Você está na página 1de 6

World University Ecumenical

Curso de Pôs Graduação em Ciências da Educação


Teresina-Piauí
Seminário III- Projeto curricular e programa de desenvolvimento de
competências
Orientador: Professor Iure Coutre Gurgel

MIKAELLY FERREIRA SOUSA

METAMORFOSE DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

TERESINA (PI)

2023
2

1 INTRODUÇÃO

O debate acerca da educação no Brasil é sempre de grande relevância para a


sociedade, pois sempre se tem que levar em consideração a qualidade de ensino, a
qualificação profissional e as formas de aprendizagem que são vivenciadas pela
sociedade, afinal, é através da educação que se pode adentrar ao mercado de
trabalho, e, é através do trabalho que pode-se exercer as relações sociais na
sociedade brasileira. Deve-se ter relevância também que a educação é para todos,
porém a qualidade com que é ofertada para a população em geral é desigual devido
ao sistema capitalista, no qual predomina quem tem condições financeiras de pagar,
tem melhores condições de estudos, e aquelas pessoas vulneráveis socialmente, se
voltam para uma educação pública, que vem sofrendo o desmonte devido ao
contexto neoliberal (FRIGOTTO, 2007).
Portanto, no texto, os Professores e a sua Formação em tempo de
metamorfose da Escola; o autor faz, no primeiro momento, uma análise centrada
nas políticas educativas e na organização da escola, procurando identificar as
mudanças da escola que está a ocorrer nos dias de hoje (NÓVOA, 2019). Na
segunda fase, Nóvoa (2019), traz à formação de professores, insistindo-se na
necessidade de uma nova institucionalidade, juntando em triângulo as
universidades, a profissão docente e as escolas da rede. Por fim, o texto fecha com
um breve epílogo sobre uma iniciativa da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
na criação de um Complexo de Formação de Professores. Entende-se então, que o
objetivo é entender acerca da formação de profissionais da educação em tempos de
mudanças da Escola na sociedade brasileira.
3

2 AS MUDANÇAS NA EDUCAÇÃO NO BRASIL E FORMAÇÃO DE


PROFESSORES

A princípio, Nóvoa (2019), logo aborda que, em tempo de profundas


transições na área da Educação. Em meados do século XIX, há cerca de 150 anos,
consolidou-se e difundiu-se em todo o mundo um modelo de escola que, apesar de
muitas críticas, resistiu bem até aos nossos dias.
Pode-se perceber que, a educação foi um elemento central da sociedade que
não poderia permanecer de fora de todas as reformas instituída pela corrente
neoliberal e pelo processo de globalização, visto que a sociedade foi o principal
contribuinte para essas reformas que se tornaram relevante até hoje. Nóvoa (2019,
p. 2), também traz que:

Mas, no preciso momento em que celebra a sua vitória, a escola revela-se


incapaz de responder aos desafios da contemporaneidade. O modelo
escolar está em desagregação. Não se trata de uma crise, como muitas que
se verificaram nas últimas décadas. Trata-se do fim da escola, tal como a
conhecemos, e do princípio de uma nova instituição, que certamente terá o
mesmo nome, mas que será muito diferente.

Entende-se que, a educação é um a função do Estado indubitavelmente está


inserida no contexto histórico, político e econômico. A escola que nos é fornecida é a
escola que o Estado quer oferecer. Sendo resultado de uma ideologia capitalista
dominante com o propósito de manter a ordem social e o controle absoluto. O poder
que uma classe dominante exerce sobre outra é caracterizado pela estratificação
social e o que as diferencia é a posse dos diferentes tipos de capital.
Na escola, os professores são importantes, são eles os responsáveis pela
disciplina escolar, no duplo sentido do termo: ensinam as disciplinas, as matérias do
programa, em aulas dadas simultaneamente a todos os alunos; e asseguram a
disciplina, as regras de comportamento e de conduta dos alunos (NÓVOA, 2019).
É de extrema necessidade existir incentivos e capacitações para professores
se adaptarem as demandas que a sociedade brasileira traz com os novos tempos. O
professor, além de tudo, é um educador e um guia para a formação humana de cada
indivíduo no processo de ensino-aprendizagem.
Vem-se então, reforça-se a ideia de que a melhoria da educação é recorrente
nas políticas educacionais a partir dos anos 1990. O apelo ao compromisso social
para a melhoria da educação é fundado na lógica neoliberal (privatizações) de que e
de responsabilidade da família e da sociedade, caracterizando a diminuição do papel
4

do Estado frente a essa política. Entretanto a família a sociedade e o Estado são


viabilizadores dessa política, essa discussão caracteriza um estado neoliberal. É
notório que fatores intra escolares e extra escolares contribui para o acesso e a
permanência do educando (NÓVOA, 2019).
Assim, é notável um movimento de reaproximação do Estado com a política
de educação no País. Tal política, representada por práticas educacionais
executadas por organismos específicos, até determinado período foram executadas
com exclusividade pelo Estado, mais precisamente até a década de 1940. A partir
de então, o Estado se contraiu, deixando a educação no Brasil sob orientação dos
grupos empresariais, das indústrias. Mas, a partir da década de 1990, com o
aprofundamento do neoliberalismo no país houve uma necessidade de maior
intervenção no quesito mão de obra. De acordo com, Nóvoa (2019, p. 7):

Em muitos discursos sobre a formação de professores há uma oposição


entre as universidades e as escolas. Às universidades atribui--se uma
capacidade de conhecimento cultural e científico, intelectual, de proximidade
com a pesquisa e com o pensamento crítico. Mas esquecemo-nos de que,
por vezes, é apenas um conhecimento vazio, sem capacidade de
interrogação e de criação. Às escolas atribui-se uma ligação à prática, às
coisas concretas da profissão, a tudo aquilo que, verdadeiramente, nos faria
professores. Mas esquecemo-nos de que esta prática é frequentemente
rotineira, medíocre, sem capacidade de inovação e, muito menos, de
formação dos novos profissionais.

Percebe-se que, nas fases iniciais da educação os educando não são


instigados a criatividade e incentivados a pesquisa, daí vão se tornando acríticos, e,
quando chegam nas universidades o ensino e mais científico intelectual, onde o
alunado acabam encontrando barreiras e nem sempre se voltam para a docência,
devido a precariedade do ensino e sucateamento das universidades.
Assim, o Sistema Educacional do Brasil está mais estruturado e voltado para
as desigualdades sociais que foram se perpetuando ao longo da história da
formação do Brasil, já que este desde sua formação é um país capitalista, cujo os
princípios democráticos são bastantes recentes e ainda não conseguiu democratizar
as políticas sociais. Por outro lado, as ideias de submeter o processo educacional ao
mercado faz com que a educação perca todos os seus elementos não mercantis,
são elas; formação humanista e o pensamento crítico, tornando se mercadorias
(FRIGOTTO, 2007).
5

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O texto aborda a importância da educação para o desenvolvimento humano e


a existência de legislações que buscam minimizar as desigualdades sociais no
Brasil. No entanto, é ressaltado que os planos, programas e projetos voltados à
política de educação são feitos sob um viés elitizado e burguês, que não estimula a
transformação e emancipação humana, mas sim a cidadania burguesa. A
precarização das escolas, falta de materiais, capacitação insuficiente dos
professores e evasão escolar são alguns dos problemas apontados no sistema
educacional brasileiro. O governo é criticado por integrar o ensino técnico ao ensino
médio e por sucatear universidades, em prol do mercado e de um Estado mínimo
que legitima as desigualdades existentes.
6

REFERÊNCIAS

FRIGOTTO, G. Educação e crise do trabalho: perspectivas de final e século -


Editora Vozes, 2007.

NÓVOA, Antônio. Os Professores e a sua Formação num Tempo de Metamorfose


da Escola. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 44, n. 3, e84910, 2019.
Disponível em: file:///C:/Users/annee/Downloads/No%CC%81voa%20Os
%20Professores%20e%20a%20sua%20Formac%CC%A7a%CC%83o%20num
%20Tempo%20de%20Metamorfose%20da%20Escola.pdf. Acessado em: 19 de abril
de 2023.

Você também pode gostar