Você está na página 1de 4

1

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA


CENTRO ACADÊMICO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO E DESENVOLVIMENTO
TERRITORIAL PAULO FREIRE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - CAMPUS XIV
CURSO BACHARELADO EM AGROECOLOGIA

RESENHA CRÍTICA
2

José Antonio da Silva Dantas; Abraão Carneiro do Carmo Rodrigues; Letícia


Bispo Alves; Luis Carlos Soares Queires; Maria Dolores Ribeiro Orge; Enéas
Lima Santos; Cláudio Roberto Meira de Oliveira; Ludmilla de Santana Luz; Wilma
Santos Silva. Avaliação do potencial de germinação de sementes de duas
espécies, exótica e nativa, de Fabaceae como estratégia de colonização em
ambiente degradado. Research, Society and Development, v. 10, n. 8,
e4120816038, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI:
http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i8.16038

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE DUAS


ESPÉCIES, EXÓTICAS E NATIVA, DE FABACEAE COMO ESTRATÉGIA DE
COLONIZAÇÃO E AMBIENTE DEGRADADO.

O artigo a ser resenhado foi escrito no ano de 2021 e aborda a temática:


Avaliação do potencial de germinação de sementes de duas espécies, exóticas e
nativa, de Fabaceae como estratégia de colonização e ambiente degradado.
De autoria de José Antonio da Silva Dantas e demais autores trouxeram à
tona a germinação de sementes das espécies exótica Leucaena leucocephala
(leucena) e nativa Enterolobium contortisiliquum (tamboril) nas quais foram tratadas
por escarificação física (cocção a 100ºC, 10 min) e química (H2SO4 conc., 15 min),
cultivadas em terra vegetal e vermiculita.
As sementes analisadas foram plantadas no Arvoredo do Campus II da
Universidade do Estado da Bahia em Alagoinhas (Bahia, Brasil), estavam
armazenadas a seco em potes de vidro fechados com tampa, mas mantidas fora de
refrigeração por cerca de 1 ano.
Experimento notável já que são duas espécies que são encontradas com
facilidade no cerrado, apesar da leucina ser exótica a mesma foi introduzida há
décadas no Brasil. O tamboril por ser nativa é pioneira nas regiões do cerrado e
quando estão prontas para a maturação fisiológica demonstram dormência estando
pronta para sua germinação, a leucena é uma espécie exótica que devido suas
raízes profundas elas se mantém verdes durante a estação da seca, no estudo
ambas foram testadas por meios físicos, químicos e mecânicos.
Portanto, é de grande valia o estudo devido a grande degradação do
ambiente na qual necessita com urgência de uma colonização, a escolha dessas
3

duas sementes acredito que não deve ter sido por mero acaso já que ambas tem
sua utilidade o tamboril, por exemplo, é valioso na construção civil e tem também
sua utilidade na extração de celulose e até mesmo na medicina popular, enquanto a
leucena é utilizada na alimentação de animais.
Diante do exposto, o experimento foi realizado com o objetivo de entender o
comportamento fisiológico das sementes em diferentes ambientes e também
visando a recuperação de áreas degradadas e conservação de espécies nativas em
situação vulnerável de extinção e acredito que identificar métodos para superação
da dormência em sementes de leucena e tamboril seja importante já que alguns
deles podem causar danos à semente. A dormência das sementes é considerado
um dos principais problemas para a produção e reprodução de mudas
principalmente na família das Fabaceae.
Mediante os autores a espécie exótica Leucaena leucocephala (Lam.) tem
grande potencial para adaptar-se em qualquer ambiente, sendo considerada
invasora ou ruderal, enquanto a outra espécie é a nativa Enterolobium
contortisiliquum (Vell.) Morong, é decídua e apresenta crescimento rápido, fazendo
também associação com bactérias fixadoras de nitrogênio.
Para chegar aos resultados finais elas foram analisadas comparativamente
após a aplicação de dois tratamentos de escarificação, física e química, para
superação da dormência. A dormência de uma semente é considerada uma
estratégia reprodutiva e quando expostas em condições favoráveis de germinação,
na escarificação física submetidas à cocção a 100ºC e na escarificação química
foram imersas em ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado 95%, assim o experimento
seguiu semeadas em dois substratos separados, terra vegetal e vermiculita, dentro
de uma bandeja plástica, regadas e monitoradas.
Procedimentos essenciais para que pudesse chegar aos resultados, escolha
assertiva, pois acredito que essa monitoração teve uma grande influência. Sendo
esse procedimento mais eficaz que a escarificação mecânica.
Em concordância, o estudo apontou diferentes efeitos para a superação da
dormência e germinação das duas espécies, sendo que a germinação da espécie
nativa (tamboril) foi o dobro da exótica (leucena) nos dois substratos concluindo
assim que a germinação do tamboril foi muito superior à outra.
Assim, a espécie arbórea nativa E. contortisiliquum tem seu plantio propagado
de forma moderada e sem afetar outras espécies vegetais nativas, podendo ser uma
4

alternativa viável para recuperação de áreas degradadas no mesmo e até em outros


ecossistemas brasileiros, onde possui ampla distribuição.
O artigo finaliza com o resultado já esperado e mencionado acima que o
potencial de germinação da espécie nativa E. contortisiliquum, superior ao da
exótica L. leucocephala.
Quanto à leitura do artigo não é um texto de fácil compreensão, mas,
recomendo a sua leitura para todos acadêmicos que desejam conhecer e aprofundar
acerca da germinação de sementes, ainda mais por uma boa causa como a
colonização de ambientes degradados.

Você também pode gostar