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2. ORIGEM
Existem duas grandes teorias:
a) Hidrossere: afirma que a vida originou-se no meio líquido;
b) Xerossere: segundo a qual a vida teve origem em terra firme.
3. ESTABELECIMENTO E PROPAGAÇÃO
Durante o processo de evolução das plantas daninhas,
diversos mecanismos lhes conferiram alta agressividade. Além dos
mecanismos de agressividade, mecanismos de sobrevivência foram
aprimorados, permitindo à espécie persistir no ambiente mesmo em
situações adversas.
4. CLASSIFICAÇÃO
- Quanto ao Ciclo Vegetativo:
a) Anuais: são plantas que germinam, desenvolvem, florescem,
produzem sementes e morrem dentro de um ano.
b) Bienais: são plantas cujo completo desenvolvimento se dá
normalmente em dois anos.
c) Perenes: são aquelas que vivem mais de dois anos e são
caracterizadas pela renovação do crescimento, ano após ano, a
partir do mesmo sistema radicular.
- Quanto à morfologia:
a) monocotiledôneas: principalmente gramíneas;
b) Eudicotiledôneas: muitas famílias;
c) Ciperáceas: todas as espécies do gênero Cyperus.
5. PREJUÍZOS
a) Prejuízos Diretos:
- Redução da produtividade;
- Reduzem qualidade do produto comercial;
- Responsáveis pela não-certificação de sementes de culturas;
- Podem intoxicar animais domésticos em pastagens;
- Parasitam fruteiras, milho e plantas ornamentais;
- Reduzir o valor da terra.
b) Prejuízos Indiretos:
- Hospedeiras alternativas de organismos nocivos às espécies
cultivadas;
- Interferem no processo de colheita;
- Podem criar condições favoráveis ao desenvolvimento de
vetores de doenças e animais peçonhentos;
- São inconvenientes em áreas industriais, vias públicas,
ferrovias e refinarias de petróleo;
- Dificultam navegação, geração de energia, manejo da água,
aumentam custo irrigação, prejudicam a pesca.
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6. ALELOPATIA
Plantas superiores desenvolveram notável capacidade de
sintetizar, acumular e secretar grande variedade de metabólitos
secundários – aleloquímicos.
Os aleloquímicos, quando liberados no ambiente, promovem
uma interação bioquímica entre plantas, incluindo microrganismos,
cujos efeitos podem ser deletérios ou benéficos.
Assim, alelopatia seriam compostos secundários que,
lançados no ambiente, afetam o crescimento, o estado sanitário, o
comportamento ou a biologia da população de organismos de outra
espécie.
- Órgãos produtores de aleloquímicos: folhas, caules, raízes, flores,
frutos e sementes.
- Liberação dos aleloquímicos: planta viva (volatilização, exsudação
radicular, lixiviação) e pela planta morta (decomposição de folhas
ou outras partes da planta).
- Natureza dos aleloquímicos: maioria são compostos terpenóides
(fitoalexinas, flavonóides, chalconas, naftoquinonas, saponinas,
triterpenos, etc.).
- Relações alelopáticas:
a) Plantas daninhas sobre culturas e outras plantas daninhas:
situação mais comum;
b) Culturas sobre plantas daninhas: não é muito comum, sendo
conhecidos poucos casos.
Ex: restos de nabo forrageiro, canola, aveia e centeio apresentam
razoável efeito alelopático sobre Brachiaria plantaginea, Cenchrus
echinatus e Euphorbia heterophylla;
c) Alelopatia entre culturas: relacionado com a rotação e
consorciação;
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Intensidade:
Tamanho da
área:
Outras informações:
Exemplo:
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a) Controle Preventivo
Consiste no uso de práticas que visam prevenir a introdução,
estabelecimento e/ou a disseminação de determinadas espécies-
problema em áreas ainda por elas não infestadas.
Em síntese, o elemento humano é a chave do controle
preventivo. A ocupação eficiente pela cultura diminui a
disponibilidade de fatores adequados ao crescimento e ao
desenvolvimento das plantas daninhas, podendo ser considerada
uma integração entre prevenção e método cultural.
Principais Medidas:
- Utilizar sementes de elevada pureza;
- Limpar cuidadosamente implementos agrícolas;
- Inspecionar cuidadosamente mudas;
- Limpar canais de irrigação;
- Colocar animais comprados em áreas quarentenas.
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b) Controle Cultural
É o uso de práticas comuns ao bom manejo da água e do
solo.
c) Controle Mecânico
Consiste na utilização de equipamentos de uso manual ou
tracionados por animais ou tratores. As principais limitações deste
método são: i) dificuldade de eliminar plantas daninhas na linha da
cultura; ii) baixa eficiência em períodos chuvosos; iii) é ineficiente
para controlar plantas daninhas que se reproduzem por partes
vegetativas; e ix) poder ser não seletivo à cultura.
Principais métodos: arranque manual (monda), capina manual
(enxada), arranquio com enxadão, roçada manual (foice), roçada
mecanizada (roçadeira de arrasto ou 3º ponto); cultivador mecânico.
d) Controle Físico
Consiste na utilização de recursos físicos para a eliminação
de espécies indesejadas, tais como: inundação; cobertura do
solo com restos vegetais ou filme plástico preto; solarização com
filme plástico transparente (muito caro); queima com lança-
chamas (muito caro); microondas.
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e) Controle Biológico
É o uso de inimigos naturais (fungos, bactérias, vírus, insetos,
aves, peixes) capazes de reduzir a população das plantas daninhas
e consequentemente sua capacidade de competir, por meio do
equilíbrio populacional entre inimigo natural e a planta hospedeira.
f) Controle Químico
Utilização de herbicidas, o qual proporciona as seguintes
vantagens: menor dependência de mão-de-obra; maior eficiência;
controla as plantas daninhas presentes na linha de plantio; permite
cultivo mínimo ou plantio direto; pode controlar plantas de
propagação vegetativa; e permite o plantio a lanço e alterações no
espaçamento.
Porém, o controle químico como único método pode levar ao
desequilíbrio do sistema de produção, seleção de espécies
tolerantes ou resistentes a determinados ingredientes ativos, reduzir
produtividade devido problemas de fitotoxicidade na cultura.
Entretanto, o herbicida é uma importante ferramenta no
manejo de plantas daninhas desde que utilizado no momento
adequado e de forma correta.
IV. HERBICIDAS
1. CLASSIFICAÇÃO
Os herbicidas podem ser classificados de diversas
maneiras, de acordo com as características de cada um, que
permitem estabelecer grupos afins com base na:
A) Seletividade
- Seletivos: são aqueles que, sob algumas condições, são mais
tolerados por determinada espécie ou cultivar de plantas do que
outras. A seletividade é sempre relativa, pois depende do estádio
de desenvolvimento das plantas, condições climáticas, tipo de
solo, localização (posição) e dose aplicada.
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B) Época de Aplicação
- Pré-Plantio: herbicidas utilizados após o preparo de solo e antes
o plantio da cultura. Alguns herbicidas são muito voláteis, de baixa
solubilidade em água ou fotodegradável e por isso necessitam ser
incorporados ao solo (PPI: pré-plantio incorporado – trifluralin).
- Pré-Emergência ou pós-plantio: utilizados logo após a
semeadura, porém antes que ocorra o rompimento do solo pelas
plântulas da cultura (“cracking”) – seletividade por posição.
- Pós-Emergência: são herbicidas absorvidos somente pelas folhas
das plantas e, por isso, devem apresentar como característica
serem seletivos para a cultura. (variações: pós-inicial, pós-tardio).
C) Translocação
- Contato: atuam próximo de ou no local onde eles penetram nas
plantas. O simples fato de um herbicida entrar em contato com a
planta não é suficiente para que ele exerça sua ação tóxica.
Necessariamente tem que penetrar no tecido da planta.
D) Mecanismos de Ação
Modo de Ação vs Mecanismo de ação
- Modo de ação: refere-se à sequência completa de todas as
reações que ocorrem desde o contato do produto com a planta até
sua morte ou ação final do produto;
- Mecanismo de ação: a primeira lesão bioquímica ou biofísica que
resulta na morte ou ação final do produto.
O estudo dos herbicidas pelo seu mecanismo de ação
permite que se apresentem diversas características gerais e
comuns a um grupo bastante grande de ingredientes ativos,
facilitando sua identificação e memorização.
1 4 5
2 3 Cera
Pectina
Celulose
Espaços
intercelulares
Xilema
Floema Células
Tricomas
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Cera epicuticular
Cera epicuticular
3. TRANSLOCAÇÃO
A translocação dos herbicidas é regulada por uma série de
processos que também podem ser relacionados ao comportamento
dos herbicidas no ambiente e na planta (herbicidas sistêmicos),
os quais podem ser:
A. Translocação Apoplástica
Os produtos (geralmente de solo), após serem
absorvidos pelas raízes conseguem chegar até a parte aérea das
plantas via xilema e desempenhar o seu mecanismo de ação – a
forma de deslocamento acontece através da pressão de raiz ou do
fluxo de transpiração da planta.
pKa movimentação
pKa ideal para a translocação apoplástica: ≤ 8
B. Translocação Apossimplástica
Também denominada de fluxo bidirecional e refere-se ao
movimento via apoplásto e via simplásto (floema). No entanto, estes
sistemas de condução são independentes e a translocação de
herbicidas através de ambos deve-se às propriedades físico-
químicas que estes compostos possuem, onde:
1 4 5
2 3
Xilema
Floema
1 2 3 4 5
A → B → C → D→ E → F