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Observar-se que em 1974 de 25 de Abril, verificou uma revolução dos escravos nas colónias do
governo ultramar português, e Moçambique, antiga colónia ultramar portuguesa antes
denominada Mussa Mbiki, não ficou para atrás, pelo devido a esta situação, o Governo colonial
português, ficou obrigado a conceder independência as mesma por força da Lei n.7/74 de 27 de
Julho, materalizado em um programa do Movimento das Forças Armadas, que concedeu as
colónias portuguesas, independência e capacidade de autodeterminação, estabelecendo assim
uma constituição provisória, com 3 preceitos importantes (GOUVEIA, 2015):
Mediante este programa Moçambique criou o seu primeiro Governo provisório administrado,
pela FRELIMO, estabelecendo normas e regras para a convivência social do povo e o Estado,
concretizado com o acordo de paz de 1974 de 7 de Setembro, mediante o qual estabeleceu-se a
independência do Pais, delimitada nos seguintes preceitos:
Reconhecimento por Portugal do direito do povo de Moçambique à independência;
A definição das estruturas governativas de transição até à independência: um Alto-
Comissário, um Governo de Transição e uma Comissão Militar Mista1.
A afirmação da soberania de Moçambique independente.
Esta constituição provisória não estabelecia um regime político, estabelecia uma corrida as
nacionalizações do bem público português, estabelecia uma centralização do poder legislativo,
judicial, judiciário, executivo, económico e bens materiais para o governo provisório. Não existia
um estado Moçambicano.
Esta estabelecia em 25 de Junho de 1975, ao mesmo que foi proclamada a independência do Pais
e estabelecido o Estado Moçambicano, regido por seus próprios princípios, normas, regras e
estruturas de governação. Esta constituição juridicamente caracterizava-se por estabelecer:
1
um Alto-Comissário, nomeado pelo Presidente da República Portuguesa; – um Governo de Transição, com
ministros nomeados por acordo entre a FRELIMO e o Estado Português, na proporção de dois terços e um terço,
respectivamente;
– uma Comissão Militar Mista, nomeada por acordo entre o Estado Português e a FRELIMO, em número igual de
membros para ambas as partes
Estabelecia para administração do Estado os seguintes órgãos:
Sistema socialista emigrando para o capitalista - regime económico abria-se aos poucos
para exploração privada e investimento internacional privado (art.41 e 45 todos da CRM-
1990), a coisa era pública e devia ser repartida, sem propriedade privada;
Sistema de centralização de poderes – porem não se falava de domínio da FRELIMO,
mas o partido no poder podia tomar todas decisões a nível político com maior enfoque
para a posição do presidente da República, com alguma separação de poder, no entanto a
nível legislativo observar-se a introdução da Assembleia de República como único órgão
legislativo (art.133 da CRM-1990), e o executivo a introdução da administração
provincial;
Regime Multipartidário – abriu-se mais espaço para concorrência e eleições partidárias
(art.31 e art.128 todos da CRM-1990);
Introdução do sistema de justiça acusatório – Incorporação da política de separação de
poderes entre o julgado e o acusador.
Introdução do sistema presidencial ou presidencialismo – O Presidente após as eleições é
o chefe do Estado, chefe do governo e lidera o poder executivo (art.117 da CRM 1990);
Introdução e actuação poder derivado da Constituição para a sua alteração e iniciativa por
parte do chefe do Estado e 1/3 - um terço dos deputados, ( art.198 da CRM de 1990)
Introdução do Estado de direito democrático.
Observar-se que tocante a CRM 2004, este surge como forma de consolidação da preestabelecida
constituição democrática de 1990, pelo que vem reforçar a ideia de um estado uno e indivisível e
Estado de Direito democrático, mas também vem a introduzir novas realidades jurídicas tais
como: