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TERRITÓRIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO NORTE DO TOCANTINS
Professores:
Dr. Elias Da Silva
Dr. Dernival Venancio Junior
Drª Renata Petarly
ARAGUAÍNA/TO
2023
EDICLEIA MARIA FERNANDES DE SOUSA
Araguaína – TO
2023
RESUMO
RESUMEN
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 5
2 CURRÍCULO ESCOLAR: CONTRIBUIÇÕES DA DECOLONIALIDADE E DA ECOLOGIA
DO SABER ............................................................................................................................ 8
3 CULTURA E CULTURA ESCOLAR .................................................................................. 13
4 DESTERRITORIALIZAÇÃO E RETERRITORIALIZAÇÃO ................................................ 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 22
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 23
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1 INTRODUÇÃO
Hall (2009) defende a ideia de que a tradição e a cultura popular não são
retrógradas, e sim uma forma de conter e resistir, uma apropriação e expropriação.
No âmbito da educação, percebe-se o movimento decolonial no Brasil, através das
políticas afirmativas, o movimento de valorização e recuperação das práticas
tradicionais, da cultura indígena, da cultura africana nas escolas. Como é o caso da
Lei 10.639/03 que obriga nas escolas de ensino fundamental e médio a ensinarem
sobre história e cultura afro-brasileira e indígena. O conteúdo programático destes
temas faz parte do currículo escolar em várias disciplinas escolares (BRASIL,2008).
… Percebe-se nestas ações o interesse em mudar o processo de ensino
aprendizagem resgatando a tradição, mesmo de forma que estas práticas
incorporadas na cultura brasileira já tenha sofrido apropriação de costumes
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europeus, mas possibilita a resistência aos povos tradicionais para manter sua
cultura, preservar sua língua, arte e religião.
Abib (2019) defende a ideia da necessidade de mudanças nos conceitos e
classificação da cultura entre “cultura erudita” e “cultura popular”, termos definidos
pelos europeus ou mesmo “cultura de massa”, mas estudar as práticas culturais
como várias culturas respeitando as novas configurações.
Assim não seria mais possível hoje em dia, por exemplo, operar com a
clássica diferenciação entre “cultura erudita”, “cultura popular” e “cultura de
massa” de forma tão simplificada como muito se fez. As novas
configurações da cultura e a sua imensa teia de articulações e relações
estabelecidas no âmbito das sociedades contemporâneas, não permitiriam
uma classificação tão estanque, visto que o trânsito de influências, arranjos
e combinações faz com que os mais variados campos de atuação cultural
se interpenetram o tempo todo e em todas as direções (ABIB, 2019 p05)
[...] a ação social é significativa tanto para aqueles que a praticam quanto
para os que a observam: não em si mesma, mas em razão dos muitos e
variados sistemas de significado que os seres humanos utilizam para definir
o que significam as coisas e para codificar, organizar e regular sua conduta
uns em relação aos outros (HALL, 1997, p. 16).
[...] não devemos nos surpreender, então, que as lutas pelo poder deixem
de ter uma forma simplesmente física e compulsiva para serem cada vez
mais simbólicas e discursivas, e que o poder em si assuma,
progressivamente, a forma de uma política cultural (HALL, 1997, p. 20).
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“ [...] quanto mais a vida se torna mediada pelo mercado global de estilos,
lugares e imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens da mídia e
pelos sistemas de comunicação globalmente interligados, mais as
identidades se tornam desvinculadas – desalojadas – de tempos, lugares,
histórias e tradições específicos e parecem ‘flutuar livremente’. Somos
confrontados por uma gama de diferentes identidades (cada qual nos
fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a diferentes partes de nós),
dentre as quais parece possível fazer uma escolha. (HALL, 2006, p. 75).
4 DESTERRITORIALIZAÇÃO E RETERRITORIALIZAÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS