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RESUMO
Esta importante pesquisa tem como objetivo principal dissertar uma reflexão sobre
as dificuldades enfrentadas pelos alunos que retomam os estudos dentro da escola
contemporânea, discutindo qual é o perfil do educando da EJA na atualidade e
quais são os desafios eles possam enfrentar nas salas de aula de nossas escolas?
O principal objetivo é identificar quem são os educandos da EJA na
contemporaneidade e descobrir os principais empecilhos que os alunos defrontam
no processo de ensino-aprendizagem, dentro das escolas.
Entender quais procedimentos pedagógicos que deverão nortear a metodologia de
ensino utilizada nas salas de aulas para melhor aproveitamento e resultados,
considerando que este retorno para a maioria é um recomeço muito importante
para a vida; aumentando assim a nossa responsabilidade como professora, fazendo
frente a fortalecer as demandas dentro e fora da escola, para torná-los sujeitos de
conhecimento e de construção do seu próprio futuro.
1. INTRODUÇÃO
A principal característica dos alunos que hoje fazem parte da Educação de jovens e
adultos – EJA, é o fato de serem pessoas que não puderam concluir os estudos em idade
própria em virtude de problemas de diversas ordens, sejam sociais, culturais ou
econômicas.
Historicamente, a EJA vem passando por avanço no que se refere ao aspecto
conceitual e organizacional. Neste processo evolutivo, a Educação de Jovens e Adultos
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Graduanda em Pedagogia - 6º Semestre- Prática Interdisciplinar V– Curso de Pedagogia (FLC 10678) - UNIASSELVI.
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Graduando em Pedagogia - 6º Semestre- Prática Interdisciplinar V– Curso de Pedagogia (FLC 10678)- UNIASSELVI.
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Graduanda em Pedagogia - 6ºSemestre-Prática Interdisciplinar V – Curso de Pedagogia (FLC 10678) - UNIASSELVI.
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Graduanda em Pedagogia - 6º Semestre- Prática Interdisciplinar V – Curso de Pedagogia (FLC 10678) - UNIASSELVI
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Professora Orientadora Especialista em Educação, Supervisão e Orientação Educacional – Tutora Externa –
UNIASSELVI.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso de Pedagogia (FLC 10678) – Prática Interdisciplinar
V – 17/12/2022.
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não tem mais caráter compensatório, próprios do supletivo da época que perdurou por
bastante tempo. Atualmente, é compreendida com sendo uma ponte de equilíbrio, que
deve gerar o compromisso com a vida em sociedade. Avanços também são perceptíveis
na elaboração de políticas públicas que valorizam o contexto histórico social do
educando, buscando metodologias de trabalho para atender a diversidade social e cultural
que está presente na escola da EJA.
Percebe-se que na EJA, a diversidade é uma de suas peculiaridades. Diversidade
de histórias de vida, idades, perfis, desejos, sonhos, metas. Dessa forma fica a cargo do
professor buscar sua própria formação e melhor metodologia de ensino. Nas salas de EJA
o maior desafio do professor é conseguir vencer os limites de tempo que é bem reduzido
cabendo ao profissional a necessidade de buscar novas práticas e aprimoramento, muitas
vezes por conta própria.
Mediante isso, conhecer a identidade de seus alunos e seus desafios, olhando para
esses indivíduos com um olhar bem mais aprofundado, observando sua cultura,
interesses, conhecimentos e necessidades de aprendizagem, pode oferecer ao professor
uma direção para elaboração de sua metodologia de ensino, adaptando-as de acordo
com. as diferentes realidades apresentadas.
O presente estudo visa abordar as seguintes questões: quem são os alunos da
EJA atualmente, quais seus principais desafios? Como o professor pode facilitar esse
processo de retomada dos estudos?
Estudar essa problemática é algo significativo porque o educador pode ampliar o
vínculo com o educando, compreendendo infinitas possibilidades de ampliar a
aprendizagem do aluno, levando em consideração sua história de vida, para a construção
de uma visão mais abrangente e integradora do processo educativo.
Essa pesquisa visa dissertar sobre esses aspectos, apresentando ideias e
soluções para essa problemática, utilizando como metodologia deste estudo uma
pesquisa bibliográfica, qualitativa e descritiva de autores versados no assunto, bem como
fontes de pesquisa seguras.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
ensino, traçando, também, uma reflexão sobre uma escola que atenda às necessidades
desse público.
Historicamente, a preocupação com a EJA no Brasil originou-se durante o período
imperial com o surgimento da primeira escola noturna em 1854, cuja função era a
alfabetização de trabalhadores.
