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PAINEL – CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - 1988

TÓPICOS DA INTRODUÇÃO – PARTE MILENA

1. Fim da Ditadura;
2. Diretas Já (para aprovar as eleições diretas para presidente);
3. Eleições Indiretas (Tancredo Neves e Maluf);
4. Posse do Vice (Sarney) – Fim da Ditadura – Redemocratização;
5. Assembleia Constituinte – convocada por Sarney para elaborar nova
Constituição por meio da emenda de nº 26;
6. Comissões Temáticas – Subcomissões – espaços para discussão e análise
popular, possibilidade de incluir emendas;
7. Grupos de pressão – empresários, trabalhadores, mulheres, frente verde (As
discordâncias seriam resolvidas em legislação infraconstitucional, por isso há
lacunas )
8. Mudanças:
 A CF/88 foi criada para garantir os direitos retirados do regime militar e
acrescentar outros.
Voto para analfabetos e para maiores de 16 e menores de 18 anos facultativos;
Redução do mandato presidencial de 05 para 04 anos;
Afirmou a Divisão dos 03 Poderes;
Meio ambiente como bem público;
Reparação aos anistiados, desaparecidos na ditadura.

Em 1984, ocorreram as Campanhas Diretas Já que objetivaram pressionar o governo


Figueiredo e o Poder Legislativo para aprovar a eleição direta para Presidente da
República.

Foi proposta a emenda Dante de Oliveira que mesmo tendo sido apoiada
maciçamente pela população, foi rejeitada pela maioria do Congresso.

Assim, ocorreram eleições indiretas para Presidência da República em 1985. A disputa


envolvia Tancredo Neves (PMDB) e Paulo Maluf (PDS).

Houve divisão no PDS e Sarney se aliou ao partido de Tancredo Neves formando a


Aliança Democrática.

A Aliança Democrática venceu, Tancredo faleceu após a posse e o vice-presidente,


Sarney, assumiu o posto marcando o fim da ditatura.

Nesse período, o Brasil enfrentava graves problemas econômicos devido a inflação e


às dívidas externas adquiridas na ditadura.

Sarney convocou a Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição.


Assim, em 1985, o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional nº 26
para convocar a Assembleia Nacional Constituinte. Apesar do pedido da população,
na prática, ocorreu um Congresso Constituinte, não havendo uma Assembleia
exclusiva: os deputados e senadores continuaram em exercício até o fim do mandato.
A Constituição foi eleita em 1986 e reunida em 1987.

Já havia Comissões Provisórias de Estados Constitucionais em 1985 para pesquisar e


colaboram com os trabalhos a serem desenvolvidos pela Constituinte (presidida pelo
jurista Afonso Arinos). Os estudos foram arquivados e não considerados como um
projeto.

Como os estudos não foram utilizados, formavam-se comissões temáticas dentro da


própria Assembleia. Os materiais produzidos deveriam ser edificados e votados.

As subcomissões temáticas abriam espaços para a discussão e análise popular. Havia


possibilidade de propor emendas que deveriam ser apresentadas perante a
Assembleia.

As instituições civis auxiliaram no processo. A participação popular foi intensa.

Grupos de pressão: empresários, trabalhadores, mulheres, frente verde.

As discordâncias seriam resolvidas em legislação infraconstitucional.

A Constituição foi criada para garantir os direitos retirados pelo regime militar e
acrescentar outros:

 Reformar eleitoral: voto para analfabetos e para maiores de 16 anos e menores


de 18 anos (facultativo);
 Redução do mandato presidencial de 05 anos para 04 anos;
 Terra como função social (manutenção da estrutura perversa. Boa parte das
terras está concentrada em 10% a 12%;
 Combate ao racismo;
 Garantia aos índios da posse de suas terras;
 Novos direitos trabalhistas: redução da jornada semanal, seguro
desemprego, férias remuneradas acrescidas de 1/3 do salário, extensão
dos direitos trabalhistas aos rurais e urbanos, direito à greve,
aposentadoria, liberdade sindical, licença maternidade; (PARTE ANDRÉIA
REFERENTE AOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS)
 Restabelecimento das eleições direitas; (PARTE ANDRÉIA)
 Titularidade do poder nas mãos do povo de forma direta ou indireta; (PARTE
ANDREIA)
 Participação Administrativa nos Conselhos e Audiências para resolver
orçamento.

