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RESUMO
Todas as pessoas possuem sua história e suas prioridades. Cada um possui um motivo
para continuar estudando ou parar. Todos temos o seu próprio tempo para
aprendermos algo. Saber o que é e como se dá esse tempo de aprendizagem dos alunos
da educação de jovens e adultos é o objetivo deste trabalho. Iremos mostrar como é o
retorno ao aprendizado após alguns tempos afastados da escola, suas dificuldades em
compreender conteúdos aplicados, suas experiências no retorno da vida escolar depois
de algum tempo longe da rede de ensino.
1. INTRODUÇÃO
Na área de educação, o Brasil nos últimos anos, ainda calcula quase 12 milhões
de analfabetos, por motivos mais diversos como, trabalho infantil, a pobreza e a
diferença social são os principais motivos que levam à evasão escolar. A educação de
jovens adultos foi implantada nos últimos anos por decorrência dessa grande procura
por conhecimento das pessoas que não conseguiram concluir o ensino regulamentar no
seu devido tempo.
Porém, alguns alunos da EJA, deve ter mais dificuldade em acompanhar os
conteúdos e as dinâmicas do grupo, pois, alguns já tem uma idade mais avançada, o que
torna mais desafiador, em vários casos, acabam abandonando muito facilmente, sem, ao
menos, arriscarem a compreender o que lhes “bloqueia” no aprendizado.
Esta pesquisa terá o foco na contextualização histórica, econômica e
sociocultural de cada sujeito da EJA, mostrando como funciona essa modalidade, que
tem como proporcionar aos alunos uma nova realidade para ingressar no mercado de
trabalho.
A EJA é uma modalidade de ensino reconhecida pela Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDBEN) – Lei nº 9394/96, que abrange a educação de jovens e
adultos, conforme descrito no artigo 37, destinando-a “àqueles que não tiveram acesso
ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria” (BRASIL,
1996).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
● Dimensão política, que ultrapassa toda rede escolar, que está presente no
sistema educativo e é controlada pelos governos e secretarias de educação;
● Dimensão Gerencial,acionada na gestão da educação , mas também a
gestão do ambiente educativo em particular;
● Dimensão pedagógica, qualifica se como principal, por se tratar da sala de
aula, do âmbito escolar, compreendendo que o professor como autoridade
de sala de aula, capaz de nortear seus alunos para seguir em frente.
Devemos compreender que o estudante da EJA como uma pessoa já com a vida
praticamente concluída, o que lhe falta é só alguém como um professor ter dom e o
papel de lhe dar incentivo através de passar o conhecimentos. Mostrando então cada
minuto de sua atenção, que o ato de ensinar não é só a transferência de conhecimentos,
mas também o ato de respeitar o conhecimento já adquirido dos seus alunos, realizando
a junção de suas experiências já existentes com as que o próprio professor terá que
apresentar, assim criando então a troca de saberes.
No cotidiano evidencia-se que a EJA é destinada para aqueles que não tiveram
acesso à escola na idade certa, permitindo que os alunos concluam o ensino em menor
tempo, possibilitando maiores oportunidades, também melhorando a qualidade de vida e
integração à sociedade atual.
.
O autor Barcelos (2015) aborda sobre a Declaração Universal dos Direitos
Humanos (1948), que a educação é um direito fundamental da pessoa, sendo necessária
a oferta de condições para que esses direitos sejam, de fato, exercidos. A EJA é uma
transformação positiva na vida dos alunos, tornando-os críticos e conscientes, evitando
fazer parte de uma sociedade indiferente e negligente.
Cada aluno do EJA traz consigo uma mala enriquecedora de histórias e
experiências de vida, demonstrando que existe a troca de experiências e aprendizado. O
docente deve estar pronto a aprender com a biografia de cada aluno com o devido
respeito e apropriar-se de maneiras adequadas para que a construção do conhecimento
seja uma troca de conhecimento.
5. CONCLUSÃO
A educação de jovens e adultos é um sistema diferenciado e significativo para a
educação brasileira, e que foi criada com o intuito de ajudar uma geração, que
infelizmente por algum momento de sua vida pessoal, teve de abandonar a escola assim
antes de concluir o ensino básico. No entanto, esqueceu-se que cada sujeito possui sua
história, e cada um possui um “relacionamento” único com a escola, conseguindo não
só recuperar esses anos perdidos e sim trazendo uma nova esperança a vida dos seus
alunos.
O conhecimento do professor vai muito além de algo aprendido por ele no
ensino superior.,pois o profissional que tinha o curso de magistério, era quem
alfabetizava os alunos, sendo eles crianças ou adultos. Entretanto, hoje são os
pedagogos que têm de socorrer a demanda educacional existente no país, pois, os
profissionais com a formação de magistério não conseguem mais dar conta sozinhos da
educação e do ato de educar, principalmente na EJA.
Ao professor da EJA fica sua prática pedagógica, além da sua compreensão de
ser esse um processo de grande responsabilidade social e educacional, onde ele é o
grande facilitador do conhecimento, possibilitando novas aprendizagens, tendo um
grande potencial de tornar o espaço de aprendizagem em um ambiente propício para
suprir todas dúvidas, o que permite ampliar o desenvolvimento intelectual de cada
aluno.
REFERÊNCIAS
FEITOSA, Sonia Couto Souza. Método Paulo Freire – Princípios e práticas de uma
concepção popular de educação. São Paulo. Universidade de São Paulo, 1999.