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2021
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Resumo
Os desafios educacionais existentes nas escolas no processo de ensino
aprendizagem de alunos surdos em tempo de pandemia tem sido um tema de
discussão no meio acadêmico. Visto que o cenário educacional brasileiro ainda é
falho em relação a garantia, e acessibilidade e ao cumprimento da lei de inclusão
do surdo na comunidade escolar. De caráter bibliográfico este estudo busca
investigar os desafios educacionais existentes nas escolas no processo de ensino
e aprendizagem de alunos surdos em tempo de pandemia, mostrar o cenário
educacional durante a pandemia, a importância do intérprete de libras nas aulas
remotas, ressaltar o uso das tecnologias nas escolas e no ensino de libras, refletir
sobre a parceria entre família e escola, bem como a formação continuada
dos profissionais da educação, falar a respeito de metodologias e adaptação
curricular. Para a construção do artigo fez-se necessário valer as recomendações
de autores como: Abreu 2020, Fernandes 2006, Lacerda 2006, Zanata 2004 e entre
outros, quetratam da educação em tempo de pandemia e ensino de Libras. Espera-
se que este trabalho de pesquisa venha contribuir de maneira significativa na
compreensão dos desafios educacionais, e levar o leitor a refletir sobre práticas
pedagógicas capaz de diminuir os entraves relacionados ao sujeito surdo, e a
urgente necessidade de se investir em formação continuada, para que as escolas
ofertem um ensino de qualidade.
1Aluna do Curso de Pós- Graduação em Educação Especial e Inclusiva Gestão Educacional Com Docência Do
Ensino Superior, Língua Brasileira De Sinais da FAEVE;
2 Professor Doutor da FAEVE.
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1INTRODUÇÃO
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2 METODOLOGIA
substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar
a situação de pandemia do Novo Coronavirus- COVID-19”, autorizado, e seu
artigo 1º aulas que utilizem as Tecnologias de Comunicação e de Informação
(TIC) (SILVA et al., 2020, p.2)
Desta forma, para que os estudantes não fossem prejudicados no que diz
respeito ao ensino e aprendizagem, foi preciso que todas as escolas aderissem ao
ensino remoto, onde as aulas seriam transmitidas através dos meios digitais. E para
corresponder as necessidades educativas dos alunos, os docentes foram buscar
entender as ferramentas tecnológicas, bem como se apoiarem em aplicativos de
gravação, e transmissão como Youtube, Google Meet, Zoom, entre outros.
Foi bastante desafiador para todos os professores, principalmente para aqueles
que não tinha nenhuma familiaridade com a tecnologia, ou seja algunsainda
estavam alheios a era digital, e foi preciso em pouco tempo aprender como manusear
as ferramentas, a fim de pudessem ensinar seus alunos de uma maneira mais clara e
objetiva. Para Abreu (2020, p.156):
[...] é papel da família dialogar com a criança ou o jovem para se manter a par
dos conteúdos que estão sendo trabalhados na escola; cumprir e orientar o
estudante para que cumpra as regras estabelecidas pela escola de forma
consciente e espontânea; participar das reuniões e da entrega de resultados,
informando-se das dificuldades apresentadas pelo/a seu/suafilho/a, bem como
seu desempenho; acompanhar e orientar as atividades de casa, entre outras.
(MELO, 2017, p.1).
Entende-se que o diálogo deve existir entre aluno e família, pois é muito
importante, que os pais saibam através dos filhos o que a escola ensina, uma vez que
essas informações podem contribuir para os pais, no que diz respeito a maneira de
orientar os filhos, como estes devem proceder e respeitar os prazos estipulados das
entregas de tarefas, bem como informar a escola sobre as dificuldades que o aluno tem
para realizar atividades ou aprender os conteúdos.
Ainda sobre o acompanhamento familiar, os autores Hollerweger e Catarina
(2014) ressaltam que:
Muitos se fala em educação inclusiva, alguns educadores até citam as leis para
fomentar seus argumentos, mas sabe-se que, para que a educação inclusiva aconteça
ela precisa ir muito além de concepções ideológicas, na verdade, as escolas necessitam
se equiparar para realizar o atendimento especializado, e comoo tema em discussão é
o sujeito surdo, cabe fazer uma breve reflexão sobre a formação continuada dos
profissionais de educação, onde percebe-se que são poucas as instituições que têm em
seu corpo docente um professor de libras ou intérprete.
Pensar na ausência desses profissionais em tempo de pandemia é visualizar
grandes entraves, que são bastante preocupantes para a educação, desta forma a
escola não pode ofertar um ensino voltado para o aluno com surdez, porque não tem
nenhum professor habilitado para ministrar as aulas em língua de sinais. De acordo com
Zanata (2004, p.6):
que já estão sobrecarregados com suas atividades pedagógicas, e que não têmmais
tempo para estudar uma nova língua.
Wrigley (1996, p.4) afirma: que “na maioria das vezes falta empenho, dedicação
para conhecer, aprender outra língua, é mais fácil dizer que não sabe e assim “mascarar”
a inclusão.
Infelizmente ainda há resistência por parte de muitos profissionais da educação,
permitindo então a exclusão do aluno surdo. É perceptível que em muitas situações,
alguns professores se sentem desmotivados a estudar uma nova língua,e não têm a
mínima vontade de se especializar em ensinar alunos que carecem de atendimento
especializado, preferindo declarar que não têm conhecimento sobre a LIBRAS, e nem
tem capacidade de ensiná-la, ao invés de buscar compreendê-la.
Esse tipo de problema faz com que se pense sobre a urgente necessidadedas
escolas e governantes a investirem em formação continuada, pois faz-se precisoque os
docentes busquem se aperfeiçoar para melhor incluir alunos surdos que são matriculados
nas redes de ensino regular.
E cabe a comunidade escolar, bem como os professores refletirem sobre seu
papel frente à educação inclusiva, como este pode ajudar a construir uma sociedademais
justa, exercendo práticas inclusivas
Neste sentido entende-se que a inclusão do sujeito surdo para ser efetuada com
êxito é preciso que haja as adaptações que venham a favorecer a sua expressão
linguística, bem como priorizar a utilização da língua de sinais durante as interações
escolares, pois este interage, expõe suas ideias e pensamento por meio de uma
comunicação espaço-visual, sendo assim a LÍBRAS, é indispensável para a sua
formação e desenvolvimento.
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5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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VELOSO, É., MAIA FILHO, V. Aprenda LIBRAS com eficiência e rapidez. Vol.1.
Curitiba, PR: Mãos Sinais, 2009.
SILVA, et al., M. Z. M., SOUZA, J. M. S. S.; LIMA, J. P., AUGUSTA, M. C., SILVA,
W. N. Desafios no ensino remoto para alunos surdos durante a pandemia:
possíveis estratégias em dias de quarentena. Disponível em:
https://editorarealize.com.br/editoraanais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_MD1_S
A11_ID6273_01102020223146.pdf. Acesso em: 12 set. 2021.