A CF/88 foi a 7ª Constituição Brasileira e foi promulgada (reconhecida com autêntica


e pode ser exigida, é aberta, permite emenda)

O objetivo da CF/88 é garantir os direitos sociais, políticos, econômicos e culturais


suspensos pelos governos ditatoriais.

A constituição possui esses 9 títulos e cada um preceitua determinada área.

Pontos importantes a se ressaltar:

 Divisão dos 03 Poderes da República: Legislativo, Executivo e Judiciário;


 Ratificação do Regime presidencialista em 1993;
 Impressa Livre; (PARTE ANDRÉIA )
 Indígenas e Quilombolas conseguiram direito a suas terras; (PARTE NERLA)
 Meio Ambiente como um bem público;
 Reparação aos anistiados, desaparecidos com a ditadura;
 Saúde como direito de todos e dever do Estado. (PARTE ANDRÉIA)

(AINDA INTRODUÇÃO – MILENA PODE UTILIZAR OU NÃO)

FONTE: http://www.estudopratico.com.br/constituicao-de-1988-sua-historia-e-caracteristicas/

http://www.estudopratico.com.br/redemocratizacao/

CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DE 1988

Após o Brasil ter passado por um grande período de ditadura militar, que percorreu dos anos
de 1964 a 1985, o país se via em um novo processo de redemocratização onde se via a
necessidade de devolver ao povo todos os direitos que haviam sido retirados deles durante o
processo ditatorial. Quando José Sarney assumiu a presidência logo após a morte de Tancredo
Neves, presidente eleito que sequer chegou a assumir a cadeira presidencial, ele informou que
um novo processo de redemocratização seria instaurado em seu mandato, porém o que
muitos não imaginavam era que de fato ele realmente iria dar início a este processo.

Redemocratização: Redemocratização é o termo que usamos para designação da abertura


política brasileira para o governo civil. Trata-se, portanto, do período em que o Brasil
recuperou as instituições democráticas que foram abolidas durante o regime militar, que foi
instalado no país a partir de 1964, impondo desde o início um governo repleto de censura e
repressão às instituições democráticas brasileiras.

No ano de 1988 acontecia no país o marco que definiria o Brasil como, novamente, um país
democrático. No dia 5 de outubro era promulgada a Constituição Federal, que tinha como
objetivo garantir os direitos sociais, econômicos, políticos e culturais que desde o período
anterior haviam sido suspensos pelos governos no período da ditadura. Também conhecida
como a Constituição Cidadã, ela foi a sétima na história do Brasil desde que ele passou pela
independência, e foi elaborada por 558 constituintes durante um período de 20 meses.
Considerada como a mais completa dentre todas as já existentes, ela recebeu algumas críticas
em provimento a sua extensa elaboração, com um número infinito de artigos que de certa
forma deixavam algumas brechas, uma coisa importante de se citar é que foi ela quem de fato
trouxe novamente o povo ao jogo político, deixando que eles participassem das decisões dos
órgãos de estado. Para que ela fosse finalizada sofreu 67 emendas e mais 6 emendas de
revisão, sendo assim a que mais passou por esse processo na história da constituição
brasileira. Ela possui 250 artigos atualmente que se divide em nove títulos.

direitos sociais, econômicos, políticos e culturais: (art.6º ao 7º direitos sociais); (art.14


direitos políticos); (da cultura art.215 e 216)

Títulos da Constituição de 1988


A Carta Magna de 1988 está dividida em títulos que se dividem de acordo com as atribuições
de seus artigos. Cada título traz aqueles artigos referentes a determinada área, ou princípio,
para que seja mais fácil subdividir todas as características que regimentariam a sociedade
brasileira a partir daquele momento. Os títulos são:

Título I – Princípios Fundamentais (arts.1º ao 4º)

Título II – Direitos e Garantias Fundamentais (arts.5º ao 17)

Título III – Organização do Estado (arts. 18 ao 43)

Título IV – Organização dos Poderes (arts.44 ao 135)

Título V – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas (arts.136 ao 144)

Título VI – Tributação e Orçamento (arts.145 ao 169)

Título VII – Ordem Econômica e Financeira (arts.170 ao 192)

Título VIII – Ordem Social (arts.193 ao 232)

Título IX – Disposições Constitucionais Gerais (arts 233 ao 250)

Uma forte e importante característica que não pode deixar de ser citada foi a divisão dos três
poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário, que mesmo sendo independentes
possuem responsabilidades de controle recíprocos entre eles.

