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Brazilian Journal of Development 84101

ISSN: 2525-8761

A educação especial em tempos de pandemia

Special education in times of pandemics

DOI:10.34117/bjdv7n8-562

Recebimento dos originais: 07/07/2021


Aceitação para publicação: 25/08/2021

Ana Paula da Silva Gonçalves


Graduada em Pedagogia pela Faculdade Albert Einstein. Especialista em
Psicopedagogia pela Faculdade Afirmativo - FAFI. Rua Coronel Pimenta Bueno, 534 -
Bairro: Dom Aquino - CEP: 78015-390 - Cuiabá – MT
E-mail: paulinhawwl@hotmail.com

Irene Umbelino Barbosa


Graduada em Pedagogia pela Faculdade Educacional da Lapa - FAEL. Especialista em
Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade Educacional da Lapa - FAEL. Rodovia
Olívio Belich Km 33, Nº: 580, PR 427 - Bairro: Boqueirão - CEP: 83750-000 - Lapa –
PR
E-mail: barbosaga09@gmail.com

RESUMO
O presente artigo apresenta a situação das pessoas com deficiência diante da Covid-19. A
pesquisa é baseada na metodologia de análise documental e de forma qualitativa. O tema
justifica-se por contribuir para a divulgação do tema, como também analisar as propostas
dos pesquisadores para trabalhar com a educação especial em tempos de pandemia. A
partir dessa nova realidade surge uma problemática que é quais as propostas apresentadas
pelos pesquisadores no cenário da educação especial em tempos pandêmicos? Diante
dessa questão os referenciais teóricos será a base para responder e o que podemos
visualizar diante de uma situação caótica em que vivemos desde a surgimento da doença
Covid-19 no mundo. O artigo mostra a situação da escola em relação as aulas remotas. O
artigo foi elaborado em três tópicos, o primeiro trata do referencial teórico, nesse tópico
mostrará as pesquisas publicadas em relação à educação especial em tempos pandêmicos,
o segundo trata os resultados e discussão, mostrará a análise dos resultados dos trabalhos
realizados pelos pesquisadores e o terceiro trata das considerações finais da pesquisa,
mostrará o desfecho do artigo e suas contribuições para a educação especial.

Palavras-chave: Educação Especial, Professores, Pandemia.

ABSTRACT
This article presents the situation of people with disabilities before Covid-19. The
research is based on the methodology of document analysis and qualitatively. The theme
is justified by contributing to the dissemination of the theme, as well as analyzing the
researchers' proposals to work with special education in times of pandemic. From this
new reality, a problem arises: what are the proposals presented by researchers in the
scenario of special education in pandemic times? Faced with this question, theoretical
references will be the basis for answering and what we can see in the face of a chaotic
situation in which we live since the emergence of the Covid19 disease in the world. The
article shows the situation of the school in relation to remote classes. The article was

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prepared in three topics, the first deals with the theoretical framework, in this topic it will
show the research published in relation to special education in pandemic times, the second
deals with the results and discussion, will show the analysis of the results of the work
carried out by the researchers and the third deals with the final considerations of the
research, will show the outcome of the article and its contributions to special education.

Keywords: Special Education, Teachers, Pandemic.

1 INTRODUÇÃO
O ano de 2020 a partir de março em virtude da pandemia provocada pela doença
Covid19 mudou o panorama em todo mundo, atingindo todas as áreas da vida humana, o
impacto da área educacional foi o fechamento das escolas e o início das aulas remotas.
Todos os profissionais da educação e toda a comunidade escolar viram as mudanças
ocorrer em um curto período de tempo, os professores e os estudantes não contavam mais
com o espaço físico da escola, as aulas passaram ocorrer de forma remota.
O direito a educação a todos é uma conquista consolidada na Constituição Federal
do Brasil, sobre a educação como direito Cury et al. (2020) colocam que os alunos com
deficiências sofreram o maior impacto em virtude da pandemia, os autores mencionam
que os estudantes com deficiências foram esquecidos, pouco se tratou no período da
pandemia a respeito dessa questão nos artigos publicados. Não colocou a existência
desses alunos, os autores relatam que a pandemia retrocedeu no tratamento dos alunos
com deficiência.
A educação especial merece destaque principalmente em tempos de pandemia,
onde alunos com deficiências estão afastados do convívio social, os mesmos devem ter o
direito a educação de forma igualitária. É indispensável ter métodos e metodologias para
atingir o público alvo, sendo esse trabalho a analise e discussão desse tema essencial. A
metodologia adotada desse artigo é de revisão de literatura sobre a discussão da educação
especial, tendo como a problemática quais as propostas apresentadas pelos pesquisadores
no cenário da educação especial em tempos pandêmicos?
Essa questão iremos verificar no decorrer da análise da revisão da literatura. A
justificativa desse trabalho é contribuir para a divulgação do tema, assim como analisar
as propostas realizadas pelos docentes em relação aos estudantes com deficiência. É
significativo surgir várias propostas por existir diferentes tipos de deficiências, todos os
alunos têm o direito à educação, as aulas remotas devem garantir a aprendizagem de todos
os estudantes, principalmente aos estudantes que tenham alguma deficiência, deve ser
elaborado metodologias para que todos sejam atingidos no contexto do ensino remoto.

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2 A EDUCAÇÃO ESPECIAL DURANTE A PANDEMIA DA DOENÇA COVID-


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A educação especial em tempos de pandemia é um tema que merece atenção,
diversos pesquisadores relatam sobre os alunos com deficiência e o direito à educação na
pandemia, segundo Conde, Camizão e Victor (2020) colocam que as aulas remotas
apresentaram um grande desafio para os professores, estudantes e familiares. Os autores
mencionam que a própria modalidade das aulas remotas coloca a necessidade da
autonomia dos alunos, de um acompanhamento familiar e também de um suporte
tecnológico adequado.
A gestão escolar deve tomar medidas para que a escola nas aulas remotas possa
dar suporte aos alunos com deficiências conforme De Jesus Portela, Reis e Itaborai (2021)
relatam que a escola deve ser inclusiva, as autoras mostram um estudo de caso em uma
escola pública, o relato traz sobre a experiência de um gestor escolar para incluir a pauta
de uma escola inclusiva. A descrição mostrada no relato traz informações importantes
como não ter um acompanhamento dos estudantes, a gestão escolar criou o Núcleo de
Apoio à Inclusão (NAI), o ponto a ser destacado foi a dificuldade inicial do apoio familiar
dos estudantes com deficiência em buscar uma solução viável de aprendizagem, as
propostas encontraram resistências dos familiares dos estudantes com deficiências.
Da Cunha Sotero (2020) indaga sobre a escola de como garantir a educação de
qualidade com alunos com deficiência e altas habilidades/superdotação. A autora coloca
que a escola transformou na modalidade, todavia, é onde ocorre as relações e as interações
entre professores, alunos e seus familiares. Da Cunha Sotero (2020) menciona que utiliza
diversas estratégias para continuar esse elo com os discentes, entre elas podem ser através
do mensageiro comunicacional WhatsApp, e-mail, facebook institucional, na entrega de
kit da merenda, na entrega de material pedagógico. A busca está em todas as frentes, a
autora destaca no ensino remoto, os professores estão ligados diretamente com os
estudantes, onde cuidadores e estagiários devido a pandemia teve os seus contratos
suspensos, não há mais mediadores nessa relação.
Da Cunha Sotero (2020) apresenta relatos de professores e os desafios enfrentados
para a construção pedagógica no contexto do ensino remoto. Os principais desafios
encontrados são os telefones desatualizados, família sem infraestrutura, falta os aparelhos
ou acesso a internet, a vulnerabilidade social das famílias, o desinteresse dos alunos no
acesso das aulas remotas. A autora coloca que esses são grandes problemas, por um lado
o ensino remoto é uma forma de continuar os estudos em tempos pandêmicos, a situação

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da educação especial tem enormes dilemas pelas frentes, encontrar soluções é essencial,
um relato de uma professora de não encontrar alguns estudantes e famílias lhe causa
desconforto, é um direito de todos a educação, conquistado através de lutas históricas,
especialmente em relação a educação especial.
Cardoso, De Mesquita Taveira e Stribel (2021) pontuam sobre a situação da
pandemia, que desde março de 2020 as escolas foram fechadas e passaram a atuar no
contexto do ensino remoto. Os autores alertam que não se pode confundir com Educação
a Distância (EAD) com aulas remotas. O primeiro tem toda uma estrutura didática, houve
planejamento na modalidade para ser executado e possui uma equipe multidisciplinar
como suporte ao professor. O segundo é uma maneira paliativa para a continuidade da
educação em meio a guerra epidemiológica enfrentada no mundo.
Cardoso, De Mesquita Taveira e Stribel (2021) afirmam da necessidade de
políticas públicas para atender a educação especial. As aulas remotas não foram pensadas
no atendimento da educação especial, deve ser realizadas polícias públicas na educação
especial na perspectiva inclusiva. Os autores mostram a historicidade das leis sobre a
educação especial. O corte temporal apresentado pelos autores, inicia na Constituição
Federal do Brasil e apresentam diversas conquistas realizadas por diversas leis
sancionadas. O destaque também mencionado fica para o Plano Nacional de Educação
que tem como uma das metas a universalização do atendimento escolar para alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação que
sejam realizados preferencialmente na rede regular de ensino. Nesse panorama a educação
especial é recorrente na luta educacional e necessita de políticas públicas para atender a
todos os alunos matriculados na rede regular de ensino.
Neta, Do Nascimento e Falcão (2020) destacam as dificuldades enfrentadas dos
alunos com deficiência. As autoras apontam sobre a falta de plataformas educacionais
próprias dificultam o aprendizado dos estudantes com deficiência, a falta de recursos
tecnológicos disponibilizados por parte da Secretaria Municipal de Educação. A
característica desse período é marcada por recursos tecnológicos pessoais dos professores,
tais como a própria internet, computador e aplicativos de conversas. As autoras
mencionam que os aplicativos de conversas foram insuficientes para atender a educação
especial. É nesse viés que a educação especial está sendo invisível, falta políticas públicas
e soluções para a educação especial no contexto pandêmico.
Cardozo e Dos Santos (2020) apresentam o aumento de alunos diagnosticados
com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados no ensino regular, o aumento

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desses alunos especialmente no primeiro ano do ensino fundamental. As autoras salientam


que o processo se tornou difícil pelo pouco contato dos professores com os alunos com
TEA, os professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) também
necessitaram o trabalho em conjunto com os professores regentes e com os estudantes
com TEA. Na visão das autoras a importância dos sentimentos e afetos nesse momento
que o professor não tem o contato direto com os alunos, ao mesmo tempo que diagnósticos
de aprendizagem tornam-se mais complexa pela modalidade de aulas remotas, os
docentes necessitam sempre fazer as adaptações de cada estudante para que consiga
atingir uma educação a todos de forma inclusiva.
Dias, Santos e De Abreu (2021) colocam a importância da interação e das
brincadeiras na educação infantil, é fundamental para o desenvolvimento educacional. Os
autores mencionam as dificuldades encontradas de aprendizagem com as crianças
matriculadas com TEA em creches e em pré-escolas. A pandemia mudou o cenário de
nossas vidas e ocorreu de uma forma brusca obrigando professores, alunos e familiares
adaptar-se em um curto período de tempo. Dias, Santos e De Abreu (2021) afirmam que
a mudança ocorrida na rotina das crianças, principalmente crianças com TEA mudam
significativamente no modo comportamental, ocorrendo a mudança de vida.
Da Silva, Bins e Rozek (2020) demonstram que a exclusão social e os
preconceitos da sociedade em relação as pessoas com deficiências são inúmeras, com o
advento da pandemia, os estudantes com deficiência são os maiores prejudicados. As
autoras refletem sobre o isolamento social obrigatório possibilita enxergar a vida de
muitas pessoas com deficiência e de seus familiares. Salienta frisar que o isolamento
social também é perverso para as famílias que estão em vulnerabilidade social, esses
estudantes e seus familiares não possuem condições sociais que permitam a aproximação
e interações sociais por meio virtuais.
Da Silva, Bins e Rozek (2020) relatam que a pandemia mostrou a desigualdade
social, é um tema que merece destaque, os alunos com deficiência vêm de uma luta
histórica na área da educação, a implantação da educação especial dentro do parâmetro
de escolas inclusivas, é uma luta constante. As autoras colocam o dever do Estado da
implantação de políticas públicas, todos os envolvidos do processo educacional, no
entanto, a questão pandêmica e o processo educacional acabam deixando de lado as
pessoas com deficiência, as políticas públicas para esse público são mínimas ou
insuficientes.

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Shimazaki, Menegassi e Fellini (2020) mostram um estudo de caso com alunos


surdos no contexto pandêmico de aulas remotas. Os autores relatam um problema que
ocorreu a respeito das aulas remotas, o governo do Estado não foi feito um diagnóstico
prévio junto a escola, nem da equipe pedagógica e direção sobre a concordância de
realizar o ensino remoto, nem instruções de como realizar o ensino remoto. Esse é um
problema de grande proporção, a falta de comunicação entre secretaria estaduais e
municipais na implementação de um novo sistema de ensino é bastante prejudicial a toda
uma estrutura pedagógica. Não houve nenhuma reunião pedagógica com os professores
sobre a implantação das aulas remotas antes de sua implantação. Esse problema relatado
é grave e interfere no preparo pedagógico.
Shimazaki, Menegassi e Fellini (2020) apresentaram que somente alguns alunos
surdos estão acompanhando os estudos no ensino remoto, diante desse fato, os autores
concluem que o ensino remoto está distante da realidade de muitas crianças e jovens. A
falta de infraestrutura tecnológica e condições de vulnerabilidade social vivida por parte
dos estudantes e de seus familiares, incluindo-se a surdez, os alunos surdos estão
excluídos e mais distantes da educação inclusiva no período pandêmico.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados mostram indiscutivelmente que a educação especial enfrenta
diversos dilemas no cotidiano escolar, a pandemia agravou o problema. Foram analisados
nessa pesquisa documental 10 trabalhos, todos são artigos publicados. Selecionamos 7
artigos publicados no ano de 2020 e 3 artigos publicados no ano de 2021.
Além dos trabalhos selecionados, encontramos diversos outros artigos, isso
mostra que a discussão sobre a educação especial é extremamente importante em tempos
de pandemia. Os pesquisadores mostraram a preocupação em encontrar soluções para a
educação especial, colocando como um problema a ser enfrentado para que ocorra de fato
a educação inclusiva nas escolas.
Uma questão bastante discutida por diversos autores são as políticas públicas para
a educação especial. Na visão dos autores as políticas públicas devem ser revistas em
tempos de Covid-19, assim como não deve deixar de lado as conquistas que já foram
consolidadas na educação inclusiva. Os direitos conquistados a base de lutas históricas
em relação à educação especial devem ser colocados em práticas.
A questão da vulnerabilidade social levantada por grande parte dos autores,
escancarou a realidade social das famílias brasileiras. Um país como o nosso, que possui

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uma grande diversidade de pessoas, culturas, comidas, sotaques, no entanto, a


vulnerabilidade social atinge uma grande parcela populacional em praticamente todos os
lugares do nosso país. As mazelas sociais em tempos de pandemia, agravaram-se com os
problemas encontrados com a o caos sanitário instalado e a economia em frangalhos. O
fechamento das escolas afastou os alunos que mais necessitam delas para a transformação
social da sua realidade.
Uma questão que também merece destaque que foi mencionado pelos autores foi
a ruptura do ensino presencial para o ensino remoto em um curto período de tempo,
professores que jamais trabalharam nessa modalidade e não tinham conhecimento
tecnológico, foram jogados e não comunicados e nem orientados como trabalhar nessa
modalidade. O seu planejamento pedagógico inicial foi totalmente desconfigurado. O
trabalho remoto exige conhecimento técnico, assim como os estudantes necessitam de
uma autonomia maior nesse sistema. A mudança abrupta por conta de uma pandemia não
irá atingir um nível satisfatório educacional.
Um ponto importante destacado pelos teóricos é a extrema dificuldade de atingir
educacionalmente os estudantes com deficiência e seus familiares. Os problemas
apontados são diversos, vulnerabilidade social, resistência do estudante e da família na
modalidade remota, a falta de apoio tecnológico para atender as especificidades do
estudante com deficiência. O apoio familiar ao estudante com deficiência não sendo
possível devido ao trabalho dos responsáveis, esses fatores, além da vivência de
isolamento social imposta pela sociedade em geral em relação as pessoas com
deficiências.
Os resultados mostraram que devem ser pensados maneiras de equidade
educacional para os alunos com deficiência em tempos de pandemia.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa constatou-se que a importância desse tema é extremamente relevante,
onde a educação especial historicamente no mundo é de lutas de igualdade. As pessoas
com deficiência não podemos deixar de mencionar que desde a última Constituição
Federal que está em vigor no Brasil, vem ganhando as lutas ao passar dos anos. As leis
estão sendo sancionadas para ocorrer uma sociedade equalitária, onde todos possam ter
as mesmas condições sociais.
A doença Covid-19 mudou toda a sociedade, os hábitos do cotidiano foram
transformados, um deles que está no centro da discussão em todos os países do mundo,

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foi em relação a educação. Essa mudança ocorreu por conta do alto contágio da Covid-
19, sendo a única forma de proteção o isolamento social. O resultado disso foi o
fechamento de escolas e a rotina alterada para todos os envolvidos no processo
educacional. Profissionais da educação e estudantes se viram em um ambiente totalmente
novo e inexplorado.
A desconhecida doença Covid-19 que ainda está em estudo no mundo, provocou
mudanças comportamentais na sociedade, modificando a nossa comunicação, o nosso
comportamento social. A escola nesse meio se viu obrigada a continuar a educação,
mesmo que também em condições precárias, visto que pouco esperava a mudança para o
ensino remoto, as secretarias estaduais e municipais como mencionados pelos autores,
não houve diálogo com as escolas e implantou uma nova modalidade de ensino sem
preparação aos educadores.
Esse artigo não tem a intenção de esgotar esse assunto que requer maior estudo e
análise de diversos estudantes com inúmeros tipos de deficiências. A pandemia mostrou
que devemos verificar possibilidades de reinventar metodologias para uma nova realidade
que estamos vivendo. O ato educacional é um ato de mudança da realidade. A perspectiva
de alcançar um novo horizonte de mudança na sociedade inicia a partir da educação.

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