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METODOLOGIAS ATIVAS E A EVASÃO ESCOLAR NA EJA: Uma revisão de

literatura.

ACTIVE METHODOLOGIES AND SCHOOL EVASION IN EJA: A literature review

Ana Caroline Pinto Costa1


Jonatha Pereira Bugarim2
Dayanne Zanelato Dondoni3
Maria da Conceicao Pereira Bugarim4

RESUMO: O objetivo desse artigo foi de realizar uma revisao de narrativa sobre produções
científicas referente ao uso das Metodologias Ativas no processo de ensino e aprendizagem e
EJA afim de levantar os problemas que estão associados a respeito da permanência do
educando no ensino de jovens e adultos e dessa maneira identificar quais são suas possíveis
causas, podendo assim pensar em possíveis métodos que possam ser adotados nesta
modalidade para seja possível diminuir o alto índice de evasão nesta modalidade de ensino.
Esta pesquisa trata-se de uma revisão de narrativa, possuindo uma abordagem qualitativa com
nível de pesquisa exploratório, buscando em bases de dados virtuais e artigos que
contemplavam o tema do estudo, utilizando os descritores do estudo, como EJA e
Metodologias Ativas. Foi utlizada a base de dados do Google Academico. Os resultados
apontam de acordo a literatura que a evasao ocorre em razao da maioria dos alunos serem
trabalhadores e as pesquisas mostram que as metodologias ativas sao metodos que conseguem
devolver o protagonismo para esse aluno.
Palavras-chave: Metodologias Ativas. Evasão. EJA.

ABSTRACT
The purpose of this article was to carry out a narrative review on scientific productions
regarding the use of Active Methodologies in the teaching and learning process and EJA in
order to raise the problems that are associated with the permanence of the student in the
teaching of young people and adults and this way to identify what are its possible causes, thus
being able to think about possible methods that can be adopted in this modality in order to be
able to reduce the high dropout rate in this modality of teaching. This research is a narrative
review, with a qualitative approach with an exploratory research level, searching virtual
databases and articles that contemplated the study theme, using the study descriptors, such as
EJA and Active Methodologies. The Google Scholar database was used. The results indicate,
according to the literature, that dropout occurs due to the majority of students being workers
and research shows that active methodologies are methods that manage to return the
protagonism to this student.
Keywords: Active Methodologies. Evasion. EJA.

1
Licenciada em Educação Fisica pela Universidade do Estado do Pará. E-mail: anacarolinec6@hotmail.com
2
Doutorando em Educação pela Facultad Interamericana de Ciencias Sociales. E-mail:bugarim@hotmail.com
3
Mestranda em Educação pela Facultad Interamericana de Ciencias Sociales
E-mail: dayannedondoni@hotmail.com.
4
Doutora em Educacão e Comunicacao pela Universidade Católica Santo António de Múrcia.
E-mail: cbugarim@yahoo.com. Lider do Grupo de Pesquisa Educação, Currículo e Diversidade na Amazônia.

Costa, A.C.P., Bugarim, J.P., Dondoni, D.Z., Bugarim, M.C.P.; Metodologias Ativas E A Evasão Escolar Na
Eja: Uma Revisão De Literatura. Revista Portuguesa de Gestão Contemporânea, V.1, Nº1, p.01-21, Jan/Jul.
2020. Artigo recebido em 05/01/2020. Última versão recebida em 10/03/2020. Aprovado em 15/04/2020.
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1 INTRODUÇÃO

A Educação de Jovens e adultos (EJA) é a modalidade de ensino nas etapas dos


ensinos fundamental e médio, criada na LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira
nº 9.394/1996 que descreve e determina esse segmento, cujo público atendido é formado por
jovens e adultos que necessitaram interromper os estudos por vários fatores sociais que afetou
o ingresso dos mesmos no processo de escolarização na idade correta. Sendo que esses fatores
se relacionam e colaboram para que estes cidadãos não concluam o ensino básico no tempo
estipulado pela legislação, dos quais os mais frequentes são: 1) a necessidade de ingressar
cedo no mercado de trabalho para ajudar na renda familiar por conta das dificuldades
econômicas e; 2) a metodologia adotada pelo professor.
A evasão escolar no Brasil é decorrente em maior escala pela pobreza e desta forma,
os Estados mais pobres certamente são aqueles que apresentam os maiores índices de evasão,
especialmente aqueles localizados nas regiões Norte e Nordeste do país. A metodologia
adotada pelo professor, que muitas das vezes acaba tornando as aulas desinteressantes, faz
com que os educandos se sintam desmotivados é outro fator decisivo, visto que os jovens não
olham mais para a escola como uma saída para uma melhora na vida, além de muitas das
vezes esta não oferecer práticas pedagógicas inovadoras e atraentes para os alunos (INEP,
2017).
A EJA é uma modalidade que traz consigo a realidade social do indivíduo como um
meio que possa prejudicar o processo de ensino e aprendizagem. Dado que os estudantes já
possuam responsabilidades por conta da idade, os entraves no cotidiano, como a falta de
escolas próximas às suas residências, a falta de tempo para o trabalho, gerando cansaço, e
também as práticas pedagógicas fora da realidade dos adultos são elementos que dificultam o
processo de escolarização(COSTA; SILVA, 2015).
A evasão escolar é uma problemática que ocorre em alto índice tirando da escola
milhares de alunos tendo consequências não apenas para o aluno que se afasta da escola,
como também para a instituição, haja vista que a instituição de ensino busca metas sendo
como uma das principais manter o aluno na escola. Causa também problemas para a
sociedade na totalidade, considerando que esse aluno que se evade da escola vai acabar tendo
um despreparo para o mercado profissional e; assim, acabará por ter dificuldades para ser
firmado no mercado de trabalho, ocasionando maiores dificuldades na vida do indivíduo e
problemas para a sociedade.
Alguns fatores que colaboram para o alto índice de abandono escolar são: gravidez

