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BIODIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO
ORGANIZAÇÃO: Freddy Bravo
Organização
Freddy Bravo
1a edição
São Paulo
Métis Produção Editorial
2017
Artrópodes do Semiárido II: biodiversidade e conservação.
Copyright © 2017 by Autores.
ISBN: 978-85-69038-02-3
Ficha catalográfica
Bravo, Freddy.
B826a Artrópodes do Semiárido II: biodiversidade e
conservação / Freddy Bravo. 1.ed. – São Paulo: Métis
Produção Editorial, 2017.
136 p.
ISBN 978-85-69038-02-3
CDD: 500
CDU: 59
Sumário
Capítulo 1
7 Opiliões Laniatores do Semiárido: grandes achados taxonômicos com o pouco que se
conhece. • Adriano Medeiros DeSouza, Marcio Bernardino DaSilva, Leonardo Sousa Carvalho •
Capítulo 2
28 Novos registros de Collembola (Arthropoda, Hexapoda) para áreas úmidas
do semiárido do Brasil. • Bruno Cavalcante Bellini, Nerivânia Nunes Godeiro •
Capítulo 3
54
Ephemeroptera: espécies do Semiárido. • Rogério Campos, Rodolfo Mariano, Adolfo R. Calor •
Capítulo 4
66 Plecoptera do Semiárido. • Tácio Duarte, Adolfo Calor •
Capítulo 5
76 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento.
• Francisco Eriberto de Lima Nascimento , André da Silva Ferreira , Freddy Bravo •
Capítulo 6
Dynastinae e Melolonthinae (Coleoptera: Scarabaeoidea: Melolonthidae) depositados
99
na Coleção Entomológica Prof. Johann Becker do Museu de Zoologia da Universidade
Estadual de Feira de Santana. • André da Silva Ferreira, Paschoal Coelho Grossi •
Capítulo 7
111 Lista de Trichoptera no Semiárido nordestino, atualizando os registros do PPBio
Semiárido. • Adolfo R. Calor, Everton S. Dias, Larissa L. Queiroz, Albane Vilarino •
Capítulo 8
120 Os Psychodidae (Diptera) da região do Semiárido do Brasil, com novos registros
de Psychodinae e Phlebotominae. • Danilo Cordeiro, Freddy Bravo •
Apresentação
1
Bravo, F. & Calor, A. (Eds.). Artrópodes do Semiárido: Biodiversidade e Conservação.
Feira de Santana, Printmidia, 296p.
6
Freddy Bravo
Março de 2017
2
Bravo, F. & Calor, A.R. 2016. Conhecendo os artrópodes do Semiárido. 1.ed. São Paulo,
Métis Produção Editorial, 192 p.
7 Opiliões Laniatores do Semiárido: grandes achados taxonômicos com o pouco que se conhece
Opiliões Laniatores
do Semiárido: grandes
achados taxonômicos com
o pouco que se conhece
Adriano Medeiros DeSouza1, Marcio Bernardino DaSilva2, Leonardo Sousa Carvalho3,4
1
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia),
Universidade Federal da Paraíba, e-mail: adriendrix@gmail.com
2
Departamento de Sistemática e Ecologia, Centro de Ciências Exatas e da
Natureza, Universidade Federal da Paraíba, e-mail: 1940@uol.com.br
3
Universidade Federal do Piauí, Campus Amílcar Ferreira Sobral, Floriano,
e-mail: carvalho@ufpi.edu.br
4
Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Federal de Minas Gerais.
8 Opiliões Laniatores do Semiárido: grandes achados taxonômicos com o pouco que se conhece
mar, Alemanha e uns poucos na América Central (Dunlop 2010). Estes regis-
tros fossilizados fornecem informações acerca da história evolutiva do grupo
e encontram-se em excelente estado de preservação.
Material e Métodos
Nesta edição foi realizado uma atualização do banco de dados criado para
a edição anterior (DeSouza et al. 2014). Esse banco de dados foi criado basea-
do em três fontes: (1) literatura: foi realizada uma revisão de literatura a fim
de compilar todos os registros de distribuição das espécies; (2) Coleções: fo-
ram compilados registros das seguintes coleções zoológicas: Coleção de Histó-
ria Natural da Universidade Federal do Piauí, Floriano-PI (CHNUFPI; curador
E.F.B. Lima), Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo-SP
(MZSP; curador R. Pinto-da-Rocha), Museu Nacional da Universidade Fede-
ral do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro-RJ (MNRJ; curador A.B. Kury); Museu
Paraense Emílio Goeldi, Belém-PA (MPEG; curador A.B. Bonaldo); Universi-
dade Federal da Paraíba, João Pessoa-PB (UFPB; curador C.F. Martins) e Ins-
tituto Butantan, São Paulo-SP (IBSP; curador D.M.B. Battesti); e (3) coletas:
todos os registros de indivíduos coletados no âmbito do Programa de Pesqui-
sas em Biodiversidade do Semiárido foram incluídos no banco de dados, das
seguintes localidades: Serra da Jibóia (municípios de Elísio Medrado e Santa
Teresinha), Milagres, Maracás e Serra do Barbado (município de Abaíra), no
Estado da Bahia; Chapada do Araripe (municípios de Crato e Barbalha), Serra
do Ibiapaba (municípios de Ubajara e Viçosa do Ceará) e Quixadá, no Estado
do Ceará; Apodi, Martins e Portalegre, no Estado do Rio Grande do Norte; e
Serra das Confusões (nos municípios de Guaribas, Caracol e Cristino Castro),
no Estado do Piauí.
Os registros que não apresentavam coordenadas geográficas na publica-
ção original ou nas informações dos bancos de dados disponíveis nas coleções
examinadas foram georreferenciados utilizando banco de dados de coordena-
das geográficas, como o Global Gazetteer, versão 2.1 (disponível em: http://
www.fallingrain.com/world/). Todas as coordenadas foram convertidas para
o sistema decimal. Quando havia detalhamento da localidade, foi possível
uma boa acurácia no georreferenciamento (com as coordenadas com duas
casas decimais), mas quando o detalhamento era mínimo, foram usadas com
uma casa decimal.
Para a confecção dos mapas e filtragem dos registros, optou-se por utilizar
13 Opiliões Laniatores do Semiárido: grandes achados taxonômicos com o pouco que se conhece
Resultados e discussão
Figura 2. Riqueza das espécies de opiliões por quadriculas (0,5 º x 0,5º) na área de estudo.
ESTADO TOTAL DE
TÁXON AUTOR/ANO
BA CE PB PE PI RN AL MG REGISTROS
Cosmetidae
Cosmetus biacutus Roewer, 1947 1 1
Cosmetus soerenseni (Mello-Leitão, 1942) 1 1
Cynorta ceara Roewer, 1927 1 2 3
Cynorta unciscripta Roewer, 1927 3 3
Eupoecilaema megaypsilon Piza, 1938 3 1 1 5
Fortalezius excellens Roewer, 1947 1 1
Gryne perlata Mello-Leitão, 1936 2 1 1 1 5
Gryne pluriarcuata Mello-Leitão, 1936 1 7 8
Gryne sp* 1 1
Metavononoides albosigillatus (Mello-Leitão, 1941) 3 3
Metavononoides sp* 1 1
Paecilaema sp**** 1 1
Escadabiidae
Baculigerus littoris H. Soares, 1979 1 1
Escadabius sp** 1 1
Escadabius ventricalcaratus Roewer, 1949 1 1
Gen sp*** 1 1
Gonyleptidae
Eusarcus aduncus (Mello-Leitão, 1942) 1 1 2
Eusarcus cavernicola Hara & Pinto-da-Rocha, 2010 1 1
Eusarcus elinae Kury, 2008 1 1
Pachylinae Gen sp**** 1 1
Giupponia chagasi Pérez & Kury, 2002 2 2
20 Opiliões Laniatores do Semiárido: grandes achados taxonômicos com o pouco que se conhece
ESTADO TOTAL DE
TÁXON AUTOR/ANO
BA CE PB PE PI RN AL MG REGISTROS
Goniosomatinae Gen sp* 1 1
Gonyleptes sp**** 1 1
Gyndoides sp.1* 1 1
Gyndoides sp.2* 3 3
Gyndoides sp.3* 1 1
Heteropachylus crassicalcanei (H. Soares, 1977) 1 1
Heteropachylus peracchii Soares & Soares, 1974 1 1
Iandumoema uai Pinto-da-Rocha, 1996 1 1
Lacronia sp* 1 1
Liogonyleptoides minensis (Piza, 1946) 4 1 5
Mitobatinae Gen sp* 1 1
Mitogoniella modesta (Perty, 1833) 1 1
Parapachyloides uncinatus (Sørensen, 1879) 3 3
Pseudopucrolia discrepans (Roewer, 1943) 1 2 2 5
Pseudopucrolia mutica (Perty, 1833) 2 2
Pseudopucrolia rugosa (Roewer, 1930) 1 1
Pseudopucrolia sp.1* 2 2
Pseudopucrolia sp.2* 1 1
Kimulidae
Tegipiolus pachypus Roewer, 1949 1 1 2
Stygnidae
Auranus sp* 1 1
Gaibulus schubarti Roewer, 1943 2 2
Iguarassua schubarti Roewer, 1943 1 1
Pickeliana albimaculata Hara & Pinto-da Rocha, 2008 1 1
Pickeliana pickeli Mello-Leitão, 1932 1 2 1 4
Protimesius evelineae (Soares & Soares, 1978) 1 1
Villarreal-Manzanilla &
Protimesius junina 2 2
Pinto-da-Rocha, 2006
Protimesius mendopictus (H.Soares, 1978) 1 1 2
Ricstygnus quineti Kury, 2009 2 2
Sickesia tremembe Pinto-da-Rocha & Carvalho, 2009 5 5
Stygnus polyacanthus (Mello-Leitão, 1923) 3 5 1 5 2 16
Zalmoxidae
Garanhunsa pectanalis Roewer, 1949 1 1
Pirassunungoleptes analis (Roewer, 1949) 1 1
Tabela 2. Total de espécies, espécies novas e espécies endêmicas de opiliões registradas em cada área
de endemismo ou regiões fisionômicas que foram incluídas nas discussões.
Figura 3. Representantes da
fauna de opiliões Laniatores
do bioma Caatinga. A: Auranus sp
(Stygnidae); B: Protimesius evelineae
(Stygnidae); C: Stygnus polyacanthus
(Stygnidae); D: Eupoecilaema
megaypsilon (Cosmetidae);
E: Gryne perlata (Cosmetidae);
F: Gonyleptes sp (Gonyleptidae);
G: Liogonytleptoides minensis
(Gonyleptidae);
H: Goniosomatinae Gen. sp
(Gonyleptidae). Fotos: A.M.
DeSouza (A, C, E, G) e
L.S.Carvalho (B, D, F, H).
22 Opiliões Laniatores do Semiárido: grandes achados taxonômicos com o pouco que se conhece
Considerações finais
Agradecimentos
Referências bibliográficas
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24 Opiliões Laniatores do Semiárido: grandes achados taxonômicos com o pouco que se conhece
Novos registros
de Collembola
(Arthropoda, Hexapoda)
para áreas úmidas do
semiárido do Brasil
Bruno Cavalcante Bellini1,2 & Nerivânia Nunes Godeiro2
1
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Campus I, Centro de
Biociências, Departamento de Botânica e Zoologia, 59072-970, Natal, Rio Grande
do Norte, Brasil, e-mail: entobellini@gmail.com
2
Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução. Centro de Biociências,
UFRN, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.
29 Novos registros de Collembola (Arthropoda, Hexapoda) para áreas úmidas do semiárido do Brasil
Introdução
Metodologia
Rio Grande do Norte, Município de Apodi, Sítio Arqueológico Lajedo de Soledade 5°35’20’’S; RN2
37°49’53’’W
Rio Grande do Norte, Município de Portalegre, Serra de Portalegre 5°2’S; 38°1’W RN3
31 Novos registros de Collembola (Arthropoda, Hexapoda) para áreas úmidas do semiárido do Brasil
Resultados
Localidades
Espécies (organizadas por ordens e famílias)
BA1 CE1 CE2 CE3 RN1 RN2 RN3
Poduromorpha
Brachystomellidae
Brachystomella agrosa Wray, 1953 x x x
Hypogastruridae
Austrogastrura travassosi (Arlé, 1939) x
Xenylla sp. 1 x
Neanuridae
Neotropiella meridionalis (Arlé, 1939) x
Entomobryomorpha
Entomobryidae
Dicranocentrus sp. 1 x
Entomobrya bahiana Bellini & Cipola, 2015* x
Entomobrya sp. 2 x
Entomobrya aipatse Arlé, 1959 x
Lepidocyrtus nigrosetosus Folsom, 1927 x x
Lepidocyrtus sp. 1 x
Lepidosira sp. 1 x
34 Novos registros de Collembola (Arthropoda, Hexapoda) para áreas úmidas do semiárido do Brasil
Localidades
Espécies (organizadas por ordens e famílias)
BA1 CE1 CE2 CE3 RN1 RN2 RN3
Lepidosira sp. 2 x
Seira (Lepidocyrtinus) diamantinae Godeiro & Bellini, 2015 x
Seira (Lepidocyrtinus) sp. 1 x
Seira (Lepidocyrtinus) sp. 2 x
Seira (Lepidocyrtinus) sp. 3 x
Seira (Seira) mendoncae Bellini & Zeppelini, 2008 x
Seira (Seira) potiguara Bellini, Fernandes & Zeppelini, 2010 x
Seira (Seira) ritae Bellini & Zeppelini, 2011 x x
Seira (Seira) sp. 1 x
Seira (Seira) sp. 2 x
Seira (Seira) sp. 3 x
Seira (Seira) sp. 4 x
Tyrannoseira gladiata Zeppelini & Lima, 2012 x x
Paronellidae
Campylothorax mitrai Bellini & Meneses, 2012
x
Salina sp. 1 x
Isotomidae
Desoria trispinata (Mac Gillivray, 1896) x x
Localidades
Espécies (organizadas por ordens e famílias)
BA1 CE1 CE2 CE3 RN1 RN2 RN3
Sminthurididae
Sphaeridia sp. 1 x x
longo que o III. Antenas flexionadas entre os artículos antenais III e IV. 8+8
(raramente 5+5 ou 0+0) olhos. Quatro pares de tricobótrias abdominais: três
pares no grande abdome (A-C; B raramente ausente); um par (D; raramente
nenhum) no pequeno abdome. Tricobótrias A, B e C geralmente desalinhadas
entre si, formando um ângulo obtuso abrindo posteriormente. Apêndice su-
banal nas fêmeas presente, curvado anteriormente no sentido do ânus. Cer-
das rastreadoras geralmente ausentes nos tibiotarsos. Trocanter III sem órgão
trocanteral. Sacos do colóforo longos. Cerda mucronal presente ou ausente.
Mucro geralmente com margens serrilhadas, crenuladas ou lisas (adaptado de
Stach 1956, Richards 1968, Bretfeld 1999, Bellinger et al. 2016).
Discussão
Agradecimentos
Referências bibliográficas
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Abrantes, E.A., Bellini, B.C., Bernardo, A.N., Fernandes, L.H., Mendonça, M.C.,
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1
Universidade de Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Laboratório de Entomologia
Aquática, PPG Diversidade Animal, e-mail: rogeriofields@gmail.com; acalor@gmail.com
2
Universidade Estadual de Santa Cruz, Laboratorio de Organismos Aquáticos,
Departamento de Ciências Biológicas, e-mail: rodolfomls@gmail.com
55 Ephemeroptera: espécies do Semiárido
Introdução
Ephemeroptera (Hyatt & Arms 1891) é a ordem com o registro mais an-
tigo entre os insetos alados datando do Cambriano superior ou início do Per-
miano (Grimaldi & Engel 2005, Barber-James et al. 2008). São organismos
que apresentam desenvolvimento hemimetabolo com ciclo de vida anfibió-
tico, onde a fase de imaturo se desenvolve em ambiente aquático (lêntico ou
lótico) e o alado é terrestre.
O estágio ninfal é caracterizado por apresentar, peças bucais com mor-
fologias variadas, abdômen com dez segmentos, brânquias abdominais, dois
cercos abdominais e um filamento terminal podendo estar reduzido ou au-
sente (Edmunds 1982).
Quando adultos, apresentam antenas inconspícuas, peças bucais atrofia-
das, um ou dois pares de asas nos segmentos toráxicos, na porção posterior
do IX segmento abdominal dos machos se encontra um par de apêndices cha-
mados de fórceps e na porção dorsal deste mesmo segmento estão os pênis
pareados (Edmunds 1982, Domínguez et al. 2006).
