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FACEL

MARCELA RODRIGUES SIQUEIRA DE SANCTI

OS ASPECTOS HISTÓRICOS DO EJA NO BRASIL E A EDUCAÇÃO À


DISTÂNCIA

2019
FACEL
MARCELA RODRIGUES SIQUEIRA DE SANCTI

OS ASPECTOS HISTÓRICOS DO EJA NO BRASIL E A EDUCAÇÃO À


DISTÂNCIA

Síntese do Projeto de pesquisa para conclusão da disciplina: Pós


Graduação Educação Jovens e Adultos (EJA).

2019
METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA - EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS

TEMA: Os aspectos históricos do Eja no Brasil e educação a distância.

PROBLEMA:
Com a implantação da Lei 9.394, de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação nacional, no artigo 37) aparece, pela primeira vez, a preocupação em
garantir o acesso e a continuidade dos estudos aqueles que não tiveram a
oportunidade que não tiveram a oportunidade em idade própria.
Essa nova oportunidade educacional deve também favorecer vivências
educativas apropriadas à faixa etária dos educandos. A formação dos professores,
currículos, os tempos escolares e, sobretudo, as imagens que vêm sendo
construídas sobre o que é ser jovem e adulto, são aspectos a serem considerados
numa reconfiguração da EJA e da formação do professor.
Os desafios contemporâneos à prática dos profissionais de educação
requerem que os mesmos estejam atentos a um constante aperfeiçoamento de seus
saberes. Pode-se afirmar que, em relação à prática em educação com jovens e
adultos, esses desafios são ainda maiores, pois se trata de um público que por
motivos diversos não tiveram acesso à escolaridade na idade certa ou não puderam
permanecer nela. Além disso, a razão que leva o jovem adulto a retornar ou
simplesmente ingressar na escola, tem a ver com resgate de tempo passado no qual
os estudos não puderam ser concluídos, tendo que enfrentar vários aspectos do
contexto sociocultural e econômico, e em sua maioria, pais de família que
necessitam continuar os estudos para talvez obter uma promoção no emprego e/ou
adquirir uma melhor qualidade de vida.
Tais inquietações instigaram a aprofundar os estudos sobre a temática da
formação de professores (as) da EJA, enfocando os reflexos da constituição
histórica da EJA no Brasil na formação dos professores de EJA, bem como os
desafios contemporâneos à promoção de uma formação docente de qualidade.
Assim pensamos que esse trabalho não pode nem e nem deve se esgotar apenas
na oferta de vagas e garantia de acesso e continuidade nos estudos, como prevê a
lei 9394, já que o fundamental é proporcionar ensino comprometido com a
qualidade.
Tendo em vista as metas estabelecidas como parâmetro para a Eja, o
primeiro aspecto de nossa abordagem neste trabalho se volta para uma análise da
história e a formação dos educandos, a fim de verificar, quais os benefícios e
transformações que o regresso à escola pode lhes fornecer.
Com esses propósitos, faz-se necessário destacar o importante papel
do educador da educação de jovens e adultos na promoção de uma educação que
promova efetivas mudanças no cenário na educação de jovens e adultos e colabore
para minimizar o analfabetismo em nossa sociedade e promover cada vez mais uma
prática educativa emancipatória. A partir da percepção da complexidade em volta
dessa discussão algumas questões problematizadora conduziram nossos estudos:
O que diz a literatura da EJA sobre as especificidades que caracterizam o professor
dessa modalidade educativa? Que relações podem ser estabelecidas entre as
marcas históricas da EJA e a profissionalização dos professores que atuam com
jovens e adultos? Quais os principais desafios contemporâneos apresentados à
formação dos professores da EJA no Ensino a distância?.

JUSTIFICATIVA

O tema pesquisado decorre de questões levantadas ao longo da trajetória e os


caminhos percorridos da Eja no Brasil até os dias atuais, como também a formação
desses educandos na modalidade à distância.
A pesquisa procurou observar como essa metodologia está sendo utilizada
por professores que atuam na Eja (Educação Jovens e Adultos). Foi necessário
ainda pesquisar como a metodologia está sendo entendida pelos alunos dessa
modalidade. Dessa forma, a pesquisa visa colaborar com o preparo dos educadores
atuantes na EJA, tendo em vista o compromisso político desses profissionais para
com a transformação social.