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precoce, necessidade de complementação na renda familiar, desestruturação familiar,


defasagem (serie/idade), metodologia do professor, dentre outros.
Dessa forma, é importante ter em conta que a evasão é uma situação problemática que
pode vir a se alarmar por uma série de determinantes, compreendendo assim que é importante
uma reflexão e debate para que a escola possa rever sua prática pedagógica.
Perante as discussões acerca dessas problemáticas, a evasão escolar está atrelada à
EJA de uma forte maneira e, assim, é notório que é preciso a criação urgentemente de
estratégias que sejam capazes de diminuí-la, sejam elas praticas pedagógicas mais eficazes ou
sejam métodos motivacionais afim de solucionar estes problemas sociais.
Nessa circunstância é evidente que a educação não tem sido de forma igualitária e ao
alcance de todos os cidadãos, e nesta modalidade de ensino, existe uma alta da classe
trabalhadoraque busca o seu espaço numa educação que os inclua para que os estudantes
tenham uma melhor inserção no mercado de trabalho. Esta classe tem ainda particularidades e
necessidades bastante diversas que necessitam ser pensadas e compreendidas, já que o sucesso
profissional precisa de uma formação plena do indivíduo numa sociedade que objetiva
trabalhadores capacitados, o que é entendido como fundamental para estes alunos.
Dessa maneira surgiu o interesse pelo tema, sendo justificado após observar o quanto o
índice de evasão vem aumentando demasiadamente nos últimos anos, principalmente no
segmento da EJA, tendo em vista que essa modalidade oportuniza e garante o direito aos
jovens e adultos que não tiveram oportunidade de acesso devido adversidades no passado,
faz-se necessário entender as causas desse afastamento e a busca de estratégias para que os
mesmos permaneçam na escola.

2MATERIAL E MÉTODO

A pesquisa apresentada é considerada exploratória e descritiva, que na ideia de Gil


(2017), as pesquisas exploratórias possuem um ideal mais flexível na sua organização, pois
pretende observar e compreender os mais variados aspectos relativos ao Fenômeno estudado
pelo pesquisador. E de acordo com Vergara (2000), a pesquisa descritiva é entendida como
aquela que expõe as características de determinada população ou fenômeno, estabelece
correlações entre variáveis e define a sua natureza.
O estudo também possui uma abordagem qualitativa, em que de acordo a Malhotra
(2001) a pesquisa qualitativa proporciona uma melhor visão e compreensão do contexto do
problema, enquanto a pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma

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forma da análise estatística.


Dessa maneira, foram utilizados como base de dados as seguintes plataformas:
biblioteca Digital de Teses e Dissertações, CAPES, Google Acadêmico e SCIELO, sendo
utilizados como descritores as palavras-chave: EJA, Evasão Escolar e Metodologias Ativas,
sendo possível utilizar os artigos e estudos científicos disponibilizados na íntegra.
Os critérios de inclusão considerados para compor a amostra de estudo foram: 1)
artigos que apresentassem no título e/ou abordassem uma temática relacionada à utilização de
metodologias ativas nas aulas e; 2) ter obrigatoriamente as palavras-chave da pesquisa ou
descritores, podendo estar no título, resumo ou destacados no corpo do texto, enfatizando a
modalidade da EJA. Já os critérios de exclusão foram produções em idiomas diferentes do
português e artigos não disponíveis gratuitamente.

3REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Educação de jovens e adultos no Brasil: contexto histórico

O histórico da EJA no Brasil atravessa até mesmo o próprio desenvolvimento da


educação e vem sendo reconhecido desde a catequização dos indígenas, a alfabetização e a
transmissão da língua portuguesa servindo como elemento de socialização dos nativos
(PAIVA, 1973).
As primeiras evidências da educação de adultos no Brasil foram observadas durante o
progresso da colonização, posterior a chegada dos padres jesuítas, em 1549, onde os
missionários realizavam ações educativas com adultos que eram destinadas exclusivamente
aos brancos e indígenas, sendo que esses estudos foram baseados nas primeiras ideias
católicas, onde existiam escolas de formação católica que abrigava os filhos da elite e
aqueles que não queriam se tornar padre. Após os Jesuítas acabarem sendo expulsos pelo
Marquês de Pombal, foi iniciada uma desorganização do ensino que só voltou a ser ordenado
apenas no Império (ARANHA, 2006).
O direito de ler e escrever no ano de 1910 era negado para quase 11 milhões e meio
de pessoas com idade acima de 15 anos. Dessa forma alguns grupos sociais se sensibilizaram
para estruturar ações de alfabetização que eram intituladas como Ligas.
Já no ano de 1945, no qual o Decreto n.º19.513, de 25 de agosto de 1945 foi
sancionado, a Educação de Adultos foi reconhecida como uma modalidade de ensino. Como
sequência desse momento, novos projetos e campanhas foram apresentados na intenção de

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alfabetizar jovens e adultos que não obtiveram oportunidade de acesso à educação em


período regular.
Podem ser exemplificados no meio desses: A Campanha de Educação de
Adolescentes e Adultos CEAA (1947); o Movimento de Educação de Base MEB, sistema
rádio educativo criado na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que teve apoio do
Governo Federal (1961); além dos Centros Populares de Cultura CPC (1963), Movimento
de Cultura Popular MCP e a Campanha Pé no Chão Também se Aprende a Ler CPCTAL,
onde o primeiro encontrava-se voltado para ajudar a melhorar as habilidades dos
trabalhadores para a seção industrial e os demais estavam voltados a ajudar as áreas de
menor desenvolvimento e também a cautela de conscientizar e integrar os menos
favorecidos através da alfabetização e aproveitamento da metodologia de Paulo Freire
(BRASIL, 1945).
A educação de jovens e adultos é um campo de atuações e reflexões que mostram os
limites da escolarização de um modo bastante preciso, pois inclui métodos formativos
variados nos quais podem ser integradas tentativas que busquem a qualificação profissional, o
progresso comunitário, a composição política e outras questões culturais. Desde a década de
1940, o Governo já pensava em táticas de alfabetização da população fundamentadas em
interesses políticos e econômicos que seriam precisos para acelerar o desenvolvimento do
Brasil(PIERRO; JOIA; RIBEIRO, 2001).

3.2 Políticas públicas voltadas para a EJA

Em referência ao Brasil, na década de 1960, políticas públicas direcionadas para a


Educação de Jovens e Adultos (EJA) sofreram mudanças, oportunizando um novo olhar
acerca do direito à Educação. A principal orientação para a fundamentação de um novo
modelo teórico foi dada por Paulo Freire, prestigiado educador do século XX, que obteve
uma conduta fundamental na evolução da EJA no país, ao ressaltar a importância da
população participar na vida pública nacional e a função da educação para sua
conscientização. As elaborações de educação popular eram coordenadas com base em
trabalhos que a realidade dos educandos eram consideradas, objetivando assim melhoria nos
métodos e procedimentos educativos. (BRASIL ESCOLA, 2008).
A obra de maior importância para a EJA, decorreu no início da década de 1960,
precisamente quando Paulo Freire executou seu método de Alfabetização de adultos,
intitulado como Quarenta horas de Angicos. Angicos é um projeto que era desenvolvido

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apenas de maneira principiante no recife, obtendo visibilidade em pontos(inter)nacionais.


Nas décadas de 1960 e 1970, aconteceram vários movimentos sociais, políticos e
culturais favoráveis à Educação Popular, fundamentadas nas ideias de Paulo Freire, que
elaborou e vivenciou uma pedagogia focada nas demandas e necessidades das classes
populares em assistência ao direito a educação, no segmento da EJA. No entanto, o marco
legítimo foi a Constituição Federal do Brasil de 1988 (CF/1988), a qual assegura a educação
como um direito, e em seu artigo 208, inciso I, determina que mesmo aqueles que não
tiveram acesso na idade correta, tenham acesso ao fundamental gratuito, inclusive aqueles
(BRASIL, 1988). Direito este ratificado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) a
qual demarca a estruturação do sistema educacional brasileiro.
Haja vista as discussões e determinações legais em volta da educação de jovens e
adultos (EJA) a resolução CNE/CEB n.º 1/2000 no que lhe diz respeito, determina os
regulamentos curriculares nacionais para a educação de jovens e adultos, mostrando que o
plano de ensino se faz necessário ser diferenciado do restante das organizações. Institui-se que
o ensino seja ofertado nas instituições próprias e constituintes da organização nacional.
Perante a importância desta modalidade de ensino, passando a comprovar a significância da
EJA como um direito, perpassando o conceito de ser apenas um supletivo.
Deste modo, a EJA é tida mais do que um direito, é o ponto de acesso para a atuação
da cidadania na sociedade contemporânea, que cada vez mais vai se impondo nestes tempos
de grandes mudanças e modernização nos processos produtivos (BRASIL, 2001). O parecer
11/2000 da CEB redireciona a colocação da EJA, mudando a concepção de compensação
pelas ideias de reparação, equidade e qualificadora. Em outras palavras, a concepção de
educação no decorrer da vida, onde:reparadora, devolve o direito a ter acesso a uma educação
de qualidade que até então era negada aos cidadãos; equalizadora, com a garantia de
continuidade dos processos educativos que acabaram cessados por alguns motivos pessoais; e
qualificadora, fundamentada na concepção de educação ao longo da vida (CNE, 2000). Desse
modo, cabe a EJA propiciar possibilidades de progresso, qualificação e aquisição cultural ao
longo da vida, seja qual for o nível de escolaridade conseguido pelos indivíduos e
comunidades.
Perante ao exposto, comprova-se que a EJA foi legalizada como uma política pública
fundada a partir da CF/1988 precedida por leis, decretos e resoluções, que conduziram o
governo a realizar maiores subsídios para esta modalidade de ensino, expandindo sua proposta
e determinando diretrizes curriculares, capacitadas a assegurar nessa modalidade uma melhor
qualidade de ensino a ser ofertada. Ainda que essas medidas simbolizem a possibilidade de

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falhas no desenrolar da história da educação brasileira.


Levantamentos sobre a educação no país mostram altos dados de taxa de evasão.
Muitos jovens acabam abandonando os estudos, principalmente no fim das modalidades do
Ensino Fundamental e Ensino Médio Regular, tanto na rede pública, quanto na privada,
proporcionando futuros problemas não só para o indivíduo, mas também para a sociedade
como um todo. Silva destaca: “Uma pequena pausa do educando em seus estudos ocasiona
uma abundância de problemáticas não só para si, como também para a sociedade, pois irá se
tornar um trabalhador sem qualificação, com dificuldades para encontrar um emprego bem
remunerado” (SILVA, 2015).
Contudo, de acordo com Bissoli e Rodrigues (2007), no momento em que se procura
saber quais motivos influenciam a evasão escolar, constata-se que são vários referentes aos
problemas familiares, a necessidade de o educando de ter que ir em busca de trabalho desde
jovem, a falta de disposição pelos estudos, muitas das vezes influenciadas por não entender
aquilo que o professor ensina e vai frustrando o aluno e desta forma vai seguindo.
Sendo assim, a Educação de Jovens e Adultos simboliza uma diferente e nova
possibilidade de acesso ao direito à educação escolar sob uma nova concepção e um novo
modelo pedagógico próprio e organização relativamente nova (BRASIL, 2013).
Grande parte dos alunos da EJA tiveram experiências em escolas anteriores, porém
evadiram por conta de dificuldade de financeira, problemas por conta de exclusões por raça,
gênero, questões geracionais, dentre outras.
A Educação de Jovens e Adultos é entendida como uma ampliação da educação formal
e apresenta como objetivo crucial: O pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
Conforme a Constituição Federal de 1988, a educação no Brasil é um direito de todos
e dever do Estado e da família (Artigo 205), passando a ser oferta pública, sendo ajustada por
meio do regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios (Artigo
211) e o ensino livre à inciativa privada (Artigo 209). O acesso ao ensino obrigatório e
gratuito é direito público subjetivo e o não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder
público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente(Artigo
208, VII, § 1.º e § 2.º) (BRASIL, 1988).
No ano de 2004, foi criada uma secretária exclusiva para as políticas públicas voltadas
às populações excluídas na área do Ministério da Educação Secretária de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI). A SECADI tem como
finalidade oferecer contribuição na redução de desigualdades nos âmbitos educacionais

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através da participação dos cidadãos em políticas públicas que garantam o acesso à educação

3.3 Evasão escolar

De acordo com Souza (2011)A evasão escolar no Brasil é uma decorrência antiga que
se faz presente até os dias atuais. Embora ocorra até o momento no ensino fundamental e
médio, o que chama atenção é o alto índice de evasão no segmento da EJA, haja vista que é
uma modalidade que busca trazer de volta à escola aqueles que não obtiveram oportunidade
na idade correta
Meksenas(1992) acredita que a evasão escolar na modalidade da EJA aconteça devido
ànecessidade destes educandos obrigados a trabalhar para sustento próprio e da família,
exaustos da maratona diária e desmotivados pela baixa qualidade do ensino, muitos
adolescentes desistem dos estudos sem completar o curso secundário. Consequentemente,
acabam tendo dificuldade de concentração, falta de motivação por conta de aulas muito
monótonas, fazendo assim com que se tenha uma necessidade do educando inovar.
Segundo Queiroz (2002)a evasão escolar não é uma problemática exclusiva apenas do
setor colegial, mas uma problemática da sociedade em que esta vem desempenhando uma
função considerável em debates e pesquisas no setor educativo brasileiro, bem como o
aumento do analfabetismo e da falta de reconhecimento aos profissionais da educação,
manifestada em um baixo salário e nas condições baixas de trabalho. Desse modo,
profissionais da área educacional têm se atentado e alertado de uma maior maneira aos
educandos que se matriculam na escola, porém não permanecem na instituição.
Conforme Meneses (2010), a evasão escolar é uma problemática que vem ocorrendo
ao longo de muitos anos, sendo associada a uma política forçada pela alta sociedadenas quais
ações contínuas do Governo pesam na alteração do sistema educacional.
Outra razão associada ao desinteresse destes jovens educandos da modalidade do
Ensino Médio seriam as reprovações contínuas, que tem um papel considerável na decisão na
escolha dos mesmos a pausarem ou não os estudos, visto que a reprovação é
consequentemente seguida pelo abandono escolar (LOPEZ; MENEZES, 2002, p.26).
Nunes (2011)acredita que a família tem um papel fundamental na educação, porém
que as causas dessa desistência escolar envolvem problemáticas mais delicadas, mostrando
que a desestruturação familiar afeta, porém, não é somente esta a causa da desistência de seus
estudos.

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Ferreira (2013) destaca que a realidade difícil em que o educando viveno seu dia a dia
expõeo fracasso das relações sociais, fazendo, assim, constatar ser necessário refletir a
respeito da conexão entre a evasão escolar e a desigualdade social.
A evasão escolar é, na realidade, fruto de um sistema excludente que afeta,
principalmente, os adolescentes e jovens, os quais não têm acesso nem à educação, nem ao
trabalho, alcançando níveis crônicos de expressões, assumindo proporções imensuráveis do
ponto de vista dos prejuízos civilizatórios (SILVAet al., 2019). Desta maneira, é possível
compreender que aqueles que são mais necessitados “financeiramente” são a maioria dos
alunos “evadidos”, pois é necessária uma rotina de trabalho e, consequentemente, muitas das
vezes os horários de trabalho acabam correspondendo aos horários de aula.
Conforme Arroyo (1997), em grande parte das razões da evasão escolar, a escola tem a
responsabilidade de apontar a dinâmica disfuncional da família, e o professor e o aluno não
têm responsabilidade para aprender, tornando-se um jogo de empurra. Considera-se que na
atualidade a escola deve estar preparada para recepcionar e formar esses jovens e adultos que
não foram oportunizados por uma sociedade injusta, sendo necessária a presença de docentes
que desenvolvam metodologias que instiguem esses alunos a obterem sede pelo
conhecimento, tornando a área escolar em lugar agradável e estimulador.
Embora haja muita dedicação por melhorias a serem realizadas por meio de políticas
públicas que pretendem colaborar para a extinção do fracasso escolar no país, ainda há muita
ocorrência de evasão, repetência e distorção idade-série que acabam apresentando altos
índices. O QEDU(portal que tem como objetivo permitir que a sociedade brasileira saiba e
acompanhe como está a qualidade do aprendizado dos alunos nas escolas públicas e cidades
brasileiras)descreve a evasão escolar como a situação do aluno que abandonou a escola ou
reprovou em determinado ano letivo, e que no ano seguinte não efetuou a matrícula para dar
continuidade aos estudos (QEDU, 2017). Dessa forma, a evasão escolar, o abandono e a
repetência são fatos que se interligam e formam outro obstáculo que é minimizar as taxas de
distorção idade-série.
Mariano e Moreno (2017) julgam que pelo número de alunos fora das salas de aula
em todo país, o futuro pode ser preocupante. Segundo o próprio Unicef (2019),há 1,5 milhões
de brasileiros entre 4 e 17 anos sem estudar. Diante disso, é possível compreender que essas
informações retratam o cenário da educação brasileira, provavelmente marcada pelas
desigualdades sociais e consequentemente causada, também, pelas condições carentes dos
indivíduos.

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3.4 Metodologias ativas: conceito

A Metodologia de Aprendizagem Ativa é determinada pelo construtivismo, concepção


pedagógica que tem como centro do processo de aprendizagem o aluno, onde o professor
passa a ser o mediador do conhecimento e o educando se torna o protagonista do seu próprio
aprendizado. É uma metodologia que tem como base a Aprendizagem Significativa, que é
uma aprendizagem que se relaciona com aquilo que o aluno já vivenciou e que tem um
conhecimento prévio. O conceito deste modelo de aprendizagem foi criado por Ausubel
(1982), que em sua teoria, defende a valorização dos conhecimentos prévios dos alunos
possibilitando construção de estruturas mentais por meio da utilização de mapas conceituais
que abrem um leque de possibilidades para descoberta e redescoberta de outros
conhecimentos, viabilizando uma aprendizagem que dê prazer a quem ensina e a quem
aprende, e também que tenha eficácia.
Visto que uma das maiores dificuldades das escolas é encontrar meios de ensino de
modo que seja possível proporcionar uma maior aquisição de conhecimento. Melhor dizendo,
buscar estratégias para que sejam atendidas as necessidades para a melhoria do ensino, sendo
visto que o conhecimento progride e está cada vez mais conectado com as tecnologias. Assim,
é necessário analisar métodos para organizar o ensino desse conhecimento de um modo
melhor desenvolvido, com a ajuda das tecnologias.
Em virtude disso, nas décadas recentes, técnicas para uma educação ativa
conquistaram um maior espaço no ensino, mostrando a precisão de formação de educadores e
até mesmo dos educandos, relacionado à tendência globalizante em volta deste assunto que
tem ganhado grandes dimensões no Brasil, conhecido como metodologias Ativas, sendo
compreendido aqui como sinônimo de um modo que apresente possibilidade de mudança da
perspectiva do docente (ensino) para o estudante (aprendizagem), ideia corroborada por Paulo
Freire (ano?) ao abordar a educação de uma maneira que não é realizada por outra pessoa, ou
pelo próprio sujeito, mas que se realiza no convívio e relação entre sujeitos históricos por
meio de suas palavras, ações e reflexões (DIAS; VOLPATO, 2017).
Baseado nessa ideia, é possível compreender que, enquanto o método tradicional tem
como prioridade a transmissão de conhecimento centrado somente na figura do docente, no
método ativo, os estudantes ocupam o centro das ações educativas e o conhecimento é
construído de forma que um possa contribuir com o outro(MORAN, 2013).
As metodologias ativas procuram criar situações de aprendizagem em que os
aprendizes fazem atividades, colocam conhecimento em ação, pensam e conceituam o que

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fazem, constroem conhecimento sobre os conteúdos envolvidos nas atividades que realizam,
bem como desenvolvem estratégias cognitivas, capacidade crítica e reflexão sobre suas
práticas, fornecem e recebem opiniões, aprendem a interagir com colegas e professor e
exploram atitudes e valores pessoais e sociais (BERBEL, 2011; MORAN, 2015; PINTO et
al., 2013). Praticar, se expor, explorar em grupos, refletir sobre os resultados e descobertas e
ir além, promovendo, assim, criação, investigação e originalidade no processo de ensino e
aprendizagem (ALMEIDA, 2017).
Segundo Afecto (2020) as metodologias ativas de aprendizado necessitam de
preparação e muito estudo por parte do docente, além de dedicação e comprometimento por
parte dos discentes, considerando que as aulas devem ter todo um preparo dos professores,
pois é importante que os alunos participem ativamente para melhor aquisição de
conhecimento.

3.5 Aluno: centro do processo de aprendizagem

Atualmente, faz se necessário cada vez mais o uso de técnicas e métodos interativos,
envolventes e dinâmicos em sala de aula, que superam a ideia de uma mera transmissão e
memorização do conhecimento. Novos métodos que possam tirar o aprendiz da condição de
ouvinte para construtor de sua própria aprendizagem. Assim sendo, Santos (2008) propõe que
o professor: PARE DE DAR AULAS! Ou melhor dizendo, segundo ele, esse é um dos
motivos do esgotamento demasiado de energia que muitos professores sentem na atualidade,
pois manter os alunos em silêncio atentos ao professor é muito difícil no atual contexto do
mundo em constante transformação.
Nessa situação, se o professor tem a necessidade de provocar a aprendizagem, deverá
considerar também o planejamento da aula que tem por necessidade levar em conta que o
mais importante é elaborar perguntas que conduzam o aluno a vivenciar a busca, a exercitar as
várias possibilidades de resposta. Tendo em vista que esse é o exercício que conduz à
aprendizagem significativa. É fundamental fazer, como sugere Santos (2008), provocar a sede
de aprender, problematizando o conteúdo, tornando-o interessante e não tirar o sabor da
descoberta dando respostas prontas. Ao considerar essa concepção do aluno como o centro
dos processos de ensino e de aprendizagem, está a proposta de metodologias ativas de ensino,
que podem propiciar uma construção do conhecimento mais significativa.
Práticas pedagógicas norteadas pelo método ativo pressupõem situações de
aprendizagem planejadas pelo professor em parceria com os alunos, em que eles possam ser

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provocados e incentivados a ter uma postura ativa e crítica frente à aprendizagem (GAETA;
MASETTO, 2013).
Conforme Moran (2015), nesse novo modelo de educar, é de grande importância
aproximar a sala de aula com a realidade dos educandos, estimulando a produção coletiva do
conhecimento. Não há espaço para atividades que visem meramente à reprodução de
conhecimento. Para atuar na concepção dessa nova forma de educação, o professor tem o
papel de incentivar o aluno, considerando aquilo que ele sabe, para que tenha uma progressão
no saber e possa dessa maneira construir o seu conhecimento de forma autônoma.
Portanto, no cenário que se encontra a educação brasileira atualmente, muito se
observa sobre a atuação do educador num ponto de vista tradicional, tendo em vista que é
importante e necessária a inclusão progressiva nas aulas, de práticas pedagógicas inovadoras
pelo professor; entre elas as metodologias ativas, pois pode não ser produtivo para o processo
de ensino a anulação do uso da metodologia tradicional para o uso de uma prática
inovadorapor boa partedos alunos que ainda não se encontraram preparados para desenvolver
a aprendizagem de forma ativa e autônoma.
Moran (2015) também afirma que as metodologias precisam acompanhar os objetivos
pretendidos. Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em
que estes se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar
decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam
criativos, eles precisam experimentar inúmeras possibilidades de mostrar sua iniciativa. Em
vista disso, o professor continua tendo uma função relevante e necessária, porém, ao invés de
detentor e transmissor do conhecimento, passa a ser um ativador dos saberes através de
atividades que estimulem o educando a buscar um melhor conhecimento.
Nesse ponto de vista o entendimento que se situa sobre as metodologias ativas é uma
alternativa de ativar o aprendizado dos estudantes, pondo-os no centro do processo,
contrariando à posição de expectador, de acordo com o que foi descrito anteriormente. Ao
contrário do método tradicional, que primeiro apresenta a teoria e dela parte a centralização da
aprendizagem somente no professor cheio de conhecimento, o método ativo busca a prática e
dela parte para a teoria (ABREU,2009).
Nesse caminho, existe uma passagem do ensinar para o aprender, o desvio do foco do
docente para o aluno, que assume a corresponsabilidade pelo seu aprendizado (SOUZA;
IGLESIAS; PAZIN-FILHO, 2014).
Conforme a citação, ao reconhecer os benefícios do aluno nas aulas, ele é tido como
personagem ativo nos processos de ensino e de aprendizagem. Dessa forma, apresentar

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atividades pedagógicas estruturadas em metodologias ativas de ensino aos alunos, significa


enaltecer seus conhecimentos, estimulá-los a aprenderem de uma maneira diferente, fazer com
que pratiquem o raciocínio, e aumentem a autoestima. Essa metodologia promove a interação
entre os alunos e professores, possibilitando uma aprendizagem de qualidade, mesmo diante
de circunstâncias tão diferenciadas e específicas.

3.6 Os mapas coneituais e a aprendizagem baseada em problema: técnicas para a


aprendizagem

Os mapas conceituais são uma forma para representar o conhecimento no aspecto de


um gráfico que apresentam correspondência entre conceitos mais vastos até os menos
abrangentes sendo usados para ajudar na ordenação e a prosseguição que ordena os conteúdos
de ensino, ofertando estímulos propícios aos educandos. Assim, se tornando um instrumento
que contribui e facilita o aprendizado do conteúdo sistematizado em conteúdo significativo
para o aluno.Como afirmam Moreira e Rosa:“Podem ser vistos como diagramas hierárquicos
que procuram refletir a organização conceitual de uma disciplina ou parte dela, ou seja,
derivam sua existência da estrutura conceitual de uma área de conhecimento.”
(MOREIRA;ROSA,1986).
Os mapas conceituais emergiram da teoria de Educação de Novak, que concede boa
parte da sua teoria ao conceito da aprendizagem significativa e à facilitação desta
aprendizagem mediante dois procedimentos instrucionais, o mapeamento conceitual e o
epistemológico de Gowin. Ela se origina diretamente da teoria de Ausubel e obtêm um
resultado muito útil, na prática, para facilitar a aprendizagem significativa
Ausubel (2003) sustenta o ponto de vista de que cada disciplina acadêmica tem uma
estrutura articulada e hierarquicamente organizada de conceitos que constitui o sistema de
informações dessa disciplina. Esses conceitos estruturais podem ser detectados e lecionados
ao estudante, constituindo para ele um sistema de processamento de informações, um
verdadeiro mapa intelectual que pode ser usado para expor o domínio particular da disciplina
e nela resolver problemas (MOREIRA; MASINI, 2006).
Os mapas conceituais objetivam simbolizar relações significativas entre conceitos no
formato de proposições. Uma proposição é formada por dois ou mais termos conceituais
unidos por palavras para formar uma unidade semântica (NOVAK; GOWIN, 1996). São
ferramentas que ajudam a descobrir as convicções sobre um conceito, demonstrados por uma
frase ou imagem. Devem ser hierárquicos, melhor dizendo, os conceitos mais abrangentes

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devem ser encontrados na parte superior, e os conceitos mais particulares e menos inclusivos
na parte inferior.
Um mapa conceitual é constituído por três elementos: 1) conceitos, que são “uma
regularidade nos acontecimentos ou nos objetos, que se designa mediante algum termo”
(NOVAK; GOWIN, 2010) relações, que são proposições constituídas por dois conceitos
interligados por um verbo e; 3) questão focal, que é uma pergunta que dá norte a construção
do mapa conceitual.
Diferentemente de textos e outros instrumentos educativos, os mapas conceituais não
são autoexplicativos pois não foram projetados com esta finalidade e requerem explicação do
professor(SILVA, 2015).Dessa maneira, é preciso interpretar o mapa conceitual, onde o
professor pode mostrar os caminhos até chegar em determinados conceitos, perpassando para
os educandos a ideia de criação de um mapa conceitual.
A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) manifesta-se no fim da década de
1960 e começo da década de 1970, no Canadá, nas Faculdades de Medicina da Universidade
de McMaster, posteriormente, na Universidade de Maastricht, na Holanda. A ABP
compreende o progresso da aprendizagem como dinâmico e centrado com a cooperação dos
educandos. Nessa metodologia, considera-se que a participação ativa dos alunos é mais
produtiva que a passagem de conhecimento somente do professor ao aluno. Desta maneira, os
alunos, são instigados a problematizar, pesquisar, refletir, dar significado e entender os
conteúdos trabalhados, visto que melhorem abordagens para a solução de problemas
específicos em um contexto relevante à futura carreira profissional (CYRINO; TORALLES-
PEREIRA, 2004).
Segundo Martins (2013), a dúvida e o questionamento são conciliadores da ABP, isto
porque, por meio deles, o educando passa a construir o seu próprio conhecimento
compreendendo as consequências dos próprios atos no desenvolvimento de atividades
educativas.

3.7 O uso de metodologias ativas nas aulas de educação física

O professor de Educação Física, da mesma maneira que os demais educadores,


enfrenta em no seu dia a dia a dificuldade de elaborar uma metodologia de ensino que
incentive a participação dos alunos durante suas aulas. Haja vista que a educação física, ao

