Você está na página 1de 1

O Ato Institucional nº 1 promoveu alterações significativas na estrutura política,

especialmente no que se refere à eleição, mandato e poderes do Presidente da República.


Anteriormente, a Constituição de 1946 estabelecia limites e procedimentos para a presidência,
mas a emenda expandiu os poderes presidenciais, reconfigurando o equilíbrio entre os poderes
executivo, legislativo e judiciário. Além disso, conferiu aos Comandantes-em-chefe das
Forças Armadas um papel mais ativo na política nacional, dando-lhes o poder de suspender
direitos políticos e cassar mandatos legislativos, o que foi feito com cento e dois opositores da
ditadura. Essa foi a forma encontrada pelos militares golpistas de afastar qualquer oposição.

O Ato Institucional nº2, baixado em 27 de outubro de 1965, foi uma resposta dos militares
golpistas ao resultado das eleições que ocorreram no início daquele mês, nas quais a oposição
se saiu vitoriosa em cinco estados. O AI-2 foi extremamente repressor ao cassar direitos
políticos; acabar com o pluripartidarismo, apesar da aparente democracia, com a permissão de
existência ao MDB; eleições indiretas para presidente; demissão sumária de funcionários
públicos que se opunham à ditadura; intervenções no poder judiciário.

O Ato Institucional nº3 é baixado pela ditadura com o intuito de fortalecer o controle sobre o
Estado brasileiro. Nesse Ato, estende-se a repressão política com eleições indiretas para os
estados e municípios. O resultado foi de acordo com o esperado, o ARENA se saiu vitorioso
nas eleições estaduais, e também venceu a disputa para Senador em 18 dos 22 estados, além
de conquistar 277 cadeiras da Câmara dos Deputados, contra 132 do MDB.

O Ato Institucional nº4 de 12 de dezembro de 1966, convocou o Congresso Nacional para


discussão, votação e promulgação de uma nova Constituição, que estivesse mais ligada aos
interesses da ditadura militar. Após promulgada, a nova Constituição traz elementos que já
estavam em vigor com os Atos Institucionais, e outros novos, pois: concentra no Poder
Executivo a maior parte do poder de decisão; confere somente ao Executivo o poder de
legislar em matéria de segurança e orçamento; estabelece eleições indiretas para presidente,
com mandato de cinco anos; tendência à centralização, embora pregue o federalismo;
restringe ao trabalhador o direito de greve; ampliação da justiça Militar; abre espaço para a
decretação posterior de leis de censura e banimento.

Você também pode gostar