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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

NOME DOS ALUNOS

TRABALHO INTERDISCIPLINAR EM GRUPO


“A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA
ESCOLARIZAÇÃO”

Vitória da Conquista
2019
NOME DOS ALUNOS

TRABALHO INTERDISCIPLINAR EM GRUPO


“A ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANALFABETOS OU COM BAIXA
ESCOLARIZAÇÃO”

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as
disciplinas de Metodologia Científica Educação de
Jovens e Adultos Fundamentos da Educação Educação
Formal e não Formal Didática: Planejamento e Avaliação
Práticas Pedagógicas: Gestão da sala de aula.

Tutor(a) de Sala:

Vitória da Conquista
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................04

2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................05

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................09

REFERÊNCIAS..........................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como temática “A escolarização de Jovens e Adultos


analfabetos ou com baixa escolarização” e tem como objetivo compreender de que
maneira o pedagogo pode contribuir para a efetivação da função social da escola,
analisando as relações que se estabelecem entre o contexto social e político. Além
de compreender o processo histórico da Educação de Jovens e Adultos,
identificando os fatores que podem interferir na prática pedagógica realizada com
esse público.
Assim, com este trabalho teremos a oportunidade de refletir acerca da prática
docente realizada na Educação de Jovens e Adultos, visto que é um ensino que
apresenta altos índices de deficiências existentes com relação à formação e
qualificação do professor. Por esta razão os alunos da EJA, tem enfrentado grandes
carências no que tange aos componentes curriculares a serem estudados ao longo
do tempo de escolarização.
O tema que nos foi proposto é de extrema importância e complicada devida
aos grandes desafios da educação. E educação é o tema de maior dificuldade a ser
trabalhado no Brasil. Analisar a Educação de Jovens e Adultos nos leva a
importância de se educar no meio que vivemos.
O trabalho abrange conteúdos das disciplinas estudadas durante o semestre
do Curso de Pedagogia.
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2 DESENVOLVIMENTO

O sistema educacional perpassa por vários momentos ao longo da história e


nesse interim, entre cursos e modalidades, a EJA (Educação de Jovens e Adultos)
surgia como um instrumento de resgate da cidadania de brasileiros excluídos do
sistema escolar. É nessa modalidade, que se configura de forma diferenciada da
escola regular, que se buscou saber quais as causas das dificuldades de
aprendizagem.
Tais dificuldades na aprendizagem do aluno na EJA merecem investigação,
pois podem ocorrer pela metodologia utilizada, disparidade de contextos, idades
distintas, desejos e objetivos não correlacionados, imaturidade, despreparo dos
professores que atuam nessa modalidade de ensino, horários impróprios quando
envolvem trabalhadores. Também, problemas com a escola, a falta de estímulos
para a motivação do aluno, a defasagem entre o desempenho do aluno, o nível de
exigência e o pedagógico. O ensino e a aprendizagem ocorrem simultaneamente e
toda e qualquer dificuldade serve como um impedimento para a concretização do
apreender.
Desta forma, além do tempo de escolarização ser reduzido causando a perca
de alguns conteúdos a serem vistos, a desqualificação dos profissionais do EJA
origina uma lacuna ou deficiência nos conteúdos que são oferecidos, no entanto
estes são transmitidos ou ensinados de forma insuficiente, originando assim a não
aprendizagem destes por alguns alunos.
Assim, compreendendo o despreparo dos professores para atuarem no EJA,
assim como foi explicitado na Situação Geradora de Aprendizagem com o professor
de matemática Ronaldo, foi necessário realizar a leitura dos materiais indicados, nos
levando à reflexão desta situação geradora atendendo às solicitações da pedagoga
para contemplar os questionamentos acerca desta modalidade de ensino.
E para isso é preciso compreender os fatores históricos, políticos e sociais
que perpassam a Educação de Jovens e Adultos na educação brasileira.
Essa modalidade de ensino sempre enfrentou resistências e dificuldades,
desde que os jesuítas eram responsáveis pela educação no Brasil Colônia. Na
década de cinquenta desse século, a Campanha de Educação de Jovens e Adultos,
sofreu muitas críticas pelos métodos usados e foi extinta por não obter resultados
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positivos. Surge nesse momento uma referência no panorama da educação para


Jovens e Adultos: Paulo Freire. Apesar de ser uma luta antiga na sociedade, a
conquista pelo ensino do jovens e adultos, foi o Professor e estudioso Paulo Freire o
percussor pela luta de ensino de qualidade para os jovens e adultos.
Paulo Freire defendia a ideia de que a única forma de educar e proporcionar o
conhecimento a esse público era atrelar a educação ao dia a dia, a fim de facilitar a
percepção dos educandos, diante dos assuntos abordados na sala de aula.
Com a pedagogia de Paulo Freire, nasce, nesse clima de mudança no início
dos anos sessenta, a Educação Popular, que se articulava à ação política junto aos
grupos populares: intelectuais, estudantes, pessoas ligadas à igreja Católica e a
CNBB.
Em 1964, foi aprovado o Plano Nacional de Alfabetização, que deveria atingir
todo o país, orientado pela proposta pedagógica de Paulo Freire, mas, foi suprimida
pelo golpe militar de 64 e substituída pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização
(MOBRAL), criado no ano de 1967. O MOBRAL foi uma iniciativa pensada e
elaborada pelo regime militar vigente no Brasil, com a finalidade de defender seus
interesses, enquanto classe dominante. Sob a máscara de erradicação do
analfabetismo, sua preocupação era somente fazer com que seus alunos
aprendessem a ler e escrever, sem uma preocupação maior com a formação do
homem.
No decorrer do tempo, foi sendo aperfeiçoada o ensino conhecido como EJA,
sendo que muitos desses alunos, tiveram a oportunidade de se formar em nível
superior, galgando outras oportunidades no mercado de trabalho.
Para compreensão desta temática é preciso entender a função social da
escola, sobretudo diante do processo de escolarização da população analfabeta e
com baixa escolarização.
Assim, os fatores sociais e históricos marcantes que decorrem a Educação de
Jovens e Adultos na educação brasileira são fatores de classe social, classe
governamental e classe cultural.
Diante deste processo de escolarização a escola tem a função social de
acolher a todos os alunos e adaptar meios para que estes alunos consigam receber
a alfabetização. Perante esta colocação, tivemos um grande colaborador na
educação que é o nosso extraordinário Paulo Freire, que trouxe uma forma didática
libertadora para a alfabetização de jovens e adultos.
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Desta forma, as escolas são responsáveis por educar e formar futuros


profissionais, além disso também tem a tarefa de transformar os alunos em cidadãos
que se adequem a nossa sociedade, uma pessoa que não passou por esse
processo (Analfabetos e pessoas com baixa escolarização por exemplo) tende a
fracassar como cidadão, aí a importância da escola e de sua rigorosa educação.
Os desafios e as possibilidades para a efetivação do direito a educação de
jovens e adultos vem sendo respectivamente a falta de incentivo para o
desenvolvimento dessa educação e inserção da educação inclusiva.
Assim sendo, é notório que a educação brasileira vem passando por uma fase
precário principalmente na educação de jovens e adultos.
Dessa forma, deve - se promover a educação inclusiva e com qualidade a
todos a fim de se gerar uma sociedade melhor e justa para todos.
Os grandes desafios na educação de jovens e adultos consistem em seu
tempo, pois muitos deles abandonam a escola justamente para trabalhar, com isso
seus horários são mitos restritos.
Outro fato é o social, onde alguns desses se sentem desconfortáveis por estar
em escolas na idade adulta, uma espécie de medo de serem criticados por seus
colegas e amigos. Com isso é necessário uma escola com horários flexíveis para
atender as demandas destes.
Dessa forma, nas possibilidades para a efetivação do direito à educação de
Jovens e Adultos, a educação foi elencada como um direito fundamental social,
sendo um direito de todos e dever dos órgãos públicos e da família em conjunto
com a sociedade. Por ser caracterizada como um direito social cabe ao Estado
conceder o suprimento necessário para o fomento da educação, através de
aplicação de verbas públicas que sejam suficientes para a concretização das
diretrizes educacionais e das políticas públicas que as envolvem.
Nesta modalidade de ensino o professor deve conduzir o processo avaliativo,
de forma que se aplique na educação de jovens e adultos essa especificidade da
natureza histórica humana devendo ser preservada por ser o processo de ensino-
aprendizagem um campo de confronto saudável entre pessoas que estão ensinando
e aprendendo mutuamente, pessoas que supostamente estão abertas ao diálogo.
Assim, a avaliação não deve ser uma prática desprovida de significados para
esses jovens e adultos, que retornam cheios de expectativas e esperanças e que
muitas vezes não encontram o acolhimento solidário, tenham ânimo em continuar
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sua trajetória enquanto estudantes. Percebe-se que no processo de evasão a


avaliação persiste como um dos fatores causador da exclusão principalmente nas
salas da educação de jovens e adultos. A avaliação ainda constitui-se num acerto de
contas entre aquele que sabe e aquele que não conseguiu aprender, quando na
verdade deveria ser um instrumento de amplo diagnóstico a favor da produção do
conhecimento, da formação e emancipação dos sujeitos envolvidos no processo -
professor e estudante – e também da qualidade do ensino.
A avaliação também propiciará condições para a obtenção de uma melhor
qualidade de vida quando assentada sobre a disposição de acolher. Aí está o ponto
de partida da construção do conhecimento. Se houver o acolhimento do estudante
na sua totalidade, a prática docente já estará eliminando um grande obstáculo na
avaliação na educação de jovens e adultos, pois, construirá, a partir desse
acolhimento, o diálogo para que o processo de ensino e aprendizagem seja
significativo para todos os sujeitos envolvidos, subsidiando as decisões necessárias
para atingir a meta da educação (LUCKESI, 2007).
Assim, o estudante da EJA não deve ser estigmatizado como alguém que
nada sabe e o educador não pode se comportar como o único portador do saber.
Há, na verdade, pessoas que tiveram que abandonar as salas de aulas por algum
motivo e que retornam com uma bagagem de experiências e conhecimentos
adquiridos em outros espaços educadores.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa enfatizou reflexões acerca de como se dá o ensino da EJA,


bem como a efetivação da prática docente na referida modalidade. As dificuldades e
lacunas existentes no ensino, contribuições que esta oferece aos alunos e as
perspectivas de vida destes com relação ao ensino. Neste sentido, é perceptível a
oportunização que EJA traz aos discentes sendo esta modalidade de extrema
importância para os que precisam e querem progredir nos estudos e se inserir no
mercado de trabalho.
É fundamental observar que a Escolarização de Jovens e Adultos é um
assunto inesgotável, que envolve a sociedade em geral. É preocupante, e é
libertador como diz Paulo Freire. Pois quando aprendemos somos responsáveis e
capazes de responder com propriedade.
Nota-se que para educação não existe barreiras, mas sim interesse,
perseverança, e boa vontade. É preciso acreditar no potencial do professor e do
aluno. E preciso ter a consciência que cada um tem o seu tempo de aprender.
Sabe-se que somos seres altamente capacitados de inteligência. E que para
a florar esta inteligência são necessários estímulos. Estes estímulos são
conquistados com os estudos.
Devido a todos os esforços implantados na educação, dos tempos Brasil
colonial aos dias de hoje, continuamos perseverando em trazer uma educação de
qualidade.
É possível concluir que os professores encontram diversas dificuldades no
que concerne ao ensino, ou seja, a efetivação da prática docente, devido ao
despreparo profissional destes em não terem uma formação especifica para área em
que atuam, bem como, apresentou outra dificuldade que é a insuficiência de
recursos didáticos para o auxílio de seu ensino na sala aula.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm. “Da Educação de Jovens e


Adultos. Acesso em 04 abr. 2019.

http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2013/trabalhos/co_03/79.pdf.
Avaliação Formativa: A Prática em Construção. Acesso em 04 abr. 2019.

http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/38/art05_38.pdf. “Breve história


sobre a Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Acesso em 05 abr. 2019.

https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/25401/14733. Analfabetismo no
Brasil: configuração e gênese das desigualdades regionais, Acesso em 06 abr.
2019.

http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n67/a11v1867. Trajetória da escolarização de


jovens e adultos no Brasil: de plataformas de governo a propostas pedagógicas
esvaziadas. Acesso em 06 abr. 2019.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 18. ed. São Paulo: Cortez,
2006. 180 p.

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