Em 1993 aconteceu a ratificação do regime presidencialista através de um plebiscito, que dava


ao presidente da República o poder de comandar a administração do executivo federal por
meio de eleições diretas que contariam com a participação de toda a população, desde que já
possuísse mais de 16 anos. Os setores municipais e estaduais também passariam a ter seus
representantes escolhido da mesma forma, com o voto popular.

A imprensa voltava a ser livre, depois de anos de repressão e censura, e os indígenas e povos
quilombolas conseguiram o direito a ter suas terras demarcadas, voltando a habitar em seus
locais de origem como antigamente. A Carta Magna também garantia que todo cidadão
brasileiro tinha direito a saúde e a educação, trazendo para a sociedade uma nova fase, onde
agora, o povo tinha direitos que, no papel, fazia com que todos fossem iguais perante a lei.

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2008/09/saiba-o-que-mudou-com-a-constituicao-de-
1988-2206963.html

Pontos importantes de mudança com a CONSTITUIÇÃO DE 1988

PONTOS DE 01 A 4 - MILENA

1 - AMBIENTE

Como era
Até 1988, o ambiente era considerado um bem econômico e nem era citado na Constituição.
Era possível a apropriação para fins particulares de áreas como lagos e açudes, por exemplo, e
indústrias não precisavam ter grandes cuidados com seu impacto na natureza.

Como ficou

Pela primeira vez, a Carta Magna trouxe um capítulo inteiro tratando do tema, o VI - no total,
são mais de 40 artigos espalhados pelo documento. O artigo 225 determinou que o ambiente
é um bem público, cujos titulares são as presentes e futuras gerações, e a preservação da
natureza, um direito fundamental do cidadão.

2 - REPARAÇÃO AOS ANISTIADOS

Como era

Não existia.

Como ficou

O Artigo 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias previu a reparação aos


anistiados. Isso foi regulamentado pela Lei 10.559, de 2002. Para os familiares dos mortos e
desaparecidos, as reparações estão previstas segundo a Lei 9.140, de 1995.

3 - VOTO AOS 16 ANOS

Como era

A Constituição Brasileira de 1934 estabeleceu o voto secreto e obrigatório para maiores de 18


anos. A partir do início do regime do Estado Novo, em 1937, o direto ao voto foi vetado.

Como ficou

Com a Constituição de 1988, foram determinada as eleições diretas para a presidente,


governador, deputado estadual e federal, senador e vereador. E o direito ao voto facultativo
foi dado aos jovens a partir dos 16 anos.

4 - FIM DA DIFERENÇA ENTRE IRMÃOS

Como era

Filhos concebidos fora do casamento eram discriminados, com menos direitos do que os
irmãos "legítimos". Com a lei do Divórcio de 1977, houve um avanço estendendo o direito de
herança a filhos ilegítimos, mas o filho só podia exigir a Investigação de Paternidade se o pai
não estivesse casado com outra mulher. Dependia do reconhecimento voluntário do pai. Com
isso, o filho passava a ser "legitimado", o que era diferente do "legítimo" (fruto do casamento)

Como ficou

A lei assegurou a igualdade entre os irmãos, independentemente de terem sido concebidos


dentro ou fora do casamento, e proibiu qualquer tipo de discriminação.
PARTE DE 5 A 11 – ANDRÉIA

5 - SUS

Como era

Pela Lei 6.439, de 1º de setembro de 1977, o Instituto Nacional de Assistência Médica da


Previdência Social (Inamps) se obrigava de atender somente os brasileiros contribuintes da
previdência e seus dependentes. Os demais, na maior parte das vezes, acabavam dependendo
da disponibilidade de vagas em instituições filantrópicas como as Santas Casas, que se
dedicavam a atender pobres e indigentes.

Como ficou

O artigo 196 da Constituição estabeleceu que "a saúde é um direito de todos e um dever do
Estado". A partir disso, estava aberto o caminho para que todo cidadão, independentemente
de estar trabalhando ou de contribuir para a previdência, tivesse direito de acesso ao sistema
público de saúde por meio do SUS. O antigo Inamps acabou oficialmente extinto em 1993.

6 - INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO

Como era

Um delegado de polícia podia assinar o próprio mandado, ou seja, autorizar a si mesmo a


entrada na casa do suspeito. Era comum, também, a prisão para averiguação. Policiais
prendiam primeiro e informavam ao juiz depois. Era o equivalente à atual prisão temporária,
só que sem ordem judicial, como é exigido agora.

