífera Linnaeus.
5 - CONCLUSÕES
- A florada é um dos fatores limitantes para que se tenha uma boa produção, tanto
em qualidade, como em quantidade de mel. Tomando por base as informações
obtidas pelos meliponicultores, foram listadas 47 espécies vegetais visitadas por
meliponíneos.
- A maioria dos meliponicultores, ou seja, 65% deles dispõe acima de 25 cortiços por
meliponário. Tendo 73,33% deles criando jandaira em casa (área urbana) no
quintal ou no beiral da casa.
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS