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Introdução

Neste lindo trabalho vamos abordar sobre um tema muito pertinente na vida de
muitos estudantes do nosso nível e em geral, (Acção Geológica dos ventos), este
tema visa esclarecer o comportamento do vento e as suas acções.

O Vento é o fluxo de gases em curta escala. Na Terra, este corresponde ao


deslocamento do ar, que migra de regiões de alta pressão atmosférica para pontos
onde essa pressão é inferior. No espaço sideral, vento solar é o movimento de
gases ou partículas carregadas do Sol através do espaço, enquanto vento
planetário é a liberação de elementos químicos gasosos da atmosfera de um
planeta.
O vento é muito importante para o ser humano, pois facilita a dispersão dos
poluentes e também pode gerar energia (energia eólica).

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O Vento
Vento é o fluxo de gases em grande escala. Na superfície da Terra, o vento
consiste no movimento de ar em grande quantidade. No espaço sideral, o vento
solar é o movimento através do espaço de gases e partículas
carregadas emitidas pelo Sol, enquanto que o vento planetário é
a desgaseificação de elementos químicos leves a partir da atmosfera de um
planeta em direção ao espaço. Os ventos são geralmente classificados de
acordo com a sua escala, rapidez, tipos de forças que os provocam, regiões em
que ocorrem e com o seu efeito. Os ventos de maior intensidade observados
no sistema solar ocorrem em Neptuno e Saturno. Os ventos têm várias
características, entre as quais a sua velocidade, a densidade dos gases
envolvidos e a sua energia eólica.

Mas o que causa os ventos?

O vento é a deslocação de gases atmosféricos em grande escala causada por


diferenças na pressão atmosférica. Quando uma região da Terra aquece, a
pressão atmosférica nessa região diminui e o ar eleva-se. Isto cria uma diferença
na pressão atmosférica, fazendo com que o ar envolvente, mais frio, se
desloque da área de maior pressão (anticiclónica) para a área de menor pressão
(ciclónica). Uma vez que a Terra se encontra em rotação o ar é também
deslocado pela força de Coriolis, exceto exatamente na linha do equador. Em
termos globais, os dois principais fatores dos padrões de vento em grande
escala (a circulação atmosférica) são a diferença de temperatura entre o
equador e os polos (a diferença de absorção de energia solar que provoca forças
de impulsão) e a rotação do planeta. Fora dos trópicos e nas camadas
superiores da atmosfera, os ventos de grande escala tendem a aproximar-se
do equilíbrio geostrófico. Perto da superfície terrestre, o atrito faz diminuir a
velocidade do vento e faz com que os ventos soprem mais para o interior das
áreas de baixas pressões. Uma teoria nova e controversa sugere que os
gradientes atmosféricos são causados pela condensação de água induzida pelas
florestas, o que provoca um ciclo de retroalimentação positiva em que as
florestas atraem ar húmido a partir da costa marítima.

Qual é a importância dos ventos?

O movimento do ar é fundamental para o desenvolvimento da vida na Terra. Em


geral, os ventos têm a função de levar ar frio para o Equador e ar quente para os
polos, um equilíbrio essencial para as temperaturas não ficarem tão extremas
nas áreas citadas. Há também a importância da determinação dos diferentes
tipos climáticos.

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Além disso, a movimentação dos ventos transporta umidade para diferentes
áreas do planeta, produzindo chuva. Entretanto, ventos muito fortes podem
causar danos a plantas e árvores, que se desenvolvem com dificuldades em
áreas de ventania excessiva.
Quando estudado, o vento possui vantagens significativas. O ser humano
aprendeu a usá-lo a seu favor, como na construção de grandes moinhos, no
impulsionamento de velas nas embarcações, na produção de energia eólica,
entre outras aplicações.
O vento no seu decorrer ele causa algumas acções que vamos analisar.

Erosão eólica

A erosão eólica é um dos tipos de degradação do meio ambiente existentes. Ela


se dá pela ação dos ventos e pode provocar transformações que impactam o
meio ambiente, como a retirada de finos fragmentos superficiais do solo,
transportando-os para outros locais e assim modificando dois ou mais
ambientes.

Problemas relacionados à erosão eólica


Apesar de um processo natural e responsável pelas formações de solo que
temos hoje, a erosão eólica é atualmente um sério problema ambiental no
mundo todo. É um fenômeno relativamente comum, que é capaz de danificar
paisagens naturais e construídas pelo homem pela retirada de solo de um local
e deposição em outro.
Dentre as consequências da erosão eólica estão a perda do solo, a deterioração
da estrutura do solo, ressecamento do solo, redução dos nutrientes e da
produtividade do solo, e poluição do ar.
Além disso, as partículas levantadas pelo vento podem ser depositadas em
qualquer lugar: dentro de casas, em estradas, no meio de plantações, sendo
capazes de cobrir os lugares e gerar muitos problemas.

Como prevenir a erosão eólica?

As melhores formas de prevenir a erosão eólica são: cobrir o solo com


plantações, prepara o solo adequadamente, e construir barreiras onde o vento
é mais forte e pode prejudicar a agricultura e danificar construções.

Existem quatro processos erosivos provocados pela ação dos ventos:

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1) Corrosão – É o desgaste físico das rochas através do atrito e impacto das
partículas que são transportadas pelo vento. Esse processo também pode
ser feito pela ação das águas e geleiras, mas é o vento que “esculpe” as
rochas, dando as formas.

A corrasão, também conhecida como abrasão eólica, é a erosão provocada pelo


jateamento feito por partículas em suspensão ou saltação no ar.

O impacto de tais partículas em corpos maiores causa a desagregação do


material, esculpindo formas típicas de ambiente de ação eólica, como ocorre na
paisagem ruiniforme¹ em arenito no Parque Estadual de Vila Velha (PR).

“A Taça”, elevação com formato peculiar no Parque Estadual de Vila Velha.

Além da desagregação, a corrasão também tem poder de polimento sobre os


materiais estáticos.
Dentre os principais registros dessa ação polidora do vento, podemos citar os
ventifactos e os yardangs.

Ventifactos são rochas com duas ou mais faces polidas, formadas através da
ação dos jateamentos de partículas. Geralmente, o polimento ocorre a princípio
em apenas uma face e, a partir do rolamento da rocha, passa a atuar em outra
parte da mesma.

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Ventifacto na Califórnia

Já os yardangs são protuberâncias alongadas com orientação bem definida


formadas pela ação de ventos unidirecionais sobre um terreno argiloso.

Yardang no Texas (EUA)

Uma característica interessante do polimento causado pelo vento é que as faces


trabalhadas por ele apresentam brilho fosco.

Segundo o Dicionário Histórico e Geográfico dos Campos Gerais, da UEPG,


relevo ruiniforme é uma “feição morfológica semelhante a ruínas, isto é, forma
de relevo que ocorre em consequência da erosão que esculpe principalmente os
arenitos, elaborando esculturas naturais na paisagem, em consequência da ação
da água das chuvas, do sol e da atividade biológica”.

2) Abrasão – Um processo erosivo semelhante à corrosão. É o desgaste de


rochas pelo atrito e impacto de partículas ou fragmentos carregados por
correntes eólicas. Também pode ser causada por ações glaciais, fluviais e
marinhas, como turbidez e o vai e vem de ondas.

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3) Eólico – Processo de depósito sedimentar que tem o vento como agente
geológico. Praias são exemplos de depósitos eólicos. (Imagem de capa)

4) Deflação – É a erosão provocada pelo vento fazendo com que fragmentos
superficiais mais finos sejam retirados do local, restando pedras e pedregulhos.
Ocorre normalmente em campos de dunas e regiões desérticas. Também pode
ocorrer forte corrosão associada à deflação.

Muitos locais próximos às regiões costeiras do mundo inteiro possuem dunas,


que são montanhas compostas pelo efeito eólico. No Brasil, as regiões mais
famosas estão nos estados do Ceará e Santa Catarina. Esse tipo de erosão, se
provocada por um grande período de tempo, pode modificar completamente o
cenário natural, como acontece em vários pontos do Deserto do Saara, na
África.

Rochas esculpidas, zonas rebaixadas e aparecimento de pequenos lagos são


resultados de fortes deflações. Com o solo seco fica mais fácil o movimento de
fragmentos da superfície, por isso, as fortes concentrações de erosões eólicas
estão próximas das costas (onde a incidência de ventos é maior) e em desertos.

O resultado da deflação é em geral, a formação de bacias de deflação. A maioria


dos oásis são bacias de deflação. Que progridem até encontrarem níveis com
humidade constante e suficiente para impedir a continuação do processo.

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Bacia de deflação

Transporte eólico
Suspensão, saltação e arrasto são três modalidades de transporte de partículas
pelo vento.
Tal diferenciação se dá principalmente pelo tamanho do grão a ser
transportado, pela energia do vento e pela existência ou não de obstáculos.

Se considerarmos ambientes planos e sem obstáculos, com uma velocidade de


vento constante, podemos generalizar que quanto menores as partículas,
maiores são as distâncias que as mesmas são carregadas.

Suspensão

A suspensão é o tipo de movimentação que ocorre com partículas pequenas,


como areia muito fina, silte e argila.

As partículas são retiradas de seu local de origem e permanecem sendo


carregadas pelo vento por longas distâncias, sem voltar a tocar a superfície.
As partículas suspensas são depositadas quando o vento não mais consegue dar
conta do transporte, seja por uma perda de sua energia, seja pelo aporte
crescente de grãos no ar. É comum esta deposição ocorrer após um obstáculo,
onde ocorre turbulência e consequente perda da energia do vento.
Em termos de volume de material transportado, a suspensão é a principal
modalidade detransporte.