Como ficou

O Artigo 5º da Constituição diz que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

7 - RACISMO

Como era

Conhecida como Lei Afonso Arinos, em homenagem ao ex-deputado federal mineiro autor da
norma, a lei 1.390, de 1951, dava o grau de contravenção penal aos atos de preconceito racial,
ou seja, não era considerado crime e estava no mesmo nível de punição, por exemplo, para o
jogo do bicho. Em 1985, houve uma nova redação para a legislação, mas que manteve a
discriminação racial como contravenção e a pena máxima para quem os cometia era de no
máximo um ano de prisão.

Como ficou

A Constituição Federal tornou a prática do racismo crime inafiançável, sujeito à pena de


reclusão. Para garantir a aplicabilidade desse dispositivo que se encontra no artigo 5º da Carta
Magna, em 1997, foi promulgada a lei 9.459, que inclui o delito no Código Penal. Dessa forma,
se a injúria cometida contra outra pessoa consistir na utilização de elementos referentes a
raça, cor, etnia ou etnia, a pena é de um a três anos de prisão. Caso a ocorra o crime de
divulgação de material ou símbolos nazista, seja por intermédio dos meios de comunicação
social ou qualquer outro tipo de publicação, a pena pode chegar a cinco anos de reclusão.

8 - CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Como era

Antes de 1988, questões envolvendo crianças e adolescentes eram tratadas pelo Juizado de
Menores. Os ‘‘menores” como eram chamados, que, por desestruturação familiar, cometiam
algum delito ou viviam em situação de risco, eram muitas vezes recolhidos a abrigos, sem
avaliação profunda do contexto familiar e social.

Como ficou

Pela Constituição, crianças e adolescentes têm prioridade absoluta de direito à alimentação,


educação, saúde e a todas as formas de proteção da família, do Estado e da sociedade. Essa
prioridade foi especificada, ponto a ponto, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de
1990. O ECA deixa claro o que é questão infracional e o que é abandono. A questão social
ganha relevância. Programas e projetos de acolhimento, antes assistencialistas, assumem o
caráter de promoção da cidadania. Surgem as ONGs, os conselhos tutelares. Família, Estado e
sociedade são obrigados a assumir responsabilidades.

9 - FIM DA CENSURA

Como era

Uma série de leis e dispositivos diversos eram usados para estabelecer os critérios da censura
prévia a programas de TV, jornais, e produtos culturais como filmes, livros, músicas e
espetáculos de teatro. A lei nº 5.536, de 21 de novembro de 1968, criou o Conselho Nacional
de Censura, que deveria determinar a censura dos programas por faixas etárias. A maioria dos
vetos efetivados durante a ditadura militar, contudo, amparava-se em uma lei mais antiga, os
13 capítulos do Decreto 20.493/46: o regulamento do Serviço de Censura de Diversões
Públicas (SCDP), que regulava da censura prévia ao direito autoral e determinava, dentre
outros assuntos, que nenhum filme poderia ser exibido ao público sem censura prévia e sem
um certificado de aprovação fornecido pelo SCDP, com validade de cinco anos.

Como ficou

O artigo 5º Inciso IX da Constituição tornou a expressão da atividade intelectual, artística,


científica e de comunicação um direito individual fundamental, independentemente de licença
ou censura. Mais adiante, o artigo 220 garantia a mesma manifestação de pensamento,
criação, expressão e informação livre de restrições, e era ainda mais explícito em seu parágrafo
2º: "é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística". A Censura
Federal foi extinta e seus agentes reaproveitados em outras funções na Polícia Federal, por
determinação do artigo 23 das Disposições Transitórias.

10 - DEMOCRACIA DIRETA
Como era

A Constituição de 1967 estabeleceu: "Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido".
Não havia referência a representantes eleitos, muito menos à participação direta. O presidente
da República, por exemplo, era escolhido pelo Congresso ou por uma Junta Militar.

Como ficou

Em parágrafo único, o Artigo 1º estabeleceu: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente".

A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e mediante plebiscito, referendo ou iniciativa popular.

11 - EMPREGADOS DOMÉSTICOS

Como era

Os empregados domésticos não dispunham de direitos trabalhistas. Como autônomos, no


entanto, podiam se aposentar caso contribuíssem espontaneamente para a Previdência.

