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RESUMO:
Esse trabalho tem como objetivo pergunta-se como acontece a formação do professor
para atuar na EJA no município de Irecê? Em quais espaços essa formação vem sendo
oferecida? Quais são as exigências, as expectativas e os interesses colocados pelos
professores? Este trabalho mesmo que um recorte de uma pesquisa mais ampliada pretende
discorrer sobre o tema a formação do professor da Educação de Jovens e Adultos - EJA na
Escola Municipal Marcionílio Rosa situada no município de Irecê – Bahia. Com isso, iremos
analisar como a secretaria de educação vem promovendo a formação de professores para atuar
neste segmento. Fazemos observações, estudo de caso e entrevistas com professores,
coordenadores da Escola Municipal Marcionílio Rosa no intuído de compreender de que
forma o profissional em educação dar continuidade em sues estudos na área que atua como
agente direto da educação. Nossa pesquisa foi âmbito pedagógico por ser uma prática social
que atua na configuração da existência individual e coletiva para realizar nos sujeitos as
características de seres humanos. É na vertente do sócio-interacionismo por entende que o
conhecimento se dá a partir das relações sociais. A formação continuada faz-se importante,
especialmente quando a EJA não foi contemplada na formação acadêmica inicial do
professor, por isso percebemos que, mesmo com poucos incentivos do poder publico, a
possibilidade de estudar e buscar novos horizontes tem motivado esses profissionais.
INTRODUÇÃO
A educação sempre foi fator principal no desenvolvimento social do país como um todo
e a cada ano essa importância vem aumentando seu espaço entre a sociedade que está se
preocupando com o seu futuro, particularmente isso nos levou a pensar como se dar a
educação dos jovens e adultos e como o profissional que atua nessa área esta sendo capacitado
e inserido neste contexto de tamanha responsabilidade social de preparar o aluno da EJA já
cheios de conceitos e experiências empíricas para a vida e para o mercado de trabalho.
Muitos obstáculos e dificuldades podem ser encontrados por pessoas que não possuem
um bom nível de escolaridade em relação não apenas aos cursos técnicos e superiores, mas
também uma educação básica no ensino fundamental e médio que são imprescindíveis para o
desenvolvimento intelectual e cívico do sujeito. Diante disto surgi em nós uma inquietação
que nos impulsiona a pesquisar como é dada a formação do professor da educação de jovens e
adultos – EJA, que cumpre um importante e fundamental papel ao atender pessoas que não
tiveram a oportunidade de estudar na idade certa tanto no ensino fundamental como o ensino
médio e diante de tantas dificuldades e concorrências que estão tendo de enfrentar no mercado
de trabalho, querem retornar os estudos. E essa oportunidade de voltar a estudar proporciona
ao aluno uma melhora na sua autoestima e uma melhor preparação para enfrentar a dura
concorrência do mercado de trabalho.
Este projeto toma como base o conceito de Educação de Jovens e Adultos proposto
por Paulo Freire, em sua obra Pedagogia do Oprimido (2014). Tal conceito parte do princípio
de uma necessidade e de um direito ao estudo e de qualidade que são garantidos pela
constituição brasileira. Segundo Miguel Arroyo (2005):
METODOLOGIA
de dados descritivos sobre lugares e pessoas há cerca de como ocorreu sua formação e de
como buscam se aperfeiçoar para atuarem no segmento da EJA, não se trata de um método
estatístico, mas parte de interesses amplos que vão se direcionando ao longo do
desenvolvimento, visando à compreensão dos fenômenos a partir da perspectiva dos sujeitos
que estão dentro do alvo principal da pesquisa.
Por ter um enfoque fenomenológico à pesquisa nos possibilita fazer uma analise
minuciosa e critica do objeto de estudo, não julgar as respostas do sujeito, mas entender o
contexto a partir do olhar do sujeito. Que tem como principal foco compreender em que
dimensão a formação de professores é oferecida no município de Irecê - BA e se influencia na
deficiência do ensino na EJA. Que Segundo GAMBOA:
para um profissional atuar na EJA, com tudo contribui para a verdadeira essência no
comportamento humano complexo e uma formação cientifica.
Porém, uma questão que antecede ao assunto perguntas básicas se refere à definição de
entrevista semiestruturada. Autores como Triviños (1987) e Manzini (1990/1991) têm tentado
definir e caracterizar o que vem a ser uma entrevista semiestruturada. Para Triviños (1987, p.
146) “a entrevista semiestruturada tem como característica questionamentos básicos que são
apoiados em teorias e hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa”.
Os questionamentos dariam frutos a novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos
informantes. O foco principal seria colocado pelo investigador-entrevistador. Complementa o
autor, afirmando que a entrevista semiestruturada:
“[...] favorece não só a descrição dos fenômenos sociais, mas também sua
explicação e a compreensão de sua totalidade [...]” além de manter a
presença consciente e atuante do pesquisador no processo de coleta de
informações (TRIVIÑOS, 1987, p. 152).
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Esse tipo de entrevista pode fazer emergir informações de forma mais livre e as
respostas não estão condicionadas a uma padronização de alternativas como as respostas de
sim ou não como nos diz o autor Manzini (1990/1991, p. 154), “a entrevista semiestruturada
está focalizada em um assunto sobre o qual confeccionamos um roteiro com perguntas
principais, complementadas por outras questões inerentes às circunstâncias momentâneas à
entrevista”.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
esse período de formação é definido como uma política pública. O objetivo da formação
inicial é possibilitar aos professores, conhecimentos básicos que lhes propiciem o
desempenho da ação docente.
IDENTIDADE DOCENTE
Vivemos hoje numa sociedade altamente globalizada em que tudo é muito dinâmico,
instável e flexível, quer a nível profissional, econômico ou político, como tal as identidades
tornam-se também instáveis e susceptíveis às escolhas que cada indivíduo efetua. Ao mesmo
tempo em que surgem as mudanças sociais, a alteração de valores e padrões que regem uma
sociedade, assim também os indivíduos têm poder para moldar a sua própria identidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a nossa investigação na Escola Municipal Marcionílio Rosa na cidade de
Irecê – Ba, constatamos que a EJA não esta sendo tratada como deveria pela Secretaria de
Educação do nosso município pelo menos na área que abrange a formação do professor para
atuar nesse segmento. À educação de Jovens e adultos têm grande importância como reparo
social, contudo, na prática, segundo os entrevistados, a preocupação da SEC. de Educação é
mínima quando se trata da formação do professor da EJA, mas o professor esta tendo a
preocupação de dar continuidade a sua formação continuada ao longo de sua carreira com
cursos de pós-graduações, mestrados e aperfeiçoamentos, mesmo que não seja especifico
para a EJA, mas acreditam que de certa forma ajudam na atuação em sala de aula, esses
cursos não são oferecidos pela SEC, de Educação, o professor procura fazer de forma
particular.
A utilização de metodologias diferenciadas a fim de cativar, garantir o aprendizado e
a permanência do aluno da EJA é o que move esses profissionais da Escola Marcionílio
Rosa, mesmo sem a formação especifica para atuar na EJA, alguns nem mesmo na sua
graduação tiveram a oportunidade de estudar sobre essa modalidade, é importante salientar
e até mesmo questionar se o curso de pedagogia das instituições de ensino superior de Irecê
esta abordando esse tema com a importância que ele merece e se estão qualificando seus
alunos de forma que atuem com qualidade e eficiência na EJA.
Defendemos que para ter qualidade e eficiência e um bom desempenho em sala de
aula o professor da EJA precisa ter uma boa formação inicial docente e uma formação
continuada, aptos à realização de práticas diversas que amplie o processo de ensino-
aprendizagem entre aluno – professor e professor – aluno.
A partir desta vivência identificamos dificuldades presentes no dia-a-dia do professor
da EJA, tanto na estrutura como nos comportamentos de certos alunos, mas que não
impedem que o professor aplique o conteúdo imposto a ele. A necessidade de uma
metodologia diferenciada e especifica para o publico da EJA é de fundamental importância
para que os alunos se sintam motivados e cativados para permanecer na escola.
A formação de professores para atuar na EJA é essencial para que haja um estimulo e
uma esperança de melhora para a educação de jovens e adultos com qualidade, uma
perspectiva de um futuro reparador muito mais do que já esta sendo feito para esse publico,
pois somente desta maneira o educador será capaz de elaborar um plano de aula descente
que ajude no desenvolvimento de uma visão critica do mundo do aluno, além disso,
indicamos algumas medidas a Secretaria de Educação do Município de Irecê que se
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preocupe mais com os professores da EJA, que faça alguma parceria com alguma instituição
que ofereça algum tipo de formação especifica para a EJA e que seja reconhecida pela MEC
e que tenha um compromisso social de capacitar com qualidade esses profissionais e
mostrá-los a importância de continuar sua formação continuada, e que sejam exemplos para
os alunos da EJA a fim de que possa influencia-los para que se tornem cidadãos perante a
sociedade.
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Referências
______. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e
2º
graus, e dá outras providências, Brasília, DF, ago. 1971.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GAMBOA. PÓS-MODERNO (PÓS-COLONIALISTAS, PÓS-ESTRUTURALISTAS,
PÓS-CRÍTICOS). (1989, p. 100),
O empirismo de JOHN LUKE Disponível em <mundoeducacao.bol.uol.com.br>. Acesso em
07 de dez. 2016.
VASCONCELOS, Geni Amélia Nader (org.). Como me fiz professora. 2. ed. Rio de Janeiro:
DP&A, 2003.