Saltação

A saltação ocorre com partículas de tamanho compreendido entre a areia fina e


a areia muito grossa.

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Seu deslocamento ocorre através de pequenos saltos. O grão fica em suspensão
por alguns segundos, e, por conta de seu peso, acaba voltando à superfície.
Corresponde a um deslocamento de massa intermediário se comparado com a
suspensão e o arrasto.

É a principal modalidade de movimentação na constituição de dunas e outras


feições geomorfológicas de ambientes desérticos e costeiros.

Arrasto

O arrasto é uma modalidade de transporte muito mais restrita no que diz


respeito a quantidade de material. Ocorre apenas com grãos maiores, como
areia grossa, areia muito grossa e seixos.

Partículas movimentadas de outras maneiras (suspensão e saltação), ao


entrarem em contato com a superfície novamente, podem acabar empurrando
estes grãos de maior diâmetro, provocando o arrasto. A própria velocidade do
vento também pode proporcionar este deslocamento.
No arrasto, a partícula não perde o contato com a superfície e tem seu
deslocamento travado pelo atrito com o solo.

Dunas
 Duna é uma montanha de areia criada a partir de processos eólicos
(relacionados ao vento). Dunas descobertas são sujeitas à movimentação e
mudanças de tamanho pela ação do vento. O vale entre as dunas é
chamado slack, ou seja, dunas são montes de areia formadas pelo vento.
Quando o vento sopra, leva a areia, que, com o tempo, se transforma em duna.

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Dunas não precisam ser necessariamente grandes, muitas delas são bem
pequenas
Como se Formam as Dunas?

As Dunas são formadas através de um processo complexo decorrente da ação


dos ventos (dunas eólicas) e do mar. Geralmente surgem em locais com baixa
pluviosidade (chuvas) e sua expansão ocorre de maneira lenta e gradativa. Os
principais elementos das areias das dunas é a sílica, magnetita e o quartzo. Por
esse motivo, é possível encontrar as dunas de cores variadas.

Esse acúmulo excessivo de areia surge com os fortes e constantes ventos em


uma determinada direção e também pela ação das marés altas as quais trazem
muita areia e não conseguem levar tudo de volta. Para que elas ocorram é
necessário um local de baixa vegetação com presença de alguma barreira, e que
aos poucos, vão constituindo montes de areia.

Dependendo da variação dos ventos, a paisagem pode se alterar ao longo do


tempo. Por isso, concluímos que as dunas são ecossistemas que estão em
constante transformação, podendo alterar sua forma, se deslocarem,
diminuírem ou aumentarem. Após esse processo de formação, elas formam
picos (ou uma imensa crista), donde é notória a direção dos ventos que a
formou.

Tipos de Dunas

Segundo a movimentação, as dunas são classificadas em três tipos:

Dunas Estacionárias: também chamadas de dunas fixas ou estáveis, nesse caso,


as dunas não alteram seu local de origem decorrente da vegetação presente
que a impede de migrar.

Dunas Migratórias: também chamada de dunas móveis, esses tipos de duna


mudam de local decorrente da forte ação dos ventos e ausência de vegetação
ou barreira natural que a estabilizaria.

Dunas Fósseis: também chamada de paleodunas, esse tipo de formação é mais


antiga e geralmente possui uma coloração mais avermelhada. Recebem esse
nome uma vez que reúnem diversos fragmentos de civilizações pré-históricas.

Quanto à forma que possuem, as dunas são classificadas em cinco tipos:

Duna Linear: são dunas mais retas que formam longas linhas contínuas.

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Duna Crescente: chamada também de duna barchan, são as mais comuns
caracterizadas pelo formato de meia lua que possuem e também por serem
mais largas.

Duna Parabólica: tem formato em “u” e se diferem das dunas crescentes na


medida em que nas dunas parabólicas a crista aponta para cima.

Duna Estrela: crescem de maneira mais vertical e recebem esse nome pelo
formato piramidal que possuem.

Duna Domo: são as dunas mais raras, caracterizadas pelo formato oval e baixa
altura.

(Dunas, Baías dos tigres Namibe)

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Conclusão
Após as pesquisas feitas por nós concluímos que os ventos constituem
um dos principais agentes da dinâmica externa. Agem transportando partículas
de um local para outro da superfície terrestre, caracterizando o processo de
erosão, que, como já definimos, é responsável pelo transporte de partículas de
um local para outro da superfície terrestre, modificando continuamente o seu
modelado.

Em alguns lugares, essa acção é mais intensa que em outros e pode ser
facilmente percebida; em outros, nem tanto, mas sempre vai estar presente.

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