Das ordens de insetos viventes Ephemeroptera é a única que apresenta
dois estágios alados (Brittain 1982). Posteriormente ao total amadurescimen-
to da ninfa emerge a subimago, que pode ser diferenciada do próximo estágio
(imago) pela coloração leitosa das asas e por não apresentar genitália desen-
volvida, o que torna esse estágio inviável para a distinção interespecífica, uma
vez que esta é feita, basicamente, por diferenças morfológicas em estruturas
da genitália masculina (Domínguez et al. 2006).
A ordem apresenta distribuição cosmopolita com cerca de 4000 espé-
cies distribuídas entre, 440 gêneros e 42 famílias (Barber-James et al. 2013).
Na América do Sul 14 famílias (Ameletopsidae, Baetidae, Caenidae, Colu-
briscidae, Coryphoridae, Ephemeridae, Euthyplociidae, Leptohyphidae,
56 Ephemeroptera: espécies do Semiárido
Baetidae
Baetidae exibe distribuição cosmopolita e apresenta a maior diver-
sidade específica entre as famílias da ordem, contendo cerca de 961 es-
57 Ephemeroptera: espécies do Semiárido
Caenidae
Amplamente distribuída a família Caenidae apresenta 17 gêneros e cerca de
225 espécies descritas (Barber-James et al. 2013). Dentre as regiões zoogeográ-
ficas, a Região Neotropical apresenta a terceira maior diversidade em número de
espécies para a família, sendo registrados cinco gêneros e cerca de 37 espécies
(Barber-James et al. 2008, Barber-James et al. 2013). Dos Caenidae neotropi-
cais, quatro gêneros (Alloretochus, Brasilocaenis, Caenis e Latineosus) e 29 espé-
cies estão representados na América do Sul (Domínguez & Dos Santos 2014).
Três gêneros (Brasilocaenis, Caenis, Latineosus) e 19 espécies são registra-
dos para o Brasil (Salles et al. 2016). Das espécies que ocorrem no país, apro-
ximadamente 63% pertencem ao gênero Caenis, que por sua vez é o único re-
gistrado para a família no Semiárido brasileiro com duas espécies (C. cunianna
Froehlichi, 1969 e C. chamie Alba-Tercedor & Mosquera, 1999) (Costa & Ma-
riano 2014, Lima et al. 2015).
Euthyplociidae
A família Euthyplociidae apresenta distribuição tropical e subtro-
pical (Gillies, 1980), sendo catalogadas 22 espécies em sete gêneros
(Barber-James et al. 2008, Barber-James et al. 2013, Gonçalves & Pe-
ters 2016, Gonçalves et al. 2017). Subdivididos em duas subfamílias
(Euthyplociinae e Exeuthyplociinae), apenas os Euthyplociinae são os re-
presentantes da família na America do Sul com três gêneros (Campylocia,
Euthyplocia e Mesoplocia) e sete espécies (Domínguez & Dos Santos 2014, Gon-
çalves et al. 2017), enquanto que os representantes de Exeuthyplociinae são
representados pelos gêneros africanos Exeuthyplocia e Afroplocia (Gillies 1980).
58 Ephemeroptera: espécies do Semiárido
Leptohyphidae
Distribuída no Neártico e no Neotrópico, a família Leptohyphidae é repre-
sentada por 14 gêneros e aproximadamente 140 espécies (Barber-James et al.
2013). Sua diversidade está concentrada na Região neotropical, onde todas os
gêneros e cerca de 128 espécies são registrados. Dos registros para o neotró-
pico, 93 espécies e 12 gêneros ocorrem na América do Sul (Domínguez & Dos
Santos 2014).
Atualmente são registrados sete gêneros (Amanahyphes, Leptohyphes,
Leptohyphodes, Macunahyphes, Traverhyphes, Tricorythodes e Tricorythopsis) e
49 espécies para o Brasil, sendo o gênero Tricorythopsis com maior número de
espécies (16 espécies) (Salles et al. 2016).
Para a região do Semiárido, quatro gêneros (Leptohyphes, Traverhyphes,
Tricorythodes e Tricorythopsis) e nove espécies são registradas. Diferente-
mente do padrão de diversidade específica observada para os gêneros de
Leptohyphidae, o gênero Traverhyphes apresenta a maior diversidade para o
Semiárido com quatro espécies registradas.
Leptophlebiidae
A família Leptophlebiidae exibe distribuição cosmopolita, sendo cataloga-
dos 131 gêneros e cerca de 645 espécies descritas para o grupo (Barber-James
et al. 2013). A Família está dividida em duas subfamílias Leptophlebiinae e
Atalophlebiinae, sendo a primeira com distribuição laurásica e a segunda dis-
tribuída majoritariamente no neotrópico (Peters 1980, Savage 1987).
Da diversidade neotropical, 41 gêneros e 171 espécies apresentam regis-
tro para a América do Sul, dentre estes 91 espécies e 26 gêneros são encontra-
dos no Brasil.
Para o Semiárido são registrados 11 gêneros (Askola, Farrodes,
Fittkaulus, Hermanella, Hydrosmilodon, Lisetta, Needhamella, Massartella,
Simothraulopsis, Terpides e Thraulodes) e 12 espécies (Lima et al. 2015).
59 Ephemeroptera: espécies do Semiárido
Polymitarcyidae
Polymitarcyidae apresenta distribuição ampla, sendo registrados sete
gêneros e 86 espécies (Barber-James et al. 2008, Barber-James et al. 2013)
pertencendo as subfamílias Asthenopodinae, Campsurinae e Polymitarcyinae
(Edmunds & Traver 1954, Bae & McCafferty 1995). Somente os gêneros de
Asthenopodinae (Asthenopus, Asthenopodes, Priasthenopus e Hubbardipes) e
Campsurinae (Campsurus, Tortopus e Tortopsis) possuem ocorrência para o ne-
otrópico (Domínguez 2006, Molineri 2010, Molineri & Salles 2013, Molineri
et al. 2015).
A diversidade da família registrada para o Brasil têm sido ampliada com
descrições de novos gêneros e espécies (Molineri & Salles 2013). Atualmente
são registrados sete gêneros e 40 espécies, sendo Campsurus o gênero mais
diverso apresentando 27 espécies. Dos registros para o país, somente dois gê-
neros (Asthenopus e Campsurus) e duas espécies (C. latinipennis Walker, 1853 e
C. truncatus Ulmer, 1920) são conhecidos para o Semiárido.
Tabela 1. Lista dos Ephemeroptera registrados para a região do Semiárido. Em negrito estão os novos
registros catalogados no âmbito do PPBio Semiárido. BA, Bahia; CE, Ceará; PE, Pernambuco; PI, Piauí;
RN, Rio Grande do Norte; SE, Sergipe.
Baetidae
Gênero Espécies Localidades
Americabaetis A. alphus BA (Cocos; Ipiaú; Jitaúna; Santa Terezinha: Serra da
Jiboia) CE (Crato) PE (Bonito; Cabo de Santo Agostinho;
São Benedito do Sul) PI (São João da Fronteira)
A. labiosus BA (Ipiaú; Jiaúna)
Apobaetis A. fiuzai BA (Chapada Diamantina Rio de Contas) PE (São Benedito
do Sul)
Aturbina A. georgei BA (Jitaúna; Santa Terezinha: Serra da Jiboia)
A. beatrixae PE (São Benedito do Sul)
Baetodes B. liviae BA (Chapada Diamantina: Rio de Contas)
B. santatereza PE (Bonito, Cabo de Santo Agostinho e São Benedito do Sul)
B. serratus BA (Santa Terezinha: Serra da Jiboia)
B. sancticatarinae BA (Santa Terezinha: Serra da Jiboia)
Baetodes sp.1 PE (Pedra Redonda: Bonito)
Baetodes sp. 2 BA (Jitaúna)
Callibaetis Callibaetis sp.1 BA (Chapada Diamantina: Lençois)
Callibaetis sp. 2 BA (Jequié; Jitaúna)
BA (Tanquinho; Chapada Diamantina: Rio de Contas); CE
C. pollens
(Ubajara); PE (São Benedito do Sul)
C. guttatus CE ( São Gonçalo do Amarante)
61 Ephemeroptera: espécies do Semiárido
Baetidae
Gênero Espécies Localidades
Camelobaetidius C. billi BA (Chapada Diamantina: Rio de Contas); PE (Bonito, Cabo
de Santo Agostinho e São Benedito do Sul)
C. cayumba CE (Tinguá); PE ( Barra de Guabiraba, Cabo de Santo
Agostinho); PI (Batalhas)
C. francischettii BA (Jitaúna); PE (Bonito e São Benedito do Sul)
C. janae PI (Batalhas)
C. lassance BA (Ibicoara; Jitaúna); PE ( Barra de Guabiraba)
C. tuberosus CE (Ubajara)
Cloeodes C. irvingi BA(Chapada Diamantina: Rio de Contas); CE (Ipu); PE (São
Benedito do Sul)
Cloeodes sp.1 BA (Santa Terezinha: Serra da Jiboia)
Cloeodes sp. 2 PB (Areia)
Cryptonympha BA (Chapada Diamantina: Piatã; Jitaúna); PE (São Benedito
C. dasilvai
do Sul)
C. copiosa BA (Cocos; Chapada Diamantina: Piatã)
Paracloeodes Paracloeodes sp.1 RN (Portalegre)
P. pacawara BA (Tanquinho)
P. waimiri BA (Chapada diamantina: Rio de Contas e Piatã; Tanquinho);
CE (Ubajara); PI (São João da Fronteira)
Spiritiops S. silvudus BA (Jequié e Jitaúna)
Waltzoyphius W. fasciatus BA (Cocos; Chapada Diamantina: Rio de Contas)
Zeluzia Z. principalis BA (Ipiaú)
Caenidae
Gênero Espécies Localidades
Caenis C. cuniana BA (Curaçá); PE (Orocó)
C. chamie PE (Flores, Triunfo, Petrolina e Vicência)
Euthyplociidae
Gênero Espécies Localidades
Campylocia Campylocia burmeisteri BA (Chapada Diamantina: Catolés)
Leptohyphidae
Gênero Espécies Localidades
Leptohyphes L. plaumanni PE (Pedra Redonda: Bonito)
L. petersi PE (Bonito e São Benedito do Sul)
Traverhyphes Traverhyphes (Traverhyphes) PE (Bonito)
frevo
Traverhyphes (Traverhyphes) sp. CE (Ubajara)
T.(Mocohyphes) edmundsi PE (São Benedito do Sul)
T.(Mocohyphes) yuati BA (Serra da Jiboia);PI (São João da Fronteira)
T. (Traveryphes) pirai PE (São Benedito do Sul)
Tricorythodes Tricorythodes sp.1 BA (Curaçá)
T. mirca PI (São João da Fronteira)
62 Ephemeroptera: espécies do Semiárido
Leptohyphidae
Gênero Espécies Localidades
Tricorythopsis T. sigillatus PE (Correntes)
T. araponga BA (Chapada Diamantina: Rio de Contas)
T. pseudogibbus BA (Chapada Diamantina: Rio de Contas)
Leptophlebiidae
Gênero Espécies Localidades
Askola Askola sp.1 BA (Chapada Diamantina: Catolés)
Askola sp. 2 BA (Santa Terezinha: Serra da Jiboia)
Farrodes F.carioca BA (Chapada Diamantina: Catolés e Lençois; Santa
Terezinha: Serra da Jiboia); PE (Pedra Redonda: Bonito)
F. tepui PE (Bonito)
Fittkaulus F. cururuensis PE (São Benedito do Sul)
Hemanella H. maculipennis PE (São Benedito do Sul)
Hydrosmilodon H. gilliesae PE (Bonito, Cabo de Santo Agostinho e São Benedito do Sul)
Lisetta L. ernsti PE (São Benedito do Sul)
Needhamella N. ehrhardit PE (São Benedito do Sul)
Massartella BA (Chapada Diamantina: Catolés; Elísio Medrado: Serra
M. brieni
da Jiboia)
Simothraulopsis S. diamantinensis BA (Chapada Diamantina: Lençois; Catolés)
S. (Maculognathus) sabalo PE (São Benedito do Sul)
Terpides T. sooretamae PE (Bonito e São Benedito do Sul)
Thraulodes Thraulodes sp.1 BA (Curaçá)
Thraulodes sp.2 BA (Chapada Diamantina: Catolés)
Thraulodes sp. 3 BA (Chapada Diamantina: Rio de Contas)
T. luizgonzagai BA (Juazeiro)
Hydrosmillodon H. gilliesae PE (Pedra Redonda: Bonito)
Ulmeritus U. saopaulensis BA (Maracás)
Ulmeritoides U. angelus BA (Chapada Diamantina: Catolés e Piatã)
Polymitarcyidae
Gênero Espécies Localidades
Asthenopus Asthenopus sp. PE (Vicência)
Campsurus C. latinipennis BA (Curacá)
C. (segnisgroup) sp. BA (Curacá)
C. truncatus PE (Belo Jardim)
C. violaceus PI
63 Ephemeroptera: espécies do Semiárido
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66 Plecoptera do Semiárido
Plecoptera do Semiárido
Tácio Duarte 1, Adolfo Calor 2
1
Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto,
PPG Entomologia, e-mail: dutacio@gmail.com
2
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Laboratório de Entomologia
Aquática, PPG Diversidade Animal, e-mail: acalor@gmail.com
67 Plecoptera do Semiárido
Introdução
Figura 1. Adulto de
Anacroneuria (Perlidae)
proveniente da Serra
da Jibóia, município de
Santa Teresinha, Bahia.
(Foto: Rafael Abreu).
68 Plecoptera do Semiárido
Figura 2. Representa-
ção esquemática do ciclo
de vida hemimetábolo
em Plecoptera.
Figura 3. Asas anterior (A) e posterior (B) de Tupiperla (Gripopterygidae) adulto. Em cinza,
lobo anal da asa posterior. Sc, Subcosta; RA, Radial anterior; RP, Radial posterior; M, Media;
CuA, Cubital anterior; CuP, Cubital posterior; AA1, Anal anterior 1; AA2, Anal anterior 2.
Família Perlidae
Existem atualmente 51 gêneros (Stark et al. 2009) e aproximadamente
1.050 espécies de Perlidae descritas (Fochetti & Tierno de Figueroa 2008), dis-
tribuindo-se nas regiões Neártica, Neotropical, Paleártica, Oriental e Afrotropi-
cal (Stark & Gaufin 1976). Na Região Neotropical são registradas cerca de 390
espécies (Froehlich 2010), o que equivale a quase 40% das espécies da famí-
lia. No Brasil são registradas cerca de 120 espécies em 4 gêneros, Anacroneuria,
Enderleina, Kempnyia e Macrogynoplax (Froehlich 2012). O gênero Enderleina
ocorre principalmente na região amazônica, assim como Macrogynoplax, no en-
tanto, este último também é registrado em regiões dos estados de São Paulo e
Mato Grosso (Froehlich 1984; Bispo et al. 2005). Já os gêneros Anacroneuria e
Kempnyia são registrados em quase todas as regiões do Brasil (Froehlich 2010).
Anacroneuria tem registros a partir do sul da Região Neártica até o norte da Ar-
gentina, enquanto Kempnyia tem registros somente no Brasil (áreas das regiões
Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste) (Duarte et al. 2014a, Lecci et al. 2014).
71 Plecoptera do Semiárido
Família Gripopterygidae
Os Gripopterygidae são representados por 52 gêneros e aproximadamente
300 espécies (Fochetti & Tierno de Figueroa 2008, DeWalt et al. 2016), apre-
sentando distribuição circum-antártica com clados provavelmente resultantes
das quebras da Gondwana austral (Stark et al. 2009). Na Região Neotropical,
são registrados 28 gêneros (Froehlich 2010), sendo 4 deles ocorrentes no Bra-
sil, Gripopteryx, Guaranyperla, Paragripopteryx e Tupiperla com cerca de 50 es-
pécies registradas (Froehlich 2012, Bispo & Lecci 2012). Guaranyperla tem re-
gistros somente para o sudeste brasileiro. Gripopteryx ocorre desde os enclaves
de Mata Atlântica da Região Semiárida (Lecci et al. 2014), passando pela região
central do Brasil e ao longo da costa sul brasileira até o nordeste da Argentina
e Uruguai (Froehlich 1993). O gênero Paragripopteryx estende-se desde as áre-
as montanhosas do sul do Estado da Bahia até Uruguai e norte da Argentina
(Duarte et al. 2014a). Já os Tupiperla são registrados desde os enclaves de Mata
Atlântica do Estado da Bahia (Lecci et al. 2014) áreas montanhosas do Brasil
central, regiões Sul e Sudeste até o nordeste da Argentina (Misiones).
Plecoptera do Semiárido
Espécies de Perlidae e Gripopterygidae têm sido registradas no Bioma Se-
miárido, sendo representadas por quatro gêneros, Anacroneuria, Kempnyia,
Gripopteryx e Tupiperla (Tab. 1). Os registros compreendem desde espécies já
conhecidas na literatura até exemplares considerados como pertencentes a
novas espécies.
O gênero Anacroneuria tem sido o mais amplamente distribuído na Região
Neotropical, suas espécies podem ser encontradas tanto em rios de montanhas
quanto de planícies, sendo em algumas áreas o único gênero presente (Turcotte
& Harper 1982a, b, Baptista et al. 2001, Bobot & Hamada 2002). No Bioma
Semiárido é, também, o gênero com maior número de espécies registradas.
Em uma primeira checklist de Plecoptera do Programa de Pesquisa em
Biodiversidade do Semiárido (PPBio Semiárido), exemplares de cinco espécies
de Anacroneuria, além de alguns exemplares pertencentes a novas espécies
(Lecci et al. 2014) haviam sido registrados. Aqui, ampliamos os registros do
gênero tanto em número de espécies quanto em ocorrência em outras locali-
dades. Já o gênero Kempnyia (Perlidae), apesar de ter registros principalmen-
72 Plecoptera do Semiárido
Perlidae
Gênero Espécies Localidades
Anacroneuria A. amargosa BA (Serra do Timbó: Amargosa)
Kempnyia Kempnyia n. sp. 1 BA (Serra da Jiboia: Castro Alves, Santa Teresinha e Varzedo)
(Lecci, 2013 - Tese)
Kempnyia n. sp. 4 BA (Chapada Diamantina: Abaíra)
(Lecci, 2013 - Tese) BA (Serra da Jiboia: Santa Teresinha e Varzedo)
Kempnyia sp. BA (Chapada Diamantina: Abaíra)
73 Plecoptera do Semiárido
Gripopterygidae
Gêneros Espécies Localidades
Considerações finais
Referências bibliográficas
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75 Plecoptera do Semiárido
Cerambycidae (Coleoptera)
do Semiárido: Ampliando
o conhecimento
Francisco Eriberto de Lima Nascimento 1, André da Silva Ferreira2 , Freddy Bravo3
1
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento de Entomologia,
Setor de Coleoptera, e-mail: eribnascimentofl@gmail.com
2
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Doutorando do PPG Diversidade
Animal, e-mail: sferreira.and@gmail.com
3
Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento Ciências Biológicas,
Laboratório de Sistemática de Insetos. E-mail: ffbravo@uefs.br
77 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento
Os Cerambycidae do Semiárido
No território brasileiro, a fauna de Cerambycidae vem sendo estudada
há décadas. Dentre os principais especialistas do mundo, estão os brasileiros
Dr. Ubirajara Martins e a Dr. Maria Helena Galileo que contribuiram com a
descrição de muitas espécies, e juntamente com a colaboração de vários ou-
tros pesquisadores, o Dr. Ubirajara gerou uma coletânea de livros sobre os
Cerambycidae Sulamericanos. Um outro importante pesquisador que trabalha
no Brasil é o uruguaio Dr. Miguel Monné, que além de vários artigos publica-
dos, desde 2003 cataloga os cerambicídeos das Américas fornecendo impor-
tantes imformações taxonômicas e de distribuição.
Atualmente, são poucos os pesquisadores atuando no Brasil, e os mesmos,
estão concentrados na região sudeste do país, sendo que ainda há diversas áre-
as ainda pouco amostradas, como é o caso da Caatinga (Martins 1999, Mar-
79 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento
tins et al. 2014 ). Os primeiros estudos nessa área datam das décadas de 30 e
60 (e.g. Carvalho & Carvalho 1939, Zajciw 1965, 1966, 1968, Silva 1967). Nos
últimos anos, alguns trabalhos realizados em determinadas áreas de Caatin-
ga, ampliaram o conhecimento dessa fauna (e.g. Maia et al. 2003, Paz. et. al.
2008, Ferreira & Rocha 2015, Galileo et al. 2013, Nascimento & Bravo, 2014a,
2015, Nascimento et al. 2016). Recentemente foi publicada uma lista de espé-
cies de Cerambycidae de Catolés, Piatã e Mucugê, três localidade da Chapada
Diamantina, Bahia na qual constam 38 espécies de 29 gêneros, 18 tribos e
duas subfamílias. Dentre as espécies coletadas, dez são novos registros para o
estado da Bahia (Nascimento et al. 2017).
Por meio de coletas realizadas com o apoio do programa PPBio Semiári-
do foram publicadas algumas listas de espécies provenientes de importantes
áreas do Semiárido (Menezes et al. 2012, Nascimento & Bravo 2015, Nasci-
mento et al. 2016, Nascimento et al. 2017), além de uma lista que compilou
as espécies descritas com material do PPBio Semiárido e que culminou com a
publicação compilatória de Nascimento & Bravo (2014a).
A seguir é apresentada uma atualização da lista de espécies Cerambycidae
do Semiárido (Tab. 1) com base em exemplares coletados nas expedições do
PPBio Semiárido Invertebrados, depositados na Coleção Entomológica Profes-
sor Johann Becker do Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Feira
de Santana (MZFS) e com pesquisa nos trabalhos de Galileo et al. (2013), Nas-
cimento & Bravo (2014a), Nascimento & Bravo (2015), Martins et al. (2015),
Ferreira & Rocha (2015) e Nascimento et al. (2016).
Ao longo do projeto, ou seja desde 2008 até 2016 foram coletadas 386
espécies. Desse total, 348 espécies constam na lista atualizada e estão
incluídas em 203 gêneros de 48 tribos e quatro subfamílias (Tab. 1). Não
foram incluídas as 38 espécies de Nascimento et al. (2017) já que este trabalho
estava pronto para ser enviado para publicação. No entanto, das 38 espécies
de Nascimento et al. (2017) de Catolés, Piatã e Mucugê, 22 não constam
na lista e são: Chlorida costata Audinet-Serville, 1834; Periboeum acuminatum
(Thomson, 1861); Periboeum terminatum (Perroud, 1855); Stizocera fragilis
(Bates, 1870); Coleoxestia ebenina Melzer, 1935; Coleoxestia pubicornis
(Gounelle, 1909); Coleoxestia globulicollis (Gahan, 1892); Coleoxestia spinipennis
spinipennis (Audinet-Serville, 1834); Compsa albopicta Perty, 1832; Ozodes
80 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento
20. Xenofrea peculiares Martins & Galileo, 2013 (Martins & Galileo 2013),
21. Mariliana bellula Martins & Galileo, 2013 (Martins & Galileo 2013)
22. Ataxia arenaria Martins & Galileo, 2013 (Martins & Galileo 2013)
23. Dadoychus atrus Martins & Galileo, 2013 (Martins & Galileo 2013)
24. Adetus differentis Galileo, Martins & Nascimento, 2013 (Galileo et al. 2013)
25. Mimasyngenes piauienses Galileo, Martins & Nascimento, 2013
(Galileo et al. 2013)
26. Compsibidion pictum Galileo, Martins & Nascimento, 2013
(Galileo et al. 2013)
27. Rhaphiptera delmari Nascimento & Bravo, 2014 (Nascimento
& Bravo 2014b)
28. Raglicia monnei Martins, Galileo & Santos-Silva, 2015 (Martins et al. 2015)
29. Desmiphora (Desmiphora) nascimentoi Martins, Galileo & Santos-Silva, 2015
(Martins et al. 2015),
30. Desmiphora (Desmiphora) iwasarai Nascimento, Mermudes, Bravo &
Santos-Silva, 2017 (Nascimento et al. 2017)
31. Suipinima flavumtuberculata Nascimento, Bravo & Botero,
2016 (Nascimento et. al. 2016)
32. Aereniphaula bandana Nascimento, Bravo & Botero, 2016
(Nascimento et. al. 2016)
Tabela 1. Lista de espécies de Cerambycidae coletados através do PPBio/Semiárido.
CERAMBYCINAE Latreille, 1802
Achrysonini Lacordaire, 1869
Achryson maculatum Burmeister, 1865 Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi])
Achryson maculipenne (Lacordaire, 1869) Bahia (Senhor do Bonfim [Serra da Maravilha])
Achryson surinamum (Linnaeus, 1767) Bahia (Paulo Afonso [Raso da Catarina], Morro do Chapéu
[Capão do Pinho, Morrão]), Rio Grande do Norte (Portalegre)
Bothriospilini Lane, 1950
Chlorida festiva (Linnaeus, 1758) Bahia (Andaraí, Vitória da Conquista [Dantilândia], Feira
de Santana [Matinha], Marcás, Milagres, Morro do Chapéu
[Capão do Pinho, Morrão]), Iaçú, Itaberaba, Ituberá, Lençóis,
Santa Terezinha [Serra da Jibóia], Seabra, Senhor do Bonfim
[Serra de Santana]), Rio Grande do Norte (Portalegre)
Bothriospila pulcherrima Martins & Galileo, 2012 Bahia (Maracás)
Callichromatini Blanchard, 1845
Callichroma sericeum (Fabriciuis, 1792) Bahia (Santa Terezinha [Serra da Jibóia])
Callichroma velutinum (Fabricius, 1775) Bahia (Feira de Santana)
Cnemidochroma phyllopus (Guérin-Méneville, 1844) Bahia (Santa Terezinha [Serra da Jibóia])
Mionochroma electrinum (Gounelle, 1911) Bahia (Santa Terezinha [Serra da Jibóia])
82 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento
Tropidion signatum signatum (Audinet-Serville, 1834) Bahia (Maracás), Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das
Confusões])
Tropidion sipolisi (Gounelle, 1909) Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Tropidion subcruciatum (White, 1855) Bahia (Andaraí)
Tropidion supernotatum (Gounelle, 1909) Bahia (Maracás), Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das
Confusões])
Neocorini Martins, 2005
Aleiphaquilon castaneum (Gounelle, 1911) Bahia (Coribe [Serra do Ramalho], Maracás), Piauí (Caracol
[Parque Nacional da Serra das Confusões])
Aleiphaquilon rugosum Martins & Galileo, 1994 Bahia (Maracás)
Neocorus ibidionoides (Audinet Serville, 1834) Ceará (Ubajara [Chapada da Ibiapaba])
Necydalopsini Lacordaire, 1868
Ozodes multituberculatus Bates, 1870 Bahia (Morro do Chapéu [Morrão])
Obriini Mulsant, 1839
Obrium cicatricosum Gounelle, 1909 Bahia (Maracás, Milagres [Fazenda Salinas], Iaçú)
Obrium trifasciatum Bosq, 1951 Bahia (Seabra)
Oemini Lacordaire, 1869
Austroeme femorata Martins, 1997 Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Limernaea aurivillii (Gounelle, 1909) Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Malacopterus pavidus (Germar, 1824) Bahia (Iaçú, Santa Terezinha [Serra da Jibóia])
Ocroeme recki (Melzer, 1931) Bahia (Iaçú, Paulo Afonso [Raso da Catarina]); Piauí (Caracol
[Parque Nacional da Serra das Confusões])
Sphalloeme costipennis Melzer, 1928 Bahia (Milagres)
Stenoeme bellarmini Gounelle, 1909 Bahia (Maracás, Milagres), Piauí (Caracol [Parque Nacional da
Serra das Confusões])
Temnopis latifascia Martins & Monné, 1975 Bahia (Santa Terezinha [Serra da Jibóia])
Temnopis megacephala (Germar, 1824) Bahia (Maracás, Milagres, Iaçú, Paulo Afonso [Raso da
Catarina])
Temnopis rubricollis Martins et al., 2009 Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Phoracanthini Lacordaire, 1869
Phoracantha recurva Newman, 1840 Bahia (Feira de Santana)
Piezocerini Lacordaire, 1869
Colynthaea coriacea (Erichson in Schomburg, 1848) Bahia (Morro do Chapéu [Tareco]), Piauí (Caracol [Parque
Nacional da Serra das Confusões])
Gorybia bahiensis Galileo & Martins, 2010 Bahia (Coribe [Serra do Ramalho])
Gorybia castanea (Gounelle, 1909) Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Gorybia instita Martins, 1976 Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Gorybia invicta Martins, 1976 Bahia (Milagres [Fazenda Salinas])
Gorybia separata Martins, 1976 Bahia (Coribe [Serra do Ramalho])
87 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento
Gorybia suturella Martins, 1976 Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Haruspex brevipes (White, 1855) Bahia (Iaçú)
Haruspex quadripustulatus Gounelle, 1909 Bahia (Iaçú)
Haruspex pictilis Martins, 1976 Bahia (Milagres)
Hemilissa gummosa (Perty, 1832) Bahia (Iaçú)
Hemilissa sulcicollis Bates, 1870 Paraíba (Areia, [Reserva Pau Ferro])
Pharcidodes rubiginosus (Thomson, 1878) Bahia (Coribe [Serra do Ramalho])
Piezocera araujosilvai Melzer, 1935 Bahia (Maracás)
Piezocera ataxia Martins, 1976 Paraíba (Areia, [Reserva Pau Ferro])
Rhinotragini Thomson, 1861
Grupiara viridis (Gounelle, 1911) Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi])
Neophygopoda agdae Marins et al., 2015 Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi])
Isthmiade braconides (Perty, 1832) Bahia (Santa Terezinha [Serra da Jibóia])
Rhopalessa hirticollis (Zajciw, 1958) Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi])
Rhopalophorini Blanchard, 1845
Cosmisoma brullei (Mulsant, 1863) Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi], Maracás)
Cosmisoma viridescens Galileo & Martins, 2010 Bahia (Coribe)
Cycnoderus (Cycnoderus) chlorizans Chevrolat, 1859 Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi])
Ischionodonta smaragdina (Martins & Napp, 1989) Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi])
Lathusia ferruginea (Bruch, 1908) Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi])
Merocoremia monnei Marques, 1994 Bahia (Coribe [Serra do Ramalho])
Rhopalophora occipitalis Chevrolat, 1859 Bahia (Maracás)
Sydacini Martins, 1997
Sydax stramineus Lacordaire, 1869 Bahia (Coribe [Serra do Ramalho])
Torneutini Thomson, 1861
Coccoderus novempunctatus (Germar, 1824) Bahia (Maracás)
Diploschema rotundicolle (Audinet-Serville, 1834) Bahia (Iaçú)
Psygmatocerus wagleri Perty, 1828 Bahia (Feira de Santana, Milagres), Rio Grande
do Norte (Portalegre)
Torneutes pallidipennis Reich, 1837 Bahia (Candeal, Feira de Santana)
Xenambyx lansbergei (Thomsom, 1865) Ceará (Crato [Chapada do Araripe])
Trachyderini Dupont, 1836
Andraegoidus fabricii (Dupont, 1838) Bahia (Maracás)
Andraegoidus rufipes (Fabricius, 1787) Bahia (Biritinga, Coribe [Serra do Ramalho])
Arapari bellus Martins et al., 2015 Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi])
Eriphus variegatus Monné & Fragoso, 1996 Bahia (Milagres)
Chydarteres formosus Galileo & Martins, 2010 Bahia (Pilão Arcado)
88 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento
Meridiotroctes obliquus Martins et al., 2015 Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi])
Meridiotroctes truncatus Galileo & Martins, 2011 Bahia (Maracás, Senhor do Bonfim), Morro do Chapéu [Capão
do Pinho])
Myoxomorpha vidua Lacordaire, 1872 Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Nesozineus alphoides (Lane, 1977) Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi])
Nesozineus apharus Galileo & Martins, 1996 Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Nesozineus bucki (Breuning, 1954) Bahia (Maracás, Milagres, Santa Terezinha [Serra da Jibóia]),
Rio Grande do Norte (Portalegre)
Nesozineus triviale Galileo & Martins, 1996 Bahia (Maracás), Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das
Confusões])
Oreodera glauca glauca (Linnaeus, 1758) Bahia (Maracás, Iaçú), Piauí (Caracol [Parque Nacional da
Serra das Confusões]), Morro do Chapéu [Capão do Pinho]),
Rio Grande do Norte (Portalegre)
Oreodera hoffmanni (Thomson, 1860) Bahia (Iaçú)
Oreodera quinquetuberculata (Drapiez, 1820) Ceará (Crato [Chapada do Araripe])
Oreodera vulgata Monné & Fragoso, 1988 Bahia (Milagres)
Penaherreraus pubicornis (Audinet-Serville, 1835) Bahia (Santa Terezinha [Serra da Jibóia])
Psapharochrus jaspideus (Germar, 1824) Bahia (Andaraí, Antônio Cardoso, Conceição do Coité, Feira
de Santana, Iaçú, Itaberaba, Maracás, Morro do Chapéu
[Capão do Pinho]), Mucugê, Paulo Afonso, Santa Terezinha,
Senhor do Bonfim) Ceará (Ubajara [Chapada da Ibiapaba])
Psapharochrus nigricans (Lameere, 1885) Bahia (Iaçú, Palmeiras [Morro do Pai Inácio])
Psapharochrus nigrovittatus (Zajciw, 1969) Piauí (Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Psapharochrus itatiayensis (Melzer, 1935) Paraíba (Areia [Reserva Pau Ferro])
Steirastoma stellio Pascoe, 1866 Paraíba (Areia [Reserva Pau Ferro]), Bahia (Morro do Chapéu
[Tareco])
Acrocinini Thomson, 1860
Acrocinus longimanus (Linnaeus, 1758) Bahia (Brejões, Feira de Santana, Santa Terezinha
[Serra da Jibóia])
Aerenicini Lacordaire, 1872
Aerenica canescens (Klug, 1825) Bahia (Mucugê)
Aereniphaula bandana Nascimento et. al., 2016 Bahia (Milagres [Fazenda Salinas])
Aereniphaula machadorum Galileo & Martins, 1990 Bahia (Aracatu [Fazenda Lagoa do Tamburi], Marcás), Piauí
(Caracol [Parque Nacional da Serra das Confusões])
Aerenomera boliviensis Gilmour, 1962 Bahia (Feira de Santana [São José], Ipiaú, Maracás?)
Antodice lenticula Martins & Galileo, 1985 Bahia (Coribe [Serra do Ramalho]); Piauí (Caracol [Parque
Nacional da Serra das Confusões])
Antodice neivai Lane, 1940 Ceará (Crato [Chapada do Araripe])
Antodice picta (Klug, 1825) Bahia (Coribe [Serra do Ramalho])
Apophaula ocellata Lane, 1973 Bahia (Coribe [Serra do Ramalho])
Eponina flava Lane, 1939 Bahia (Coribe [Serra do Ramalho])
90 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento
A partir dos dados acima apresentados (Tab. 1), a subfamília com o maior
número de espécies é Cerambycinae com 196 espécies, representando 57%
seguida por Lamiinae com 142 representando 41% das espécies coletadas. Fo-
ram coletados sete espécies em Prioninae e uma em Parandrinae o que repre-
senta menos de 3% (Fig. 2).
94 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento
Figura 3. Número
de espécies por tribo
de Cerambycinae.
95 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento
Agradecimentos
Os dois primeiros autores agradecem ao CNPq, CAPES e FAPERJ, pela bolsas de pós-
graduação concedidas. Freddy Bravo agradece o CNPq pela bolsa de pesquisa proces-
so n° 306441/2015-2.
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98 Cerambycidae (Coleoptera) do Semiárido: Ampliando o conhecimento
6
Dynastinae e Melolonthinae
(Coleoptera: Scarabaeoidea:
Melolonthidae) depositados
na Coleção Entomológica
Prof. Johann Becker do
Museu de Zoologia da
Universidade Estadual de
Feira de Santana
André da Silva Ferreira1 & Paschoal Coelho Grossi2
1
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Doutorando PPG
Diversidade Animal, e-mail: sferreira.and@gmail.com
2
Universidade Federal Rural do Pernambuco, Departamento de Agronomia/
Fitossanidade, PPG Entomologia Agrícola, e-mail: paschoal.grossi@gmail.com
100 Dynastinae e Melolonthinae (Coleoptera: Scarabaeoidea: Melolonthidae) depositados na Coleção Entomológica
Prof. Johann Becker do Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Feira de Santana
Introdução
Melolonthidae do Semiárido
ESPÉCIES DISTRIBUIÇÃO
MELOLONTHIDAE Leach, 1819
DYNASTINAE MacLeay, 1819
Cyclocephalini Laporte de Castelnau, 1840
BOLÍVIA, URUGUAI, BRASIL: Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, São Paulo, Bahia (Maracás (Fazenda Bom
Chalepides barbatus hydrophyloides (Burmeister, 1847) Futuro), Piatã (Cachoeira do Patrício), Ituberá (Michelin),
Santa Terezinha (Serra da Jiboia), Feira de Santana,
Conceição da Feira), Sergipe (Cristianópolis (Cruzeiro))
Cyclocephala melanocephala (Fabricius, 1775) EUA à ARGENTINA, BRASIL: Bahia (Una, Eunápolis)
105 Dynastinae e Melolonthinae (Coleoptera: Scarabaeoidea: Melolonthidae) depositados na Coleção Entomológica
Prof. Johann Becker do Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Feira de Santana
ESPÉCIES DISTRIBUIÇÃO
HONDURAS, COLÔMBIA, EQUADOR, PARAGUAI,
URUGUAI, ARGENTINA (Entre Rios, Sta. Fé, Missiones),
BOLÍVIA, BRASIL: Rio Grande do Sul, Mato Grosso, São
Cyclocephala paraguayensis paraguayensis Arrow, 1913 Paulo, Goiás, Amazonas, Bahia (Aracatu (Fazenda Lagoa
do Tamburi, BA 262, km 400), Vitória da Conquista (Bairro
Guarani, Rua Castro Alves), Conceição da Feira, Paulo
Afonso (Raso da Catarina))
ESPÉCIES DISTRIBUIÇÃO
ESPÉCIES DISTRIBUIÇÃO
Homophileurus quadrituberculatus Palisot de Beauvois, 1806 MÉXICO ao BRASIL: Bahia (Cruz das Almas)
Considerações Finais
Doze das espécies identificadas são novos registros para Bahia e região
Nordeste do Brasil, sendo que que cinco delas são novos registros para o Se-
miárido Baiano e sete são novos registros para áreas úmidas do estado. Os
resultados aqui apresentados ampliam a distribuição de várias espécies e,
consequentemente contribuem para o conhecimento dos grupos em questão,
uma vez que tais dados poderão ser utilizados para a realização de pesquisas
futuras com os mesmos.
Agradecimentos
Ao Dr. Freddy Bravo pelo convite para participar deste trabalho, a CAPES pela bolsa
concedida ao primeiro autor e ao Projeto PPBio Semiárido (Programa de Pesquisa em
Biodiversidade do Semiárido) (acordo CNPq/MCTI – Ministério da Ciência, Tecnolo-
gia e Inovação nº: 457471/2012-3) pelo apoio financeiro concedido ao segundo autor
(PCG), para visita à coleção do MZFS.
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110 Dynastinae e Melolonthinae (Coleoptera: Scarabaeoidea: Melolonthidae) depositados na Coleção Entomológica
Prof. Johann Becker do Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Feira de Santana
Lista de Trichoptera no
Semiárido nordestino,
atualizando os registros
do PPBio Semiárido
Adolfo R. Calor1,3, Everton S. Dias2, Larissa L. Queiroz1 & Albane Vilarino2
1
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Laboratório
de Entomologia Aquática, PPG Diversidade Animal.
2
Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras de Ribeirão Preto, PPG Entomologia.
3
E-mail: acalor@gmail.com
112 Lista de Trichoptera no Semiárido nordestino, atualizando os registros do PPBio Semiárido
Considerações finais
Agradecimentos
Os autores agradecem o Prof. Dr. Freddy Bravo (UEFS) pelo incentivo tanto na
participação no projeto PPBio Semiárido, como na redação deste capítulo de atua-
lização. Aos membros da equipe do Laboratório de Entomologia Aquática (LEAq),
UFBA, pela ajuda nas coletas e triagem do material biológico. Ao CNPQ/MCTIC,
PPBio Semiárido e FAPESB pelo financiamento. Aos pesquisadores do PPBio Semi-
árido Invertebrados. Pela profícua colaboração. Ao Sr. Getúlio Rodrigues Leal, Sr.
Flávio Pantarotto e ao Gambá (Grupo Ambientalista da Bahia) pelos bons exemplos
de ação conservacionista, assim como apoio logístico na Serra da Jiboia, assim como
aos guias, mateiros e moradores das proximidades dos sítios de coleta, especialmen-
te o Sr. Nilton (Chapada Diamantina, Mucugê, BA). Adolfo Calor também agradece
ao CNPq (processo 307794/2015-6 PQ). Everton S. Dias agradece ao CNPq (proces-
so 147895/2016-2)
Referências bibliográficas
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120 Os Psychodidae (Diptera) da região do Semiárido do Brasil, com novos registros de Psychodinae e Phlebotominae
Os Psychodidae (Diptera)
da região do Semiárido
do Brasil, com novos
registros de Psychodinae
e Phlebotominae
Danilo Cordeiro1 & Freddy Bravo2
1
Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Coordenação de Biodiversidade,
e-mail: d.pacheco.c@gmail.com
2
Universidade Estadual de Feira de Santana, Departamento de Ciências
Biológicas, Av. Universitária s/n, Laboratório de Sistemática de Insetos,
e-mail: fbravo@uefs.br
121 Os Psychodidae (Diptera) da região do Semiárido do Brasil, com novos registros de Psychodinae e Phlebotominae
Introdução
Material e métodos
Resultados e discussão
Alepia truncata Bravo, Lago PB: Areia. BA: Ituberá. Bravo & Araújo, 2014
& Castro, 2004
123 Os Psychodidae (Diptera) da região do Semiárido do Brasil, com novos registros de Psychodinae e Phlebotominae
Caenobrunettia serrulata BA: Santa Terezinha (Serra da Jibóia) Bravo & Araújo, 2014
Bravo, 2003
Caenobrunettia variata BA: Ituberá, Santa Terezinha (Serra da Bravo & Araújo, 2014
Bravo, 2003 Jibóia)
Clogmia Clogmia albipunctata Espécie Sinantrópica, Pantropical. Bravo & Araújo, 2014
(Williston, 1893) No Brasil: CE: Crato. PB: Areia.
BA: Abaíra, Curaçá.
Feuerborniella Feuerborniella concava BA: Senhor do Bonfim. Cordeiro et al. 2015b
Cordeiro & Bravo, 2015
Feuerborniella jezeki BA: Pindobaçú. Cordeiro et al. 2015b
Cordeiro & Bravo, 2015
Feuerborniella pilosella PB: Areias, Santa Terezinha Cordeiro et al. 2015b
Cordeiro & Bravo, 2015
Feuerborniella pollicaris Costa Rica. Brasil: CE: Ubajara, Quate, 1996;
(Quate, 1966) Parque Nacional Ubajara. Cordeiro et al., 2015b
BA: Senhor do Bonfim.
Feuerborniella uncinata BA: Cachoeira, Ituberá, Santa Bravo & Araújo, 2014
(Bravo, Chagas & Cordeiro, Terezinha (Serra da Jibóia).
2006)
Feuerborneilla vieirai (Chagas, PA: Serra do cachorro. BA: Ituberá, Bravo & Araújo, 2014
Bravo & Rafael, 2009) Santa Terezinha (Serra da Jibóia),
Sauípe. PR: Jundiaí do Sul.
124 Os Psychodidae (Diptera) da região do Semiárido do Brasil, com novos registros de Psychodinae e Phlebotominae
Tonnoira longipennis Bravo & BA: Santa Terezinha (Serra da Jibóia) Bravo & Araújo, 2014
Chagas, 2004
Tonnoira magna Bravo & BA: Santa Terezinha (Serra da Jibóia) Bravo & Araújo, 2014
Chagas, 2004
125 Os Psychodidae (Diptera) da região do Semiárido do Brasil, com novos registros de Psychodinae e Phlebotominae
Considerações finais
Agradecimentos
Referências bibliográficas
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131 Os Psychodidae (Diptera) da região do Semiárido do Brasil, com novos registros de Psychodinae e Phlebotominae
Sobre os autores
Adolfo R. Calor
Possui bacharelado em Ciências Biológicas, Faculdade de Filosofia Ciências
e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (2001). Licenciatura
em Ciências Biológicas, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão
Preto, Universidade de São Paulo (2004). Mestrado em Ciências, área En-
tomologia, PPG Entomologia da Universidade de São Paulo (2004). Douto-
rado em Ciências, área Entomologia, PPG Entomologia da Universidade de
São Paulo (2008), com período sanduíche na University of Minnesota (USA).
Pós-doutorado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), 2008-2009,
FAPESP. Pós-doutorado na University of Minnesota, Insect Museum (USA),
2014-2015, CNPq. Atualmente é Professor Adjunto IV, Instituto de Biologia,
Universidade Federal da Bahia e membro do núcleo-permanente do PPG Di-
versidade Animal, UFBA. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase
em Taxonomia dos Grupos Recentes, atuando principalmente nos seguintes
temas: sistemática, biogeografia, taxonomia, Trichoptera, insetos aquáticos,
ensino de ciências.
Albane Vilarino
Licenciado e bacharel em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Ca-
tólica de Minas Gerais e mestre em Zoologia pelo programa de pós-Graduação
em Diversidade Animal da Universidade Federal da Bahia. Atualmente é dou-
torando em Entomologia pela Universidade de São Paulo. Tem experiência em
taxonomia e sistemática de Trichoptera, atualmente trabalha com diversidade
e evolução da família Xiphocentronidae.
133
Danilo Cordeiro
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Feira
de Santana (2006), mestrado (2009) e doutorado (2013) em Ciências Bioló-
gicas, Área de concentração em Entomologia, pela Universidade Federal do
Paraná e realizou doutorado Sanduíche por 8 meses no National Museum of
Natural History, Smithsonian Institution, EUA (2011-2012). Concluiu está-
gio de um ano de pós-doutorado na UEFS (2014) trabalhando com a diver-
sidade de psicodídeos do semiárido brasileiro, e atualmente realiza estágio
de pós-doutorado como bolsista PNPD no INPA, com foco em taxonomia e
sistemática de psicodídeos neotropicais, atuando também como pesquisador
colaborador do Programa de Pós-graduação em Entomologia do INPA. Atua
como revisor de periódicos e atualmente é editor da Zootaxa para as subfamí-
lias Psychodinae, Phlebotominae e Bruchomyiinae. Tem experiência na área
de Zoologia, com ênfase em Taxonomia, morfologia de insetos, e marcadores
134
Freddy Bravo
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Pontificia Universidad Cató-
lica del Ecuador, mestrado em Entomologia pela Universidade de São Paulo
e doutorado em Entomologia pela Universidade Federal do Paraná. É pro-
fessor pleno e atua no Departamento de Ciências Biológicas da Universida-
de Estadual de Feira de Santana. Orientador de mestrado e doutorado. Pes-
quisador 1D do CNPq, publicou 86 artigos científicos em revistas nacionais
e internacionais, organizou 1 livro e publicou outro sobre a morfologia de
insetos, além de 12 capítulos de livro. Participou da publicação de uma famí-
lia nova, gêneros novos e mais de 150 espécies de insetos de várias ordens:
Strepsiptera, Mantodea, Coleoptera (Cerambycidae), Diptera (Psychodidae,
Asilidae).
135
Larissa L. Queiroz
Graduanda em Ciências Biológicas, tendo ingressado em 2011 na Universida-
de Federal da Bahia. Atualmente está na condição de bolsista no Laboratório
de Entomologia Aquática (LEAq), desenvolvendo o projeto em Taxonomia de
Imaturos de Hydropsychidae (Trichoptera) da Serra da Jibóia, BA.
Rodolfo Mariano
Professor Adjunto A da Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus-BA.
Possui Mestrado em Biologia Comparada e Doutorado em Entomologia pela
FFCLRP-Universidade de São Paulo. Atualmente é docente do quadro per-
manente dos Programas de Pós-Graduação em Sistemas Aquáticos Tropicais
(UESC) e em Zoologia (UESC). Tem experiência na área de Zoologia (Taxono-
mia dos Grupos Recentes), atuando principalmente com taxonomia e biologia
de insetos aquáticos, com ênfase em Ephemeroptera (Insecta).
Rogério Campos
Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
no ano de 2014. Atualmente é integrante do corpo discente do Programa
de Pós-Graduação em Diversidade Animal desenvolvendo pesquisa na área
de biodiversidade e sistemática de insetos aquáticos com foco no grupo
Ephemeroptera.
137
Tácio Duarte
Doutorando em Entomologia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP). Mestre em Diver-
sidade Animal (Zoologia) pelo Programa de Pós-graduação em Diversidade
Animal (PPGDA) da Universidade Federal da Bahia (UFBA/Salvador). Bacha-
rel em Biologia também pela UFBA. Tem experiência na área de Entomologia
Aquática com ênfase na ordem Plecoptera. Atualmente é bolsista da Funda-
ção de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP, 2015/11580-3) e
membro do Laboratório de Entomologia Aquática (LEAq-UFBA), coordenado
pelo Prof. Dr. Adolfo R. Calor e Laboratório de Biologia Aquática (LABIA) da
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP-Assis), co-
ordenado pelo Prof. Dr. Pitágoras C. Bispo.
E-book composto nas fontes Chaparral Pro e
Book Antiqua produzido por Métis Produção Editorial
APOIO: