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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS


CURSO: PEDAGOGIA, V SEMESTRE
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
DOCENTE: JOSUÉ LEITE
DISCENTE: MARIANNA DE OLIVEIRA LIMA.

RESUMO DO ARTIGO: OS DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS NA CONTEMPORANEIDADE, DE FÁBIO DELMONICO.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), é uma modalidade de ensino


pensada para atender às necessidades educacionais das pessoas que não
conseguiram realizar a sua escolaridade na idade própria regular, sendo
estabelecida pela lei 9394/96 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB).

Com a implementação desta lei, surgem os desafios das instituições de


Ensino, fazerem da EJA uma modalidade capaz de oferecer aos educandos jovens,
adultos e idosos, as mesmas oportunidades que oferecem às demais modalidades,
levando em consideração as atuais exigências do mercado de trabalho e as
condições de vida dos referidos discentes.

O trabalho docente bem planejado é imprescindível neste processo, com o


grande desafio de garantir a qualidade do ensino, voltado para a esfera profissional,
bem como unir aspectos intrapessoais e interpessoais, tão fundamentais ao
exercício da cidadania. Desta forma, levará o aluno a compreender a necessidade
de permanecer na escola, ter uma aprendizagem significativa e reduzir a evasão
escolar, muito comum neste segmento.

O profissional responsável pela Educação de Jovens e Adultos deve entender


a realidade dos seus educandos para assim, poder utilizar uma metodologia voltada
ao cotidiano deles para a sala de aula, através de linguagens, situações e
questionamentos próprios, envolvendo-os de forma que eles sintam necessidade de
estarem ali, mesmo depois de um dia de trabalho.
O alunado da EJA tem características especiais e muitas vezes encontram-se
desmotivados, não só pelas responsabilidades do dia-a-dia, mas também pelo
próprio sistema educacional do nosso país que, mesmo quando cria algum
programa para esse tipo de discente, não leva em consideração as suas reais
necessidades, nem dão continuidade para que estes perseverem.

Além disso, convém ressaltar que o despreparo, tanto das instituições de


ensino, quanto dos professores, afeta diretamente o processo de aprendizagem. O
fato de se trabalhar com a EJA sem planejamento, objetivos, metas e estratégias,
assume uma prática totalmente desconectada daquilo que deve ser a Educação e
Jovens e Adultos, leva à desmotivação e, consequentemente, à evasão escolar.

A história da EJA segue os passos da história da educação brasileira, que


voltada para uma minoria elitizada, favorece a burguesia e desfavorece o
proletariado, a maioria dos cidadãos trabalhadores, que são exatamente os alunos
desta modalidade de ensino, que ainda precisam dar passos para que a sua
educação seja igualmente a de todos os brasileiros, conforme previsto na
Constituição de 1988.

Ainda assim, é preciso destacar que passos, ainda que lentos, estão sendo
dados por pessoas comprometidas com este tipo de educação. Existem instituições
preocupadas com as novas demandas educacionais, levando em consideração a
competência profissional, mas também, o bom exercício da cidadania, bem como as
relações interpessoais, que ajudam as pessoas a aprenderem como lidar com as
diversas situações da nossa sociedade.

As contribuições teóricas de autores como Wallon, Vygotsky e Paulo Freire,


trazem algumas luzes para a prática pedagógica, nas quais os docentes da EJA
podem se inspirar e construírem as suas próprias práticas, baseados nas ideias de
“aprendizagem significativa”, abordada por Wallon, a “aprendizagem sócio
interacionista”, pensada por Vygotsky e terem cuidado com a “educação bancária”,
sinalizada por Freire, de acordo com suas vivências.

Entender que o homem se humaniza através da interação com os outros e


que esta interação é o meio pelo qual a aprendizagem acontece é fundamental para
direcionar as diversas situações numa sala de aula da EJA.
Ao compreender a relevância da Educação de Jovens e Adultos para a vida
da sociedade, o educador deve repensar a sua prática, construindo pontes para que
o alunado da EJA não se sinta excluído da sociedade, tenha qualificação para o
trabalho e tenha seus direitos educacionais garantidos, sendo preparados também,
para o Ensino Superior.
QUESTÕES PARA PENSAR SOBRE O ENSINO DA EJA:

• O QUE PRECISA SER MUDADO NA BASE CURRICULAR DA EJA, PARA QUE


AJUDE OS PROFESSORES A REALIZAREM UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA
SIGNIFICATIVA, DE ACORDO COM AS EXIGÊNCIAS ATUAIS?

• POR QUE A EJA TEM ESSA “FLEXIBILIDADE”, NO QUE DIZ RESPEITO À


FORMAÇÃO DO PROFESSOR?

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