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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

Instituto de Ciências Humanas – ICH


CURSO DE PSICOLOGIA
Campus Chácara II

RELATÓRIO PARCIAL DA ATIVIDADE PRÁTICA


DE ESTÁGIO EM PSICOPATOLOGIA GERAL

1 IDENTIFICAÇÃO

Estagiários
Joyce Gleyce Pires Gaia RA: N3956B0 TURMA: PS8T07
Amanda Carneiro de Oliveira RA: N395DB-2 TURMA:PS8T07
Jonathan Aparecido Diniz RA: D95047-9 TURMA:PS8T07
Luciana Macedo Paulino de Freitas RA: T87466-1 TURMA:PS8T07
Tatiana Zavatini de Castro RA: T87562-5 TURMA:PS8T07

Professor Orientador de Estágio


Profº. Pedro Desidério Checchetto

Instituição de Ensino
Universidade Paulista - UNIP/Curso de Psicologia

2 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

No dia 03/09/2022, a visita ao Centro Integrado de Assistência e Saúde


Nossa Senhora de Fátima serviu para entendermos como será o estágio
durante esse novo semestre e para visitarmos uma ala feminina que ainda não
conhecíamos.

3 IMPRESSÕES/PERCEPÇÕES

Quando chegamos no Centro Integrado de Assistência e Saúde Nossa


Senhora de Fátima, notamos que o estágio desse semestre será mais
estruturado, com um maior foco nas questões psíquicas dos pacientes e menos
em oficinas interativas.

Acreditamos que dessa forma, conseguiremos nos aprofundar mais nas


questões psíquicas dos pacientes, identificar se o que os levou até a internação
se trata de sintomas neuróticos ou psicóticos, além de podermos fazer uma
melhor conexão com a matéria de psicopatologia.

Tivemos contato com algumas pessoas, em especial uma paciente de


vinte e dois anos chamada X. Ela é uma pessoa bem comunicativa, mas com
um grau cognitivo abaixo da média. Refere ter passado por muitas questões
desde a perda de sua mãe aos dois anos de idade.

A paciente nos informou que foi adotada aos dois anos de idade e que
desde muito nova sofria de maus tratos por parte de sua mãe, mas que aos dez
anos seu pesadelo começou. Relatou que mora na periferia de São Paulo e
que foi abusada e colocada na prostituição desde criança, tentou fugir de casa
algumas vezes, mas não tinha condições de se manter. Tem dezessete outros
irmãos e todos são homens, que inclusive foi abusada por um deles. Fazia uso
de álcool e outras drogas como cocaína, heroína, maconha entre outras.

Quando iniciamos a conversar com a paciente, por se tratar de assuntos


tão pesados, pensamos que a ela apresentava um transtorno psicótico, pois
parecia estar inventando uma realidade que não existia, para poder conviver
com a dura realidade em que vive, mas ao olharmos seu prontuário, notamos
que muitas das coisas que a paciente havia relatado, eram de fato o que os
especialistas estavam tratando, menos a questão dos dezessete outros irmãos
que não constavam em nenhuma anotação, que podem ter sido fruto da
imaginação dela.

Chegamos à hipótese de que a paciente pode inicialmente ter tido


transtornos neuróticos, mas devido a gravidade da situação de sua vida e o uso
de substâncias ilícitas e álcool, podem ter evoluído para transtornos psicóticos
e algumas das informações que nos apresentou ser fruto de uma criação de
sua mente que não condiz com a realidade.

Freud apresenta algumas diferenças entre neurose e psicose. Dentre


elas, o fato de que o ego, nas neuroses, está dependente da realidade,
suprimindo um fragmento do id, enquanto que, nas psicoses, o ego está
totalmente afastado da realidade, perde-se dela, justamente em função do id.
Deste modo, o que predomina numa neurose é a influência da realidade sobre
o ego, e o que é predominante numa psicose é a influência do id.

É determinada uma analogia entre ambos processos patológicos através


de dois momentos: numa primeira etapa o ego é arrastado para longe da
realidade e na segunda, ele tenta reparar o dano causado, restabelecendo as
relações do sujeito com a realidade. Tanto na neurose como na psicose, este
segundo passo é apoiado pelas mesmas tendências, porém com uma
diferença. Na neurose o sujeito destina-se a reparar sua relação com a
realidade, custando-lhe o id, enquanto que na psicose ele não está
subordinado a esta restrição instintual, ao contrário, ele cria uma nova realidade
com diferentes objeções da antiga. Pode-se dizer que a neurose e a psicose
são a expressão de uma rebelião do id ao mundo externo, de sua incapacidade
de adaptar-se às exigências da realidade, pois em ambos os casos o desejo de
poder é do id, que não aceita restringir-se ao real.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A definição do novo modelo de estágio foi um passo bastante


significativo para o desenvolvimento dos alunos como futuros psicólogos,
devido a isso, teremos mais embasamento para criarmos uma relação com os
pacientes, identificando de fato o que eles apresentam nas falas e em seus
prontuários, não apenas em oficinas.

5 REFERÊNCIAS

Freud, S. (1924). A perda da realidade na neurose e na psicose. Sigmund


Freud – Obras Completas (vol. 16, pp. 214-221). Companhia das Letras.

ASSINATURAS

São Paulo, 03 de setembro de 2022.

Estagiário: Amanda Carneiro de Oliveira RA: N395DB-2

Estagiário: Jonathan Aparecido Diniz RA: D95047-9

Estagiário: Joyce Gleyce Pires Gaia RA:N3956B0

Estagiário: Luciana Macedo Paulino de Freitas RA: T87466-1

Estagiário: Tatiana Zavatini de Castro RA: T87562-5

Pedro Desidério Checchetto


Profº. Pedro Desidério Checchetto
Funcional: Supervisor das Atividades Práticas de Estágio

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