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INTRODUÇÃO
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DESENVOLVIMENTO
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que se originam socialmente. As áreas de atuação da pedagogia são vastas
atualmente, e com a ampliação da educação e suas áreas de atuação, a educação
encontra-se presente nos meios de comunicação, nos movimentos ecológicos, nas
Organizações Não Governamentais (ONGs), em meios profissionais, sindicais,
políticos, em que se assiste a uma redescoberta do ramo pedagógico. (ARTIOLI
ROLIM, 2019)
A ação pedagógica deve ser extra muros da escola, temos a pedagogia
familiar, a pedagogia profissional, social, as ações pedagógicas realizadas nos
serviços de saúde são denominadas práticas educativas extra escolares; a crise da
escola em tempos modernos, tem criado espaços alternativos para proteger as
crianças; como não se tem uma unicidade nas ações, pois existe uma multiplicidade
de soluções e políticas, ainda não se tem elementos que permitam avaliar
rigorosamente o impacto acadêmico e social destas políticas. Todavia, está
ocorrendo uma renovação da educação como espaço público. (MOTA, 2000)
Repensar a educação como espaço público, implica em compreender as
razões que impediram a escola de cumprir muitas de suas promessas históricas.
Estas reflexões possibilitam reconciliar a escola com a sociedade e chamar a
sociedade para dentro das escolas, há profissionais que trabalham nestas
modalidades de ensino que se distingue em dois aspectos, como exercendo de
modo sistemática as atividades e os que ocupam parte de seu tempo nas mesmas
sendo classificados como formadores, animadores, instrutores, organizadores,
técnicos, consultores, orientadores, que desenvolviam atividades pedagógicas em
órgãos públicos, privados e públicos, empresas, à cultura, aos serviços de saúde,
promoção social, entre outros. (LIBÂNEO, 2016)
A educação, atualmente não está mais exclusa aos muros escolares, ocorre
através da mídia, em diferentes locais como empresas, hospitais, presídios, e até na
rua. Necessário considerar que, quando os educadores começam a educar em
ambientes diversificados, a educação assume características diferentes das
instituições educacionais formais, porém conservam elementos comuns, sendo
necessário lembrar que tais formas de educação assumem compromissos
significativos com a formação de quem se educa e quem é educado. (COSTA, 2014)
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Analisando as implicações da educação na vida dos educandos, considera
que a educação, nos seus diversos â, familiar, religiosa, não formal, formal, tem a
possibilidade de mediar uma construção sadia da vida. Na medida em que grande
parte da população mundial passa por ela, é imenso o poder que tem a educação de
interferir numa direção sadia a ser dada à vida. Os diferentes cenários educativos
acabam por constituir a cultura da educação escolar atual que vem sendo
modificada devido as transformações sociais. (SOUZA, 2019)
A escola atualmente está enfrentando uma crise devido ao fim do "Estado
educador": E está em um momento de transição, uma zona intermediária,
que atende, tanto aos interesses do Estado, como do setor privado, que
estão oportunizando novos espaços públicos de educação. Ele propõe um
"novo" espaço público da educação, que não se limite a pequenos retoques
na escola pública estatal. Desta maneira, defende a ideia de que é preciso
renovar a escola como espaço público a partir do enfrentamento de três
dilemas que influenciam na profissão docente: a necessidade do professor
saber se relacionar com a comunidade; saber se organizar para ter
autonomia em seu trabalho e saber analisar os fenômenos educativos
através do conhecimento. Esses três aspectos redefinem a presença dos
professores no espaço público da educação. (NÓVOA, 2002.p.56)
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crianças e adolescentes sejam abandonadas educacionalmente. Os movimentos de
setores da sociedade civil voltada para a educação para essas minorias procura
mudar essa triste realidade e atender a essas demandas, com novas maneiras de
educação na sociedade brasileira, não somente os modelos de ensino tradicional.
Com os movimentos sociais nos anos90 e através das ações do poder
público, foram desenvolvidas leis como o Estatuto da Criança e do Adolescente ECA
(BRASIL, 1990). Ceccim e Carvalho (1997) também descrevem a lei dos Direitos
das Crianças e dos Adolescente Hospitalizados elaborada pela Sociedade Brasileira
de Pediatria (SBP) e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CONANDA):
Essas leis visam a proteger a infância e juventude e servir como instrumento
para garantia de uma sociedade mais justa. De acordo com Ceccim e
Carvalho, na Resolução n.41, de 13 de Outubro de 1995 da lei dos Direitos
das Crianças e dos Adolescentes Hospitalizados, chancelada pelo Ministério
da Justiça, existem vinte itens em defesa da criança e jovens hospitalizados.
Dentre os artigos apresentados está previsto o direito à educação: "Artigo 9.
Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programa de educação
para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua
permanência hospitalar". (CECCIM e CARVALHO, 1997, p. 188)
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grande entre o que denominamos de democracia política e democracia social, e
para ele:
Não basta democratizar o país na esfera política se não houver democracia
também nas instituições que regem o dia a dia. E essa é a tarefa principal
de nossa geração. Por que, por um lado, excedemos em compaixão quando
às crianças "diferentes" do padrão (e aí incluída a criança hospitalizada) e,
por outro lado, proporcionamos sua invisibilidade e seu silenciamento civil?
Em termos mais concretos, por que temos tido tanta dificuldade de garantir
espaços sociais de fato inclusivos, e, para todos? (AQUINO, 2000, P. 250)
A expansão das escolas nos hospitais no Brasil ocorrem com sua identidade
indefinida ainda, no que diz respeito ao seu caráter em que tipo de educação ela
pertence, não se define se faz parte da Educação Especial ou da Educação Geral,
havendo uma dicotomia nas classes hospitalares implementadas porque uma hora
pertencem a educação regular, outra hora pertencem a educação especial, como
não há identidade na formação do professor, se pedagogo ou formado nas
licenciaturas. Porém as escolas nos hospitais, mesmo ainda não tendo uma clareza
na sua identidade, estão em fase expansiva em nosso país, ganhando o seu
reconhecimento, assim como em vários países do mundo. (CASTRO, 2010)
Mota (2000), relata que:
Em Portugal, a Carta da Criança Hospitalizada (2000), inspirada nos
princípios da Carta Europeia da Criança Hospitalizada, aprovada pelo
Parlamento Europeu em 1986, também reflete as preocupações com
projetos de humanização nos hospitais, com o bem estar da criança
hospitalizada e os aspectos educativos. O princípio 7 da Carta de Portugal
propõe que: " O Hospital deve oferecer às crianças um ambiente que
corresponda às suas necessidades físicas, afetivas e educativas, quer no
aspecto do equipamento, quer no de pessoal e da segurança." (Mota, 2000,
p. 58)
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as crianças e adolescentes se encontram. A atuação dos educadores sociais inclui
os hospitais como uma destas instituições, assim esses espaços, centros, entidades
e instituições de regime fechado, centros de acolhida, abrigos para crianças e
adolescentes, hospitais, asilos, regime semiaberto, educadores de rua, realização de
medidas judiciais, desenvolvimento comunitário, serviços sociais, droga e
dependências; equipes sócio pedagógicas municipais, Conselhos Tutelares,
programas de ajuda técnica ao voluntariado, colônias de férias, albergues, museus,
brinquedotecas, serviços de bairro, programas socioculturais. (ARROYO, 2008)
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Obviamente foi revelada a ausência de ações pedagógicas sistematizadas,
no hospital em que as atividades educacionais devem ser desenvolvidas como um
momento recreativo. A classe hospitalar se constitui como uma importante
tecnologia de cuidado na assistência às crianças hospitalizadas, por isso necessita
de apoio, principalmente, das Secretarias de Educação, pois é de onde vem à
provisão dos recursos humanos, financeiros e materiais, sendo esse um trabalho
inovador e extremamente sério além de importante, capaz de auxiliar a criança ou o
adolescente hospitalizado a ter uma melhoria na qualidade de vida. (ARTIOLI
ROLIM, 2019)
A Hospitalização e a Educação
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O intuito de evitar a interrupção da escolarização dessas crianças em função
das internações, a partir da década de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) e a Resolução 41/95 dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes
Hospitalizados, iniciaram a conceber as crianças e adolescentes hospitalizados
como sujeitos de direitos, iniciando um processo de debate de políticas públicas em
prol dos mesmos. (MOTA, 2000)
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mediar esse aprendizado de forma que a criança consiga compreender seus direitos
e deveres para a futura inserção na sociedade. Os cuidados paliativos são uma
abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos doentes e famílias
confrontadas com uma doença com risco de vida, através da prevenção e
sofrimento, através do rastreio da avaliação precoce e sem falhas tratamento da dor
e outras questões, psicossociais e espirituais. Os cuidados educativos em regime de
internamento têm lugar em estabelecimentos de cuidados, em clínicas ou serviços
de ambulatório ou em hospitais para crianças e jovens frequentarem
temporariamente ou permanentemente a escola. (TUFFI, 2011)
Os objetivos do atendimento educacional de crianças e jovens
hospitalizados são: impedir a interrupção do processo de aprendizagem da criança
internada para no futuro ser integrada à sala de aula; contribuir para diminuir o
trauma hospitalar ao trazer para o hospital uma parte de sua vida que é a escola;
ampliar o serviço hospitalar ao fazer a junção da educação com a saúde; contribuir
para a recuperação da criança ao atribuir-lhe responsabilidades educacionais;
orientar o aluno, o professor da escola de origem e a família quanto à necessidade
da continuação dos estudos após hospitalização nos casos possíveis; proporcionar
condições para a continuidade e alcance da terminalidade escolar, adequadas às
características individuais. (MOURA, 2014)
Assim se pode ter uma educação inclusiva do qual não se limitará somente
no ambiente escolar e, sim, no ambiente em que o aluno esteja necessitado deste
atendimento escolar. O pedagogo atua com práticas que devem atrair os pacientes,
deixá-los à vontade e com prazer em realizar as atividades propostas. Dessa forma
o pedagogo atinge os objetivos mais efetivamente, valorizando e respeitando os
educandos como seres humanos em sua integridade. Sendo assim, o professor está
atento a todo o momento, observando as relações que vem sendo estabelecidas e
suas consequências, a fim de intervir de acordo com a necessidade, alterando o
modo de se relacionar devido à demanda necessária no momento; necessita pautar
suas práticas em um contexto diferente do que acontece na realidade escolar,
adequando as atividades aos níveis de conhecimento da criança a ser atendida de
acordo com a realidade que está vivendo. (MORAIS, 2012)
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O paciente necessita desenvolver e adquirir habilidades, informações e
conceitos científicos para sua inserção social e ao mesmo tempo estabelecer
relações entre os conteúdos escolares e a realidade vivida no momento. E para que
isto ocorra, deve mediar esse aprendizado de forma que a criança consiga
compreender seus direitos e deveres para a futura inserção na sociedade. (SÁ,
2016)
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possui reconhecimento formal como classe hospitalar por parte das Secretarias de
Educação, vergonhosamente. (COSTA, 2014)
Lutar pela inteligência, cognição das crianças e adolescentes internados,
melhorando sua qualidade de vida e saúde são traços associados ao papel do
trabalho pedagógico em hospitais, isso representa uma iniciativa única para a
humanização e integralidade do atendimento doado as crianças e adolescentes
hospitalizados. A estratégia não deve ser restrita às demandas de acompanhamento
do currículo acadêmico visando a aprovação do ano letivo, que sofreu concorrência
com a internação hospitalar, esse objetivo, vai além e adquire uma dimensão
terapêutica pois ao estudar a criança acaba desvinculando as questões relativas à
doença, tendo assim também um foco terapêutico. (SOUZA, 2019)
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Há a necessidade do diálogo em estudar profundamente o período infantil
com várias ciências que auxiliem para desvendar o pensar e agir de modos
educativos, não sendo possível entender o ofício da docência e da educação, suas
identidades, pensamento, sem estar a par das verdades históricas. (AQUINO, 2000)
Estudos não deixam de mostrar-nos que há infâncias que ao longo da
história não couberam, nem na atualidade cabem, nesse estatuto e perfil universais
de infância; que há outras infâncias que não foram atingidas pelas estratégias e
instituições civilizatórias e pedagógicas. Infâncias que não foram objeto dos mesmos
saberes legitimados. Para essas outras infâncias foram pensados outros estatutos e
outros saberes pedagógicos. Os estudos mostram que outros coletivos de adultos e
crianças nem sequer foram imaginados como civilizáveis nem como educáveis. Se
os estudos nos revelam que há outros adultos e outras crianças, como esses
"outros" interrogam o pensar e fazer educativos? Como interrogam os estatutos e
ideários, as instituições, estratégias e verdades e os saberes tidos como universais?
A pedagogia que por oficio convive com esses "outros" adultos e jovens e com essas
"outras" crianças sairá enriquecida se prestar atenção à diversidade de estudos que
se voltam para a reconstrução histórica, sociológica e antropológica das outras
infâncias" (CASTRO, 2010)
Não é possível vários estudiosos brasileiros terem procurado defender os
direitos das crianças e adolescentes para que tenham uma educação de qualidade e
com dignidade a todas as pessoas, de maneira indistinta, as aproximações entre a
Pedagogia Hospitalar e a Pedagogia Social brasileira estão interligadas ao fato de
serem áreas que intencionam a garantia de direitos educacionais e dos segmentos
que foram historicamente excluídos. (BELANCIERI, 2018)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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não se estruturam de forma homogênea como a educação formal. Surgiram através
de contextos sociais conflitantes e de uma consciência de responsabilidade social
com as populações carentes, além de serem pedagogias pensadas para serem
permanentes, abertas aos segmentos historicamente excluídos e tratadas como
direito constitucional.
Porém para o sucesso dessa área são necessários debates e encontros
constantes para que se fortaleçam as identidades e marcos teóricos. O que custaria
para um hospital montar uma pequena sala de aula para complementar essa perda
de aula que as crianças internadas sofrem? Com pinturas, e que juntasse a pintura
com aula normal, entendeu, um dia seria o dia de pintura, e dois dias na semana
fossem dias de aula, sobre português, matemática, e outras disciplinas, caso a
criança esteja impossibilitada de escrever, ela pode participar verbalmente da aula
dando suas respostas através da fala.
Com boa vontade, de setores como os hospitais, as Secretarias de
Educação, e setores envolvidos a pedagogia hospitalar seria um sucesso tanto
academicamente quanto na vida de crianças e adolescentes que pouco tem o que
esperar da vida.
REFERÊNICIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/7114. Acesso
em: 4 de agosto de 2022.
SOUZA, Z. S. (2016). Educação hospitalar: A atuação do professor no atendimento
às crianças em tratamento de saúde (Dissertação de Mestrado). Universidade
Federal do Tocantins, Palmas, Tocantins, Brasil.
SOUZA Zilmene Santana. As Vozes das Professoras na Pedagogia Hospitalar:
Descortinando Possibilidades e Enfrentamentos. 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbee/a/zZjkGNXB5Mw4SxjFL97WqHp/. Acesso em 15 de
agosto de 2022.
TRIVINOS, A. N. S. (2006). Introdução à pesquisa em ciências sociais: A pesquisa
qualitativa em educação São Paulo: Atlas.
TUFFI, Edson Bucko. O perfil do professor do hospital – Em um outro contexto, um
novo desafio. EDUCERE, [s. l.], 2011. Disponível em:
https://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/4749_2462.pdf. Acesso em 18 de julho de
2022.
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