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4ª - Constituição de 1937
Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas deu um golpe de Estado e assumiu poderes
ditatoriais. Ele revogou a Constituição de 1934, dissolveu o Congresso e outorgou ao país, sem
qualquer consulta prévia, a Carta Constitucional do Estado Novo, de inspiração fascista, com a
supressão dos partidos políticos e concentração de poder nas mãos do chefe supremo do
Executivo. Essa Carta é datada de 10 de novembro de 1937.
Entre as principais medidas adotadas, destacam-se:
Instituição da pena de morte;
Supressão da liberdade partidária e da liberdade de imprensa;
Anulação da independência dos Poderes Legislativo e Judiciário;
Restrição das prerrogativas do Congresso Nacional;
Permissão para suspensão da imunidade parlamentar;
Prisão e exílio de opositores do governo;
Eleição indireta para presidente da República, com mandato de seis anos.
5ª - Constituição de 1946
Essa Constituição, datada de 18 de setembro de 1946, retomou a linha democrática de
1934 e foi promulgada de forma legal, após as deliberações do Congresso recém-eleito, que
assumiu as tarefas de Assembleia Nacional Constituinte.
Entre as medidas adotadas, estão o restabelecimento dos direitos individuais, o fim da
censura e da pena de morte. A Carta também devolveu a independência ao Executivo,
Legislativo e Judiciário e restabeleceu o equilíbrio entre esses poderes, além de dar autonomia
a estados e municípios. Outra medida foi a instituição de eleição direta para presidente da
República, com mandato de cinco anos.
As demais normas estabelecidas por essa Constituição foram:
Incorporação da Justiça do Trabalho e do Tribunal Federal de Recursos ao Poder Judiciário;
Pluralidade partidária; direito de greve e livre associação sindical; e
Condicionamento do uso da propriedade ao bem-estar social, possibilitando a desapropriação por
interesse social.
6ª - Constituição de 1967
O contexto predominante nessa época era o autoritarismo e a política da chamada
segurança nacional, que visava combater inimigos internos ao regime, rotulados de
subversivos. Instalado em 1964, o regime militar conservou o Congresso Nacional, mas
dominava e controlava o Legislativo. Dessa forma, o Executivo encaminhou ao Congresso uma
proposta de Constituição que foi aprovada pelos parlamentares e promulgada no dia 24 de
janeiro de 1967.
Mais sintética do que sua antecessora, essa Constituição manteve a Federação, com
expansão da União, e adotou a eleição indireta para presidente da República, por meio de
Colégio Eleitoral formado pelos integrantes do Congresso e delegados indicados pelas
Assembleias Legislativas. O Judiciário também sofreu mudanças, e foram suspensas as
garantias dos magistrados.
Essa Constituição foi emendada por sucessiva expedição de Atos Institucionais (AIs), que
serviram de mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, dando
a eles poderes extra-constitucionais. De 1964 a 1969, foram decretados 17 atos institucionais,
regulamentados por 104 atos complementares.
Um desses atos, o AI-5, de 13 de dezembro de 1968, foi um instrumento que deu ao
regime poderes absolutos e cuja primeira consequência foi o fechamento do Congresso
Nacional por quase um ano e o recesso dos mandatos de senadores, deputados e vereadores,
que passaram a receber somente a parte fixa de seus subsídios. Entre outras medidas do AI-
5, destacam-se:
Suspensão de qualquer reunião de cunho político;
Censura aos meios de comunicação, estendendo-se à música, ao teatro e ao cinema;
Suspensão do habeas corpus para os chamados crimes políticos;
Decretação do estado de sítio pelo presidente da República em qualquer dos casos previstos na
Constituição;
Autorização para intervenção em estados e municípios. O AI-5 foi revogado em 1978.
Estrutura da
Constituição
Federal
O seguinte critério de classificação é a junção dos métodos dos mestres Alexandre de Moraes e Manoel Gonçalves Ferreira
Filho.
Constituição escrita é o conjunto de regras codificadas e sistematizadas em um único documento, caracterizando-se por ser a
lei fundamental de uma sociedade.
Escrita é a Constituição posta em um documento solene, reduzida à forma escrita, elaborada pelo órgão constituinte, resultante
de um processo de reflexão e materializada de uma só vez, num só ato. Daí sua vinculação às constituições dogmáticas.
A Constituição Brasileira vigente foi promulgada, isto é, fruto de um Poder Constituinte, composto de representantes do povo,
eleitos para o fim de a elaborar e estabelecer, através de uma Assembleia Constituinte.
Promulgada, pois, é a Constituição tida por democrática, aquela produzida pelo órgão constituinte composto de representantes
do povo.
Rígidas são as Constituições somente alteráveis mediante processos solenes e com exigências de formas especiais, diferentes
e mais difíceis do que os determinados para criação das demais leis ordinárias ou complementares.
As Constituições rígidas são aquelas que necessitam de um processo formal, que lhes dificulta a alteração de seu texto,
estabelecendo mecanismos parlamentares específicos, quórum para a aprovação com maiorias especiais, competência restrita
para propor a sua alteração, além de limites temporais, circunstanciais e materiais para o funcionamento do poder de reforma.
A Constituição Brasileira vigente é dogmática porque é codificada e sistematizada num texto único. Sistematiza os dogmas ou
ideias fundamentais da teoria política e do Direito dominantes no momento.
Ela mostra-se como produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, a partir de princípios e ideias fundamentais da
teoria política e do direito dominante.
Registre-se, também o entendimento do mestre Manoel Gonçalves (2006, p.13) que, sabiamente relaciona e condiciona as
Constituições dogmáticas às Constituições escritas:
Como a Constituição escrita é sempre o fruto da aplicação consciente de certos princípios ou dogmas, enquanto a não-escrita
é produto de lenta síntese histórica, levando-se em conta a sua fonte de inspiração, as primeiras são também
ditas Constituições dogmáticas, e as últimas, Constituições históricas.
É o peculiar modo de existir do Estado, reduzido, sob forma escrita, a um documento solenemente estabelecido pelo Poder
Constituinte e somente modificável por processos estabelecidos pela própria Constituição.
Constituições que examinam e regulamentam todos os assuntos que entendam relevantes à formação, destinação e
funcionamento do Estado.
Constituição analítica, como a atual Constituição da República Federativa do Brasil, é aquela que traz no seu texto regras que
poderiam ser deixadas para serem tratadas em normas infraconstitucionais, pois a perspectiva de permanência destas normas
é inferior à da norma tipicamente constitucional.
Alguns pontos específicos marcam a diferença entre um texto sintético e um analítico, sendo características deste último:
Em uma Constituição analítica, quanto maior e mais detalhado for seu texto, menor será o espaço para os processos informais
de mudança constitucional, valorizando os processos formais de reforma constitucional, e consequentemente, de uma certa
maneira, a mudança constitucional, através da democracia representativa, em processos lentos e difíceis (no caso de uma
Constituição rígida).
O Brasil adotou uma Constituição analítica, que representou um passo significativo, no início da construção da democracia no
país. A Constituição de 1988 traz um amplo leque de direitos fundamentais e de garantias de várias espécies, representando
modelo de Constituição Social, que pode permitir a construção de um Estado efetivamente democrático.
Logo, conclui-se que a atual Constituição Federal Brasileira (1988) apresenta a seguinte classificação: escrita, promulgada
(democrática, popular), rígida, dogmática, formal e analítica.
Embora tendo condições de produzir todos os seus efeitos quando da entrada em vigor
da CF, podem ter sua abrangência reduzida por normas infraconstitucionais posteriores,
sofrendo restrições em sua eficácia e aplicabilidade originais, ou até mesmo pela incidência de
outras normas constitucionais na previsão de situações especiais, como da decretação de
estado de defesa ou de sítio (arts. 136, § 1 º e 139: restringem o art. 5º, XVI), bem como por
motivos de ordem pública, bons costumes e paz social.
Enquanto não existir uma outra norma que venha a restringir a abrangência de tal norma
constitucional, esta terá aplicabilidade integral. Sua aplicação original e integral não depende
de intervenção do legislador, mas sua eficácia plena é passível de restrição por parte dele, por
exemplo, uma lei ordinária.
Em regra, estas normas são as que tratam de direitos individuais ou de entidades públicas
ou privadas, que são passíveis de limitação por uma lei futura, como o direito de greve no
art. 9º daCF, que foi restringido, conforme já previsto no § 1º, pela lei7.783/89, no que se refere
a serviços e atividades essenciais.
Outros exemplos são os artigos: 5º, XII (que trata do sigilo das comunicações, restringido
pela lei 9.296/96) e 5º, XIII (restringido pelo Estatuto da OAB, no que se refere ao exercício da
advocacia).
23 Princípios fundamentais.
Princípios Fundamentais na Constituição do Brasil é o termo referente a um conjunto
de dispositivos contidos na Constituição brasileira de 1988 destinados a estabelecer as bases
políticas, sociais, administrativas e jurídicas da República Federativa do Brasil. São as noções
que dão a razão da existência e manutenção do Estado brasileiro.
Sendo o Brasil um Estado democrático de direito, os princípios fundamentais se
apresentam como sendo os objetivos deste complexo sistema chamado direito.
Tais princípios apresentam-se entre os artigos 1º ao 4º, encampando uma gama
substancial de definições e objetivos a serem respeitados, mantidos e alcançados dentro de
todo território nacional.
O primeiro artigo da Constituição apresenta os fundamentos de existência e manutenção
do Estado:
Soberania;
Cidadania;
Dignidade da pessoa humana;
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Pluralismo político.
Direitos coletivos
Direitos difusos
Direitos de Grupos
Nacionalidade é um vínculo jurídico, de direito público interno, entre uma pessoa e um Estado.
A nacionalidade pressupõe que a pessoa tenha determinados direitos frente ao Estado de que
é nacional, como o direito de residir e trabalhar no território do Estado, os direitos de votar e de
ser votado, o direito de não ser expulso ou extraditado, o direito à proteção do Estado, dentre
outros.
A verificação da nacionalidade de uma pessoa é importante, pois permite distinguir entre
nacionais e estrangeiros, que têm direitos diferentes. Ademais, nos Estados que adotam o
critério da nacionalidade (lex patriæ) para reger o estatuto pessoal, a determinação da
nacionalidade da pessoa é imprescindível ao direito internacional privado. Por último, na
aplicação da proteção diplomática à pessoa no exterior, é essencial conhecer a sua
nacionalidade.
Por outro lado, a nacionalidade constitui certos deveres para a pessoa em relação ao
Estado como por exemplo, o serviço militar obrigatório em alguns países.
A nacionalidade de uma pessoa jurídica costuma ser a do Estado sob cujas leis foi
constituída e registrada.
A nacionalidade é uma relação de direito público interno; o corolário desta definição é o
princípio de que as questões relativas à aquisição ou perda de uma nacionalidade específica
são, via de regra, reguladas pelas leis do Estado cuja nacionalidade é reivindicada ou
contestada. Em outras palavras, cada Estado define, de maneira exclusiva, a sua própria
nacionalidade, a quem atribuí-la e de quem retira-la. Os eventuais tratados internacionais sobre
nacionalidade são aplicáveis apenas aos Estados que consentiram e a eles submeteram nos
termos do direito internacional. Evidentemente, uma vez que um Estado assuma um
compromisso juridicamente vinculante acerca de nacionalidade, no campo do direito
internacional, está obrigado a cumpri-lo.
A nacionalidade pode ser adquirida pela pessoa natural no momento do nascimento
(aquisição originária) ou posteriormente, por meio da naturalização, quer voluntária, quer
imposta (aquisição derivada ou secundária).
Nacionalidade Originária
A nacionalidade originária é atribuída no momento do nascimento e constitui-se na
principal forma de concessão da nacionalidade por um Estado podendo ser adquirida de duas
formas:
jus sanguinis; ou
jus soli.
Nacionalidade brasileira
A Constituição Federal de 1988 adota, para a concessão da nacionalidade brasileira
originária, critérios que mesclam aspectos de jus soli e jus sanguinis. Seu artigo 12 define que
são brasileiros natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil (em território brasileiro), ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiro, desde que qualquer um deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileiros que não estejam a serviço da
República federativa do Brasil, desde que sejam registrada em repartição brasileira
competente, (embaixada ou consulado brasileiro) ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e opte a qualquer tempo depois de atingido a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Por território brasileiro, entende-se:
1. espaço terrestre delimitado pelas fronteiras geográficas;
2. mar territorial;
3. espaço aéreo;
4. navios e aeronaves de guerra brasileiros;
5. embarcações comerciais brasileiras, ainda que em alto mar ou exercendo o direito de passagem
inocente pelo mar territorial estrangeiro, e
6. aeronaves civis brasileiras, ainda que em voo sobre espaço aéreo internacional ou estrangeiro.
Nacionalidade derivada
É adquirida mediante naturalização, definida como o ato pelo qual na forma da lei o
estrangeiro adquire a nacionalidade de outro país. Costuma ocorrer mediante solicitação,
escolha ou opção do indivíduo e por concessão do Estado cuja nacionalidade é solicitada.
Em tese, há casos de naturalização não diretamente solicitada e, por vezes, até mesmo
forçada. É exemplo do primeiro caso a chamada "grande naturalização" empreendida
pela constituição do Império do Brasil, que tornou brasileiros todos os
nacionais portugueses que mantiveram sua residência no país após a independência, em
1822.
A aquisição derivada da nacionalidade brasileira, ou seja, a concessão
de naturalização ao estrangeiro residente em território nacional, é regulada pelo Artigo 12, II,
da constituição brasileira, sendo sua concessão faculdade do Poder Executivo, por meio
de portaria do Ministro da Justiça, segundo o exposto no artigo 111 da lei n° 6.815 de 1980. A
Constituição federal prevê a aquisição da nacionalidade brasileira:
a) aos que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; e
b) aos estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes no Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Polipatria e apatridia
Idealmente, para evitar conflitos jurídicos, cada pessoa deveria ter apenas uma
nacionalidade, sendo, portanto, súdito de apenas um Estado. Na prática, porém, podem ocorrer
casos de indivíduos com mais de uma nacionalidade (polipatria). Tais casos surgem quando
há uma concorrência positiva dos critérios de jus sanguinis e jus soli. Um exemplo hipotético é
o caso de nascimento, no Brasil (a lei brasileira adota o critério do jus soli como regra geral), de
um filho de pai italiano e mãe alemã (a Alemanha e a Itália adotam o critério do jus sanguinis):
o filho será brasileiro (jus soli), italiano (jus sanguinis) e alemão (jus sanguinis). Outro exemplo
hipotético é o nascimento, no Brasil, do filho de um casal de alemães: o filho será brasileiro,
porque nasceu no Brasil, e ao mesmo tempo alemão, porque descende de pais alemães.
O outro extremo é a apatridia: a concorrência negativa dos critérios de jus sanguinis e jus
soli. Por exemplo, sejam, por hipótese, as regras atribuidoras de nacionalidade do Uruguai e da
Itália apenas o jus soli e o jus sanguinis, respectivamente. O filho de uruguaios nascido em
território italiano não teria nem a nacionalidade uruguaia (pois não nasceu no Uruguai) nem a
italiana (não é descendente de italianos). Seria, neste caso hipotético, apátrida, ou seja, sem
nacionalidade.
A Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, representa um esforço da
comunidade internacional no sentido de evitar ou mitigar a apatridia, ao estipular que os
Estados-membros devem conferir aos apátridas os mesmos direitos outorgados aos
estrangeiros.
Em outras palavras esse inciso impede a extradição de qualquer brasileiro nato, seja qual
for o motivo da solicitação, atenção não confundir entrega com extradição.
Cidadania
A cidadania (do latim,civitas,"cidade"), em Direito, é a condição da pessoa natural que,
como membro de um Estado, encontra-se no gozo dos direitos que lhe permitem participar da
vida política.
A cidadania é o conjunto dos direitos políticos, que lhe permitem intervir na direção dos
negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do
governo e na sua administração, seja ao votar (capacidade eleitoral ativa), seja ao ser votado
(capacidade eleitoral passiva).
A nacionalidade é pressuposto da cidadania, ser nacional de um Estado é condição
primordial para o exercício dos direitos políticos. Entretanto, se todo cidadão é nacional de um
Estado, nem todo nacional é cidadão os indivíduos que não estejam investidos de direitos
políticos podem ser nacionais de um Estado sem serem cidadãos.
No Brasil os direitos políticos são regulados pela Constituição Federal em seu art. 14,
que estabelece como princípio da participação na vida política nacional o sufrágio universal.
Nos termos da norma constitucional, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os
maiores de dezoito anos, e facultativos para os maiores de dezesseis e menores de dezoito, os
maiores de setenta e aos analfabetos.
A Constituição proíbe o alistamento eleitoral dos estrangeiros e dos brasileiros conscritos
no serviço militar obrigatório, considera a nacionalidade brasileira como condição de
elegibilidade e remete à legislação infraconstitucional a regulamentação de outros casos de
inelegibilidade (lei complementar n. 64, de 18 de maio de 1990).
Na ordem jurídica brasileira, a raiz constitucional de todos os direitos políticos pode ser
identificada no parágrafo único do art. 1° da CF/88, que dispõe: "Todo o poder emana do povo,
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição". Este dispositivo encontra subsequente especificação nos artigos 14, 15 e 16 da
Constituição (Título II, Dos Direitos e Garantias Fundamentais, Capítulo IV, Dos Direitos
Políticos). Observe-se que os direitos e garantias individuais e o voto direto, secreto, universal
e periódico constituem cláusulas pétreas da Constituição brasileira, não podendo ser objeto
de emenda (art. 60, § 4°, II e IV) .
As normas infraconstitucionais brasileiras mais importantes relativas a direitos políticos
são:
Lei n.° 4.737, de 15.07.1965 (Código Eleitoral)
Lei n.° 9.096, de 19.09.1995 (dispõe sobre partidos políticos)
Lei n.° 9.614, de 30.09.1997 (estabelece normas para as eleições)
Lei n.° 9.029, de 18.11.1998 (regulamenta a execução de plebiscitos, referendos e iniciativa popular)
Lei Complementar n.° 64, de 18.05.1990 (estabelece casos de inelegibilidade), alterada pela Lei
Complementar n.° 81, de 13.04.1994.
Lei Complementar n.° 135, de 2010 (a Lei da Ficha Limpa, emendada à Lei Complementar n.° 64, de
18.05.1990)
Os partidos políticos no Brasil existem desde a primeira metade do século XIX. Mais de
200 agrupamentos surgiram nesse período, porém nenhum deles durou muito. Não existem
partidos centenários no Brasil, como é comum, por exemplo, nos Estados Unidos, onde os
partidos Democrata (desde 1790) e Republicano (desde 1837) alternam-se no poder.
Frequentemente, os partidos brasileiros foram forçados a ter de começar, praticamente do
zero, uma nova trajetória: tais rompimentos ocorreram pela implantação da República, em
1889, que sepultou os partidos monarquistas; pela Revolução de 1930, que desativou os
partidos republicanos “carcomidos”; pelo Estado Novo (1937-1945), o qual vedou a existência
de partidos; e pelo Regime Militar de 1964, que confinou manu militari os partidos políticos a
um artificial bipartidarismo.
Alguns autores, como José Honório Rodrigues, consideram que o Brasil sempre foi
dominado por um só partido – o das classes proprietárias ou "o Partido do Patriciado"; o único
partido realmente governante da história nacional. Seus partidários, no poder desde os tempos
coloniais, quando monopolizaram o acesso às terras, à mão-de-obra e aos principais cargos
públicos, adaptam-se aos tempos, assumindo a forma e a feição necessária mais conveniente
ao momento. Ora conservadoras, ora modernizadoras, ora reacionárias, ora progressistas, é
sempre a mesma casta e seus descendentes, que prefere a conciliação ao conflito, que conduz
as coisas maiores no Brasil.
Para Rodrigues, nem na Independência deu-se o rompimento com a oligarquia que
governava o País, tendo mantido-se sempre uma continuidade histórica entre as diversas
sucessões de regimes políticos. Reconhecendo a existência de duas correntes de opinião, “a
tradicionalista e conservadora”, defensora do status quo, e a outra, a “mameluca”, mais popular
e radical, ele reconhece a vitória histórica da primeira.
Um caso que bem ilustra e corrobora essa tese é o de Afonso Arinos de Melo Franco, que
participou da redação da Constituição Federal de 1967. Seu avô, o Conselheiro Cesário Alvim,
foi um homem do Império e participou da redação da Constituição republicana de 1891. Afrânio
de Melo Franco (cuja esposa era da família do ex-Presidente Rodrigues Alves), seu pai, atuou
na Constituição de 1934, e ele, por sua vez, participou da redação da Constituição de
1967. Gustavo Franco, seu sobrinho, foi presidente do Banco Central, entre 1997-1999.
Império do Brasil
Até 1837, não se pode falar, a rigor, em partidos políticos no Brasil. Nesse ano, formaram-
se as duas agremiações que caracterizaram o Segundo Reinado, a dos Conservadores,
chamado Partido Conservador (saquaremas) e a dos Liberais, chamado Partido
Liberal (luzias).
Esses partidos, bem como o Partido Republicano Paulista, foram os partidos de mais
longa duração no Brasil.
Os conservadores defendiam um regime forte, com autoridade concentrada no Trono e
pouca liberdade concedida às Províncias. Os liberais inclinavam-se pelo fortalecimento do
Parlamento e por uma maior autonomia provincial. Ambos eram pela manutenção do regime
escravista, mas os liberais aceitavam a sua supressão, conduzida por um processo lento e
gradual que conduziria, enfim, à abolição da escravatura.
Naquela época, poucos votavam, pois o voto era hierárquico, baseado em no sufrágio
censitário, por meio do Decreto nº 3.029, de 9 de janeiro de 1881 (Lei Saraiva). As eleições
eram realizadas em dois turnos, a saber: as assembleias paroquiais escolhiam os eleitores das
Províncias, e estes, por seu turno, escolhiam os representantes da Nação e das Províncias.
Tanto conservadores como liberais pertenciam a mesma classe social, a dos proprietários de
terras, de bens e de escravos. Dentre os liberais, havia mais comerciantes, jornalistas e
populações urbanas em geral.
República Velha
O Manifesto Republicano foi assinado por Quintino Bocaiúva, em Itu/SP, em 3 de
dezembro de 1870, e provocou a fundação de um partido republicano. Sua primeira convenção
criou o Partido Republicano Paulista (PRP).
A república implantada a partir da Proclamação da República, em 15 de novembro de
1889, foi um golpe militar, obra de generais, e contou com escassa presença de republicanos
autênticos. No âmbito regional, mesmo assim surgiram partidos como o Partido Republicano
Paulista e o Partido Republicano Mineiro que foram importantes na aplicação da chamada
"Política dos Governadores", iniciada em 1894. A maior parte dos Partidos Republicanos dirigiu
os governos estaduais no período 1889-1930. Vale mencionar ainda o Partido Libertador
(1928) de Assis Brasil, no RS, ou o Partido Democrático, formado em 1926 por Antônio Prado,
em SP. A "Política dos Governadores" acabou por desestimular a formação de agremiações
nacionais (os Partidos Republicanos Federais/ Liberais e Conservadores pretendiam agregar
forças políticas no país inteiro, mas não foram adiante). Os partidos oposicionistas estaduais
tiveram pouco sucesso no período.
Assim, no âmbito federal foram apenas alguns agrupamentos que receberam o nome de
"partido político" mas tiveram vida efêmera, para atenderem circunstâncias especiais. Alguns
exemplos: Partido Republicano Federal (1893), de Francisco Glicério; Partido Republicano
Conservador (1910), de Pinheiro Machado e Quintino Bocaiúva; Partido Republicano Liberal
(1913), de Rui Barbosa e o Partido Democrático Nacional (1927) de Antônio Prado.
Apesar de haver a Lei nº 1.269 de 1904 que admitia a "representação das minorias"
apenas com a Reforma constitucional de 1926 é que tornou-se obrigatória.
Outra lei, a de nº 3.139 de 1916 atribuía às autoridades judiciarias a qualificação para as
eleições federais mas, apesar disso, as chamadas "mesas eleitorais" é que eram as
responsáveis pelas triagens de votos e "primeira fonte de fraudes eleitorais do período".
Esses partidos regionais favoreceram a adoção do coronelismo e de suas conhecidas
práticas: democracia e eleições "de fachada", com seus resultados sempre manipulados pelo
coronel local, pelo cabo-eleitoral e pelo curral eleitoral, com a função básica de garantir
resultados satisfatórios ao grupo governante.
Essas práticas, que feriam o princípio básico do sistema republicano, geraram a violência
política que eclodiu em vários movimentos, tais quais: o Tenentista (1922-27); a Revolução de
1923, no Rio Grande do Sul; e a Revolta de Princesa, na Paraíba (1928).
Tais partidos regionais conviveram, por alguns anos, com os partidos ideológicos
nacionais, como o Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em 1922, e a Ação Integralista
Brasileira (AIB), de 1932.
Partidos ideológicos
O Brasil também acolheu as ideologias extremistas que surgiram depois da Primeira
Guerra Mundial, a saber: o comunismo e o fascismo. Em 1922, foi fundado o Partido
Comunista do Brasil (PCdoB), vinculado à Terceira Internacional Comunista, com sede
em Moscou e liderado por Luís Carlos Prestes. Dez anos depois, em 1932, foi a vez da
fundação da AIB, inspirada no movimento fascista italiano e no movimento Falange Espanhola,
comandada pelo chefe Plínio Salgado.
Ambos os partidos tentaram depor o regime de Getúlio Vargas, por meio de um golpe. O
PCdoB foi o principal articulador da frente que se escudou na Aliança Nacional
Libertadora (ANL) e foi responsável pela fracassada Intentona Comunista (por se considerar
um movimento revolucionário, é correto substituir-se por "Levante Comunista"), de 27 de
novembro de 1935, enquanto a AIB tentou assaltar o Palácio da Guanabara, em 12 de maio de
1938, para derrubar o governo do Estado Novo que os excluíra do poder.
No período pós Revolução de 1930, até o advento do Estado Novo, manteve-se o sistema
de partidos estaduais, com alguma maior fragmentação e representatividade dos partidos
oposicionistas, todos de caráter estadual. Apareceram a Liga Eleitoral Católica (LEC), em
dezenas de estados, sem organicidade nacional, porém, e partidos ligados à nova ordem
disputando espaço com as antigas legendas oligárquicas.
Função de proteção
Dentre as funções jurídico-objetivas que a dogmática constitucional moderna reconhece
nos direitos fundamentais em geral, sem dúvida, a proteção é a mais importante. A
insuficiência da função clássica de defesa assim se revelou na medida em que se percebeu
que riscos aos direitos fundamentais de liberdade, de igualdade ou não discriminação não se
originam exclusivamente do poder do Estado. A afirmação do poder econômico e social privado
por intermédio de corporações, grupos econômicos, organizações ou associações de
interesses setoriais impõe riscos ao desenvolvimento com liberdade e igualdade de condições
que a teleologia do sistema de valores constitucionais oportuniza às pessoas.
Primeiro ramo da ciência jurídica moderna a propor a ultrapassagem do conceito de
igualdade formal para a igualdade material, graças ao conteúdo ético que a questão social viria
a propor para o direito civil contemporâneo à revolução industrial, para o Direito do Trabalho
não constitui novidade a norma consistente no princípio da proteção, essa dirigida a reparar a
desigualdade material entre o prestador e o tomador do trabalho. A norma em apreço histo-
ricamente foi fundamento desse ramo do direito, e obteve desdobramento nos princípios em
geral que regem o Direito do Trabalho.
Diante do rumo que tomou o direito constitucional moderno, observa-se a atualidade do
princípio da proteção. Mas sua base não repousa mais no direito infraconstitucional. A partir da
Constituição de 1988, com o trânsito do núcleo do Direito do Trabalho da CLT e da legislação
do trabalho de matriz infraconstitucional para a Constituição, o princípio em apreço passou a
ter fundamento constitucional. Isso, ademais, é confirmado pelas referências que a proteção
obtém no art. 7º da Constituição, a começar pelo seu inciso I17.
A função jurídico-objetiva em apreço possui significado especial enquanto proteção em
face de riscos oriundos de organização econômica e social cada vez mais dependente da
técnica e da competição, por isso mesmo causando agravos e doenças de variada tipologia
aos indivíduos em geral e aos trabalhadores em particular. É por isso que a função jurídico-
objetiva traduzida na proteção possui um lugar essencial na dogmática mais atualizada dos
direitos fundamentais em geral e do trabalho em particular. Ela passa a constituir referência
necessária ao intérprete e aplicador quando confrontado com a efetivação desses direitos que,
de par com as prestações materiais tradicionalmente oriundas da relação de emprego ou
trabalho, atualmente também envolvem reparações oriundas de acidentes e doenças do
trabalho, reparações essas dirigidas a proteger quem vive do trabalho, e bem assim de seus
direitos de personalidade.
3.2.2 A irradiação dos direitos fundamentais no ordenamento infraconstitucional
A irradiação de eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas decorre do fato
de a Constituição ter assumido centralidade nos sistemas jurídicos contemporâneos. Nesse
sentido, os direitos fundamentais incidem em domínios nos quais classicamente não se
cogitava pudessem incidir, de sorte que passam a ser referência para a interpretação e
aplicação das regras do ordenamento infraconstitucional. Como tal, exercem função jurídico-
objetiva que transcende a ideia de que direitos fundamentais correspondem exclusivamente a
um direito subjetivo.
Em razão do estatuto jurídico que extenso rol de direitos do trabalho alcançou na
Constituição de 1988, a dogmática jurídica voltada a esses direitos fundamentais, aos direitos
do trabalho e respectivos institutos que se encontram na legislação infraconstitucional, às
cláusulas normativas e também às cláusulas dos contratos de trabalho haverá de se orientar a
partir do núcleo do Direito do Trabalho agora situado na Constituição. De par com a vinculação
direta que os direitos fundamentais do trabalho ensejam nas relações de emprego e de traba-
lho, tema a que voltarei adiante, em seu conjunto também irradiam eficácia no ordenamento
infraconstitucional em geral, valendo como diretriz interpretativa para o aplicador do direito
confrontado com relações marcadas pela assimetria.
A eficácia irradiante mantém relação estreita com a função de proteção, na medida em
que também voltada a proporcionar liberdade e igualdade ao indivíduo vulnerável frente a
forças econômicas e sociais que exercem poder. O legislador democraticamente eleito possui
legitimidade para conformar relações sociais de forma assimétrica nos limites da Constituição,
contanto que isso não implique privilégios nem resulte em cidadãos sem defesa ou
desprotegidos18.
3.2.3 Interpretação conforme aos direitos fundamentais
Há um terceiro elemento jurídico-objetivo dos direitos fundamentais – a interpretação
conforme aos direitos fundamentais – que vem a ser um subcaso ou espécie de interpretação
conforme a Constituição. Por meio dessa objetivação jurídica afirma-se a necessidade de a
legislação infraconstitucional ser interpretada em consonância com os direitos fundamentais se
o texto da prescrição jurídica sob interpretação contiver mais de uma norma passível de
aplicação a um caso concreto19. A doutrina constitucional costuma referir essa possibilidade a
hipóteses em que presentes cláusulas gerais ou conceitos jurídicos indeterminados. A escolha
da norma aplicável deverá corresponder àquela que melhor expresse os direitos fundamentais
e os princípios e valores neles concretizados, conforme já reiterado no presente trabalho.
A interpretação conforme aos direitos fundamentais não permite que a determinação
prescrita no texto sob interpretação possa ser transposta. Ou seja, quando a diretiva expressa
nos direitos fundamentais pede uma nova determinação do preceito infraconstitucional sob
interpretação, para que com eles possa ser afirmada sua conformidade, não será mais
hipótese de interpretação conforme, mas de inconstitucionalidade da prescrição jurídica
infraconstitucional.
Quando se trata de Chefia de Estado, há vários cargos que podem representar o administrador
máximo, dependendo do tipo de regime político adotado. Em uma democracia que se vale
do Presidencialismo, o Presidente é o governante supremo. Neste caso, o posto político é
resultado da autoridade superior dentro do Poder Executivo, o que concilia as funções de chefe
de estado e chefe de governo.
