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ENTREVISTA DE

ANAMNESE E
ENTREVISTA LUDICA
TEO
ENTREVISTA DE ANAMNESE
O que é Anamnese Psicológica?

A anamnese é uma ferramenta muito utilizada na área da saúde em geral, ela pode ser entendida como uma ferramenta
estruturada que permite a obtenção de dados importantes sobre o paciente. 

No caso da psicologia, a anamnese pode ser vista como o fio condutor que te guiará durante o processo da avaliação
psicológica ou da psicodiagnóstico.

Anamnese é uma entrevista semiestruturada realizada para investigar a história de vida do paciente, os aspectos que são
importantes para compreender o paciente.

O psicólogo adota posição ativa neste momento e não se posiciona sobre o avaliando, ás vezes precisa ajudar o entrevistado
utilizando perguntas de controle de história, para organizar cronologicamente a entrevista.

Ao iniciar, estabelecer um bom rapport, apresentar os objetivos do processo e expor o papel do entrevistado, precisa ter
habilidade para perguntar, escutar, prestar atenção e anotar o que o informante diz. Qualquer forma de registro é necessário pedir
autorização e as anotações devem ser fidedignas.
ENTREVISTA DE ANAMNESE

A anamnese psicológica é fundamental para que o profissional possa conhecer o paciente e criar hipóteses
sobre a queixa central. Por isso, é nesse momento que você vai se questionar sobre:
"O que pode estar acontecendo com esse paciente?"
"Quais testes devo aplicar?"
"Será um problema X ou Y?"
O processo, portanto, vai impactar diretamente na escolha do tratamento e dos próximos passos que serão
dados com o paciente.
Além disso, a anamnese psicológica é importante para que o psicólogo identifique possíveis sinais que
“acendem” alertas para investigar se há outras áreas problemáticas que podem estar afetando aquele
indivíduo. Evitar preconceito e julgamento.
ENTREVISTA DE ANAMNESE

HISTÓRIA PESSOAL OU ANAMNESE.


Reconstituição global da vida do paciente, como um marco referencial em que o
problema atual se enquadre e ganhe significação.
A história pessoal deve ser enfocada conforme os objetivos do exame e
depende do tipo e idade do paciente, quando se possuí a queixa e história
clínica, define-se a estrutura da história pessoal necessária.

ETAPAS DA ANAMNESE
Contexto familiar.
Construir genetograma, obter informações inter e transgeracionais.
(Contextualizando as relações familiares)
Descrever o contexto familiar na concepção ou adoção, como status marital,
condições socioculturais, clima das relações afetivas na família, expectativas,
reações à gravidez e etc. Investigar aspectos ou problemas da vida familiar.
ENTREVISTA DE ANAMNESE
História pré-natal ou perinatal.
Descrever como ocorreu a gestação (ou adoção) do ponto de vista físico e
psicológico.
Aspectos nutricionais, doenças, acidentes, uso de drogas, estado psicológico da
mãe. Obter informações de como ocorreu o parto e as experiências inicias com o
bebê.

Primeira infância (até os 3 anos).


Especial importância à qualidade da relação materno-infantil, desde a ligação
simbiótica até a separação.
Padrões de comportamentos motores, de linguagem e sociais devem ser
registrados e confrontados com as expectativas médias.
Saber o quanto o ambiente foi estimulante para o desenvolvimento, como foram
manejadas tendências frustradas, o meio era ansiogênico ou afetuoso.
Aprendizado de normas, explorar respostas frente à frustações e gratificações,
considerar sintomas como chupar o dedo, roer unhas e etc.
ENTREVISTA DE ANAMNESE

História pré-natal ou perinatal.


Descrever como ocorreu a gestação (ou adoção) do ponto de vista físico e psicológico.
Aspectos nutricionais, doenças, acidentes, uso de drogas, estado psicológico da mãe. Obter informações de
como ocorreu o parto e as experiências inicias com o bebê.

Primeira infância (até os 3 anos).


Especial importância à qualidade da relação materno-infantil, desde a ligação simbiótica até a separação.
Padrões de comportamentos motores, de linguagem e sociais devem ser registrados e confrontados com as
expectativas médias.
Saber o quanto o ambiente foi estimulante para o desenvolvimento, como foram manejadas tendências
frustradas, o meio era ansiogênico ou afetuoso.
Aprendizado de normas, explorar respostas frente à frustações e gratificações, considerar sintomas como
chupar o dedo, roer unhas e etc.
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Infância intermediária (3 a 11anos).


Há um alargamento da rede de relações sociais pelo ingresso na “escolinha”.
Investigar como ocorreu a experiência de separação, estruturação na relação de grupos iguais, época de
triangulação edípica, analisar a sensibilidade do ambiente no manejo de suas expressões afetivas,
investigar desempenho escolar e verificar a aparência de sintomas específicos como pesadelos e fobias.
Pré-puberdade, puberdade e adolescência.
Analisar as relações sociais com irmãos, colegas e amigos, visto que nesta época isto se torna um ponto
importante.
Analisar o desempenho, interesse escolar e as expectativas em relação ao futuro profissional.
Essencial considerar a área sexual, quanto às primeiras experiências e menarca, por exemplo.
Verificar aparecimento de problemas de ordem emocional, físico ou social.
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Idade adulta/Idoso

Os temas abordados são a história ocupacional e a situação atual, as relações sociais, área
sexual, a história conjugal, as atitudes frente a mudanças ocorridas a vida e como a pessoa lidou
com situações críticas e fatores estressantes.
ENTREVISTA LÚDICA

O processo avaliativo interventivo, quando realizado com crianças, configura-se como uma prática
valiosa, porém, complexa.

A criança possui funcionamento psíquico diferente do adulto neurótico, por isso sua sessão deve ser
vista como um “convite ao sonho”.

É por meio do brincar e de uma atmosfera de não exigência que o terapeuta realiza interpretações,
intervenções e manejos, uma vez que a criança expressa seus desejos, fantasias e experiências de
forma simbólica (GUELLER; SOUZA, 2008)
ENTREVISTA LÚDICA

No psicodiagnóstico infantil, costuma-se entrevistar os pais, antes de ver a criança, com o objetivo de
obter informações o mais abrangentes possíveis sobre o problema e sobre como a criança é.

Nas entrevistas que foram realizadas com os pais, deve-se combinar que eles conversem com a
criança a respeito do motivo pelo qual é levada ao psicólogo.

Assim, esse pode ser o início do diálogo com a criança, dentro da sala de jogo, sendo importante,
então, perguntar se sabe o que está fazendo ali, porque veio ou o que os pais falaram da sua vinda ao
psicólogo.

Esclarecendo esse aspecto, compreender-se-ão as fantasias da criança a respeito do processo de


avaliação, e, se a resposta for negativa, deve-se fazer um breve relato do que foi falado com os pais,
sem detalhes muitos profundos, mas sempre explicitando a verdade
ENTREVISTA LÚDICA

A preo​cupação principal é fazer com que compreenda que o profissional está ali ​para conhecê-la e ajudá-
la em suas dificuldades. Para isso, de acordo com Efron e colaboradores (1979/2009), o momento inicial
de encontro, psicólogo e a criança é marcado pela condução de um rapport que deve incluir a
definição de papéis, a limitação do tempo e do espaço, o material a ser utilizado e os objetivos esperados

Dessa forma, a conduta técnica correta é deixar a criança escolher e brincar livremente, sem interromper
a brincadeira ou induzir alguma situação lúdica.

Evita-se solicitar algo a ela para não direcionar a sessão, acompanhando suas escolhas e
observando atentamente.
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Especificidades da entrevista de anamnese com pessoas de diferentes grupos etários.

A entrevista de anamnese não segue a mesma estrutura para pessoas de diferentes grupos etários,
alguns aspectos são sempre examinado independente da idade, como a configuração, as relações
familiares, número de pessoas na família e ocupação de cada membro, as características do
ambiente doméstico, a rede de apoio do avaliando e sua posição dentro do sistema familiar, a
evolução da queixa, histórico de tratamentos de saúde, uso de medicamentos, efeitos do problema
sobre o funcionamento psicossocial do paciente e percepção do examinando sobre a queixa.
ENTREVISTA LÚDICA

A entrevista lúdica de cada processo psicodiagnóstico é uma experiência nova, tanto para o
psicólogo como para a criança, em que se refletirá o estabelecimento de um vínculo transferencial
breve.

Nos brinquedos oferecidos pelo psicólogo, a criança deposita parte dos sentimentos, representante
de distintos vínculos com objetos de seu mundo interno (Efron, Fainberg, Kleiner et alii, 1978).

Assim, muitos fenômenos que não seriam obtidos pela palavra poderão ser observados através do
brincar, onde a criança, segundo Logan (1991), projetará suas questões-chave, tanto no
acontecido do jogo quanto na maneira como usa os materiais e os brinquedos.
ENTREVISTA LÚDICA
As crianças, de maneira geral, agem, falam e/ou brincam de acordo com suas possibilidades maturativas,
emocionais, cognitivas e de socialização, e é pela sua ação (ativa ou passiva) que elas exprimem suas
possibilidades, descobrindo-se a si mesmas e revelando-se aos outros.

Em função disso, algumas aceitam rapidamente acompanhar o psicólogo até a sala de entrevistas, começando
facilmente a brincar, conversar e interagir com o interlocutor.

Outras podem resistir a se separarem dos pais, ou ficam na sala de entrevista muito inibidas, tanto na ação como
na fala, tornando-se necessário que o psicólogo faça algum assinalamento, com a finalidade de ajudá-las a lidar
com a angústia.

Existem também ocasiões em que a criança, devido à sua problemática emocional, rompe o enquadramento,
exigindo por parte do entrevistador a colocação de limites. A postura do psicólogo deve ser, em todos os casos, a
de estimular a interação, conduzindo a situação de maneira tal que possa deixar transparecer a compreensão do
momento, respeitando e acolhendo a criança, de forma que esta se sinta segura e aceita.
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Quando se fala de brincar, no campo analítico, compreendemos o valor projetivo de um recurso

que é capaz de esclarecer e demonstrar aspectos da personalidade infantil.

Por isso, o objetivo não é brincar com a criança, mas possibilitar a expressão

por meio da representação lúdica (AFFONSO, 2011)


BIBLIOGRAFIA

CUNHA, J. A. A história do examinando. In: CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico –V. 5. ed. Porto Alegre: Artmed,
2000, cap. 6, p. 57-66.

 HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M.; KRUG, J. S. Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed,
2016, p. 129-172.

MUNHÓZ, M. L. P. A Criança Participante do Psicodiagnóstico Infantil Grupal. In: ANCONA-LOPEZ, M. (org.)


Psicodiagnóstico: Processo de Intervenção. 2. ed. São Paulo: Editora Cortez, 1998.

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