Como ficou

A Carta estendeu nove benefícios para os domésticos. O pacote é apenas parte dos direitos
dos demais trabalhadores com carteira assinada:

- Salário mínimo

- Irredutibilidade salarial

- Décimo terceiro salário

- Descanso semanal remunerado

- Férias, com acréscimo de um terço no salário

- Licença maternidade e licença paternidade

- Aviso prévio de 30 dias em caso de demissão

- Aposentadoria

PARTE DE 12 A 15 E CONCLUSÃO – NERLA

12 - OBRIGATORIEDADE DE CONCURSOS PÚBLICOS

Como era

Havia brechas para ingresso no concurso público, não estavam claros os limites para
nomeações de cargos de confiança.

Somente a primeira contratação deveria ser feita por concurso público. Uma vez contratado, o
servidor podia ser promovido com concursos internos, sem a concorrência de candidatos de
fora. As contratações temporárias não tinham limite de tempo definido. Não havia prazo para
manutenção da lista de aprovados nos concursos públicos. Se o candidato preferido não
ficasse entre os primeiros, o administrador poderia lançar uma nova prova.

Como ficou

As novas regras ajudaram a tornar o processo de seleção mais justo e transparente. Funções
de confiança foram limitadas a cargos de chefia, direção e assessoramento. Para trocar de
carreira dentro da administração pública, o servidor precisa fazer um novo concurso.
Temporários podem ficar somente um ano no cargo. Depois, o órgão precisa abrir concurso.
Concursos têm prazo de validade de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.

13 - CRIAÇÃO DO STJ

Como era

Antes da Constituição de 1988, o Supremo Tribunal Federal (STF) acumulava a análise das
questões constitucionais e também das infraconstitucionais, como questões administrativas e
de direito do consumidor. À época, o Supremo passava por uma crise, devido ao volume de
processos.

Como ficou

Com o novo tribunal, o STF transformou-se em uma corte predominantemente constitucional,


deixando para o STJ as demais causas da justiça comum. O STJ seria o órgão de cúpula da
justiça comum, com a missão de uniformizar o entendimento sobre a legislação federal.

14 - MUDANÇA NO PERFIL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Como era

Antes, pela Constituição Federal de 1967/69, o Ministério Público era apenas referido, no
capítulo do Poder Executivo, e suas funções não eram previstas - apenas se remetia a uma lei
que poderia ser modificada a qualquer momento. Sua atuação se concentrava na área
criminal.

Como ficou

A instituição passou a defender interesses difusos e coletivos - meio ambiente, patrimônio


cultural, direito do consumidor, entre outros, e a lutar em favor da constitucionalidade e do
controle da probidade administrativa. Deixou de ser vinculada ao Poder Executivo, adquirindo
status de uma instituição ao lado dos demais poderes do Estado, e com garantias
fundamentais para fiscalizar esses mesmos poderes.

Obs.: Inclusão Das Funções Essenciais à Justiça.

15 – Reminiscências históricas dos antigos quilombos


Art.216, § 5º:

Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados


individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória
dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

(...) Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas


dos antigos quilombos.

Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3784

(...) O Brasil tem buscado um resgate histórico através da valorização das comunidades
quilombolas. A Constituição Federal de 1988 (art. 216, §5º) dispôs pelo tombamento de todos
os documentos e sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos, assim
como, no ADCT ( Atos das Disposições Constitucionais Transitórias) , determinou (art. 68): “Aos
remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é
reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.”

Legalmente, consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos os grupos étnico-


raciais, segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de
relações territoriais específicas (em terras utilizadas para a garantia de sua reprodução física,
social, econômica e cultural), com presunção de ancestralidade negra relacionada com a
resistência à opressão histórica sofrida. A caracterização dos remanescentes das comunidades
dos quilombos é atestada mediante autodefinição da própria comunidade (inscrita no
Cadastro Geral junto à Fundação Cultural Palmares). E

Cabe ao INCRA regulamentar (exercício do poder normativo) os procedimentos administrativos


para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas
pelos remanescentes das comunidades dos quilombos.

Conclusão

Além destes muitos outros dispositivos tornam esta Constituição um diferencial sobre todas as
outras. O que podemos concluir a partir deste trabalho é que diante da realidade de nosso país
ter uma Constituição de tamanha envergadura, mesmo com seus pontos críticos e discutíveis é
que esperamos que aquilo que permanece escrito em suas páginas não fique apenas
estampado lá e possa ecoar nos movimentos sócias, na vida diária, na busca do cidadão em
fazer valer o seu direito. Que a nossa Constituição seja mais manuseada, mais lida, mais
discutida e que possa sempre trazer à nossas mentes uma reflexão e consequentemente uma
ação de valor.

FINALIZAR: Charge de Miguel Paiva – 05/10/1988

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