Ademais, em 1947 a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA)
objetivou levar a educação para brasileiros iletrados, resultando no 1° Congresso
Nacional de Educação de Adultos, trazendo o slogan: “Ser Brasileiro é ser alfabetizado”.
Segundo o relatório do serviço da educação de adultos, no período de 1947 a
1950, o movimento CEAA foi planejado com seguintes objetivos centrais.
Além disso, na década de 70 foi criado o supletivo pela Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional 5.692/71. O objetivo era escolarização para as necessidades do
mercado de trabalho.
Diante contexto histórico apresentado percebe-se variadas medidas públicas não
só para elevar o nível de escolaridade da população, como também alfabetizar jovens e
adultos, contudo as políticas em sua maioria consistia em medidas compensatórias e
preparar o cidadão para atender a demanda trabalhista, descartando o prosseguimento
nos estudos, acarretando na exclusão social de pessoas que não puderam concluir a
trajetória escolar em idade própria, uma vez que eram destinados aos trabalhos de
habilidades manuais em detrimento das cognitivas.
escolas regulares, marcados pela reprovação e pela evasão. Na sua maioria, esses
estudantes trazem experiências escolares mal sucedidos e resultados de um contexto
histórico com privação de direitos básicos. Nesse cenário, podemos ver o grande desafio
para o professor que precisa se desdobrar para encontrar alternativas para atender essa
diversidade, também entendermos que para os alunos não é tarefa fácil se adaptar a essa
diversidade.
Na conjuntura de entrada do adolescente na Educação de Jovens e Adultos,
dispomos de dois aspectos significativos a considerar, depois de repetidas experiências
de insucessos, os alunos são vistos como tamanho e idade para estar na mesma série
que colegas com trajetórias diferentes, como também, o envolvimento em brigas e outros
comportamentos caracterizados como indisciplina (GUEDES, 2009).
Portanto, o jovem se sente desestimulado ao chegar à EJA, com sensação de
fracasso, o que torna o trabalho do professor difícil e a permanência deste aluno um
desafio, pois eles já carregam marcas de fracassos anteriores, e que prejudicam ainda
mais seu desenvolvimento e aprendizagem escolar.
Diante desse desafio, a resolução de 15 de junho de 2010 instituiu as Diretrizes
Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos, em seu segundo artigo, declara:
[...] as turmas da EJA precisam ser vistas como sujeitos sociais e não
simplesmente como “alunos” ou qualquer outra categoria generalizante. Por isso a
escola e seus profissionais que desejem estabelecer um diálogo com as novas
gerações deverão se mexer, sair do lugar! Um dos caminhos apontados é
conhecer os jovens e os adultos com os quais trabalham.
completo que atendem essa modalidade de ensino, encaminhando alunos para outra
escola, mais distante de seus lares.
Segundo Amorim, Dantas e Aquino (2017, p. 257) é necessário perceber a EJA:
[...] como fator de desenvolvimento humano, destacando a problemática do
desprestígio de Educação de Jovens e adultos frente a precarização da educação
formal que surte efeito de negligência e negação do direito à educação cujas
consequências incidem no desenvolvimento intelectual, social e cultural do
indivíduo.
Crítico Social dos Conteúdos, estabelece em sua teoria a busca da difusão de conteúdos
concretos que sejam inseparável das realidades sociais. “A difusão de conteúdos é a
tarefa primordial. Não conteúdos abstratos, mas vivos, concretos e, portanto,
indissociáveis das realidades sociais”. (LIBÂNEO, 2002, p. 69)
Desse modo, quando um aluno se matricula na EJA, ele não está apenas
cumprindo uma obrigação, mas está em busca de uma possibilidade de mudança de vida
em todos os sentidos, porém, cada dia presente nas salas de aula, é um desafio a ser
superado, diante das diversas situações de batalha para se manter numa sociedade que
segrega o direito, portanto respeitar a autonomia e os conhecimentos dos discentes é
imprescindível. “Ensinar exige respeito aos saberes do educando” (FREIRE,2015,p.31)
Em suma, entendemos que seja necessário proporcionar uma aprendizagem
cidadã, estimulando aos educandos a buscar conhecimentos dos direitos sociais e
constitucionais para que possam exercer a cidadania de fato, oferecendo sucesso em
todas as áreas de sua vida.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Essa pesquisa procurou da ênfase a conhecer quem são os sujeitos da EJA nos
dias atuais, seu perfil, sua heterogeneidade, suas histórias, seus desafios e direito, o que
é de grande relevância para que se estabeleça um vínculo de aprendizagem entre o
professor e o aluno, ampliando os saberes de ambos, numa luta contínua pela
permanência dos educandos nos espaços escolares onde vivem desafios diários, sempre
na busca não apenas do direito à educação, mas do direito de viver com dignidade.
Olhando para este cenário, Arroyo (2017, p.93) afirma que “[...] o direito à
dignidade humana pressupõe lutar por serem reconhecidos humanos já. Sem
condicionantes”. Podemos afirmar que a EJA, ajuda a reconstruir o aluno que outrora se
perdeu, e que agora busca recuperar seu tempo perdido e alcançar seus objetivos.
Para atingir os objetivos propostos nessa importante pesquisa, realizou-se um
estudo sistemático e minucioso, através da pesquisa em sites, livros, revistas.
Procurou-se pesquisar autores e teóricos que comprovem e fundamentem quais os
principais desafios do educando da EJA em retomar seus estudos, seus direitos e o papel
do professor nesse processo. Citamos autores como: Arroyo (2011 p. 11), MARQUES;
PACHANE, 2010, p. 477, Amorim, Dantas e Aquino (2017, p. 257)
https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Motivos-que-levaram-os-alunos-a-retomarem-aos-estudos-na-
EJA-da-Escola-Estadual_fig2_340073565
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Educação de Jovens e Adultos tem uma diversidade enorme de pessoas e
realidades. O trabalho bibliografo através da pesquisa foi importante porque ressaltou,
que têm-se dois grupos principais que foram excluídos de seus direitos educativos: um
grupo de pessoas em geral com idade avançada, idosas, que viveram em uma época em
que o acesso à educação era mais difícil, principalmente e áreas rurais. Neste grupo
temos os analfabetos, e pessoas com baixa escolaridade.
Outro grupo muito numeroso e bastante heterogêneo abandonaram os estudos por
fatores extraescolares que tem a ver com pobreza, necessidade de ingresso precoce no
mercado de trabalho, mas também por fatores escolares em função do fracasso de terem
tido uma trajetória escolar interrompida, malsucedida com sucessivas reprovações que
acaba desestimulando e levando ao abandono escolar precoce e outro grupo que está
surgindo devido à valorização da criminalidade e distorção de valores.
A educação de jovens e adultos reflete na qualidade de vida desses, pois aumenta
sua autoestima, amplia suas habilidades e melhora a forma de se socializarem e
conseguirem vencer desafios, vencer o analfabetismo na terceira idade.
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5. CONCLUSÃO
Na pesquisa realizada ficou constatados que os sujeitos da EJA nos dias atuais
são jovens, adultos, idosos, trabalhadores, pessoas com deficiência, com faixa etária
diferenciadas, com expectativas de um futuro melhor, com metas, sonhos, história de
vida, de lutas sociais. São indivíduos que retorna para sala de aula traz consigo o desejo
de lutar por algo melhor, independente da sua idade.
È bem notável os desafios que esse educando precisa enfrentar como citado
anteriormente.
A Educação de Jovens e adultos passou a ser um direito, ao quais todos que não
tiveram oportunidade na idade própria, de concluir seus estudos básicos, pudessem ter
acesso à educação de maneira regulamentada e com metodologia adequada, além de
financiamento como nos outros níveis. A partir do que diz a LDB, foram elaboradas as
Diretrizes da EJA, que detalham como esta deve se dar (SOARES, 2011).
Foi constatado que escola, família, comunidade, sociedade, bem como o Poder
Público são co-responsáveis pela formação educacional de jovens e adultos. Acredita-se
que a evasão escolar constitui uma negação desta formação. Desta forma torna-se
necessário buscar vários meios e ferramentas possíveis, com o intuito de sanar esse
problema e levar a todos o objetivo da igualdade.
REFERÊNCIAS
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José. (Org.). Educação de jovens e adultos: teoria, prática
e proposta. São Paulo: Editora Cortez, 2011.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas. 2010
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. - 7. ed. - São Paulo: Atlas, 2019.
GUEDES, L. F. A leitura no universo educacional de jovens e adultos. In: congresso
de leitura do Brasil-Cole. Campinas, SP. Anais 17º Congresso de Leitura do Brasil.
Campinas: Unicamp/FE; ALB, 2009.
SALES, Sandra e PAIVA, Jane. As muitas invenções da EJA. AAPE/EJA DOSSIÊ II.
Arizona/ EUA., v. 22, nº 58, p.1-19, jun.2014 FERÊNCIAS
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/desafios-e-possibilidades