OBJETIVO
No Brasil, há mais de 35 milhões de pessoas maiores de catorze anos que não
completaram quatro anos de escolaridade. Esse grande contingente constitui o
público potencial dos programas de educação de jovens e adultos correspondentes
ao primeiro segmento do ensino fundamental. Além dos 20 milhões identificados
como analfabetos pelo censo de 1991, estão incluídas nesse contingente pessoas
que dominam tão precariamente a leitura e a escrita que ficam impedidas de utilizar
eficazmente essas habilidades para continuar aprendendo, para acessar
informações essenciais a uma inserção eficiente e autônoma em muitas das
dimensões que caracterizam as sociedades contemporâneas. Em países como o
Brasil, marcados por graves desníveis sociais, pela situação de pobreza de uma
grande parcela da população e por uma tradição política pouco democrática, baixos
níveis de escolarização estão fortemente associados a outras formas de exclusão
econômica e política. Famílias que vivem em situação econômica precária enfrentam
grandes dificuldades em manter as crianças na escola; seus esforços nesse sentido
são também mal recompensados, já que as escolas a que têm acesso são pobres
de recursos e normalmente não oferecem condições de aprendizagem.

OBJETIVOS
Objetivos Gerais:
 Analisar os aspectos e a trajetória do Ensino da Eja no Brasil;
 Discutir como é a formação e aprendizagem da modalidade do Ensino a
Distância.
 Compreender os desafios contemporâneos ao processo de formação dos
professores da Educação de Jovens e Adultos e a possível relação com o
Ensino a Distância.

Objetivos específicos:
 Investigar as teorias que abordam a História e a trajetória da Eja e os seus
caminhos percorridos até os dias atuais;
 Investigar o preparo dos educadores atuantes na EJA, tendo em vista o
compromisso político desses profissionais para com a transformação social.
 Apresentar os aspectos históricos da Eja.
 Investigar a aprendizagem do Ensino a distancia da Eja e a sua
regulamentação.

HIPOTESE
Jovens e adultos, que ficaram bastante tempo sem estudar, procuram
programas de elevação de escolaridade, em sua maioria, buscando melhorar suas
chances de inserção no mercado de trabalho. A ampliação de escolaridade e
aprendizagem é também uma busca do reconhecimento social e da afirmação da
autoestima.

Talvez esses fatores contribuam para dificultar ainda mais o processo ensino-
aprendizagem, pois alguns alunos relatam a necessidade de ter o certificado do 2.o
grau para arrumar emprego, e não se interessam muito pelos conhecimentos
adquiridos, principalmente em matemática, pois consideram muito difícil de
aprender.

METODOLOGIA

Com base nos objetivos discorridos, estruturou-se a pesquisa em base


qualitativa e em caráter exploratório, tendo como referência a análise teórica. E para
estruturar a metodológica do nosso estudo, recorremos aos procedimentos da
pesquisa bibliográfica reportando ao apoio teórico-metodológico de Marconi e
Lakatos (2007), Santos (2012). A pesquisa bibliográfica dessa monografia consistiu
no fichamento das leituras e estudo das teorias de Freire (1996 -2000), Imbernón
(2001), Cynthia Greive (2007), Sérgio Haddad (2000), entre outros, possibilitando
um conhecimento teórico que tornar-se-á como alicerce para a fundamentação de
conceitos que envolvem a formação docente e a EAD no Brasil. Procedemos à
leitura textual, temática e analítica como procedimentos metodológicos
indispensáveis a uma rigorosa pesquisa de cunho bibliográfico.

CRONOGRAMA
Momento da realização
ATIVIDADES 1 2 3 4
Pesquisa
bibliográfica x
Revisão da
Literatura x
Coleta de
dados x
Elaboração do
TCC x
REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional


promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas
Constitucionais nº 1/92 A 55/2007 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nº 1
a 6/94. Brasília, 2007.

ALMEIDA, M. E. B. Novas tecnologias e formação de professores reflexivos in:

ANAIS DO IX ENDIPE ( Enc. Nacional de Didática e Prática de Ensino). Aguas de

Lindóia, p 2-3, 1998.

ARROYO, Miguel. Educação de jovens e adultos: um campo de direitos e de

responsabilidade pública. In: SOARES, L. J. G.; GIOVANETTI, M.A.; GOMES, N.

Diálogos na educação de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005 p. 19-

50.

_________.Formar Educadores e Educadoras de Jovens e Adultas. In: SOARES,

Leôncio. (org.). Formação de Educadores de Jovens e Adultos. Belo Horizonte:

Autêntica\ SECAD-MEC\UNESCO, 2006.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília/DF,

D.O.U.,5 out. 1998.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996. Brasília, DF, MEC, 1996.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO-CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO.

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação de Jovens e Adultos. Resolução CNE/CBE nº 1, de 05 de julho de 2000.

In: Diário Oficial da União. Brasília, DF, 06 de julho de 2000.


COSTA, Elisabete; ALVARES, Sonia Carbonelli; Barreto, Vera. Trabalhando com a

educação de jovens e adultos. Caderno alunas e alunos da EJA. Brasília:

Coordenadoria Geral de Educação de Jovens e Adultos, 2006.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia:saberes necessários à prática educativa.

15° ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática

educativa. 25ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

_____________. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários á pratica

educativa. 7° ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998. –(Coleção leituras).

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