O Presidente, contudo, pode existir em um governo e não ser a autoridade máxima é o que
acontece no caso do parlamentarismo. Desta forma, cabe ao Presidente a condição de ser
apenas o Chefe de Estado, neste caso a função de chefe de governo é desempenhada
pelo Primeiro Ministro em exercício.
No Brasil, para concorrer ao cargo de Presidente da República, é preciso que o candidato seja
cidadão, brasileiro nato com, com no mínimo, 35 anos de idade, deve ser eleitor e estar em
pleno exercício dos direitos político, possuir domicílio eleitoral no país, além de estar,
necessariamente, filiado a algum partido político e não ser réu em nenhum processo
no Supremo Tribunal Federal.
Na falta dos dois, a linha sucessória passa pelo, Presidente da Câmara dos Deputados, o
Presidente do Senado e o Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Entretanto, estes três últimos apenas substituem temporariamente o presidente, não cabendo-
lhes a sucessão em definitivo.
O vice-presidente e as outras pessoas listadas na linha de sucessão, de acordo com a ordem
constitucional de preferência, também atuam como presidente interino quando o titular está sob
incapacidade, suspenso devido a um processo de impeachment, ou quando viaja para o
exterior.
No Brasil, quando o titular do cargo morre, renúncia, é afastado do cargo ou simplesmente
sucedido, o vice-presidente assume, e o cargo de vice-presidente permanece vago até as
próximas eleições.
Porém ser presidente tem seus bônus e ônus, o cargo de presidente implica a seu ocupante
determinadas atribuições que em regra são indelegáveis.
Estas atribuições não são taxativas e sim exemplificativas (Art. 84, CF):
I. nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II. exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da
administração federal;
III. iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição
(pode criar projeto de Lei);
IV. sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos (são atos
do Poder Executivo, cuja função principal é regulamentar a Lei, que lhe é superior)
e regulamentos para sua fiel execução;
V. vetar projetos de lei, total ou parcialmente (só pode vetar por dois motivos:
inconstitucionalidade “veto jurídico” ou por ser contrário ao interesse público “veto
político”);
VI. dispor, mediante decreto, sobre (*atribuição DELEGÁVEL*): organização e
funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos públicos; extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos;
VII. manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes
diplomáticos (função como Chefe de Estado);
VIII. celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional (função como Chefe de Estado);
IX. decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X. decretar e executar a intervenção federal (é a retirada da autonomia do ente
federativo. União, Estados e DF. A União poderá intervir diretamente em município
se este faz parte do território federal.);
XI. remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da
abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias;
XII. conceder indulto (perdão coletivo concedido por decreto pelo presidente) e comutar
penas (transformar ou abater penas), com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei (*atribuição DELEGÁVEL*);
XIII. exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-
los para os cargos que lhes são privativos (em resumo, chefiar e comandar as
Forças Armadas com auxílio do Ministro da Defesa);
XIV. nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-
Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros
servidores, quando determinado em lei;
XV. nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da
União;
XVI. nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-
Geral da União;
XVII. nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII. convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX. declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso
Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões
legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
mobilização nacional (estado de alerta de uma iminente guerra);
XX. celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI. conferir condecorações e distinções honoríficas (dar medalhas);
XXII. permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII. enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV. prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV. prover (e desprover/demitir) e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei
(*atribuição DELEGÁVEL*);
XXVI. editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII. exercer outras atribuições previstas nesta Constituição (comprova que estas
atribuições não são taxativas, mas sim exemplificativas).
Existem 3 exceções de atribuições que podem ser delegáveis para 3 pessoas que são:
Ministro de Estado (Economia, Educação, etc),
Procurador-Geral da República ou para o
Advogado-Geral da União:
Art. 84, VI– dispor, mediante decreto, sobre:
organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
Pode haver a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Art. 84, XII – conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;
Art. 84, XXV, 1ª parte – prover (e desprover/demitir) os cargos públicos federais, na forma
da lei. Controle de constitucionalidade dos decretos em regra, os decretos não ferem a
constitucionalidade.
7 Poder Legislativo
7.1 Estrutura.
7.2 Funcionamento e atribuições.
7.3 Processo legislativo.
7.4 Fiscalização contábil, financeira e orçamentária.
7.5 Comissões parlamentares de inquérito.
8Poder Judiciário.
8.1 Disposições gerais.
8.2 Órgãos do Poder Judiciário.
8.2.1 Organização e competências, Conselho Nacional de Justiça.
8.2.1.1 Composição e competências.
9Funções essenciais à Justiça.
9.1 Ministério Público, Advocacia Pública.
9.2 Defensoria Pública.