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passar dos anos acaba por se tornar uma disciplina que nos ensinos fundamental e médio tem
um foco mais esportivo, deixando de lado o principal sentido da disciplina, consequentemente
vários estudantes, principalmente aqueles que não tem tanto domínio e sentem prazer pelo
esporte passam a se sentir desmotivados e demonstram desinteresse pelas aulas, como
destacam Almeida e Cauduro (2007), Darido (2004) e Caparroz e Bracht (2007).
Envolver o aluno na aprendizagem, conforme Perrenoud (2000) é uma entre às dez
novas habilidades exigidas na responsabilidade de ensinar. Declara ainda que o educador
deve intervir apenas como mediador do processo de aprendizagem, instigando seus alunos a
assimilar, avaliar e planejar suas próprias tarefas. Assim, “para que o educando passe a ter
envolvimento durante as aulas, ele deve encontrar significado no conhecimento assimilado e
sentir desejo de aprender” (PERRENOUD, 2000).
A educação física pode se favorecer das metodologias ativas em suas aulas. Ela
permite trabalhar dentro de uma perspectiva em que o aluno é participante e ao mesmo tempo
construtor de seu próprio conhecimento, pela própria característica da maioria dos conteúdos
que tem como elemento balizar o movimento corporal humano em suas diversas
manifestações. Segundo Silvaet al. (2019), mesmo que as aulas da disciplina já possuam uma
característica mais ativa, os professores optam por aplicar aulas mais expositivas, tendo, por
exemplo, as aulas voltadas ao esporte ao ensinar basquete, por exemplo. Assim,o profissional
organiza uma fila, explica os movimentos ou exercícios a serem executados e avalia a partir
do quão próximo ao movimento original o estudante foi capaz de fazer. Desse modo, fica
mais perto de uma atividade de imitação. Logo, tornando a aula repetitiva e monótona.
Dessa maneira, o professor pode tornar as aulas muito mais ricas e interessantes aos
olhares de seus alunos, levando e consideração aquilo que eles já trazem consigo fazendo com
que os mesmos possam problematizar e assim buscar respostas. Assim sendo, tendo uma
melhor compreensão dos assuntos abordados, seja com esportes, jogos, lutas, danças,
manifestações culturais, noções de saúde e qualidade de vida, etc. Lembrando sempre de
considerar a idade, o desenvolvimento educacional e a situação social e cultural das turmas
sugere (SILVAet al., 2019).

4 CONCLUSÃO

A evasão escolar é um fato em grande ocorrência na atualidade e partindo desse


princípio, permanece quase todas as modalidades de ensino no decorrer do desenvolvimento
da educação brasileira. Perante a isto, a pesquisa teve como objetivo analisar as produções

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científicas a respeito dos motivos causadores da problemática da evasão e também sobre o uso
das Metodologias Ativas no processo de ensino e aprendizagem.
Logo após analisar as razões da evasão, apresentadas nas pesquisas encontradas,
observa-se que essa ocorrência se dá por vários motivos, sendo eles: baixa autoestima ligada à
timidez excessiva e ao sentimento de incapacidade,má qualidade de vida, dificuldade para o
ingresso no mercado de trabalho, estimulando a violência e prostituição, gravidez precoce,
consumo e tráfico de drogas. Dentre estes, os que são considerados principais são os
extraescolares, ou seja, questões ligadas ao trabalho, à família e ao próprio indivíduo.
Após a leitura, é possível entender que essa problemática vai muito além daquilo que é
tido como fator principal. Desta maneira é necessário compreender quais as reais
problemáticas por trás dessa ocorrência para que possam ser apresentadas sugestões para que
possa vir a ser solucionada. Um outro fator que também vem chamando a atenção de
pesquisadores para esta causa é a falta de preparo do corpo docente, que acaba não sabendo
lidar com as particularidades dos educandos e dessa maneira os alunos se sentem
desmotivados.
A evasão é um fator complicado para ser revertido, com isso a pesquisa sugere
intervenções, afim de amenizar a grande ocorrência deste problema. Uma alternativa
apresentada é o uso das metodologias ativas nas aulas da modalidade de ensino da EJA, que é
uma metodologia que tem ganhado grande espaço nas modalidades de ensino, haja vista que
esta prática possui um leque de benefícios, sendo elas: maior autonomia do educando, uma
melhor relação professor/aluno que ajuda o estudante a trabalhar em equipe, participando
mais ativamente das aulas e um maior interesse pelos conteúdos abordados.
Expostos seus benefícios, é possível compreender que as metodologias ativas ajudem
na diminuição da taxa de evasão destes educandos, tendo em vista que são alunos que já vêm
de uma rotina cansativa, tendo uma metodologia mais ativa e atrativa. Assim, os alunos são
instigados a construírem seu próprio conhecimento, absorvendo muito mais os conteúdos
abordados. Porém, não adianta cobrar somente inovações dos professores e da escola, se o
governo não traz investimentos para este âmbito e muitas das vezes também falta apoio da
família, conscientizando sobre a importância do estudo.
ACTIVE METHODOLOGIES AND SCHOOL EVASION IN EJA: A review of
the literature.

ABSTRACT: This paper proposes a literature review, which aims to analyze the scientific
production on the use of Active Methodologies in the teaching and learning process and also

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on the EJA in order to address the problems that are associated with respect to the
permanence of the learner in youth and adult education and thus identify what their possible
causes are, thus being able to think of possible methods that can be adopted in this modality to
be possible to reduce the high rate of dropout in this teaching modality. This research is a
narrative review, with a qualitative approach and an exploratory research level, searching
virtual databases and articles that contemplated the theme of the study, using the descriptors
of the study. With the research the results achieved indicate that students show improvements
in relation to motivation, learning development, grade performance, and in other aspects.

Keywords: Active Methodologies. Evasion. EJA.

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