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INSTITUTO SUPERIOR DE FORMAÇÃO, INVESTIGAÇÃO E CIÊNCIA

CURSO DE DIREITO

1º ANO

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIFERENÇAS ENTRE AS CONSTITUIÇÕES DA REPÚBLICA DE


MOÇAMBIQUE DE 1990, 2004 E 2018

Estudante: Elisa Francisco Macane

MAPUTO, SETEMBRO DE 2021


Índice
1. Introdução...........................................................................................................1
2. Metodologia e fontes de estudo...........................................................................2
3. Breve contextualização histórica.........................................................................2
4. Desenvolvimento.................................................................................................4
4.1 Constituição de 1990........................................................................................4
4.2 Constituição de 2004.....................................................................................7
4.3 Constituição de 2018...................................................................................11
5. Conclusões........................................................................................................12

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DIFERENÇAS ENTRE AS CONSTITUIÇÕES DA REPÚBLICA DE
MOÇAMBIQUE DE 1990, 2004 E 2018
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1. Introdução

O presente trabalho tem como objectivo estabelecer as diferenças existentes


entre as Constituições da República de Moçambique de 1990, 2004 e 2018.

Antes de falar da matéria objecto do presente trabalho, importa referir que


primeira Constituição de Moçambique independente é a Constituição da
República Popular de Moçambique que entrou em vigor aquando da proclamação
da independência nacional no dia 25 de Junho de 1975, tendo sido aprovada pelo
Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique ( FRELIMO), na sessão
realizada na praia do Tofo, Província de Inhambane em 1975.

A Constituição da República de Moçambique de 1975 vigorou até a


Constituição de 1990 e alinhava a democracia popular baseada no modelo do
partido único, socialista e centralizador do poder, separação de poderes e
independência do Conselho Constitucional.

O segundo momento registou em 1990 com os progressivos avanços na


história no processo constitucional moçambicano que se manifestou com a
revisão da constituição de 1975.

O terceiro momento vai desde 1990 a 2004 e caracteriza-se pela revogação da


Constituição de 1975 e ractificação de uma nova Constituição que
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preconizava o abandono do modelo socialista do Estado e emerge a formação
de uma ordem económica virada à economia do mercado, a proclamação de
um Estado democrático, a consagração do multipartidarismo e o aumento dos
direitos, deveres e liberdades fundamentais dos cidadãos.

O terceiro momento histórico da jovem nação moçambicana ocorre em 2004,


com a promulgação da terceira Constituição da República de Moçambique. A
nova constituição não trouxe muitas novidades, senão a clarificação de alguns
aspectos que estavam omissos na Constituição de 1990.

2. Metodologia e fontes de estudo

No que concerne à metodologia do trabalho, o presente estudo é


essencialmente qualitativo e consistiu na leitura das três constituições e a Lei
n.⁰ 1/2018, de 12 de Junho que aprova a Revisão Pontual da Constituição da
República.

Foi, também, usado o método comparativo com o propósito de estudar as


diferenças e semelhanças entre diferentes factos, com a finalidade de verificar
similitudes e entender as divergências.

3. Breve contextualização histórica

Moçambique é um Estado que teve a sua origem com a luta armada de libertação
nacional que culminou com a proclamação da independência no dia 25 de Junho de
1975.

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A luta armada foi levada a cabo pela Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO). Tendo em conta que a FRELIMO era uma organização político-militar
própria para conduzir a guerra, primava essencialmente pelo alto nível de
organização, de disciplina, de eficiência, entre as outras características que
contribuíram decisivamente para vencer o colonialismo português, durante 10 anos
de luta.

Nos momentos que se seguiram à independência nacional, o Estado moçambicano


optou por uma linha de orientação socialista, ou seja, democracia socialista. Deste
modo, Moçambique tentou implementar uma concepção socialista de poder, de
Estado e de direito.

Decorrente da derrota do colonialismo Português, a FRELIMO reunida na Sessão


do Comité Central realizada na Praia do Tofo, Província de Inhambane, aprovou a
primeira Constituição no dia 25 de Julho de 1975 e teve alterações aprovadas pela
Assembleia Popular no dia 13 de Agsoto de 1978 e o texxto denominava-se de
Constituição da Repúplica Popular de Moçambique, cujo preâmbulo era o texto da
Declaração de Independência de Moçambique, proferido por Samora Moisés
Machel e era constituída por 80 artigos.

Importa destacar o artigo 80º que passamos a citar: “A Constituição da República


de Moçambique enra em vigor às zero horas do dia 25 de Junho de 1975”.

A essência desta Constituição preconizava um Estado assente no poder unitário e


este poder unitário, por natureza e definição não reconhecia a separação de
poderes. Caracterizava-se pela unicidade e exclusividade.

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Em termos cronológicos, a constituição de 1975 estabeleceu um regime
monopartidário que confirmava o papel destacado do Executivo.

Um dos objectivos fundamentais da constituição de 1975 era a eliminação das


estruturas de opressão e exploração coloniais e a luta contínua contra o
colonialismo e o imperialismo. Deste modo foi instalado na República Popular de
Moçambique o regime político socialista e uma economia marcadamente
intervencionista, onde o Estado procurava evitar a acumulação do poder
económico e garantir uma melhor distribuição da riqueza.

O sistema político era caracterizado pela existência de um partido único, a


FRELIMO que assumia papel de dirigente. Eram abundantes as fórmulas
ideológicas proclamatórias e de apelo das massas, compreensão acentuada das
liberdades públicas em modelos autoritários, recusa da separação de poderes a
nível da organização politica e o primado formal da Assembleia Popular Nacional.

4. Desenvolvimento

4.1 Constituição de 1990

A Constituição de 1990 foi elaborada no contexto das negociações de paz que


culminaram com assinatura do Acordo Geral de Paz e marcou uma ruptura radical
com o passado, consagrando a transiçào de uma economia centralizada para
liberalização da economia, e subsequente início da extinção das empresas estatais;
dando deste modo, início a um verdadeiro exercício democrático consagrado no
sulfra’gio universal, da liberdade de expressào, da liberdade de reunião e de
associaçãoe, fundamentalmente, ocorre a passagem de um sistema monopaertidário

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para a democracia multipartidária e tendo o cidadão como figura central no que
concerne ao Estado.

Nesta Constituição, a administração é constituída por um Presidente da República,


Primeiro-Ministro e do Conselho de Ministros. O Conselho Judicial é composto
por um Tribunal Supremo e Provinciais, Distritais e de Tribunais Municipais.

A Constituição de 1990 sofreu alterações pontuais, nomeadamente: a) em 1976, em


1977, em 1978, 1984 e em 1986. Destas alterações merece destaque a alteração de
1978 que incidiu em grande medida sobre os órgãos do Estado, no que se refere à
sua organização, competências, entre outros, retirou o poder de modificar a
Constituição de 1975, e retirou, também, a competência legislativa do Conselho de
Ministros, com a institucionalização da Assembleia Popular que passou a ter essas
competências e a Constituição de 1986 que foi motivada pela institucionalização
das funções do Presidente da Assembleia Popular e de Primeiro-Ministro,
aprovados na V Sessão do Comité Central do Partido FRELIMO.

A revisão da constituição ocorrida em 1990 trouxe alterações muito profundas em


praticamente todos domínios da vida do País. Essas alterações que começaram a
manifestar-se na sociedade, sobretudo na área económica, a partir de 1984 e
encontram a sua concretização formal com a nova Constituição aprovada.

A Constituição de 1990 veio introduzir o Estado de direito democrático que se


funda na separação de poderes, pluralismo político, liberdade de expressão e
respeito pelos direitos fundamentais, quer dizer, com a Constituição de 1990,
Moçambique pela primeira vez introduz o sistema multipartidário, onde nas
vésperas das primeiras eleições gerais multipartidários haviam sido legalizados 18
partidos políticos.

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De salientar a Constituição de 1990 foi elaborado no contexto das negociações de
paz que culminaram com a assinatura do Acordo Geral de Paz, Roma, Itália e
marcou uma ruptura radical com o passado, consagrando a transição de uma
economia centralizada para liberalização da economia e subsequente início da
extinção das empresas estatais, dando início a um verdadeiro exercício
democrático consagrado no sufrágio universal, da liberdade de expressão, da
liberdade de reunião e de associação e, fundamentalmente, ocorre a transição de
um sistema monopartidário para a democracia multipartidária e tendo o cidadão,
como figura central no que concerne ao Estado.

Em termos de vantagens decorrentes da Constituição de 1990, destacam-se as


seguintes:

a) Introdução de um sistema multipartidário na arena política, deixando o


partido FRELIMO de ter um papel dirigente e passando a assumir um papel
histórico na conquista da independência;

b) Inserção de regras básicas da democracia representativa e da democracia


participativa e o reconhecimento do papel dos partidos políticos;

c) Na área económica, o Estado abandona a sua anterior função basicamente


intervencionista e gestora, para dar lugar a uma função mais reguladora e
controladora (previsão de mecanismos da economia de mercado e pluralismo
de sectores de propriedade);

d) Os direitos e garantias individuais são reforçados, aumentando de certo


modo, o seu âmbito e mecanismos de responsabilização;

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e) Várias mudanças ocorreram nos órgãos do Estado e passam a estar melhor
definidas as funções e competências de cada órgão, a forma como são eleitos
ou nomeados;

f) Preocupação com a garantia da constitucionalidade e da legalidade e


consequente criação do Conselho Constitucional, entre outras.

4.2 Constituição de 2004

A Constituição de 2004 inicia por invocar positivamente logo no aspecto formal,


dando uma nova ordem de sequência às matérias tratadas e tratando em cada artigo
uma matéria concreta e antecedido de um título que facilita a sua localização, o que
não acontecia nas Constituições anteriores. Esta Constituição foi aprovada no dia
16 de Novembro de 2004.

Com a aprovação da nova Constituição não se verifica uma ruptura com o regime
da Constituição da República de Moçambique de 1990, mas sim, disposições que
procuram reforçar e solidificar o regime de Estado de direito e democrático trazido
na Constituição de 1990, através de melhores especificações e aprofundamentos
em disposições já existentes e também pela criação de novas figuras, princípios e
direitos e elevação de alguns institutos e princípios existentes na legislação
ordinária à categoria constitucional.

Um aspecto fundamental de distinção desta Constituição das anteriores é o


“consenso”na sua aprovação, uma vez que ela surge da discussão não só dos
cidadãos, como também da Assembleia da República, representada por diferentes
partidos políticos, o que não se verificou nas Constituições anteriores.

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A Constituição da República de Moçambique de 2004 veio reafirmar, desenvolver
e aprofundar os princípios fundamentais do Estado Moçambicano, isto é, consagrar
o carácter soberano do Estado de direito democrático, baseado no pluralismo de
expressões, organizações partidárias, respeito pelos direitos e liberdades
fundamentais dos cidadãos.

A Constituição da República de 2004 possui 306 artigos, divididos em 17 Títulos,


enquanto a Constituição da República de Moçambique de 1990 tinha 7 Títulos e
212 artigos), contando com uma estrutura que trata sucessivamente, dos princípios
fundamentais, dos direitos fundamentais, da organização económica, da
organização do poder político e da garantia da Constituição.

De uma forma meramente exemplificativa, pode-se citar alguns pontos que ajudam
a entender tal afirmação:

a) No Capítulo I do título referente aos princípio fundamentais, podemos


destacar para além do maior destaque dado a descrição do Estado
moçambicano como de justiça social, democrático, entre outros aspectos de
um Estado de direito, a referência constitucional sobre o reconhecimento do
pluralismo jurídico, o incentivo no uso das línguas veiculares da nossa
sociedade, entre outros;

b) No âmbito da nacionalidade, destaca-se o facto do homem estrangeiro poder


adquirir a nacionalidade moçambicana pelo casamento, quando antes só era
permitido para a mulher estrangeira;

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c) Os direitos e deveres fundamentais dos cidadãos para além de serem
reforçados, ganham maior abrangência. Pode-se citar exemplos de alguns
direitos ou deveres antes que não tinham tratamento constitucional: direitos
dos portadores de deficiência, os deveres para com o semelhante e para com
a comunidade, os direitos da criança, as restrições no uso da informática, o
direito de acção popular, o direito dos consumidores;

d) Para além do pluralismo jurídico, a importância da autoridade tradicional na


sociedade moçambicana passa a ter reconhecimento constitucional. Pode-se
ainda mencionar a terceira idade, os portadores da deficiência, o ambiente e
a qualidade de vida, como novos temas abordados pela Constituição;

e) O Capítulo VI do título IV que se dedica ao tratamento do sistema financeiro


e fiscal em Moçambique, comporta um tema que antes não tinha tratamento
constitucional;

f) É criado um novo órgão político, o Conselho de Estado e um novo órgão de


representação democrática, as Assembleias Provinciais;

g) São criadas as garantias dos cidadãos;

h) No tange à actuação da Administração Pública, são reforçadas com a criação


do Provedor da Justiça;

i) É criado o Conselho Superior de Magistratura Judicial Administrativa.


Importa referir que a Administração Pública e os princípios que norteiam a
sua actuação, também passam a gozar de tratamento constitucional, assim
como a Polícia de Moçambique e o Ministério Público;

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j) Relativamente a actuação da Administração Pública são reforçadas com a
criação do Provedor da Justiça;

k) É criado o Conselho Superior de Magistratura Judicial Administrativa. A


Administração Pública e os princípios que norteiam a sua actuação, também
passam a gozar de tratamento constitucional, assim como a Polícia de
Moçambique e o Ministério Público;

l) O tratamento dado às disposições referentes aos tribunais no título IX da


Constituição da República de Moçambique é mais pormenorizado;

m) É dado destaque o tratamento mais aprofundado às disposições relativas ao


Tribunal Administrativo, pois na Constituição da República de Moçambique
de 1990 tinha 2 artigos;

n) No título XV é tratado com atenção as garantias constitucionais em caso de


estado de sítio e estado de emergência. A revisão da Constituição encontra
limites, tanto no que diz respeito às matérias temporais, procurando-se com
as primeiras salvaguardar as linhas bases que definem o Estado
moçambicano, como por exemplo, a forma republicana do Estado, o sistema
eleitoral e o tipo de sufrágio eleitoral, o pluralismo político, os direitos,
liberdades e garantias fundamentais.

A restrição temporal é de 5 anos após a última revisão (salvo a deliberação


extraordinária de ¾ da Assembleia da República), procurando-se com isto,
os aspectos positivos trazidos com a estabilidade e a solidificação dos
princípios e instituições criadas.

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Esta Constituição veio a sofrer uma revisão pontual, aprovada pela Lei n.⁰
1/2018, de 12 de Junho que aconteceu decorrente da necessidade de ajustá-la
ao processo de consolidação da reforma democrática do Estado, ao
aprofundamento da democracia participativa e a garantia da paz, reiterando o
respeito aos valores e princípios da soberania e da unidade de Estado, ao
abrigo do disposto na alínea a) do n.⁰ 2 do artigo 179 e verificados os
pressupostos dos artigos 291 e 293, todos da Constituição da República.

De referir que nesta revisão pontual da Constituição da República de


Moçambique foram alterados os artigos 8, 135, 137, 138, 139, 159, 160,
166, 195, 204, 226,244, 250, 275, 292 e o Título XII que correspondem ao
novo pacote eleitoral e veio para regular questões eleitorais que se
encontram decorrendo no País.

4.3 Constituição de 2018

A Constituição da República de Moçambique de 2018 veio ajustar o processo de


consolidação da reforma democrática do Estado, ao aprofundamento da
democracia participativa e a garantia da paz, reiterando o respeito aos valores e
princípios da soberania e da unicidade do Estado.

A Constituição da República de Moçambique de 2018 veio operar alterações


profundas nos artigos seguintes: 8, 135, 137, 138, 139, 159, 160,166,195,
204,226,244, 250, 275, 292 e o Título XII.

Basicamente foram introduzidos:

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a) Princípios da descentralização e subsidiariedade;

b) Consagração da autonomia dos órgãos de governação provincial, distrital e


das autarquias locais;

c) Sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico constitui a


regra geral de designação do Presidente da República, dos deputados da
Assembleia da República, dos membros das assembleias provinciais, dos
governadores de Província, das assembleias distritais, dos administradores
de Distrito, dos membros das assembleias autárquicas e dos presidentes dos
conselhos autárquicos;

d) Figura de incompatibilidade entre os cargos;


e) Órgãos centrais do Estado e suas atribuições;
f) Figura de Secretário de Estado na Província;
g) Governação descentralizada;
h) Assembleias Distritais.

5. Conclusões

Como foi acima referenciado, a Constituição da República de Moçambique sofreu


muitas e profundas alterações ao longo dos anos desde a independência nacional
até aos nossos dias com pretensões marcadamente visando ajustar à realidade e às
necessidades de cada período.

De salientar a primeira de todas as Constituições, a Constituição da República de


Moçambique de 1975 por ter sido a base de evolução das posteriores e ser um
ponto de partida para analisarmos a Constituições de 1990, 2004 e 2018.
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Assim, as diferenças marcantes são as seguintes:

Constituição da Repúbica de Moçambique de 1990

a) A Constituição da República de Moçambique de 1990 veio introduzir o


Estado de direito democrático que se funda na separação de poderes,
pluralismo político, liberdade de expressão e respeito pelos direitos
fundamentais, quer dizer, com a Constituição de 1990, Moçambique pela
primeira vez introduz o sistema multipartidário, onde nas vésperas das
primeiras eleições gerais multipartidários haviam sido legalizados 18
partidos políticos;

b) a Constituição da República de Moçambique de 1990 foi elaborado no


contexto das negociações de paz que culminaram com a assinatura do
Acordo Geral de Paz, Roma, Itália e marcou uma ruptura radical com o
passado, consagrando a transição de uma economia centralizada para
liberalização da economia e subsequente início da extinção das empresas
estatais, dando início a um verdadeiro exercício democrático consagrado no
sufrágio universal, da liberdade de expressão, da liberdade de reunião e de
associação e, fundamentalmente, ocorre a transição de um sistema
monopartidário para a democracia multipartidária e tendo o cidadão, como
figura central no que concerne ao Estado.

Constituição da Repúbica de Moçambique de 2004

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 A Constituição da República de Moçambique de 2004 veio reafirmar,
desenvolver e aprofundar os princípios fundamentais do Estado
Moçambicano, isto é, consagrar o carácter soberano do Estado de direito
democrático, baseado no pluralismo de expressões, organizações partidárias,
respeito pelos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos;
 A Constituição da República de 2004 possui 306 artigos, divididos em 17
Títulos, enquanto a Constituição da República de Moçambique de 1990
tinha 7 Títulos e 212 artigos), contando com uma estrutura que trata
sucessivamente, dos princípios fundamentais, dos direitos fundamentais, da
organização económica, da organização do poder político e da garantia da
Constituição.

Constituição da Repúbica de Moçambique de 2018

 A Constituição da República de Moçambique de 2018 veio ajustar o


processo de consolidação da reforma democrática do Estado, ao
aprofundamento da democracia participativa e a garantia da paz, reiterando o
respeito aos valores e princípios da soberania e da unicidade do Estado.

 A Constituição da República de Moçambique de 2018 veio operar alterações


profundas nos artigos seguintes: 8, 135, 137, 138, 139, 159, 160,166,195,
204,226,244, 250, 275, 292 e o Título XII.

Bibliografia

 Constituição da República de Moçambique de 1975


 Constituição da República de Moçambique de 1990
 Constituição da República de Moçambique de 2018
14
 Lei n.⁰ 1/2018, de 12 de Junho

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