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FAVENI-FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR E EDUCAÇÃO DE JOVENS


E ADULTOS- 620 HORAS

MARIA LINDALVA AGUIAR DE SOUZA

O IMPACTO NEGATIVO DA BAIXA ALFABETIZAÇÃO


NOS ESTUDANTES DE EJA

PRESIDENTE FIGUEIREDO
2022
O IMPACTO NEGATIVO DA BAIXA ALFABETIZAÇÃO NOS ESTUDANTES
DE EJA

Maria Lindalva Aguiar de Souza1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que
o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído,
seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas
consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados
resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste
trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou
violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de
Serviços).

RESUMO: A educação é uma das maiores ferramentas para a mobilidade social. Quando você
pode ler, escrever e entender conceitos, você se torna capaz de muito mais.
A alfabetização é uma habilidade fundamental que permite aos indivíduos ler e entender textos
sobre uma variedade de tópicos, desde simples direções até idéias mais complexas sobre um
determinado assunto. Além de serem capazes, os indivíduos alfabetizados também estão mais
bem equipados para buscar programas de educação pós-secundária ou treinamento
profissional a fim de melhorar suas oportunidades de carreira no futuro.
Entretanto, com um número estimado de 11 milhões de brasileiros caindo abaixo do padrão
mínimo de alfabetização, muitos estudantes do ensino médio terão dificuldades ao fazer aulas
de inglês como segunda língua (ESL) ou outros cursos preparatórios para a faculdade à
medida que avançam além do ensino secundário. A importância das habilidades de
alfabetização não pode ser exagerada quando se trata de Programas de Oportunidades
Educacionais (EOPs).
Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos. Ensino-Aprendizagem. Lúdico. Ensino
Superior.

1 INTRODUÇÃO

1
lindalvaaguiar337@gmail.com
Os alunos que chegam à faculdade sem a capacidade de compreensão de
leitura necessária terão dificuldades para ter sucesso em suas aulas - não
importa qual seja sua especialidade. De acordo com pesquisas conduzidas por
todo o país, aproximadamente 11 milhões de brasileiros são analfabetos,
muitos dos alunos que vieram de programas do ensino médio e foram para o
EJA não preenchiam os requisitos de leitura para seus cursos do primeiro ano.
Isto leva a um risco maior de desistir da faculdade, o que acaba impactando a
empregabilidade e a mobilidade social do estudante. Além disso, para os
alunos que foram ensinados a ler em uma realidade diferente, mesmo um único
semestre de um curso intensivo de leitura pode ser um desafio. Isto porque
muitos testes padronizados, têm perguntas de compreensão de leitura que são
familiares aos alunos, mas que podem ser conceitos novos ou difíceis para os
que não tiveram apoio e acesso à Educação. Hoje, contudo, podemos ver a
EJA atuando na Educação Brasileira como rota de fuga para conduzir a queda
do número atual de analfabetos no Brasil, que já somam, inestimavelmente, 11
milhões de brasileiros, retrato de uma gestão com furos e pouco investimento
na Educação. Tendo em vista todo o cenário comentado, conseguimos
discernir totalmente o fruto dessa escassez de recursos.

Histórico da educação de jovens e adultos no Brasil

Ao começarmos nosso percurso histórico sobre a EJA no Brasil, vamos nos


reportar à Constituição Federal de 1988, que propunha a obrigatoriedade e
gratuidade do ensino primário a todos (BRASIL, 1988). Esse foi o primeiro
impulso para as primeiras ações de escolarização da grande massa de adultos
analfabetos existentes na época, ao menos com o ensino primário, ou seja,
alfabetização.Essa ideia se firmou a partir do início da década de 1940 como
uma política nacional para a EJA. Destacamos que “[...] na década de 1940,
quando começaram as primeiras iniciativas governamentais para lidar com o
analfabetismo entre adultos, entendia-se que o seu fim seria fundamental para
o crescimento econômico do país.
O analfabetismo era visto como um mal social e o analfabeto como um sujeito
incapaz” (BRASIL, 2006a, p. 26).Na década de 1940, mais da metade da
população com 15 anos ou mais era analfabeta e, como o País estava
passando por um processo tardio de industrialização e urbanização na época,
era importante a alfabetização de jovens e adultos trabalhadores, uma vez que
a educação era vista como o caminho em direção ao desenvolvimento do País.
Com o objetivo de erradicar o analfabetismo entre os jovens e adultos, foram
propostas as primeiras ações e programas do governo federal (DI PIERRO;
JOIA; RIBEIRO, 2001).
2 IMPORTÂNCIA DO VOCABULÁRIO PARA ESTUDANTES DA EJA

Muitos assuntos exigem um vocabulário forte a fim de compreender


plenamente os conceitos apresentados, e muitas vezes há várias palavras com
o mesmo significado ou significados semelhantes. Os estudantes que não
estão familiarizados com estas palavras podem ser capazes de reconhecê-las
em uma frase, mas são incapazes de compreender completamente seu
significado. Como tal, a falta de vocabulário pode ser uma das barreiras mais
significativas à leitura em nível universitário para os estudantes que não falam
inglês como sua primeira língua. Os estudantes universitários que dependem
de um dicionário para compreender plenamente cada sentença podem ser
capazes de passar os requisitos mínimos de sua classe, mas terão dificuldade
para se sobressair. Além disso, muitos alunos que são ensinados a usar um
dicionário se tornarão dependentes dele e, portanto, menos propensos a
memorizar definições que possam aplicar a uma variedade de situações.
3 IMPORTÂNCIA DA ESCRITA

Como muitos cursos em nível universitário exigem que os estudantes escrevam


artigos, trabalhos ou trabalhos de pesquisa, escrever pode parecer uma
habilidade que não é significativa para os estudantes da EJA. Embora a escrita
possa não ser uma habilidade que seja testada diretamente, ela ainda é uma
habilidade fundamental que é necessária para o sucesso em muitos cursos de
nível universitário. A capacidade de escrever clara e concisamente é essencial
para os cursos de nível universitário porque permite aos alunos articularem
seus pensamentos de uma forma que transmita o significado pretendido.
Entretanto, para os estudantes que não aprenderam a dominar a escrita, este
processo pode ser um desafio. Por exemplo, os alunos podem não saber como
usar a pontuação correta ou como formatar um papel corretamente. Como tal,
escrever papéis pode ser um desafio significativo para os estudantes que não
dominam a escrita e a gramática como um todo.
4 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A preocupação com a educação de jovens e adultos no Brasil não é


recente, vinda desde o início do século XX, quando o foco principal era
erradicar totalmente a faixa de analfabetos que eram tidos como atraso no
desenvolvimento econômico do País, já que, essa parcela da população não
preenchia os requisitos para se qualificar em nenhuma vaga de emprego do
mercado de trabalho, ao passar do tempo tivemos uma reconfiguração desta
visão, e com isso tivemos a reinserção dessas pessoas na educação, para que
houvesse uma nova tentativa de qualificação da população mais precária que
não tinha acesso a educação ou havia apenas as primeiras séries no currículo
estudantil.
A EJA se firmou em 1940, com as primeiras iniciativas governamentais
para garantir a alfabetização e acesso à educação por parte de todos, e que o
fim do analfabetismo deveria ser um foco sem esquecimento.
Em 1940 a população a partir dos 15 anos já era analfabeta ou possuía
baixa escolarização, já que o país passava por um tardio tempo de
industrialização e urbanização, era importante a alfabetização para melhor
desempenhar a mão de obra.
5 A DIDÁTICA NA EJA

A didática faz parte da prática pedagógica do professor, elaborar uma


aula pautada em objetivos educacionais claros, aprimorando o
desenvolvimento cognitivo e social do aluno. No caso da EJA, o aluno tem os
conteúdos promovidos em um ambiente de segurança e astúcia. Sabemos que
a pedagogia é o estudo sistemático da educação, uma reflexão sobre doutrinas
e sistemas de educação, enquanto a didática é uma seção ou ramo específico
da pedagogia referente ao conteúdo de ensino e processo para construção do
conhecimento. Entendemos que a Pedagogia pode ser conceituada ou definida
como ciência ou arte da educação, enquanto a didática é definida de certa
forma como ciência da arte e ensino.
Segundo Haydt (2006), ensinar e aprender são duas faces de uma
moeda. A didática não pode tratar do ensino, vindo do professor, sem
considerar aspectos socioeconômicos e políticos, já que são fundos dos quais
se constituem tendências pedagógicas diferentes tendências pedagógicas que
marcam períodos históricos específicos.
Libâneo (1990) classifica as tendências pedagógicas como:
● Tendências pedagógicas liberais: é a ideia de que a escola tem a
função de preparar os indivíduos para o desempenho em papéis sociais
em acordo com as aptidões individuais.
● Tendências pedagógicas progressistas: são finalidades sociopolíticas
da educação
Os professores devem compreender os limites e possibilidades
pedagógicas que as diferentes tendências expressam como meio de
fundamentar atividades docentes, já que a dinâmica de aprendizagem é
fundamental para a atividade do aluno.
6 METODOLOGIA

Para se realizar uma pesquisa é necessário primeiramente um método


de investigação. De acordo com Cervo e Bervian (2002, p. 23), “não se inventa
um método, ele depende fundamentalmente do objeto de pesquisa”. Assim, é
possível perceber que a metodologia é um importante passo para a realização
de um trabalho, onde se busca através dela as respostas às suas inquietações.
Esse estudo tem como objetivo conduzir uma revisão de literatura
nacional sobre o tema a educação de jovens e adultos no Brasil.
Primeiramente procedeu-se à leitura dos títulos e dos resumos dos
artigos encontrados a fim de compreender o impacto negativo da baixa
alfabetização dos estudantes de eja e assim construir um caminho viável para
solução do problema.
Embora muitos alunos da EJA estejam muito atrasados em suas habilidades
de alfabetização ao chegarem à faculdade, há maneiras de tentar alcançá-los
aos seus pares. Isto pode incluir oferecer mais suporte de leitura, serviços de
tutoria e tempo adicional para completar as tarefas. Ter tempo adicional para
completar uma tarefa é particularmente importante porque pode dar aos
estudantes que estão muito atrasados uma oportunidade extra de alcançar
seus colegas. Por exemplo, se um trabalho deve ser entregue em uma
semana, pode ser um desafio para um estudante que lê uma página por dia
produzir algo que atenda às expectativas do professor naquele período.
Fornecer uma ou duas semanas adicionais para permitir que os alunos
terminem seu trabalho pode permitir que eles compensem o tempo perdido e
produzam algo que seja representativo de suas habilidades.
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente trabalho buscou levantar, na literatura, trabalhos científicos


que tivessem como objetivo abordar a educação de jovens e adultos no país e
o impacto da baixa alfabetização em alunos da EJA.
Assim verificamos que a necessidade de investimento em políticas
públicas na Educação de Jovens e Adultos, pois não importa a idade, muito
menos classe, o que se discute no espaço educacional hoje é a diminuição da
alta parcela de analfabetos e a busca canalizada e aplicada para voltar a sala
de aula milhões de brasileiros que por qualquer motivo tenha desistido ou
parado o processo educacional. Pensando na importância do papel do
professor em todas as etapas da escolarização, sobretudo durante todo o
processo educacional, sugere-se, a partir deste estudo, que novas pesquisas
sejam conduzidas com o objetivo de avaliar um melhor desempenho na EJA.
Os estudos realizados nos trabalhos científicos em sua grande maioria
são de natureza observacional. Esse dado se mostra relevante em dois
aspectos. Em primeiro lugar, mostra a importância que tem sido dada pela
literatura especializada e ao trabalho em aumentar o desempenho e melhorias
na abrangência do EJA. Em segundo lugar, evidencia a necessidade de novos
estudos de intervenção dentro da temática.
Os principais resultados dos antigos analisados, os professores
requerem a necessidade de preparo profissional para trabalhar na EJA e um
maior período de tempo para planejamento educacional. Já na categoria dos
adultos, destaca-se que, em nenhum dos estudos, a EJA mostrou dificuldades.
É importante ressaltar que, embora muitos estudos apontem que o EJA
auxilia a aprendizagem e pode ou deve, portanto, ser utilizado como recurso
pedagógico. Nesse sentido, é necessário que novas pesquisas com objetivos
afins sejam conduzidas.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer deste trabalho procurou-se realizar uma reflexão sobre a


importância da EJA. Foi possível desvelar que, embora não tenha papel
totalmente desenvolvido e com boa gestão, a EJA é relevante para o
desenvolvimento do público alvo, pois para o mesmo o estudo pode ser a porta
para melhor profissionalização. Diante de todos os dados levantados é
necessário realizar questionamentos acerca de como se aplica os métodos.
Sabe-se, que é com melhores atributos educacionais que os jovens e adultos
de fato constroem o mundo de certa forma ideal no mercado de trabalho. De
forma abstrata, vivenciam experiências que enriquecem o seu conhecimento
real e culminam no então desenvolvimento profissional.
É relevante mencionar que o ensino pela EJA precisa
estar em um constante quadro de observação e melhoramento para que seja
de fato como a ideia original. Também, é necessário pensar na importância de
procurar desempenhar menos falhas durante o processo de formação do
profissional, pois assim facilita a melhor entrada no mercado de trabalho, o
lazer e o desenvolvimento. O EJA é uma necessidade que existe e serve para
melhorar a mão de obra e trazer educação aos que não tiveram acesso durante
um período em sua vida e não deve ser encarada como apenas um módulo de
educação pública.
Diante dessas considerações, é oportuno salientar também que
Os educadores devem oferecer aos alunos um ambiente de qualidade, que
estimule as interações sociais e que seja um ambiente enriquecedor da
imaginação profissional, assegurando a sobrevivência dos sonhos e
promovendo a construção de conhecimentos e fazendo assim a diminuição do
alto índice de alunos que têm baixo desempenho na EJA.
Como principal resultado encontrado neste trabalho, verificou-se que, na
amostra de artigos analisados, a EJA não apresenta falhas na aplicação, mas
sim em suas funções proeminentes as de promover menor índice de baixa
escolaridade daqueles que são alunos, socialização e desenvolvimento de
modo global. Uma das implicações disso é que são necessárias pesquisas
futuras para avaliar de que modo a EJA pode ser efetivamente utilizada como
ferramenta favorecedora do processo de baixo índice de menor desempenho
traçando assim melhor mão de obr.
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